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MINISTÉRIO PÚBLICO DO RIO GRANDE DO NORTE
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ ZONA ELEITORAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, COMARCA DE ______________.
Prestação de Contas n° _________________________
MANIFESTAÇÃO
MM. JUIZ
Trata-se de pedido formulado pelo PARTIDO ___________________________ no sentido de determinar a ativação da Comissão Provisória Municipal na cidade de ________________________ para fins de registro de candidaturas no pleito de 2016.
Pelo que se percebe dos autos, às fls. _____, o partido teve as contas referentes ao ano calendário 2015/exercício financeiro 2014 julgadas NÃO PRESTADAS, e como corolário aplicou-se as sanções no sentido de a) proibir o partido de receber recursos oriundos do fundo partidário, enquanto não regularizada a situação; b) considerar o partido e seus responsáveis, para todos os efeitos, inadimplentes perante a Justiça Eleitoral e o registro ou anotação dos seus órgãos de direção suspenso até a regularização da sua situação; e c) determinar a devolução, de forma integral, de todos os recursos provenientes do Fundo Partidário que lhe foram entregues, distribuídos ou repassados, tudo devidamente atualizado desde o recebimento.
No dia ___/___/___, o partido apresentou toda a documentação contábil referida no artigo 29 da Resolução/TSE n° 23.434/2014 e, por conseguinte, requereu que fosse concedido o efeito suspensivo à decisão que, nos termos do § 2° do artigo 47 da referida Resolução, suspendeu o registro desse órgão partidário municipal.
No dia ___/___/___, esse r. Juízo denegou o pedido com base no artigo 59, § 1° da Resolução 23.464/2015.
É o breve relatório.
Passo a opinar.
Percebe-se que o que se pleiteia é, exclusivamente, a ativação da comissão provisória municipal do Partido ______________ da cidade de __________________ para fins de registro de candidaturas no pleito de 2016, e não para fins de recebimento de recursos do fundo partidário.
Dessa forma, considero ser perfeitamente possível o RECEBIMENTO DE REQUERIMENTO DE REGULARIZAÇÃO PARTIDÁRIA “COM EFEITO SUSPENSIVO” PARA FINS DE ATIVAÇÃO DE ÓRGÃO PARTIDÁRIO.
O caput do artigo 59 da Resolução 23.464/2015 do TSE diz que:
“Transitada em julgado a decisão que julgar as contas como não prestadas, os órgãos partidários podem requerer a regularização da situação de inadimplência para suspender as consequências previstas no caput e no § 2º do art. 48 desta resolução.”
Embora, mais adiante, o § 1º, inciso IV, determine que o requerimento de regularização não deva ser recebido com efeito suspensivo, essa determinação NÃO SE APLICA para fins de ativação de órgão partidário, mas se aplica tão somente, e taxativamente, às consequências previstas no caput e no § 2º do art. 48 da mesma resolução, ou seja:
Art. 48 – A falta de prestação de contas implica a proibição de recebimento de recursos oriundos do Fundo Partidário, enquanto não for regularizada a situação do partido político.
§ 2º - O órgão partidário, de qualquer esfera, que tiver as suas contas julgadas como não prestadas fica obrigado a devolver integralmente todos os recursos provenientes do Fundo Partidário que lhe forem entregues, distribuídos ou repassados. (grifado)
Observe-se que, entre as sanções previstas no artigo 48, § 2º, não está a impossibilidade de manter-se vigente o órgão partidário, mas apenas o impossibilita de receber recursos oriundos do Fundo Partidário (caput), e o obriga a devolver tais recursos, caso os tenha recebido (§ 2º).
O que o partido ____________ pleiteia é, exclusivamente, a possibilidade de tornar vigente a Comissão Provisória Municipal na cidade __________________, para fins de registro de candidatura no pleito eleitoral de 2016.
Não se pleiteia os efeitos suspensivos para as consequências previstas no caput e § 2º do art. 48 da resolução, ou seja, para fins de recebimento de recursos do fundo partidário.
Dessa forma, considero ser possível que se determine a ativação da comissão provisória municipal do Partido ______________________, na cidade de ___________________.
Com relação à necessidade de obediência ao RITO PREVISTO NO ARTIGO 31 DA RESOLUÇÃO 23.464/2015, este deverá ser seguido para, no final, apenas julgar as contas APROVADAS (COM OU SEM RESSALVAS), ou DESAPROVADAS.
Não existe previsão de sanção para impossibilitar a atividade partidária.
Mesmo as contas sendo consideradas irregulares no final, mesmo assim, a sentença que assim as julgar não terá o condão de determinar a suspensão das atividades do órgão partidário, mas apenas determinar a suspensão de recebimento de recursos oriundos do fundo partidário.
A não aplicação do efeito suspensivo no caso em tela, não permitindo dessa forma que a comissão provisória municipal do Partido _______________________ em ________________________ esteja vigente de imediato, TERMINA POR FERIR O PRINCÍPIO DA DEMOCRACIA, justamente por limitar a candidatura dos elegíveis em detrimento do seu pleno atendimento aos requisitos de elegibilidade, unicamente em face da deficiência partidária. 
Impossibilitar a imediata ativação da comissão provisória do Partido ______________________ é sanção exagerada, para a qual não há previsão nem mesmo no caso das contas serem julgadas irregulares no final do processo.
À vista do exposto, manifesto-me pelo deferimento do pedido de aplicação do efeito suspensivo no sentido de determinar a ativação da comissão provisória municipal do Partido _____________________, na cidade de ____________________, mesmo antes do julgamento da prestação de contas anteriormente julgadas não prestadas, mas já apresentadas no último dia ___/___/___.
___________, ____ de ____________ de 2016.
Promotor de Justiça

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