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Universidade de São Paulo 
Escola de Engenharia de São Carlos 
Departamento de Hidráulica e Saneamento 
 
 
 
SHS0623 Gestão Ambiental para Engenheiros 
 
 
 
 
PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS NA UNIVERISDADE 
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 
 
 
 
Aurélio Reis Martins – 7593631 
Daniel Melo Silva – 7649010 
Felipe Vieira Batistão – 8124503 
Jéssica Cardinali – 775193 
Matheus Fonseca da Silva - 7591094 
Ricardo Marques – 7279651 
Vinícius Carvalho Barros – 7289367 
 
 
São Carlos 
2013 
Introdução 
Contextualização 
A eficiência energética diz respeito ao menor consumo de energia para 
um mesmo produto final e está geralmente associado a novas tecnologias e a 
melhor organização e gestão de recursos. Consumir energia de forma eficiente 
é um imperativo no contexto dos desafios enfrentados pelo setor energético de 
qualquer país, tais quais: segurança energética, redução de custos energéticos 
ou combate à mudança climática. 
 O avanço em eficiência energética se mostra atrativo por (i) se tratar de 
uma opção custo-efetiva: qualquer investimento em eficiência gera retornos, 
neste caso por meio de economias futuras de energia, (ii) com resultados que 
possuem o mesmo nível e qualidade de qualquer serviço disponível para 
contratação, uma vez que não o produto final não é alterado (mobilidade, 
iluminação, conforto ambiental, etc.), é apenas obtido com menor consumo 
energético. 
E o contexto em que a eficiência energética é inserida faz com que todos 
os stakeholders se beneficiem. As indústrias, como exemplo, ao diminuírem 
suas necessidades de insumos e seus resíduos, reduzem seus custos e se 
tornam mais competitivas, enquanto reduzem os impactos ambientais de sua 
operação. Para a sociedade como um todo, a redução de externalidades 
negativas que lhe são atribuídas no processo de geração de energia de fontes 
não-renováveis, um reflexo do ganho em eficiência energética, resulta em 
melhor qualidade ambiental. Já para os governos, a eficiência energética 
contribui para a segurança energética do país, reduz a necessidade de 
investimentos em expansão da geração de energia e ainda torna a matriz mais 
limpa. 
 
 
No Brasil 
 
O Brasil vem apoiando iniciativas de melhoria no uso final de energia 
elétrica desde 1985 com a criação do Programa de Conservação de Energia 
Elétrica – PROCEL. Os esforços, embora irregulares e longe de caracterizarem 
uma política coordenada e consistente de introdução de eficiência energética, 
conseguiram alcançar progressos e estabelecer, uma consciência política que 
possibilitou a manutenção de importantes iniciativas de cunho regulatório e 
legislativo nos anos mais recentes. 
No contexto de eficiência energética e as vertentes envolvidas, criado 
pelo governo federal em 1985, o Programa Nacional de Conservação de 
Energia Elétrica tem por objetivo promover a racionalização do consumo de 
energia elétrica, combatendo o desperdício e reduzindo os custos e os 
investimentos setoriais, aumentando ainda a eficiência energética. 
Como todo país em desenvolvimento, o Brasil tem uma grande demanda 
reprimida de energia - mas os índices nacionais de perda e desperdício de 
eletricidade também são altos. O total desperdiçado, segundo o Procel, chega 
a 40 milhões de kW, ou a US$ 2,8 bilhões, por ano. Os consumidores - 
indústrias, residências e comércio - desperdiçam 22 milhões de kW; as 
concessionárias de energia, por sua vez, com perdas técnicas e problemas na 
distribuição, são responsáveis pelos 18 milhões de kW restantes. 
Uma das soluções apontadas pelos especialistas para atender este 
déficit seria conter a demanda por meio de técnicas de conservação - que 
substituem tecnologia (máquinas, motores, sistemas de refrigeração e 
iluminação), incluindo o uso da água, por outras com maior eficiência 
energética e menor custo financeiro e impacto ambiental. 
Assim, além de promover a substituição de insumos esgotáveis 
(combustíveis fósseis) e a redução da intensidade do uso de energia, qualquer 
política energética deve estimular a eficiência e o combate ao desperdício por 
meio de instrumentos de regulação - como a especificação de códigos com 
consumo máximo de energia em construções ou padrão de desempenho e 
melhorias em equipamentos para garantir a incorporação de novas tecnologias, 
mais eficientes, pelos fabricantes. 
 
Tendências 
 
As tendências atuais em eficiência energética se apresentam 
expansivamente em diversos setores da economia. Na indústria siderúrgica, 
segundo estimativas da Agência Internacional de Energia, a injeção de carvão 
nos altos-fornos, em substituição ao coque, pode economizar 5% do consumo 
mundial de energia nesse equipamento até 2015, 7% até 2030 e 10% até 2050. 
A injeção de resíduos plásticos nos altos-fornos, conforme já é feito atualmente 
na Alemanha e Japão, pode propiciar economias bem maiores, segundo a 
Agência: 50% até 2015, 75% até 2030 e 90% até 2050. Nas novas tendências 
da construção civil temos o vidro duplo, maximizando o desempenho do vidro 
de controle solar, sem alterar a cor original do vidro. O vidro duplo também 
conhecido como insulado é um isolante termo-acústico por natureza. A camada 
de ar seca e imóvel credita este tipo de vidro como isolante térmico. Por outro 
lado, também garante melhor desempenho acústico, por ser composto por, no 
mínimo, duas “paredes” de vidro - lâminas, separadas por um perfil de 
alumínio, que formam uma câmara de ar vedada por dupla selagem. Nas 
refinarias, um sistema turboexpansor implantado na Replan reduz em quase 
90% os custos com energia elétrica.Com o uso do turboexpansor, a refinaria 
passa a produzir internamente quase a totalidade da energia consumida, o que 
permite aproximá-la da autossuficiência energética e evitar interrupções em 
seus processos por variações no fornecimento de energia pelo mercado. A 
tecnologia já é aplicada nas unidades de FCC da Petrobrás na Refinaria 
Gabriel Passos (Regap), Refinaria Landulpho Alves (RLAM), Refinaria de 
Capuava (Recap), Refinaria Alberto Pasquali (Refap) e Refinaria Henrique 
Lage (Revap). 
 
 
Estudos 
 
O consumo de energia apresenta uma tendência de aumentar com o 
desenvolvimento tecnológico e industrial dos dias atuais. Nas universidades ao 
redor do mundo, o impacto desse consumo é praticamente invisível para os 
estudantes, dessa forma, existe uma necessidade de medidas que visem 
melhorar a eficiência e consumo energético. Através de algumas soluções 
inovadoras, pode-se alterar o comportamento dos estudantes para que os 
mesmos façam melhor uso da energia. 
 Os casos abaixo foram escolhidos pelo fato de apresentarem medidas 
simples, que podem ser implementadas em qualquer universidade (havendo os 
subsídios necessários para isso), e por terem ocorrido em grandes 
universidades, com uma alta população de alunos, o que é essencial para esse 
tipo de estudo. 
 
 
Caso I 
 
Autor: Marcell K. et al. EUA. 2004 
Objetivo: Diminuir o consumo de energia de estudantes da Universidade de 
Tufts, EUA. 
Método: Campanha de marketing social, sem feedback de dados em tempo 
real. 
Resultado: Um grupo de estudos foi submetido a um programa educacional 
enquanto outro grupo foi submetido ao mesmo programa e uma campanha de 
marketing social, que tem maior impacto para mudar o comportamento dos 
alunos. 
Análise Final: Ocorreu falta de informação para os grupos devido ao grande 
número de alunos em estudo e ao alto custo de implementação desse método. 
 
Caso II 
 
Autor: Petersen J.E. et al. EUA. 2007 
Objetivo: Reduzir o consumo de energia de estudantes com a implementação 
de um sistema de feedback em tempo real do gasto energético da 
universidade. 
Método: Usar um sistema de monitoramento ligado à internet que mostra em 
tempo real um feedback sobre o consumo de energia e água combinado deincentivos de conservação. 
Resultado: Houve um aumento efetivo na conservação de energia pelos 
alunos que tiveram acesso ao feedback de consumo energético. 
Análise Final: Os alunos se politizaram principalmente pelo fato de estarem 
sendo “monitorados” (Efeito Hawthorne). Não se deu continuidade ao projeto. 
 
 
Caso III 
 
Autor: Bekker M. J. et al. Nova Zelândia. 2010 
Objetivo: Encorajar a conservação de energia na Universidade de Otago 
através de estímulos visuais, feedbacks e recompensas para os alunos. 
Método: Uso de um sistema de monitoramento em tempo real para dar um 
feedback sobre o gasto energético dos alunos associado à competições entre 
estudantes com premiações. Após um período de 17 dias em que as medidas 
foram inseridas na universidade, um grupo de intervenção continuou submetido 
às mudanças enquanto um grupo de controle não ficou submetido às medidas. 
Resultado: O grupo de intervenção apresentou uma conservação de energia 
substancialmente maior do que o grupo de controle. O grupo de intervenção 
apresentou uma economia de energia de 16,2% durante a noite e 10% durante 
o dia, enquanto o grupo de controle apresentou uma economia de 6,5% 
durante a noite e 3,8% durante o dia. 
Análise Final: Presença de incentivos foi essencial para a obtenção desses 
resultados. Não se deu continuidade ao projeto. 
 
 
Caso IV 
Autor: Pecora V. Brasil. 2006. 
Objetivo: Implementar uma unidade geradora de energia a partir do biogás 
produzido pelo esgoto do Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo 
(CRUSP), da cidade universitária, sediada em São Paulo. 
Método: Utilizar um sistema de purificação e armazenamento de biogás, 
oriundo do esgoto do CRUSP, e transformá-lo em energia elétrica através de 
um motor ciclo Otto. 
Resultado: Com a quantidade de biogás capturada e purificada no período de 
tempo estudado o projeto levaria um intervalo de tempo para retornar o 
investimento que inviabilizaria a implantação desse sistema na universidade. 
Análise Final: Se houvesse a implantação de um maior armazenador de 
biogás, que trabalhasse em tempo integral, a produção de energia retornaria 
todo o investimento em pouco tempo e iria gerar uma economia de quase 2500 
R$/mês, equivalente a mais do que 8000 kWh/mês. 
 
Caso V 
 
Autor: Danilo Pereira Pinto, Edimar José de Oliveira, Henrique Antônio 
Carvalho Braga, Brasil 2000. 
Objetivo: Implementação de temas referente à eficiência energética em 
currículos de graduação, sendo essa implementação justificada pelo Mercado 
de Trabalho (grande números de empresas de serviços de conservação de 
energia), criação de uma cultura de uso racional dos energéticos (intensificação 
de ações educativas na tentativa de mudança da cultura do desperdício), 
formação de profissionais integrados nos contextos sócio-economico (além da 
mudança do hábito citado acima, a sociedade poderá se capacitar, 
transformando-a para melhor) e formação de multiplicadores (pessoas agindo 
na comunidade provocando alterações na política do desperdício). 
Método: A experiência da Faculdade de Engenharia da UFJF na área 
acadêmica de uso racional de energia é fruto de um projeto de conservação de 
energia realizado junto com o PROCEL. Foi proposta um Curso de Diagnóstico 
Energético piloto com um número de 40 participantes. A avaliação dos alunos 
foi realizada em duas etapas: trabalhos desenvolvidos durante a parte teórica e 
trabalho final que representa a parte prática. Alguns pontos da ementa são: 
eficiência energética em sistemas de iluminação, eficiência energética na 
arquitetura, otimização energética, metodologia de diagnóstico e auditoria 
energética. 
Resultado: Houve interesse de muitas pessoas, mas apenas 28 conseguiram 
se inscrever nesse curso piloto devido a pré-requisitos, e 26 terminaram o 
curso. Dentre os trabalhos individuais destacam-se matriz energética de uma 
instalação residencial, programação de uma campanha educativa onde foi 
apresentada grande criatividade no desenvolvimento de slogans, jogos, 
cartazes e camisetas. O trabalho final em equipe foi o desenvolvimento de um 
projeto de eficientização energética. Foram 8 trabalhos apresentados, sendo 4 
em ambientes de engenharia, 1 em hospital, 1 em gráfica, 1 em industria de 
torrefação e moagem de café e 1 em posto de gasolina. 
Análise final: A experiência com o curso piloto realizado na UFJF em abril de 
2000 levou a implementação de uma disciplina denominada Eficiência 
Energética no curso de Engenharia Elétrica da UFJF. Alguns pontos 
destacados neste processo são: grande interesse dos alunos e membros da 
comunidade relacionados ao uso eficiente de energia elétrica; criação da 
disciplina que constitui uma evolução natural nos currículos de graduação; 
metodologia implementada levou ao surgimento de trabalhos individuais 
diferenciados assim com os trabalhos realizados em grupo. 
 
 
Bibliografia 
 
 Marcell, K.; Agyeman, J.; Rappaport, A. Cooling the campus: 
Experiences from a pilot study toreduce electricity use at Tufts 
University, USA, using social marketing methods. Int. J. Sustain. High. 
Educ. 2004, 5, 169–189. 
 
 Petersen, J.E.; Shunturov, V.; Janda, K.; Platt, G.; Weinberger, K. 
Dormitory residents reduce electricity consumption when exposed to 
real-time visual feedback and incentives. Int. J. Sustain. High. Educ. 
2007, 8, 16–33. 
 
 Bekker, M.J.; Cumming, T.; Osborne, N.K.P.; Bruining, A.M.; Mclean, 
J.I.; Leland, L.S. Encouraging electricity savings in a university. J. Appl. 
Behav. Anal. 2010, 1, 327–331. 
 
 Pecora, V. Impantação de uma Unidade Demonstrativa de Geração de 
Energia Elétrica a Partir do Biogás de Tratamento do Esgoto Residencial 
da USP – Estudo de Caso. Dissertação de Mestrado - EP / FEA / IEE / 
IF da Universidade de São Paulo, 2006. 
 
 PINTO, D. A Disciplina de Eficiência Energética do Curso de 
Engenharia Elétrica da UFJF. Universidade Federal de Juiz de Fora. 
2001. 
 
 JACKSON, Tim. Prosperity without growth? The transition to a 
sustainable economy. Sustainable Development Commission. 2009. 
Disponível em: http://www.sd-ommission.org.uk/publications.php?id=914 
 
 <http://www.baruco.com.br/em-pauta/vidro-duplo-%C3%A9-
tend%C3%AAncia-e-j%C3%A1-figura-em-grandes-obras-no-brasil> 
Visualizada em 07/11/2013. 
 
 <http://www.baruco.com.br/em-pauta/vidro-duplo-%C3%A9-
tend%C3%AAncia-e-j%C3%A1-figura-em-grandes-obras-no-brasil> 
Visualizada em 07/11/2013. 
 
 <http://www.petrobras.com.br/downloads/energy-and-
technology/relatorio-tecnologia-petrobras-2012.pdf> Visualizada em 
07/11/2013.

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