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10/05/2015 1 UNIÃO DE ENSINO DO SUDOESTE DO PARANÁ FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA DISCIPLINA: FISIOLOGIA VETERINÁRIA Fisiologia do Sistema Renal 1 Formação da urina pelos rins e controle da osmolalidade do LEC Professor: Rodrigo Dorneles Tortorella Introdução - Funções renais Excreção dos produtos terminais do metabolismo corporal Recuperação de substâncias filtradas Controle da concentração dos líquidos orgânicos Pressão sanguínea Renina Equilíbrio ácido-básico Anatomia fisiológica renal Formado por 2.000.000 néfrons Néfron (unidade funcional do rim) Glomérulo Líquido é filtrado do sangue Longo túbulo Líquido é transformado em urina Anatomia fisiológica renal Anatomia fisiológica renal Tipos de néfrons Corticais Glomérulos no córtex externo e médio Alça de Henle que se estende até a junção do córtex e medula Justamedulares Glomérulos próximos a medula Alça de Henle mais profunda 10/05/2015 2 Anatomia fisiológica renal Anatomia fisiológica renal Anatomia fisiológica renal Componentes do néfron Gomérulo Cápsula de Bowman Espaço de Bowman Flitrado glomerular coletado e liberado para túbulo proximal Suprimento sanguíneo do néfron Tufo glomerular Composto de rede de capilares Entrada Arteríola aferente Saída Arteríola eferente Suprimento sanguíneo do néfron Sangue Artéria eferente Capilares peritubulares Perfusão dos túbulos dos néfrons Vasos retos Associados as alças longas Rede capilar Veia renal 10/05/2015 3 Suprimento sanguíneo do néfron Capilar Parede Endotélio capilar Camada única de células Fenestras Passagem de água Membrana basal glomerular Composta de glicoproteínas Lâmina densa Lâmina rara interna Lâmina rara externa Epitélio visceral Podócitos Aparelho justaglomerular Aparelho justaglomerular Espaço entre arteríola e mácula densa Mesangial Células mesangiais Estrutura, atividade fagocítica e produção de PG Atividade contrátil Influencia o fluxo sanguíneo renal Inervação Sistema nervoso simpático Adrenérgico Influencia Hemodinâmica renal Transporte tubular de água e íons Secreção de renina Nervos renais Entram no hilo em associação com veia e artéria renal Formação da urina Filtração glomerular Filtrado glomerular Reabsorção e secreção tubular Filtrado tubular 10/05/2015 4 Glomérulo Filtração sanguínea Forma o filtrado glomerular Composição semelhante ao plasma Eletrólitos e água Ritmo de filtração glomerular Mililítros/min/kg Cão beagle de 10 Kg 3,7 ml/min/kg = 37 ml por minuto = 53,3 L dia 27 vezes o volume do líquido extracelular Filtração glomerular Formação do filtrado Glomérulos Sistema de alta pressão (favorece filtração) Capilares peritubulares Baixa pressão (favorece a reabsorção) Filtração glomerular Forças que favorecem a filtração Pressão hidrostática do sangue (principal) Pressão oncótica no espaço de Bowman Desprezível Devido a PTN de peso molecular maior não serem filtradas Forças que se opõem a filtração Pressão oncótica do plasma Pressão hidrostática no espaço de Bowman Filtração glomerular Ao longo do capilar Água vai sendo filtrada PTN retidas no capilar Aumento da P oncótica plasmática Diminuição da pressão hidrostática Diminuição da pressão efetiva de filtração Filtração glomerular Natureza do filtrado Ultrafiltrado do sangue Componentes maiores (colóides e células sanguíneas não são filtradas) Semelhante ao plasma Exceção da baixa concentração de PTN 10/05/2015 5 Ritmo de filtração glomerular Dependente Pressão efetiva de filtração Permeabilidade da barreira de filtração Área disponível para filtração Ritmo de filtração glomerular RFG Produto da pressão efetiva pela permeabilidade da barreira de filtração e pela área da superfície para filtração Permeabilidade Determinada Características estruturais e químicas da parede capilar Coeficiente de ultrafiltração Produto da permeabilidade por sua área de superfície Ritmo de filtração glomerular Barreira de filtração Seletivamente permeável Componentes celulares e PTN plasmáticas semelhantes a albumina Retidos no sangue Água e solutos são filtrados Raio molecular de 2 nm Ritmo de filtração glomerular Barreira de filtração Carga elétrica Forma catiônica – Forma neutra – Forma aniônica Glicoproteínas na parede capilar Carregadas negativamente Forma da molécula e deformação Longas vs globular Ritmo de filtração glomerular Constante Variação fisiológica Modulação da pressão sanguínea Volume intravascular Fluxo sanguíneo renal Pressão capilar Coeficiente Kf Ritmo de filtração glomerular Sistema renina-angiotensina-aldosterona Controle do RFG e fluxo sanguíneo renal Renina Produzida nas paredes da arteríola aferente Células mesangiais granulares extraglomerulares Células justaglomerulares especializadas Estimulada pela queda na perfusão renal (pressão; hipotensão sistêmica) 10/05/2015 6 Sistema renina-angiotensina- aldosterona Sistema renina-angiotensina- aldosterona Angiotensina II Estimula a PGE 2 e PGI 2 intra-renal Vasodilatadores que modulam o sistema Atuação contrária a constritora da Ang II Sem este controle Constrição generalizada e menor fluxo sanguíneo renal e RFG Controle intrínseco da perfusão capilar Atuo-regulação do fluxo sanguíneo renal e RFG Reflexo miogênico Arteríolas glomerulares respondem a alterações na tensão capilar (receptor de estiramento) Aumento de tensão leva a constrição Aumento da resistência ao fluxo sanguíneo na arteríola aferente Diminuição da tensão leva a dilatação Diminuição da resistência ao fluxo sanguíneo na arteríola aferente Controle intrínseco da perfusão capilar Retroalimentação tubuloglomerular Mácula densa Porção distal do ramo ascendente grosso da alça de Henle Entre artéria aferente e eferente Adjacente a porção extraglomerular Aparelho justaglomerular Controle intrínseco da perfusão capilar Retroalimentação tubuloglomerular Alterações na TFG induzidas por modificações no fluxo tubular Células da mácula Detectam mudanças na liberação de sódio e cloreto TFG aumentada (maior pressão hidrostática) Aumento subsequente de fluxo da mácula responde Retorno da TFG e fluxo ao normal Constrição arteriolar aferente (queda na P glomerular) Contração do mesângio (menor área para filtração) Controle intrínseco da perfusão capilar Endotélio Produção de vasoconstritores Endotelina, tromboxano e Ang II Produção de vasodilatadores Óxido nítrico, PGI2 e PGE2 10/05/2015 7 Ritmo de filtração glomerular Fatores sistêmicos Volume sanguíneo Tônus vascular Volume sanguíneo ADH e aldosterona Aumentam reabsorção de água e soluto Aumento do volume Peptídeo natriurético atrial Aumenta a excreção de água e soluto Diminuição do volume Ritmo de filtração glomerular Tônus vascular ADH e catecolaminas Aumento da vasoconstrição sistêmica e P sanguínea Redução e redistribuição do fluxo sanguíneo renal Diminuem o coeficiente de ultrafiltração (Kf) Transporte tubular Reabsorção tubular Transporte ativo Bomba de Na+ K+ ATPase Fornece energia para reabsorção de Na+, glicosee AA Co-transporte Contra-transporte Reabsorção tubular Reabsorção tubular Sódio Principalmente no túbulo proximal (65%) Difusão facilitada Ambiente criado pela bomba de Na+ K+ ATPase Co-transporte (glicose ou AA) Deve ser acompanhada de ânions Manter neutralidade Cloro e bicarbonato 10/05/2015 8 Reabsorção tubular Sódio Reabsorção tubular Sódio Reabsorção tubular Sódio 25% na alça ascendente de Henle Co-transporte com íons Cl- Furosemida Inibição deste co-transporte Diurético 10% no néfron distal Reabsorção tubular Sódio 10% no néfron distal Túbulos contornado distal e conectores Co-transporte com Cl- Ductos coletores Canal condutor Absorção estimulada pela aldosterona e inibida pelo peptídeo natriurético atrial Reabsorção tubular Glicose e AA Reabsorção tubular Água e solutos não ativamente reabsorvidos Após movimento do Na+, Cl-, HCO3-, glicose e AA para o espaço peritubular Aumento do gradiente osmótico Difusão da água pelas junções de oclusão (paracelular) e células (transcelular) 65% da água é reabsorvido no túbulo proximal Aumenta o gradiente químico da uréia no túbulo 10/05/2015 9 Secreção tubular Transporte dos capilares tubulares Fluido intersticial Células epiteliais tubulares Lúmen tubular Contra-transporte de Na+ e Cl- Potássio Reabsorvido no túbulo contorcido proximal Secretado na porção reta, descendente fino da alça de Henle Absorvido e secretado no néfron distal Transporte tubular Velocidade máxima de reabsorção Transporte tubular máximo Após este limite Permanência na urina Diabetes melitus Alta de glicose no plasma e tubular Esgotamento de moléculas para reabsorção Excesso no fluido e aumento da pressão osmótica Depuração renal Capacidade do rim em remover substâncias do plasma Dx = depuração (mililitros/min) Ux = concentração de x na urina (miligramas/min) V = velocidade de formação da urina (mililitros/min) Px = concentração de x no plasma (miligramas/min) Medida da TFG e fluxo plasmático renal Medição da TFG Substância deve ser filtrada livremente Não deve haver reabsorção e excreção Concentração no filtrado será igual ao plasma Taxa de excreção na urina será igual a carga tubular Insulina e creatinina Medida da TFG e fluxo plasmático renal Medição da TFG Creatinina (avaliação da função renal) Subproduto do metabolismo muscular Livre no sangue não é utilizada Excreção na urina em taxa constante Redução na depuração de creatinina associado a altas concentrações plasmáticas Perda no número de néfrons ou função reduzida Medida da TFG e fluxo plasmático renal Medição do fluido plasmático renal Substância deve ser filtrada livremente no glomérulo Não deve ser reabsorvida Deve ser secretada pelo epitélio tubular Toda substância deve ser removida do sangue antes que este deixe o rim Taxa de excreção é igual a carga plasmática 10/05/2015 10 Medida da TFG e fluxo plasmático renal Medição do fluido plasmático renal Ácido paraaminoparaipúrico (PAH) Controle da osmolalidade do LEC e concentração de sódio Controle da osmolalidade Queda da osmolalidade do LEC Maior excreção de água Urina diluída Aumento da osmolalidade Aumento da osmolalidade do LEC Maior excreção de solutos Urina concentrada Redução da osmolalidade Controle da osmolalidade ADH (vasopressina) Sinal de controle Excesso de concentração dos líquidos corporais Estímulo a neuro-hipófise Rins conservam água e excretam solutos Ausência de ADH Urina diluída Urina diluída Filtrado glomerular 300mOsm/l Excreção do excesso de água Necessário diluir o filtrado Aumento da reabsorção de solutos em relação a água 10/05/2015 11 Urina diluída Ramo ascendente da alça e túbulo distal diluidor Baixa permeabilidade a água Túbulo distal terminal e ducto coletor Ausência de ADH Quase impermeáveis a água Excreção do excesso de soluto Concentração da urina Mecanismo de contracorrente Dependente da anatomia das alças de Henle e vasos retos Néfrons justamedulares Alças de Henle longas que atingem a medula e retornam para o córtex Excreção do excesso de soluto contracorrente Ramos grosso ascendente Criação da hiperosmolalidade medular Ramo fino descendente Permeável a água Aumento da osmolalidade tubular Tentativa de equilíbrio com a intersticial Ramo fino descendente Permeável ao NaCL Diminuição da osmolalidade tubular Excreção do excesso de soluto Hiperosmolalidade medular Resultado do transporte ativo de Na+ e co- transporte com K+, Cl- Porção grossa do ramo ascendente para interstício Íons migram para a medula interna pelos ramos descendentes dos vasos retos e ramos delgados descendentes da alça de Henle Excreção do excesso de soluto Hiperosmolalidade medular Pequena quantidade de íons Transporte do ducto coletor para líquido intersticial Ativo de Na+ e Co-transporte de Cl- Alta de ADH Aumenta permeabilidade do ducto medular a água Muito sódio no interstício atrai a água Aumenta a concentração de uréia no ducto Excreção do excesso de soluto Mecanismo do ADH para aumentar a reabsorção de água Atua na membrana basolateral Ativação do AMPc que atuará no lado luminal da célula Formação de canais condutores de água No estado normal (baixo ADH) o ducto coletor é quase impermeável a água 10/05/2015 12 Excreção do excesso de soluto Hiperosmolalidade medular Multiplicador de contracorrente NaCl pelos ramos descendentes dos vasos retos Na extremidade ocorre nova reabsorção para o interstício aumentando a osmolalidade NaCl remanescente flui para o ramo ascendente da alça de Henle Nova reabsorção Excreção do excesso de soluto Hiperosmolalidade medular Mantida pelo mecanismo de contracorrente nos vasos retos Caso não existisse Fluxo de sangue pelo interstício removeria o excesso de soluto Fluxo sanguíneo medular Muito pequeno (remoção pequena de solutos) Excreção do excesso de soluto Hiperosmolalidade medular Trocador de contracorrente Líquido flui em ramos paralelos (U) Difusão facilitada de água e solutos Urina concentrada Papel do ADH Aumento da permeabilidade do ducto coletor Meio intersticial altamente concentrado atrai água Concentração do líquido no ducto Controle da osmolalidade extracelular Relação com os íons Na+ Íon positivo mais abundante (90%) Reabsorção relacionada a um negativo Controle dos íons positivos regula a concentração iônica total Glicose e uréia 3% da osmolalidade Controle da osmolalidade extracelular 3 mecanismos Sistema de osmorreceptores ADH Mecanismo da sede Mecanismo do apetite por sal 10/05/2015 13 Sistema de osmorreceptores Aumento da osmolalidade Excesso de Na+ Excitação dos osmorreceptor no hipotálamo Estimula núcleos supra ópticos Indução da neuro-hipófise Liberação de ADH Aumento da reabsorção de água nos ductos coletores e túbulos distais Conservação de água e perda de sódio na urina Diluição de Na+ no líquido extracelular Mecanismo da sede Importante mecanismo Quantidade de água corporal Equilíbrio entre ingestão e eliminação Centro da sede Parede antero-ventral do terceiro ventrículo Antero-lateral na área pré-óptica Injeção de soluçãosalina Induz osmose de água para fora das células e estimula ingestão de água Atuam como osmorreceptores Mecanismo da sede Centro da sede Estimulado pela desidratação celular Causa mais comum Aumento da concentração osmolar no LEC (Na+) Perda de excessiva K+ intracelular Diminuição do volume Mecanismo da sede Ato de beber Alívio da sede antes mesmo da água chegar ao TGI Temporário Distensão do estômago Alívio temporário adicional Após ingestão 1 hora para distribuição em todo organismo Mecanismo da sede Perda de água contínua Pele, pulmões, urina Contínua desidratação Diminuição do LEC com concentração de Na+ Osmolalidade aumenta por 4 mOsm/l acima do normal Atingiu o limiar da sede (nível para esforço motor necessário para ingestão) Ativação do mecanismo da sede Osmorreceptores e mecanismo da sede Atuam em conjunto Na falha de um o outro consegue suprir Ausência de ambos Falha no controle da osmolalidade 10/05/2015 14 Osmorreceptores e mecanismo da sede Efeitos cardiovasculares Reflexo barorreceptor arterial Queda do volume de sangue Baixa na pressão arterial Ativação do sistema ADH-sede Reflexo dos receptores de volume Queda na pressão atrial, artéria pulmonar Ativação do sistema ADH-sede Osmorreceptores e mecanismo da sede Alteração da osmolalidade Rápido Alteração do volume Lenta/Rápido Controle da concentração de sódio Filtrado tem 26.000 mEq de Na+ Ingestão média de 150 mEq Consequentemente Rins excretam apenas 150 mEq para não ocorrer depleção corporal Principal papel do sistema tubular de excreção Reabsorção e não excreção Controle da concentração de sódio Reabsorção Túbulos proximais (65% - transporte ativo) Atrai íons negativos também (passivo ou co- transporte) Consequente atração de água pelo aumento da pressão osmótica Alças de Henle (27% na porção espessa) Controle da concentração de sódio Reabsorção variável Túbulos distais e ductos coletores Controlada pela aldosterona Grandes quantidades Reabsorção quase total do sódio Ausência Excreção pela urina Controle da concentração de sódio Reabsorção variável Aldosterona Ligação com receptor no citoplasma Migração para o núcleo Transcrição de RNAm Proteínas transportadoras aumentando a permeabilidade Maior quantidade de Na+ K+/ATPase na membrana basolateral 10/05/2015 15 Controle da concentração de sódio Aldosterona Córtex da adrenal Estimulada Aumento do Angiotensinogênio II no sangue Aumento de íons K+ no LEC Diminuição de íons Na+ no LEC Controle da concentração de sódio Aldosterona Redução no volume do LEC Queda na pressão arterial e estimulação do SNS Redução do fluxo sanguíneo renal Secreção de renina Ang – Ang I – Ang II Estímulo a aldosterona Absorção de sódio e normalização do volume do LEC Controle da concentração de sódio Efeito da aldosterona sobre a concentração de sódio no plasma Pouco efeito Reabsorção de água simultânea Apetite por sal Estimulado Diminuição da concentração de sódio no LEC Insuficiência circulatória Causada pela redução no volume sanguíneo Doença de Addison Baixa aldosterona Perda excessiva de sal na urina Baixa concentração no LEC e redução do volume de sangue Considerações finais Anatomia fisiológica Aparelho justamedular Filtração glomerular Fatores que interferem Sistema renina-angiotensina-aldosterona ADH Controle da osmolalidade extracelular Obrigado!
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