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AUDITORIA EM EXERCÍCIOS Aula 01

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AUDITORIA PARA AFRFB (EXERCÍCIOS COMENTADOS) 
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Prof. Marcelo Aragão www.pontodosconcursos.com.br 
Olá Pessoal, 
Esta é a aula 1 de Auditoria em Exercícios para o concurso de Auditor 
Fiscal da Receita Federal do Brasil, que aborda os seguintes assuntos: 
• Aspectos Gerais: conceitos e normas gerais da auditoria contábil. 
• Ética Profissional e Responsabilidade Legal. 
• Controle de Qualidade. 
• Auditoria Interna Versus Auditoria Externa. Conceito, Objetivos, 
Responsabilidades, Funções, Atribuições. 
ASPECTOS GERAIS: CONCEITOS E OBJETIVOS GERAIS DA AUDITORIA 
CONTÁBIL (NBC TA 200) 
1) (Auditor/BADESC/FEPESE/2005) Quanto às definições e conceitos 
de auditoria, assinale a alternativa incorreta. 
a) Auditoria é a técnica contábil que tem como objetivo realizar a 
correção de erros administrativos e de gestão. 
b) Auditoria é uma técnica contábil que compreende o exame de 
documentos, livros e registros, inspeções e obtenção de informações e 
confirmações, internas e externas, relacionadas com o controle do 
patrimônio, objetivando mensurar a exatidão desses registros e das 
demonstrações contábeis deles decorrentes. 
c) Auditoria é uma tecnologia contábil aplicada ao sistemático exame 
dos registros, demonstrações e de quaisquer informes ou elementos 
de consideração contábil, visando a apresentar opiniões, conclusões, 
críticas e orientações sobre situações ou fenômenos patrimoniais da 
riqueza aziendal, pública ou privada, quer ocorridos, quer por ocorrer 
ou prospectados e diagnosticados. 
d) A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de 
procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer 
sobre a sua adequação, consoante os Princípios Fundamentais de 
Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for 
pertinente, a legislação específica. 
SOLUÇÃO:A auditoria é a técnica contábil que, através de procedimentos 
específicos que lhe são peculiares, aplicados no exame de registros e 
documentos, inspeções, e na obtenção de informações e confirmações, 
relacionados com o controle de patrimônio de uma entidade – objetiva obter 
elementos de convicção que permitam julgar se os registros contábeis foram 
efetuados de acordo com os princípios fundamentais e normas de 
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Contabilidade e se as demonstrações contábeis deles decorrentes refletem 
adequadamente a situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados 
do período administrativo examinado e as demais situações nelas 
demonstradas.” 
Notem que é o mesmo conceito apresentado na alternativa “b” e muito 
próximo do contido na alternativa “c”. Ambas estão corretas e expressam 
adequadamente o propósito da auditoria contábil: é a técnica mediante a qual 
se obtém informações sobre o patrimônio de uma entidade, bem como sobre 
suas variações, para emitir opinião sobre a adequação dos registros e das 
demonstrações contábeis. 
A alternativa “d” também está correta e reproduz o disposto na 
Resolução CFC nº 820/97 (já revogada), sobre o conceito e o objetivo da 
auditoria independente das demonstrações contábeis, qual seja: “A auditoria 
das demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimentos técnicos 
que tem por objetivo a emissão de parecer sobre a sua adequação, consoante 
os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de 
Contabilidade e, no que for pertinente, a legislação específica”. 
Sobrou a alternativa “a”. De fato, ela está incorreta e satisfaz o 
enunciado da questão, pois a correção de fraudes ou erros não constitui o 
objetivo principal da auditoria contábil. O auditor aplica procedimentos para 
emitir opinião sobre as demonstrações contábeis, verificando se existem erros 
ou distorções relevantes que as tornem inadequadas. A responsabilidade pela 
detecção de erros e sua correção é da administração da empresa. 
2) (ICMS/RIO/FGV/2009) A respeito de conceituação e objetivos da 
auditoria independente, analise as afirmativas a seguir: 
I. A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de 
procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer 
sobre a sua adequação, consoante os Princípios Fundamentais de 
Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for 
pertinente, à legislação específica. 
II. Na ausência de disposições específicas, prevalecem as práticas já 
consagradas pela profissão contábil, formalizadas ou não pelos seus 
organismos próprios. 
III. O auditor considera adequadas e suficientes, para o entendimento 
dos usuários, as informações divulgadas nas demonstrações contábeis, 
apenas em termos de conteúdo, salvo declaração expressa em 
contrário, constante do parecer. 
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Assinale: 
(A) se somente a afirmativa III estiver correta. 
(B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
SOLUÇÃO: Essa questão trata dos objetivos do auditor contábil quanto à 
emissão do parecer contendo a sua opinião sobre as demonstrações contábeis, 
de acordo com a Resolução CFC nº 820/97 (NBC T 11). Apesar da referida 
norma ter sido revogada, os conceitos ainda estão presentes na doutrina, 
razão pela qual a incluímos em nossa aula. Passamos a analisar cada 
afirmativa da questão: 
Afirmativa I - em conformidade com a norma, a auditoria das 
demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimentos técnicos que 
tem por objetivo a emissão de parecer sobre a sua adequação, consoante os 
Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de 
Contabilidade e, no que for pertinente, a legislação específica. Afirmativa certa. 
Afirmativa II – A norma estabelece que, inexistindo uma norma 
específica sobre uma determinada operação contábil, o auditor terá como 
referência para avaliar a forma como foi tratada e registrada a operação, as 
práticas já consagradas pela Profissão Contábil, sejam elas formalizadas ou 
não pelos seus organismos próprios. Afirmativa certa. 
Afirmativa III – A norma estabelecia que, salvo declaração expressa em 
contrário, consoante o parecer, entende-se que o auditor considera adequadas 
e suficientes, para o entendimento dos usuários, as informações divulgadas 
nas demonstrações contábeis, tanto em termos de conteúdo quanto de forma. 
Portanto, há erro quando se afirma que o auditor considera adequadas e 
suficientes, para o entendimento dos usuários, as informações divulgadas nas 
demonstrações contábeis, apenas em termos de conteúdo, salvo declaração 
expressa em contrário, constante do parecer, pois, se não há nenhuma 
manifestação contrária em relatório/parecer, subentende-se que o auditor 
considera adequada também a forma de divulgação das demonstrações e não 
somente o seu conteúdo. 
Portanto, a alternativa correta é a “B”: Se somente as afirmativas I e II 
estiverem corretas. 
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OBSERVAÇÃO:Essas disposições não mais constam das normas 
brasileiras. Todavia, com relação à utilização pelo auditor das práticas 
contábeis, a NBC TA 200 prevê as fontes que podem ser utilizadas para 
orientação sobre a aplicação da estrutura de relatório financeiro 
aplicável, quais sejam: 
• o ambiente legal e ético, incluindo estatutos, regulamentos, 
veredictos e obrigações éticas profissionais em relação a assuntos 
contábeis; 
• interpretações contábeis publicadas de diferente autoridade 
emitidas por organizações normatizadoras, profissionais ou 
reguladoras; 
• pontos de vista publicadosde diferentes autoridades sobre 
assuntos contábeis emergentes, emitidos por organizações 
normatizadoras, profissionais ou reguladoras; 
• práticas gerais e de setor amplamente reconhecidas e 
prevalecentes; e 
• literatura contábil. 
Quando existem conflitos entre a estrutura de relatório financeiro 
aplicável e as fontes em que orientação sobre sua aplicação pode ser 
obtida, ou entre as fontes que abrangem a estrutura de relatório 
financeiro, a fonte com a mais alta autoridade prevalece. 
No caso do Brasil, como definido no item 7 da NBC T 19.27 – 
Apresentação das Demonstrações Contábeis, “práticas contábeis 
adotadas no Brasil” compreendem a legislação societária brasileira, as 
Normas Brasileiras de Contabilidade, emitidas pelo Conselho Federal 
de Contabilidade, os pronunciamentos, as interpretações e as 
orientações emitidos pelo CPC e homologados pelos órgãos 
reguladores, e práticas adotadas pelas entidades em assuntos não 
regulados, desde que atendam à Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis emitida pelo 
CFC e, por conseguinte, em consonância com as normas contábeis 
internacionais. 
3) (Auditor/BADESC/FEPESE/2005) A realização de auditorias nas 
empresas é importante sob a perspectiva da riqueza patrimonial, 
dando maior segurança aos administradores, proprietários, fisco, 
financiadores, etc, no sentido da integridade do valor. 
Assinale a alternativa incorreta quanto aos reflexos e as vantagens da 
utilização dos serviços de auditoria. 
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A) No aspecto técnico, a auditoria examina a moralidade do ato 
praticado. 
B) No aspecto fiscal, a auditoria resguarda o patrimônio da entidade 
contra multas e penalidades sobre a sonegação de impostos. 
C) No aspecto social, a auditoria assegura a veracidade das 
informações das demonstrações contábeis para a sociedade em geral. 
D) No aspecto econômico, a auditoria assegura maior exatidão dos 
custos e veracidade dos resultados operacionais. 
SOLUÇÃO:Em conformidade com a doutrina, a auditoria apresenta reflexos 
sobre a riqueza patrimonial, quanto aos seguintes aspectos: 
ƒ Sob o aspecto administrativo: contribui para a redução de ineficiência, 
negligência, incapacidade e improbidade de empregados e 
administradores. 
ƒ Sob o aspecto patrimonial: possibilita melhor controle dos bens, 
direitos e obrigações que constituem o patrimônio. 
ƒ Sob o aspecto fiscal: é fator de mais rigoroso cumprimento das 
obrigações fiscais, resguardando o patrimônio contra multas, o 
proprietário contra penalidades decorrentes de lei de sonegação fiscal e o 
fisco contra sonegação de impostos. 
ƒ Sob o aspecto técnico: contribui para mais adequada utilização das 
contas, maior eficiência dos serviços contábeis, maior precisão das 
informações e a garantia de que a escrituração e as demonstrações 
contábeis foram elaboradas de acordo com os princípios e normas de 
contabilidade. 
ƒ Sob o aspecto financeiro: resguarda créditos de terceiros – 
fornecedores e financiadores – contra possíveis fraudes e dilapidações do 
patrimônio, permitindo maior controle dos recursos para fazer face a 
esses compromissos. 
ƒ Sob o aspecto econômico: assegura maior exatidão dos custos e 
veracidade dos resultados, na defesa do interesse dos investidores e 
titulares do patrimônio. 
ƒ Sob o aspecto ético: examina a moralidade do ato praticado, pois o 
registro poderá estar tecnicamente elaborado e o fato legalmente 
comprovado, porém o ato da administração poderá ser moralmente 
indefensável, cabendo à auditoria apontá-lo para julgamento dos 
titulares do patrimônio ou de seus credores. 
ƒ Sob o aspecto social: dá credibilidade às demonstrações contábeis das 
empresas e assegura a veracidade das informações, das quais dependerá 
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a tranquilidade quanto à sanidade das empresas e à garantia de 
empregos. 
Nesse sentido, verifica-se que a alternativa incorreta é a “A”, pois o 
exame da moralidade do ato praticado refere-se ao aspecto ético. Sob o 
aspecto técnico, a auditoria contribui para uma maior adequação na utilização 
das contas, maior eficiência dos serviços contábeis, maior precisão das 
informações e a garantia de que a escrituração e as demonstrações contábeis 
foram elaboradas de acordo com os princípios e normas de contabilidade. 
4) (TRT/24ª REGIÃO/FCC/2011)Ao conduzir uma auditoria de 
demonstrações contábeis, são objetivos gerais do auditor obter 
segurança 
(A) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão 
livres de distorção relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando 
que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis 
foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade 
com a estrutura de relatório financeiro aplicável. 
(B) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão 
livres de distorção irrelevante, devido a erros, possibilitando que o 
auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram 
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a 
estrutura de parecer financeiro. 
(C) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de 
distorção relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o 
auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram 
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a 
estrutura de relatório financeiroaplicável. 
(D) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de 
distorção irrelevante, devido à fraude, possibilitando que o auditor 
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram 
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a 
estrutura de relatório financeiro aplicável. 
(E) razoável de que as demonstrações contábeis em parte estão livres 
de distorção irrelevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o 
auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram 
elaboradas, em todos os aspectos considerados, em conformidade com 
a estrutura de parecer financeiro consolidado do auditor independente. 
SOLUÇÃO: De acordo com a NBC TA 200, norma do CFC que trata dos 
objetivos gerais da auditoria independente das demonstrações contábeis, ao 
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conduzir a auditoria de demonstrações contábeis, os objetivos gerais do 
auditor são: 
a) obtersegurança razoável de que as demonstrações contábeis como 
um todo estão livres de distorção relevante, independentemente se 
causadas por fraude ou erro, possibilitando assim que o auditor expresse 
sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em 
todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de 
relatório financeiro aplicável; e 
b) apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-
se como exigido pelas NBC TAs, em conformidade com as constatações 
do auditor. 
Logo, a alternativa “A” é a correta. 
Entendo pertinente apresentar considerações sobre três aspectos 
fundamentais presentes na definição dos objetivos gerais do auditor contábil: 
Em todos os aspectos relevantesÆA relevância (ou materialidade) constitui 
aspecto fundamental em auditoria contábil. O conceito reconhece que algumas 
questões contábeis são importantes para uma apresentação adequada das 
demonstrações contábeis, e outras, não. Portanto, mediante julgamento 
profissional, o auditor define o que é relevante para as demonstrações e o que 
significaria uma distorção capaz de influenciar as decisões econômicas de um 
usuário das demonstrações. Nesse sentido, o auditor planeja seus exames 
para encontrar omissõesou distorções que, individualmente ou em conjunto, 
sejam materiais e capazes de prejudicar os usuários. 
Em conformidade com umaestrutura de relatório financeiro 
aplicávelÆEstrutura de relatório financeiro aplicável é a estrutura de relatório 
financeiro adotada pela administração e, quando apropriado, pelos 
responsáveis pela governança na elaboração das demonstrações contábeis, 
que é aceitável em vista da natureza da entidade e do objetivo das 
demonstrações contábeis ou que seja exigida por lei ou regulamento. A forma 
da opinião do auditor depende da estrutura de relatório financeiro aplicável e 
de lei ou regulamento, que sejam aplicáveis. 
Segurança razoávelÆComo base para a opinião do auditor, as NBC TAs 
exigem que ele obtenha segurança razoável de que as demonstrações 
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contábeis como um todo estão livres de distorção relevante, 
independentemente se causadas por fraude ou erro. 
Asseguração razoável é um nível elevado de segurança. Esse nível é 
conseguido quando o auditor obtém evidência de auditoria apropriada e 
suficiente para reduzir a um nível aceitavelmente baixo o risco de auditoria 
(isto é, o risco de que o auditor expresse uma opinião inadequada quando as 
demonstrações contábeis contiverem distorção relevante). 
Contudo, asseguração razoável não é um nível absoluto de segurança. O 
auditor não é obrigado e não pode reduzir o risco de auditoria a zero, e, 
portanto, não pode obter segurança absoluta de que as demonstrações 
contábeis estão livres de distorção relevante devido à fraude ou erro. Isso 
porque uma auditoria tem limitações inerentes, e, como resultado, a maior 
parte das evidências de auditoria que propiciam ao auditor obter suas 
conclusões e nas quais baseia a sua opinião são persuasivas (convincentes) ao 
invés de conclusivas. 
5) Acerca do conceito e dos objetivos da auditoria é correto afirmar 
que: 
I. A auditoria compreende o exame de documentos e registros e 
obtenção de informações e confirmações, internas e externas, 
relacionadas com o controle do patrimônio, objetivando mensurar a 
exatidão desses registros e das demonstrações contábeis deles 
decorrentes. 
II. É dever do auditor emitir um relatório a respeito das possíveis 
deficiências de controles internos observadas no transcurso de seu 
trabalho. 
III. Asseguração razoável é um nível elevado de segurança conseguido 
quando o auditor obtém evidência de auditoria apropriada e suficiente 
de que não existe risco de distorções nas demonstrações contábeis. 
IV. A auditoria conduzida em conformidade com as normas de 
auditoria e exigências éticas relevantes capacita o auditor a formar 
opinião quanto à certeza da integridade das informações contidas nas 
demonstrações contábeis. 
Estão corretas as afirmativas: 
A) I e II apenas. 
B) I e III apenas. 
C) I, III e IV apenas. 
D) II, III e IV apenas. 
E) I, II, III e IV. 
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SOLUÇÃO: A afirmativa I está correta. A auditoria compreende o exame de 
documentos, livros e registros, inspeções e obtenção de informações e 
confirmações, internas e externas, relacionadas com o controle do patrimônio, 
objetivando mensurar a exatidão desses registros e das demonstrações 
contábeis deles decorrentes. 
A afirmativa II também está correta. Embora não seja a principal 
obrigação do auditor, é seudever emitir um relatório a respeito das possíveis 
deficiências ou ineficácias de controles internos observadas no transcurso de 
seu trabalho. 
A afirmativa III está incorreta. Asseguração razoável não é um nível 
absoluto de segurança. Portanto, o auditor não é obrigado e não pode reduzir 
o risco de auditoria a zero, e, portanto, não pode obter segurança absoluta de 
que as demonstrações contábeis estão livres de distorção devido à fraude ou 
erro. 
A afirmativa IV também está incorreta. A auditoria possui suas 
limitações. Assim, existe a possibilidade de que a administração ou outros 
possam não fornecer, intencionalmente ou não, as informações completas que 
são relevantes para a elaboração das demonstrações contábeis ou que tenham 
sido solicitadas pelo auditor. Portanto, o auditor não pode ter certeza da 
integridade da informação, embora tenha executado os procedimentos de 
auditoria para obter certeza de que todas as informações relevantes foram 
obtidas. 
O gabarito é a letra A, pois estão corretas apenas as afirmativas I e II. 
6) Com relação às normas de auditoria independente das 
demonstrações contábeis é correto afirmar que 
A) o objetivo da auditoria é revelar fraudes relevantes nas 
demonstrações contábeis e isso é alcançado mediante a expressão de 
uma opinião pelo auditor sobre as demonstrações contábeis. 
B) a hipótese de o auditor se equivocar ao manifestar opinião de que 
as demonstrações contábeis contêm distorção relevante constitui, na 
acepção das normas brasileiras de contabilidade, um tipo de risco 
considerado insignificante. 
C) quando não for possível obter segurança razoável e a opinião com 
ressalva no relatório do auditor for insuficiente nas circunstâncias para 
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atender aos usuários previstos das demonstrações contábeis, o auditor 
deve emitir opinião adversa ou renunciar ao trabalho. 
D) risco de detecção é o risco de que o auditor expresse uma opinião 
de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis 
contiverem distorção relevante. 
E) para obter segurança razoável, o auditor deve obter evidência de 
auditoria apropriada e suficiente para eliminar o risco de auditoria. 
SOLUÇÃO:A NBC TA 200 estabelece que “o risco de auditoria não inclui o risco 
de que o auditor possa expressar uma opinião de que as demonstrações 
contábeis contêm distorção relevante quando esse não é o caso. Esse risco 
geralmente é insignificante”. Quando o auditor está diante de uma possível 
distorção relevante, ele aprofunda os exames e aplica procedimentos 
adicionais para se certificar de que realmente a distorção é relevante.A 
alternativa correta é a B. 
Na letra A, segundo a NBC TA 200 o objetivo da auditoria é aumentar o 
grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários e 
esse objetivo é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo 
auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os 
aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório 
financeiro aplicável. 
Aopinião profissional e independente do auditor sobre as demonstrações 
contábeis é que aumenta a confiança e a credibilidade sobre as mesmas. 
Assim, usuários de demonstrações contábeis beneficiam-se da segurança, 
trazida pela auditoria, de que elas não contêm distorções relevantes. 
Na letra C, também em conformidade com a NBC TA 200, o auditor deve 
abster-se de emitir opinião ou renunciar ao trabalho. Quando o auditor não 
consegue obter segurança razoável para opinar sobre as 
demonstrações contábeis, a norma estabelece que, quando a opinião com 
ressalva no relatório do auditor for insuficiente nas circunstâncias para atender 
aos usuários previstos das demonstrações contábeis, o auditor deve abster-se 
de emitir sua opinião ourenunciar ao trabalho, quando a renúncia for 
possível de acordo com lei ou regulamentação aplicável. 
Na letra D, o certo seria o risco de auditoria. Atenção para não confundir 
em prova os conceitos: 
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Risco de auditoriaÆé a probabilidade de que o auditor emita uma opinião 
inadequada sobre um objeto que contém distorções ou irregularidades 
relevantes. Ouseja, é o risco do auditor contábil emitir opinião sem ressalva 
para uma demonstração contábil com erros ou fraudes relevantes. 
Risco de distorçãorelevanteÆé o risco ou a probabilidade de ocorrência de 
erro e fraude relevante e é avaliado pelo auditor considerando-se o risco 
inerente e o risco de controle. 
Risco inerenteÆé a probabilidade de distorções relevantes não levando em 
conta os controles internos existentes. Depende da natureza da entidade ou da 
área ou da conta examinada, sem considerar os controles. 
Risco de controleÆé a probabilidade de que os controles internos não 
previnam ou detectem erros e fraudes relevantes. 
Risco de detecçãoÆse relaciona com a natureza, a época e a extensão dos 
procedimentos que são determinados pelo auditor para reduzir o risco de 
auditoria a um nível baixo aceitável. Portanto, é uma função da eficácia do 
procedimento de auditoria e de sua aplicação pelo auditor. 
Por fim, na letra E, não existe risco zero em auditoria. Asseguração 
razoável não é um nível absoluto de segurança porque há limitações inerentes 
em uma auditoria, as quais resultam do fato de que a maioria das evidências 
de auditoria em que o auditor baseia suas conclusões e sua opinião é 
persuasiva e não conclusiva. 
7) Assinale a alternativa incorreta. 
A) risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião 
de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis 
contiverem distorção relevante. 
B) o risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante 
e do risco de detecção. 
C) asuficiência das evidências de auditoria é a medida da qualidade da 
evidência de auditoria. 
D) risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações 
contábeis contenham distorção relevante antes da auditoria e consiste 
em dois componentes: risco inerente e risco de controle. 
E) os princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o 
auditor quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis 
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são: a integridade; a objetividade; a competência e o zelo profissional; 
a confidencialidade; e a conduta profissional. 
SOLUÇÃO:Nos termos da NBC TA 200, evidências de auditoria são as 
informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões em que 
se baseia a sua opinião. As evidências de auditoria incluem informações 
contidas nos registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e 
outras informações. Para fins das NBC TAs, suficiência das evidências de 
auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria e adequação é a 
medida da qualidade da evidência de auditoria; isto é, sua relevância e 
confiabilidade no fornecimento de suporte às conclusões em que se baseia a 
opinião do auditor. O gabarito é a letra C. 
8) (AUDITOR/ANGRA DOS REIS/FGV/2010) Estrutura de relatório 
financeiro aplicável, nos termos da TA 200, é a estrutura de relatório 
financeiro adotada pela administração e, quando apropriado, pelos 
responsáveis pela governança na elaboração das demonstrações 
contábeis, que é aceitável em vista da natureza da entidade e do 
objetivo das demonstrações contábeis ou seja exigida por lei ou 
regulamento. É utilizada para se referir a uma estrutura de relatório 
financeiro que exige conformidade com as exigências dessa estrutura 
e 
(A) prevê o mesmo modelo de demonstrações contábeis para qualquer 
tipo de entidade, com vistas à harmonização de normas contábeis. 
(B) reconhece explicita ou implicitamente que, para conseguir a 
apresentação adequada das demonstrações contábeis, pode ser 
necessário que a administração forneça divulgações além das 
especificamente exigidas pela estrutura. 
(C) prevê que caberá ao auditor fornecer os modelos adequados de 
relatórios a serem utilizados pela entidade, a partir de 2010. 
(D) reconhece explicitamente que a administração não se desvie de 
uma exigência da estrutura para conseguir uma apresentação 
adequada das demonstrações contábeis. 
(E) reconhece que o auditor deve manter seu planejamento inicial 
constante até o final dos trabalhos. 
SOLUÇÃO: Segundo a NBC TA 200, a expressão “estrutura de apresentação 
adequada” é utilizada para se referir a uma estrutura de relatório financeiro 
que exige conformidade com as exigências dessa estrutura e reconhece 
explícita ou implicitamente que, para conseguir a apresentação adequada das 
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demonstrações contábeis, pode ser necessário que a administração forneça 
divulgações além das especificamente exigidas pela estrutura. 
Portanto, o gabarito é a letra B. 
OBSERVAÇÃO: A NBC TA 200 prevê dois tipos de estrutura de relatório 
financeiro aplicável: estrutura de apresentação adequada e estrutura de 
conformidade. 
Quando a estrutura de relatório financeiro é uma estrutura de 
apresentação adequada, como geralmente ocorre no caso de demonstrações 
contábeis para fins gerais, a opinião exigida pelas NBC TAs é se as 
demonstrações contábeis foram apresentadas adequadamente, em todos os 
aspectos relevantes. 
Quando a estrutura de relatório financeiro é uma estrutura de 
conformidade (compliance), a opinião exigida é se as demonstrações 
contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em 
conformidade com a estrutura. 
A expressão “estrutura de apresentação adequada” é utilizada para se 
referir a uma estrutura de relatório financeiro que exige conformidade com as 
exigências dessa estrutura e: 
a) reconhece explícita ou implicitamente que, para conseguir a 
apresentação adequada das demonstrações contábeis, pode ser necessário que 
a administração forneça divulgações além das especificamente exigidas pela 
estrutura; ou 
b)reconhece explicitamente que pode ser necessário que a 
administração se desvie de uma exigência da estrutura para conseguir a 
apresentação adequada das demonstrações contábeis. Espera-se que tais 
desvios sejam necessários apenas em circunstâncias extremamente raras. 
A expressão “estrutura de conformidade” (compliance) é utilizada para 
se referir a uma estrutura de relatório financeiro que exija a conformidade com 
as exigências dessa estrutura, mas não reconhece os aspectos contidos em (a) 
e (b) acima. 
9) (TRT/24ª REGIÃO/FCC/2011) O Código de Ética Profissional do 
Contabilista, bem como as NBC-PAs (Normas Profissionais do Auditor 
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Independente), estabelecem princípios fundamentais de ética 
profissional relevantes para o auditor, quando da condução de 
auditoria de demonstrações contábeis, e fornece estrutura conceitual 
para a aplicação desses princípios, que estão em linha com os 
princípios fundamentais, cujo cumprimento pelo auditor é exigido pelo 
Código IFAC (InternationalFederationofAccountants). Tais princípios 
são: 
(A) perspicácia, objetividade, competência e zelo profissional, 
confidencialidade. 
(B) perspicácia, subjetividade, competência e zelo profissional, 
confidencialidade, conduta profissional. 
(C) integridade, subjetividade, zelo profissional, confidencialidade, 
conduta profissional. 
(D) integridade, objetividade, competência e zelo profissional, 
confidencialidade, conduta profissional. 
(E) perspicácia, competência e zelo profissional, transparência, 
conduta profissional. 
SOLUÇÃO: Em conformidade com a NBC TA 200, os princípios fundamentais 
de ética profissional para o auditor quando da condução de auditoria de 
demonstrações contábeis são: 
Os princípios fundamentais são: 
 
1. integridade – ser franco e honesto em todos os relacionamentos 
profissionais e comerciais; 
2. objetividade– não permitir que comportamento tendencioso,conflito 
de interesse ou influência indevida de outros afetem o julgamento 
profissional ou de negócio; 
3. competência profissional e devido zelo – manter o conhecimento 
e a habilidade profissionais no nível necessário para assegurar que o 
cliente ou empregador receba serviços profissionais competentes com 
base em acontecimentos atuais referentes à prática, legislação e 
técnicas, e agir diligentemente e de acordo com as normas técnicas e 
profissionais aplicáveis; 
4. sigilo profissional – respeitar o sigilo das informações obtidas em 
decorrência de relacionamentos profissionais e comerciais e, 
portanto, não divulgar nenhuma dessas informações a terceiros, a 
menos que haja algum direito ou dever legal ou profissional de 
divulgação, nem usar as informações para obtenção de vantagem 
pessoal ilícita pelo auditor ou por terceiros; 
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5. comportamento profissional – cumprir as leis e os regulamentos 
pertinentes e evitar qualquer ação que desacredite a profissão. 
Portanto, a alternativa “D” é o gabarito da questão. 
10) (TRF/1ª REGIÃO/FCC/2011) Considere as assertivas a seguir: 
I. A auditoria é uma investigação oficial de suposto delito. Portanto, o 
auditor não recebe poderes legais específicos, tais como o poder de 
busca, que podem ser necessários para tal investigação. 
II. Desde que o auditor assine declaração de independência, não é 
mais necessário que decline de trabalhos nos quais existam, na 
administração da empresa auditada, parentes em nível de segundo 
grau. 
III. Em decorrência das limitações inerentes de uma auditoria, há um 
risco inevitável de que algumas distorções relevantes das 
demonstrações contábeis não sejam detectadas, embora a auditoria 
seja adequadamente planejada e executada em conformidade com as 
normas legais de auditoria. 
Está correto o que se afirma SOMENTE em: 
(A) II e III. 
(B) I e II. 
(C) I. 
(D) II. 
(E) III. 
SOLUÇÃO: Vamos examinar cada uma das assertivas. 
A assertiva I é incorreta. A auditoria não é uma investigação oficial de 
suposto delito. Portanto, o auditor não recebe poderes legais específicos, tais 
como o poder de busca, que podem ser necessários para tal investigação. 
Perceba que a FCC também utiliza o mesmo estilo das bancas em geral de 
incluir ou excluir uma negação em uma assertiva. No caso, o erro estava 
somente na supressão da palavra “não”. 
A assertiva II é incorreta. Não há exigência nas normas de auditoria de 
que o auditor assine declaração de independência. Veremos na aula 1 que 
existem certas salvaguardas quando presentes as ameaças à independência do 
auditor, dentre as quais o auditor declinar ou abster-se de participar como 
membro da equipe em situações de ameaças de familiaridade com a entidade 
auditada. 
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A assertiva III é correta. Em decorrência das limitações inerentes de uma 
auditoria, há um risco inevitável de que algumas distorções relevantes das 
demonstrações contábeis não sejam detectadas, embora a auditoria seja 
adequadamente planejada e executada em conformidade com as normas de 
auditoria. Portanto, descoberta posterior de uma distorção relevante das 
demonstrações contábeis, resultante de fraude ou erro, não indica por si só, 
uma falha na condução de uma auditoria em conformidade com as normas de 
auditoria. 
Pelo exposto, o gabarito é a letra “E”. 
11) (ICMS/RIO/FGV/2011) De acordo com Conselho Federal de 
Contabilidade, assinale a alternativa correta. 
(A) A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de 
procedimentos técnicos que têm por objetivo a emissão de parecer 
sobre a sua adequação, consoante os Princípios Fundamentais de 
Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for 
pertinente, a legislação específica. Na ausência de disposições 
específicas, prevalecem as normas emitidas pelo Corecon. 
(B) O parecer do auditor independente emitido na modalidade sem 
ressalvas representa garantia de viabilidade futura da entidade, 
atestando a eficácia da administração na gestão dos negócios. 
(C) As "práticas contábeis adotadas no Brasil" compreendem a 
legislação societária brasileira, as Normas Brasileiras de 
Contabilidade, emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, os 
pronunciamentos, as interpretações e as orientações emitidos pelo 
CPC e homologados pelos órgãos reguladores, e práticas pelas 
entidades em assuntos não regulados, desde que atendam à Estrutura 
Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações 
Contábeis emitidas pelo CFC e, por conseguinte, em consonância com 
as normas contábeis internacionais. 
(D) A fim de que a opinião da entidade de auditoria seja isenta, 
imparcial, deve ela ser independente (quando externa) ou autônoma 
(quando interna), emitindo sua opinião de forma isenta. Isso significa 
que não deve ser vinculada à entidade auditada. Se, por algum motivo, 
pairarem dúvidas acerca desse atributo, o ideal é que se publique, em 
jornal de grande circulação, a relação dos sócios da empresa de 
auditoria. 
(E) Os princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o 
auditor quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis 
estão implícitos no Código de Ética Profissional do Contabilista e na 
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NBC PA 01, que trata do controle de qualidade. O cumprimento desses 
princípios não é exigido dos auditores. 
SOLUÇÃO: A letra A está incorreta. Nos termos da NBC T 11, a auditoria das 
demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimentos técnicos que 
têm por objetivo a emissão de parecer sobre a sua adequação, consoante os 
Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de 
Contabilidade e, no que for pertinente, a legislação específica. Contudo, na 
ausência de disposições específicas, prevalecem as práticas já consagradas 
pela profissão contábil, formalizadas ou não pelos seus organismos próprios. 
A letra B está incorreta. O parecer do auditor independente emitido na 
modalidade sem ressalvas não representa garantia de viabilidade futura da 
entidade, atestando a eficácia da administração na gestão dos negócios. 
A letra C está correta e constitui o gabarito da questão. No caso do 
Brasil, como definido no item 7 da NBC T 19.27 – Apresentação das 
Demonstrações Contábeis, “práticas contábeis adotadas no Brasil” 
compreendem a legislação societária brasileira, as Normas Brasileiras de 
Contabilidade, emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, os 
pronunciamentos, as interpretações e as orientações emitidos pelo CPC e 
homologados pelos órgãos reguladores, e práticas adotadas pelas entidades 
em assuntos não regulados, desde que atendam à Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis emitida pelo CFC e, 
por conseguinte, em consonância com as normas contábeis internacionais. 
A letra D está incorreta. Se, por algum motivo, pairarem dúvidas acerca 
do atributo, existem certas salvaguardas e ações a serem adotadas para 
eliminar ou reduzir as ameaças à independência. Dentre as salvaguardas não 
existe a publicação, em jornal de grande circulação, da relação dos sócios da 
empresa de auditoria. Na aula 1, veremos quais são as salvaguardas. 
Por fim, a letra E também está incorreta. Os princípios fundamentais de 
ética profissional relevantes para o auditor quando da condução de auditoria 
de demonstrações contábeis estão implícitos no Código de Ética Profissional do 
Contabilista e na NBC PA 01, que trata do controle de qualidade e o 
cumprimento desses princípios é exigido dos auditores. 
12) (AUDITOR/ANGRA DOS REIS/FGV/2010)O ceticismo profissional 
é necessário para a avaliação crítica das evidências de auditoria. Isso 
inclui questionar evidências de auditoria contraditórias e a 
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confiabilidade dos documentos e respostas a indagações e outras 
informações obtidas junto à administração e aos responsáveis pela 
governança. Também inclui a consideração da suficiência e adequação 
das evidências de auditoria obtidas considerando as circunstâncias, 
por exemplo, no caso de existência de fatores de risco de fraude, for a 
única (...) evidência que corrobore um valor relevante da 
demonstração contábil. 
O ceticismo profissional inclui estar alerta, por exemplo, considerando 
o disposto na NBC TA 200 e correlatas o indicado nas alternativas a 
seguir, À EXCEÇÃO DE UMA. Assinale-a. 
(A) evidências de auditorias que contradigam outras evidências 
obtidas. 
(B) informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos 
documentos e respostas a indagações a serem usadas como evidências 
de auditoria. 
(C) condições que possam indicar possível fraude. 
(D) circunstâncias que sugiram a necessidade de procedimentos de 
auditoria além dos exigidos pelas NBC TA s. 
(E) transações rotineiras desenvolvidas por controladas avaliadas pelo 
método da equivalência patrimonial. 
SOLUÇÃO: Nos termos da NBC TA 200, ceticismo profissionalé a postura 
que inclui uma mente questionadora e alerta para condições que possam 
indicar possível distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das 
evidências de auditoria. O ceticismo profissional inclui estar alerta, por 
exemplo, a: 
a) evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas; 
b) informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos 
documentos e respostas a indagações a serem usadas como evidências 
de auditoria; 
c) condições que possam indicar possível fraude; 
d) circunstâncias que sugiram a necessidade de procedimentos de 
auditoria além dos exigidos pelas NBC TAs. 
Pelo exposto, as alternativas A, B, C e D correspondem à necessidade do 
auditor de estar alerta mantendo o ceticismo profissional. 
A alternativa E constitui o gabarito da questão. O ceticismo profissional 
não é necessário diante de transações rotineiras desenvolvidas por controladas 
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avaliadas pelo método da equivalência patrimonial. Essa situação é normal, 
não sendo indicativo para questionamento por parte do auditor. 
13) (AUDITOR/ANGRA DOS REIS/FGV/20101) O julgamento 
profissional é essencial para a condução apropriada da auditoria. A 
característica que distingue o julgamento profissional esperado do 
auditor é que esse julgamento seja exercido por auditor, cujo 
treinamento, conhecimento e experiência tenham ajudado no 
desenvolvimento das competências necessárias para estabelecer 
julgamentos razoáveis. (...) O julgamento profissional NÃO é 
necessário, em particular, nas decisões sobre 
(A) materialidade e risco de auditoria. 
(B) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria 
aplicados para o cumprimento das exigências das normas de auditoria 
e a coleta de evidências de auditoria. 
(C) avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada 
e se algo mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos 
das NBC TAs e, com isso, os objetivos gerais do auditor. 
(D) avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura 
de relatório financeiro aplicável da entidade. 
(E) extração de conclusões não baseadas nas evidências de auditoria 
obtidas. 
SOLUÇÃO: Julgamento profissional é a aplicação do treinamento, 
conhecimento e experiência relevantes, dentro do contexto fornecido pelas 
normas de auditoria, contábeis e éticas, na tomada de decisões informadas a 
respeito dos cursos de ação apropriados nas circunstâncias do trabalho de 
auditoria. 
O julgamento profissional é essencial para a condução apropriada da 
auditoria. Isso porque a interpretação das exigências éticas e profissionais 
relevantes, das normas de auditoria e as decisões informadas requeridas ao 
longo de toda a auditoria não podem ser feitas sem a aplicação do 
conhecimento e experiência relevantes para os fatos e circunstâncias. 
O julgamento profissional é necessário, em particular, nas decisões 
sobre: 
• materialidade e risco de auditoria; 
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• a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria 
aplicados para o cumprimento das exigências das normas de auditoria 
e a coleta de evidências de auditoria; 
• avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada e se 
algo mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos das 
NBC TAs e, com isso, os objetivos gerais do auditor; 
• avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de 
relatório financeiro aplicável da entidade; 
• extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria obtidas, 
por exemplo, pela avaliação da razoabilidade das estimativas feitas 
pela administração na elaboração das demonstrações contábeis. 
O julgamento profissional precisa ser exercido ao longo de toda a 
auditoria. Ele também precisa ser adequadamente documentado. Neste 
aspecto, é exigido que o auditor elabore documentação de auditoria suficiente 
para possibilitar que outro auditor experiente, sem nenhuma ligação prévia 
com a auditoria, entenda os julgamentos profissionais significativos exercidos 
para se atingir as conclusões sobre assuntos significativos surgidos durante a 
auditoria. 
A única alternativa da questão em que o julgamento profissional não é 
necessário é a “E”. O auditor não pode utilizar o julgamento profissional para 
extrair conclusões não sustentadas por fatos e circunstâncias do trabalho ou 
por evidência de auditoria. O gabarito é a letra E. 
14) (AUDITOR/ANGRA DOS REIS/FGV/2011) Os princípios 
fundamentais de ética profissional relevantes para o auditor quando 
da condução de auditoria de demonstrações contábeis estão implícitos 
no Código de Ética Profissional do Contabilista e na NBC PA 01, que 
trata do controle de qualidade. Esses princípios estão em linha com os 
princípios de Código de Ética do IFAC, cujo cumprimento é exigido dos 
auditores e encontram-se listados a seguir, À EXCEÇÃO DE UM. 
Assinale-o. 
(A) integridade 
(B) subjetividade 
(C) competência e zelo profissional 
(D) confidencialidade 
(E) comportamento (ou conduta) profissional 
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SOLUÇÃO: A letra B é o gabarito da questão. Subjetividade não é um princípio 
fundamental de ética profissional. O princípio da objetividade é que deve ser 
cumprido. 
15) (TCE/RS/FMP/2011 – com ajustes) Acerca do risco de auditoria, 
assinale a alternativa correta. 
A) É o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para 
reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não 
detectem uma distorção existente que possa ser relevante, 
individualmente ou em conjunto com outras distorções. 
B) o risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante 
e do risco de detecção. 
C) De acordo com o CFC, pode ser classificado o risco de auditoria em 
risco de controle e risco inerente. 
D) A identificação dos riscos de auditoria, de responsabilidade 
exclusiva do auditor, permite a esse profissional a obtenção de 
segurança absoluta de que as demonstrações contábeis estão livres de 
distorção relevante devido a erro e fraude. 
E) Não é considerada como limitação inerente da auditoria a natureza 
dos procedimentos de auditoria.SOLUÇÃO: 
A letra A está incorreta. Orisco de detecção é o risco de que os 
procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um 
nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa 
ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções. 
A letra B está correta. O risco de auditoria é uma função dos riscos de 
distorção relevante e do risco de detecção. Se o risco de distorção relevante é 
alto, o auditor tem que reduzir o risco de detecção em seus testes 
substantivos, para que o risco de auditoria fique em um nível mínimo 
aceitável. O gabarito é a letra B. 
A letra C está incorreta. De acordo com a NBC TA 200, pode ser 
classificado o risco de auditoria em risco de distorção relevante e de detecção. 
O risco de distorção relevante é que se classifica em risco de controle e risco 
inerente. 
A letra D está incorreta. A identificação dos riscos de auditoria, de 
responsabilidade exclusiva do auditor, permite a esse profissional a obtenção 
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de segurança razoável e não absoluta de que as demonstrações contábeis 
estão livres de distorção relevante devido a erro e fraude. 
A letra E está incorreta. A natureza dos procedimentos de auditoriaé 
considerada como limitação inerente da auditoria. Por exemplo, os 
procedimentos de auditoria são realizados a base de testes e aplicados para 
coletar evidências de auditoria podem ser ineficazes para a detecção de 
distorção relevante que envolva, por exemplo, conluio para a falsificação de 
documentação que possa fazer o auditor acreditar que a evidência de auditoria 
é válida quando ela não é. 
16) (Analista/SUSEP/ESAF/2010) O auditor externo, ao realizar os 
procedimentos para avaliação de três processos da empresa a ser 
auditada, constatou a seguinte situação: 
Área 1: Baixo nível de risco, com baixa probabilidade de ocorrência de 
erros e/ou fraudes. 
Área 2: Alto nível de risco, com média probabilidade de ocorrência de 
erros e/ou fraudes. 
Área 3: Alto nível de risco, com alta probabilidade de ocorrência de 
erros e/ou fraudes. 
Com base nas conclusões acima, pode-se afirmar que o auditor: 
a) não deverá realizar testes para a área 1, visto que o risco e a 
probabilidade de ocorrência de erros é baixa. 
b) deverá aplicar testes considerando grandes amostragens para todas 
as áreas. 
c) somente deverá realizar testes nas áreas 2 e 3, as quais apresentam 
risco alto. 
d) em decorrência da probabilidade baixa e média nos itens 1 e 2, os 
testes de auditoria poderão ser suportados por relatórios de 
confirmação feitos pela administração da empresa. 
e) deverá efetuar testes em todas as áreas, conforme estabelece as 
normas de auditoria. 
SOLUÇÃO: Repare que o enunciado apresenta uma avaliação de riscos para os 
processos de três áreas da empresa, apontando alternativas quanto à forma de 
aplicação de procedimentos pelo auditor. 
Ressaltamos que a avaliação de riscos é feita levando-se em 
consideração a probabilidade de ocorrência do evento e o impacto nos 
objetivos da área ou conta, caso ocorra, o que a banca denomina de nível de 
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risco ou de incidência. Por maior ou menor que seja a probabilidade, o nível 
de risco ou impacto nos objetivos da empresa sempre é mais preocupante. 
O auditor avalia os riscos na fase de planejamento da auditoria, para 
determinar qual a extensão dos testes a serem aplicados na área em questão. 
Assim, em relação à área 1 (baixo risco), deverá aplicar testes considerando 
pequenas amostragens (menor extensão). Por outro lado, com relação às 
áreas 2 e 3 (alto risco), deverá aplicar testes considerando grandes 
amostragens (maior extensão). 
As normas de auditoria estabelecem que, mesmo que o auditor avalie os 
riscos como baixos, ele não pode deixar de aplicar procedimentos ou testes 
substantivos em relação à área ou conta sob exame. Ele sempre precisará 
obter alguma evidência para cada área ou saldo de conta significativo. Assim, 
ele deverá efetuar testes em todas as áreas, conforme estabelece as 
normas de auditoria, em maior ou menor extensão, conforme os riscos 
avaliados. Portanto, a alternativa correta é a “e”. 
17) (ISS Rio/ESAF/2010) Assinale a opção falsa a respeito dos 
assuntos que, se bem equacionados, ajudam o auditor a reduzir o risco 
de detecção em uma auditoria. 
a) Formação de equipes de trabalho com pessoal preparado. 
b) Revisão e supervisão dos trabalhos de auditoria realizados. 
c) Aplicação do ceticismo profissional. 
d) Planejamento adequado dos trabalhos de auditoria. 
e) Diminuição do escopo de exame e redução do número de 
transações. 
SOLUÇÃO: Quando o auditor diminui o escopo de exame e reduz o número de 
transações analisadas ele aumenta o risco de detecção em uma auditoria. 
Portanto, a alternativa falsa e que constitui o gabarito da questão é a “e”. 
18)(ISS/BH/FDC/2012) O risco de auditoria é uma função dos riscos 
de distorção relevante e dos riscos de detecção. Os riscos de distorção 
relevante podem existir em dois níveis: no nível geral das 
demonstrações contábeis e no nível da afirmação para classes de: 
A) saldos contábeis, demonstração de valor adicionado e notas 
explicativas. 
B) contas contábeis, saldos contábeis e notas explicativas. 
C) transações, contas contábeis e fluxo de caixa. 
D) transações, saldos contábeis e divulgações. 
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E) operações, fluxo de caixa e divulgações. 
SOLUÇÃO: De acordo com a NBC TA 200, os riscos de distorção relevante 
podem existir em dois níveis: "1) Nível geral da demonstração contábil; e 2) 
Nível da afirmação para classes de transações, saldos contábeis e 
divulgações." Logo, o gabarito da questão é a alternativa D. 
19) (ISS/BH/FDC/2012) Uma auditoria é conduzida por um auditor 
independente que apresenta relatório com sua opinião sobre as 
demonstrações contábeis. Nesse tipo de auditoria, o objetivo do 
auditor independente é: 
A) Validar que as demonstrações contábeis estão livres de fraude. 
B) Verificar que todos os saldos das contas contábeis estão livres de 
distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou 
erro. 
C) Obter segurança razoável de que o balanço patrimonial e a 
demonstração do resultado estão livres de distorção relevante causada 
por erro. 
D) Verificar que todos os atos da administração foram registrados 
corretamente nas demonstrações contábeis e estão livres de distorção 
causada por erro. 
E) Obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão 
livres de distorção relevante, independentemente se causada por 
fraude ou erro. 
SOLUÇÃO: De acordo com o item 5 da NBC TA 200, temos que: "(...) obtenha 
segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão 
livres de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou 
erro". Logo, a alternativa correta é a E. 
20)(ISS/SP/FCC/2012) No processo de auditoria, o auditor 
A) não pode ter certeza da integridade da informação, embora tenha 
executado os procedimentos de auditoria para obter certeza de que 
todas as informações relevantes foram obtidas. 
B) pode, tendo aplicado os procedimentos de auditoria, atestar a 
integridade da informação, mas não pode se eximir de certificar, por 
meio de seu relatório, a exatidão das demonstrações contábeis. 
C) não deve atestar a integridade das informações contábeis, das 
notas explicativas e dos demais relatórios publicados pela empresa, 
enquanto não obtiver uma carta da administração atestando as 
demonstrações em conjunto. 
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D) deve, em conjunto com a administração, atestar que todos os 
processos, riscos e possibilidades de fraudes foram avaliados e ter 
certeza da integridade da informação. 
E) pode, após ter executado todos os testes, ter a certeza da 
integridade da informação atestando todas as demonstrações 
contábeis exigidas em seu parecer de auditoria. 
SOLUÇÃO:De acordo com a NBC TA 200, em função das limitações inerentes 
da auditoria, existe a possibilidade de que a administração ou outros possam 
não fornecer, intencionalmente ou não, as informações completas que são 
relevantes para a elaboração das demonstrações contábeis ou que tenham sido 
solicitadas pelo auditor. 
Portanto, o auditor não pode ter certeza da integridade da informação, 
embora tenha executado os procedimentos de auditoria para obter certeza de 
que todas as informações relevantes foram obtidas. A alternativa correta é a A. 
ÉTICA PROFISSIONAL E RESPONSABILIDADE LEGAL 
21) (Auditor UFFS/FEPESE/2009) De acordo com a Norma Brasileira 
de Contabilidade Profissional (NBC P1), quanto ao sigilo profissional, é 
correto afirmar: 
a) O sigilo profissional do Auditor Independente deve ser observado 
apenas na relação entre ele e os organismos reguladores e 
fiscalizadores. 
b) O sigilo profissional do Auditor Independente deve ser observado 
apenas na relação entre ele e os organismos reguladores e 
fiscalizadores. 
c) O Auditor Independente deve exibir a todos os usuários as 
informações obtidas durante o seu trabalho, incluindo a fase de pré-
contratação dos serviços, a documentação, os papéis de trabalho, 
relatórios e pareceres, de modo a demonstrar que o trabalho foi 
realizado de acordo com as Normas de Auditoria Independente das 
Demonstrações Contábeis, da presente norma e das demais normas 
legais aplicáveis. 
d) O Auditor Independente deve divulgar aos usuários da 
contabilidade informações sobre a entidade auditada ou sobre o 
trabalho por ele realizado, mesmo sem autorização por escrito da 
administração da entidade. 
e) O auditor deve respeitar e assegurar o sigilo relativamente às 
informações obtidas durante o seu trabalho na entidade auditada, não 
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as divulgando, sob nenhuma circunstância, sem autorização expressa 
da entidade, salvo quando houver obrigação legal de fazê-lo. 
SOLUÇÃO:O sigilo profissional é um princípio ético-profissional muito 
importante para a auditoria independente. Entende-se por sigilo a 
obrigatoriedade do auditor independente não revelar, em nenhuma hipótese, 
salvo as contempladas na norma, as informações que obteve e tem 
conhecimento em função de seu trabalho na entidade auditada. 
A norma estabelece que o sigilo profissional do auditor independente 
deve ser observado não só na relação entre o auditor e a entidade auditada, 
mas ainda na relação entre os auditores independentes e com os organismos 
reguladores e fiscalizadores e terceiros. Assim, as alternativas “a” e “b” estão 
incorretas. 
 
Outro dispositivo da norma define que o auditor independente, quando 
solicitado, por escrito e fundamentadamente, pelo Conselho Federal de 
Contabilidade e Conselhos Regionais de Contabilidade, deve exibir as 
informações obtidas durante o seu trabalho, incluindo a fase de pré-
contratação dos serviços, a documentação, papéis de trabalho, relatórios e 
pareceres, de modo a demonstrar que o trabalho foi realizado de acordo com 
as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis, da 
presente norma e das demais normas legais aplicáveis. Portanto, o auditor não 
é obrigado a exibir os seus papéis de trabalho a todos os usuários, o que seria 
por demais absurdo. A alternativa “c” também está incorreta. 
O auditor somente deve divulgar aos demais terceiros (usuários e 
interessados) informações sobre a entidade auditada ou sobre o trabalho por 
ele realizado, caso seja autorizado, por escrito, pela administração da entidade 
com poderes para tanto, que contenha, de forma clara e objetiva, os limites 
das informações a serem fornecidas. O código de ética do contabilista também 
prevê obrigações de sigilo para o contador/auditor, excetuando a obrigação 
legal de fazê-lo. Deste modo, conclui-se que a alternativa “d” está incorreta e 
o gabarito da questão é a alternativa “e”. 
22) (Auditor/BADESC/FEPESE/2005) Assinale a alternativa incorreta
sobre as Normas Profissionais de Auditoria (NBC P´s). 
a) O auditor independente, no exercício de sua atividade, deverá 
comprovar anualmente a participação em programa de educação 
continuada. 
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b) A responsabilidade do auditor fica restrita à sua competência 
profissional, quando o especialista legalmente habilitado for 
contratado pela entidade auditada, sem vínculo empregatício, para 
executar serviços que tenham efeitos relevantes nas demonstrações 
contábeis, quando tal fato for mencionado em seu parecer. 
c) A responsabilidade do auditor independente será modificada, 
quando o contador da entidade auditada, na função de auditor interno, 
contribuir para a realização dos trabalhos de auditoria externa 
independente. 
d) O auditor deve respeitar e assegurar o sigilo relativamente às 
informações obtidas durante o seu trabalho na entidade auditada, não 
as divulgando, sob nenhuma circunstância, sem autorização expressa 
da entidade, salvo quando houver obrigação legal de fazê-lo. 
SOLUÇÃO:A alternativa “a” está correta e corresponde à norma de educação 
continuada. O auditor independente, no exercício de sua atividade, deverá 
comprovar a participação em programa de educação continuada, na forma a 
ser regulamentada pelo Conselho Federal de Contabilidade. 
A alternativa “b” está correta e corresponde às normas relativas ao uso 
de especialistas. A responsabilidade do auditor fica restrita à sua competência 
profissional, quando o especialista legalmente habilitado for contratado pela 
entidade auditada, sem vínculo empregatício, para executar serviços que 
tenham efeitos relevantes nas demonstrações contábeis, quando tal fato for 
mencionado em seu parecer. Note que é a entidade auditada que está 
contratando o especialista, portanto, a responsabilidade do auditor fica restrita 
à sua competência profissional. Caso o auditor utilizasse um especialista 
empregado seu deveria avaliar a competência desse especialista e seria 
responsável pelos trabalhos do especialista. 
A alternativa “c” está incorreta, pois a responsabilidade do auditor não 
será modificada, mesmo quando o contador, na função de auditor interno, 
contribuir para a realização dos trabalhos. 
A alternativa “d” está correta e corresponde ao dever de sigilo 
profissional. O auditor independente não deve revelar, em nenhuma hipótese, 
salvo as situações especiais permitidas na norma e na legislação, as 
informações que obteve e tem conhecimento em função de seu trabalho na 
entidade auditada. 
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23) (AFRF/ESAF/2003) O auditor externo deve recusar o serviço de 
auditoria, sempre que: 
a) possuir ações ou debêntures da entidade auditada. 
b) for independente em relação à entidade auditada. 
c) tiver conhecimento da atividade da entidade auditada. 
d) identificar e compreender as atividades da empresa. 
e) estiver capacitado para exercer o trabalho. 
SOLUÇÃO: Das alternativas indicadas na questão, apenas a letra “a” 
corresponde a uma situação que pode afetar a independência do auditor, 
devendo-se recusar o serviço de auditoria. Trata-se de interesse financeiro 
entre o auditor e a entidade auditada caracterizado pela propriedade de títulose valores mobiliários e quaisquer outros tipos de investimentos adquiridos ou 
mantidos pela entidade de auditoria, seus sócios, membros da equipe de 
auditoria ou membros imediatos da família destas pessoas, relativamente à 
entidade auditada, suas controladas ou integrantes de um mesmo grupo 
econômico, dividindo-se em diretos e indiretos. 
Caso a entidade de auditoria ou alguém da auditoria, em nível gerencial, 
que possa influenciar o resultado dos trabalhos, ou um membro imediato da 
família destas pessoas tiver um interesse financeiro direto ou um interesse 
financeiro indireto relevante na entidade auditada, está caracterizada a perda 
de independência. 
24) (AFRF/ESAF/2003) É evidência de independência do auditor 
externo: 
a) parentesco com administrador, acionistas ou sócios da empresa 
auditada. 
b) participação direta ou indireta como sócio ou acionista da empresa 
auditada. 
c) ser representante comercial da empresa auditada sem vínculo 
empregatício. 
d) ter sido empregado há mais de três anos da empresa auditada. 
e) fixar honorários condicionados ao tipo de parecer a ser emitido. 
SOLUÇÃO: A relação de parentesco do auditor com administrador, acionista 
ou sócios da empresa auditada, a participação direta ou indireta como sócio ou 
acionista da empresa auditada, manter relacionamentos comerciais com a 
entidade auditada e fixar honorários que estejam condicionados ao tipo de 
parecer a ser emitido constituem situações que afetam ou prejudicam a 
independência, a imparcialidade e a objetividade do auditor. 
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Todavia, com relação ao vínculo empregatício, as normas relativas à 
independência estabelecem que essa relação pode prejudicar a independência 
se o vínculo de emprego ocorreu nos últimos dois anos. Portanto, como o 
auditor foi empregado da empresa auditada há mais de três anos, em 
princípio, não haveria impedimento ao exercício da auditoria. O gabarito é a 
letra D. 
25) (TRF/1ª REGIÃO/FCC/2011) É prática ética do auditor 
(A) guardar sigilo das informações que obteve para realização da 
auditoria das demonstrações contábeis, dando divulgações dessas 
informações somente nas situações em que a lei ou as normas de 
auditoria permitam. 
(B) auditar empresa na qual sua prima de segundo grau é diretora 
financeira e administrativa, desde que declare no relatório de auditoria 
a existência dessa parte relacionada. 
(C) realizar auditoria de demonstrações contábeis de companhia 
aberta, desde que tenha no mínimo o registro no CRC, como contador. 
(D) conduzir os trabalhos de auditoria de forma a não repetir os 
procedimentos aplicados no ano anterior, para contas nas quais não 
foram encontradas irregularidades, reduzindo assim o número de 
contas a serem auditadas. 
(E) aviltar honorários com a justificativa de manutenção do cliente, do 
quadro de funcionários da firma e da sua estrutura administrativa. 
SOLUÇÃO: A letra A é prática ética do auditor, portanto constitui o gabarito da 
questão. O auditor deve guardar sigilo das informações obtidas com os seus 
exames, somente podendo revelá-las nas hipóteses previstas em lei ou 
normas. 
A letra B não é prática ética, pois constitui uma ameaça à independência 
o auditor realizar o trabalho em uma empresa que contém um parente seu 
ocupando cargo de direção ou outro cargo gerencial capaz de ter efeito sobre a 
auditoria. Não constitui uma salvaguarda o auditor declarar no relatório de 
auditoria a existência dessa parte relacionada. 
A letra C não é prática ética, pois além de ser contador com registro no 
CRC, o auditor externo deve possuir competência técnica necessária para a 
realização da auditoria. 
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A letra D não é prática ética, pois o auditor deve aplicar procedimentos 
de auditoria sobre as contas das demonstrações contábeis, mesmo que em ano 
anterior não tenha encontrado irregularidades. Não existe risco zero; o auditor 
deve aplicar com maior ou menor extensão procedimentos de auditoria sobre 
as contas e áreas das demonstrações. 
A letra E não é prática ética. O auditor não deve aviltar honorários com a 
justificativa de manutenção do cliente, do quadro de funcionários da firma e da 
sua estrutura administrativa. 
26) (Câmara dos Deputados/FCC/2007) Considera-se conduta (s) 
ética (s) do auditor com relação a seu trabalho: 
(A) utilizar informações obtidas na realização do trabalho de auditoria 
para decidir o momento de comprar ações da empresa na bolsa de 
valores. 
(B) divulgar negócios estratégicos da empresa para permitir que os 
acionistas e demais interessados do mercado saibam como os negócios 
estão sendo conduzidos. 
(C) guardar informações que sejam consideradas pela legislação 
societária relevantes para o mercado acionário. 
(D) aplicar procedimentos contábeis que melhorem os valores dos 
ativos e reconheça somente as exigibilidades, deixando as incertezas 
sem registrar. 
(E) manter sigilo profissional das informações a que tiver acesso, 
somente disponibilizando mediante ordem judicial. 
SOLUÇÃO: A alternativa E é a única que corresponde a uma conduta ética do 
auditor. Ele deve manter sigilo profissional das informações a que tiver acesso, 
somente disponibilizando na forma da lei ou da norma, como, por exemplo, 
para cumprir uma ordem judicial ou uma solicitação do Conselho Regional de 
Contabilidade. 
As demais alternativas contrariam princípios éticos. Nas letras A e B, há 
prejuízo à integridade e ao sigilo profissional. Na letra C, contraria a 
objetividade e o dever do auditor de revelar informações relevantes em seu 
relatório, que se omitidas, podem prejudicar terceiros. Por fim, na letra D não 
cabe aos auditores aplicar procedimentos contábeis e tampouco deixar as 
incertezas sem registro e divulgação. 
27) (ICMS/PB/FCC/2006) O auditor, ao ser substituído no processo de 
auditoria, por outra firma de auditoria, em ano subsequente, deve 
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(A) fornecer as informações necessárias para a realização da auditoria 
pelo novo auditor, independentemente de autorização da empresa 
auditada. 
(B))fornecer as informações necessárias para a realização da auditoria 
pelo novo auditor, quando autorizado por escrito pela empresa 
auditada. 
(C) informar à nova firma de auditoria os pontos apontados e permitir 
acesso aos papéis de trabalho, somente quando houver autorização 
judicial. 
(D) fornecer todas as informações solicitadas pela nova firma de 
auditoria, mediante carta emitida pela mesma, se comprometendo a 
manter o mesmo nível de sigilo. 
(E) fornecer todas as informações solicitadas pela nova empresa de 
auditoria somente quando autorizado pelo órgão fiscalizador, CVM, 
BACEN ou CRC. 
SOLUÇÃO: De acordo com as normas profissionais, o Auditor Independente, 
quando previamente autorizado por escrito, pela entidade auditada, deve 
fornecer as informações que por aquela foram julgadas necessárias ao trabalho 
do Auditor Independente que o suceder, as quais serviram de base para 
emissão do último Parecer de Auditoria por ele emitido. A alternativa correta é 
a “B”. 
28) (ANALISTA LEGISLATIVO/SENADO/FGV/2008) O texto abaixo 
apresenta um dos deveres do contabilista de acordo com o código de 
ética profissional. 
Exercer a profissão com _________, observada a legislação vigente e 
resguardados os interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem 
prejuízo da dignidade e independência profissionais. 
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna acima. 
(A) moderação – idealismo – zelo 
(B) zelo – diligência – honestidade 
(C) racionalidade – diligência – idealismo 
(D)moderação – zelo – honestidade 
(E) racionalidade – zelo – moderação 
SOLUÇÃO: O art. 2º do Código de Ética Profissional do Contador define que 
são deveres do profissional de contabilidade, dentre outros: I - Exercer a 
profissão com zelo, diligência e honestidade, observada a legislação vigente e 
resguardados os interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo 
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da dignidade e independência profissionais (grifo nosso). A alternativa “B” é a 
correta. 
29) (TCE/TO/CESPE/2009) De acordo com o Código de Ética, o auditor 
deve fixar previamente o valor dos serviços, por contrato escrito, 
sendo, para tanto, irrelevante 
A) a impossibilidade de realização de outros trabalhos paralelos. 
B) o ganho ou a perda financeira que o cliente poderá obter com o 
resultado do trabalho. 
C) a peculiaridade de tratar-se de trabalho eventual ou habitual. 
D) o local e as condições de prestação do serviço. 
E) a nacionalidade do contratante. 
SOLUÇÃO: O artigo 6º do Código de Ética do Contador define que o 
profissional da contabilidade deve considerar os seguintes elementos ao fixar o 
valor de seus serviços: a) a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade 
do serviço a executar; b) o tempo que será consumido para a realização do 
trabalho; c) a possibilidade de ficar impedido da realização de outros serviços; 
d) o resultado lícito favorável que para o contratante advirá com o serviço 
prestado; e) a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual, habitual ou 
permanente; e f) o local em que o serviço será prestado. 
Portanto, a nacionalidade do contratante não é um elemento relevante 
para a definição do valor dos serviços a serem prestados pelo auditor ou 
contador. A alternativa que satisfaz o enunciado da questão é de fato a “E”. 
30) (AUDITOR/MG/CESPE/2009) O Código de Ética do Profissional de 
Contabilidade tem por objetivo fixar a forma pela qual se devem 
conduzir os contabilistas, quando no exercício profissional. Assinale a 
opção correta nos termos da legislação contábil brasileira. 
A) Quando solicitadas pelos CRCs, os auditores do serviço público 
devem fornecer as informações obtidas em razão do exercício 
profissional lícito. 
B) Desde que regularmente designado, o auditor não está obrigado a 
renunciar às suas funções quando o cliente ou empregador manifestar 
desconfiança em relação ao seu trabalho. 
C) No caso de substituição involuntária de suas funções durante a 
realização dos trabalhos, o auditor deve abster-se de prestar 
quaisquer informações ao seu substituto. 
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D) Após a sua designação e o início dos respectivos trabalhos, o 
auditor não está mais obrigado a manifestar-se acerca de impedimento 
superveniente. 
E) Se, no decorrer de seu trabalho, o auditor identificar circunstância 
adversa que possa influir na decisão de quem o tiver contratado ou 
designado, deverá fazer a comunicação somente quando do 
encerramento do referido trabalho. 
SOLUÇÃO: A questão trata dos deveres do profissional contador previstos no 
artigo 2º da Resolução CFC 803/96, que aprovou o Código de Ética do 
Profissional de Contabilidade. 
O item A está correto e satisfaz o enunciado da questão. Uma das 
obrigações do contador é guardar sigilo sobre o que souber em razão do 
exercício profissional lícito, inclusive no âmbito do serviço público, ressalvados 
os casos previstos em lei ou quando solicitado por autoridades competentes, 
entre estas os Conselhos Regionais de Contabilidade. 
O item B está incorreto, pois é dever do contador/auditor renunciar às 
funções que exerce, logo que se positive falta de confiança por parte do cliente 
ou empregador, a quem deverá notificar com trinta dias de antecedência, 
zelando, contudo, para que os interesse dos mesmos não sejam prejudicados, 
evitando declarações públicas sobre os motivos da renúncia. 
O item C está incorreto. Caso o auditor seja substituído em suas funções, 
deve informar ao substituto sobre fatos que devam chegar ao conhecimento 
desse, a fim de habilitá-lo para o bom desempenho das funções a serem 
exercidas. 
O item D também está incorreto, pois é dever do contador/auditor 
manifestar, a qualquer tempo, a existência de impedimento para o exercício da 
profissão. 
Por fim, o item E também apresenta incorreção, haja vista a obrigação 
do auditor de comunicar, desde logo, ao cliente ou empregador, em 
documento reservado, eventual circunstância adversa que possa influir na 
decisão daquele que lhe formular consulta ou lhe confiar trabalho, estendendo-
se a obrigação a sócios e executores. 
31) (AFRFB/ESAF/2009) O auditor da empresa Negócios S.A. 
estabeleceu três procedimentos obrigatórios para emissão do parecer. 
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O primeiro, que a empresa renovasse o contrato de auditoria para o 
próximo ano, o segundo, que a empresa emitisse a carta de 
responsabilidade da administração e o terceiro, que o parecer seria 
assinado por sócio do escritório de contabilidade, cuja única formação 
é administração de empresas. Pode-se afirmar, com relação aos 
procedimentos, respectivamente, que: 
a) é ético, não é procedimento de auditoria e atende as normas de 
auditoria e da pessoa do auditor. 
b) não é ético, não é procedimento de auditoria e não atende as 
normas de auditoria e da pessoa do auditor. 
c) é ético, não deve ser considerado para emissão do parecer e atende 
as normas de auditoria e da pessoa do auditor. 
d) é ético, considera-se apenas em alguns casos para emissão do 
parecer e não atende as normas de auditoria e pessoa do auditor. 
e) não é ético, é procedimento de auditoria e não atende as normas de 
auditoria e da pessoa do auditor. 
SOLUÇÃO: O primeiro procedimento não é ético e afeta a integridade, a 
independência e a objetividade, pois o auditor não deve condicionar o parecer 
à renovação do contrato de auditoria para o próximo ano. O segundo 
corresponde a um procedimento previsto em norma de auditoria, pois a 
administração da entidade auditada deve emitir a carta de responsabilidade. 
Esse assunto será abordado na aula 4. Por fim, o terceiro procedimento não 
atende as normas de auditoria, pois o parecer deve ser assinado por 
profissional cuja única formação é contador e com registro no CRC. Portanto, a 
alternativa correta é a “E”. 
32)(ISS/São Paulo/FCC/2012) A independência do auditor externo da 
empresa Aquisição S.A. é comprometida pelas situações: 
I – A empresa Aquisição S.A. comprou a empresa Ágile S.A.. A firma de 
auditoria da adquirente é a mesma que realizou os trabalhos de 
duedilligence da empresa Aquisição S.A. e de consultoria tributária no 
ano da aquisição para a empresa Ágile. 
II – O diretor financeiro da empresa Ágile S.A. é primo em segundo 
grau do diretor presidente da empresa Aquisição S.A. 
III – A firma de auditoria indica escritórios de advocacia para a 
empresa Aquisição S.A. em suas contingências tributárias. 
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Afeta a independência do auditor externo o que consta em 
A) II, apenas. 
B) I, II e III. 
C) I, apenas. 
D) II e III, apenas. 
E) III, apenas. 
SOLUÇÃO: A questão se refere a possíveis situações que afetem a 
independência do auditor. A norma de referência é a NBC PA 290. 
A situação I é aquela em que o auditor externo prestou consultoria 
tributária no ano anterior para a empresa auditada. Nos termos da NBC TA 
290, as firmas de auditoria tradicionalmente prestam a seus clientes de 
auditoria uma gama de serviços que não são de auditoria ou

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