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Direio Ambiental Aula 02 Material de Apoio Magistratura

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Magistratura e Ministério Público 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Direito Ambiental 
 Professor: Luiz Antônio 
Aula: 02 | Data: 28/04/2015 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
DIREITO AMBIENTAL 
1. Competência 
2. Deveres do Poder Público em Relação ao Meio Ambiente 
 
TUTELA ADMINISTRATIVA DO MEIO AMBIENTE 
1. Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/81) 
2. Política Estatual do Meio Ambiente 
 
 
DIREITO AMBIENTAL 
 
1. Competência 
 
1) Competência Legislativa 
 
a. Competência Privativa 
 
- União (art. 22, IV, XI, XII, XXVI, CF): É competência relacionada à legislação sobre a água, e outros recursos 
naturais. Na realidade não é privativa, pois os Estados podem legislas sobre recursos naturais. 
 
- Estados (art. 25, §3º, CF): Por meio de Lei Complementar podem instituir regiões metropolitanas, aglomerações 
urbanas e micro regiões. Em janeiro de 2015 foi editada a Lei 13.089/15 – Estatuto da Metrópole, que regula essa 
competência. 
 
- Municípios (art. 30, I, CF): O RE 673.681/SP traz balizas de quando o município pode regrara assuntos 
ambientais. 
 
EMENTA: Lei municipal contestada em face de Constituição estadual. 
Possibilidade de controle normativo abstrato por Tribunal de Justiça 
(CF, art. 125, § 2º). Competência do Município para dispor sobre 
preservação e defesa da integridade do meio ambiente. A 
incolumidade do patrimônio ambiental como expressão de um 
direito fundamental constitucionalmente atribuído à generalidade 
das pessoas (RTJ 158/205-206 – RTJ 164/158- -161, v.g.). A questão 
do meio ambiente como um dos tópicos mais relevantes da presente 
agenda nacional e internacional. O poder de regulação dos 
Municípios em tema de formulação de políticas públicas, de regras e 
de estratégias legitimadas por seu peculiar interesse e destinadas a 
viabilizar, de modo efetivo, a proteção local do meio ambiente. 
Relações entre a lei e o regulamento. Os regulamentos de execução 
(ou subordinados) como condição de eficácia e aplicabilidade da 
norma legal dependente de regulamentação executiva. Previsão, no 
 
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próprio corpo do diploma legislativo, da necessidade de sua 
regulamentação. Inocorrência de ofensa, em tal hipótese, ao 
postulado da reserva constitucional de administração, que traduz 
emanação resultante do dogma da divisão funcional do poder. 
Doutrina. Precedentes. Legitimidade da competência monocrática do 
Relator para, em sede recursal extraordinária, tratando-se de 
fiscalização abstrata sujeita à competência originária dos Tribunais de 
Justiça (CF, art. 125, § 2º), julgar o apelo extremo, em ordem, até 
mesmo, a declarar a inconstitucionalidade ou a confirmar a validade 
constitucional do ato normativo impugnado. Precedentes (RE 
376.440-ED/DF, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Pleno, v.g.). Recurso 
extraordinário conhecido e provido. 
 
b. Competência Concorrente (art. 24, CF, I, VI, VII, VIII e §§ 1º, 2º, 3º, 4º) 
É competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal legislar sobre os recursos naturais. A União edita 
a norma geral, e os Estados não podem diminuir a esfera de proteção determinada pela União, mas podem 
ampliar essa esfera de proteção. 
 
- Municípios (art. 30, II, CF): Também podem legislar de forma suplementar, respeitando as normas federais e 
estaduais, quando couber (RE 586.224/SP). 
 
 
2) Competência Administrativa, Executiva ou Material (art. 23, III, IV, VI, VII da CF ) 
Trata-se do exercício do poder de polícia do Estado. Ocorre por meio de fiscalização, autuação, processo 
administrativo e aplicação de sanção. Essa competência é comum à União, Estados, Distrito Federal e Municípios, 
ou seja, todos os entes federados podem fiscalizar o meio ambiente. 
 
A Lei Complementar 140/11 em seu art. 17 determina que o órgão ambiental que dá a licença ou autorização 
para o empreendimento tem o dever de fiscalizar. Os outros entes federados, que não concederam a licença ou 
autorização, podem fiscalizar (art. 17, §3º). 
 
Art. 17. Compete ao órgão responsável pelo licenciamento ou 
autorização, conforme o caso, de um empreendimento ou atividade, 
lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo 
para a apuração de infrações à legislação ambiental cometidas pelo 
empreendimento ou atividade licenciada ou autorizada. 
 
§ 3o O disposto no caput deste artigo não impede o exercício pelos 
entes federativos da atribuição comum de fiscalização da 
conformidade de empreendimentos e atividades efetiva ou 
potencialmente poluidores ou utilizadores de recursos naturais com 
a legislação ambiental em vigor, prevalecendo o auto de infração 
ambiental lavrado por órgão que detenha a atribuição de 
licenciamento ou autorização a que se refere o caput. 
 
 
 
 
 
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2. Deveres do Poder Público em Relação ao Meio Ambiente 
 
1) Dever geral de proteção ambiental 
O poder público é o grande gestor da proteção ambiental no país (art. 225, CF). Essa proteção é feita por meio da 
intervenção do Estado nos direitos individuais (ex.: limitação no uso da propriedade, em razão de tombamento). 
 
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia 
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o 
dever de defendê-lo e preservá-lo para às presentes e futuras 
gerações. 
 
. Proibição do Excesso: O Estado não pode interferir limitando demais os direitos do indivíduo, incidindo em 
indenização em favor do particular (ex.: o proprietário de bem tombado, que tem o uso do imóvel limitado ao 
extremo, tem direito à indenização). 
 
. Proibição da Ineficiência (proibição de déficit): A proteção tem que ser efetiva. Deve respeitar a razoabilidade e 
a proporcionalidade. 
 
 
2) Deveres específicos 
 
- Art. 225, §1º, CF 
Incumbe ao poder publico preservar os ecossistemas, o patrimônio genético, fauna e flora e etc., bem como 
promover a educação ambiental. 
Art. 225, § 1º, CF - Para assegurar a efetividade desse direito, 
incumbe ao Poder Público: 
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o 
manejo ecológico das espécies e ecossistemas; (Regulamento) 
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do 
País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de 
material genético; (Regulamento) (Regulamento) 
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e 
seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a 
alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada 
qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que 
justifiquem sua proteção; (Regulamento) 
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade 
potencialmente causadora de significativa degradação do meio 
ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará 
publicidade; (Regulamento) 
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, 
métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade 
de vida e o meio ambiente; (Regulamento) 
 
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VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a 
conscientização pública para a preservação do meio ambiente; 
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas 
que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção 
de espécies ou submetam os animais a crueldade. (Regulamento) 
 
- Plano de Recuperação de Área Degradada (art. 225, §2º, CF): Quem explorar recursos minerais deve recuperar 
o meio ambiente degradado, nos termos da solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da 
Lei. 
 
- Responsabilidade (art. 225, §3º, CF): As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarãoos infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação 
de reparar os danos causados. 
 
- Proteção dos Biomas (art. 225, §4º, CF): A Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal 
Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional. A PEC 504/2010 vai acrescentar “caatinga” e 
“serrado” aos biomas protegidos pela CF. 
 
 
 
TUTELA ADMINISTRATIVA DO MEIO AMBIENTE 
 
1. Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/81) 
É uma lei principiológica que introduz no plano federal a proteção ambiental. 
Essa é a norma geral que rege a proteção ambiental no Brasil. 
 
. Objetivos Gerais – art. 2º, “caput” 
 
. Objetivos Específicos – art. 4º, I a VII 
 
. Princípios da Política – art. 2º, I a X 
 
. Instrumentos – art. 9º, I a XIII 
 
 
– Estrutura Federal 
 
1º) SISNAMA: A LPNMA estruturou o sistema de proteção ambiental em nível nacional, chamado de SISNAMA 
(art. 6º da LPNMA). É o conjunto de órgãos federais, estaduais, municipais e fundações públicas que atuam 
conjuntamente na proteção do meio ambiente. 
 
2º) CONAMA: O órgão superior é o Conselho de Governo, que deve assessorar a Presidência da República. O 
órgão consultivo e deliberativo e o CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente. 
 
Obs.: Na prática o CONAMA atua como órgão consultivo e órgão superior. 
 
3º) IBAMA: É o órgão de fiscalização da União. 
 
 
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2. Política Estatual do Meio Ambiente (no Estado de São Paulo) 
Cada Estado tem suas próprias Leis. 
As normas da política estatual vêm estipuladas na Constituição do Estado de São Paulo. 
 
1º) CESP – art. 193, I – PEMA 
Artigo 193 - O Estado, mediante lei, criará um sistema de 
administração da qualidade ambiental, proteção, controle e 
desenvolvimento do meio ambiente e uso adequado dos recursos 
naturais, para organizar, coordenar e integrar as ações de órgãos e 
entidades da administração pública direta e indireta, assegurada a 
participação da coletividade, com o fim de: 
 
2º) CESP – art. 193, “caput” - SEAQUA 
Estabelece a Política Estadual do Meio Ambiente, objetivos, constitui o Sistema Estadual de Administração da 
Qualidade Ambiental. (art. 1º, Lei Estadual 9.509/97) 
 
3º) CONSEMA – Lei 13.507/09 
Artigo 1º - O Conselho Estadual do Meio Ambiente - CONSEMA, 
criado pelo Decreto nº 20.903, de 26 de abril de 1983, na condição de 
órgão consultivo, normativo e recursal, que integra o Sistema 
Estadual de Administração da Qualidade Ambiental, Proteção, 
Controle e Desenvolvimento do Meio Ambiente e Uso Adequado dos 
Recursos Naturais - SEAQUA, passa a reger-se nos termos desta lei. 
 
4º) CETESB – Lei 13.542/09 
 
 
ESFERA FEDERAL ESFERA ESTADUAL ESFERA MUNICIPAL 
PNMA (Lei 6.938/81) PEMA CE/SP, art. 193 PMMA Lei Org. de São Paulo/SP, 181 
SISNAMA SISNEMA  SEAQUA SISMUMA - 
CONAMA Conselho Estatual  CETESB COMUMA  CADES 
IBAMA CETESB - SUMA - 
 
Próxima aula 
INSTRUMENTOS (art. 9º da LPNMA) 
AIA – Avaliação de impacto ambiental 
ETEP – Espaços territoriais especialmente protegidos 
PQA – Padrões de qualidade ambiental 
ZA – zoneamento ambiental

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