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Direio Eleitoral Aula 02 Material de Apoio Magistratura

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Magistratura e Ministério Público 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Direito Eleitoral 
 Professor: Clever Vasconcelos 
Aula: 02 | Data: 29/04/2015 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
1. Elegibilidade 
 
DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS 
1. Inelegibilidade 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
 
1. Elegibilidade 
 
(continuação) 
 
1) Condições: artigo 14, §3º da CF: 
 
a) idade mínima: 
 
- presidente, vice-presidente e senador: 35 anos; 
- governador, vice-governador: 30 anos; 
- deputado federal, distrital, estadual, prefeito e vice-prefeito: 21 anos; 
- vereador: 18 anos. 
 
A idade mínima é verificada quando? 
A lei 9.504/97 no artigo 11, §2º diz que a idade mínima é verificada no dia da posse. 
 
§ 2º A idade mínima constitucionalmente estabelecida como 
condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a data da 
posse. 
 
Quando é o dia da posse? 
- Dia da posse no Poder Executivo: artigo 82 da CF – dia 1º de janeiro; 
 
Art. 82. O mandato do Presidente da República é de quatro anos e 
terá início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição. 
 
- Dia da posse no Poder Legislativo (da União): artigo 57, §4º, CF – 1º de fevereiro. A sessão legislativa começa no 
dia 02 de fevereiro e vai até o dia 17 de julho, depois vai do dia 01 de agosto até o dia 22 de dezembro (artigo 57, 
CF). 
 
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital 
Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de 
dezembro. 
 
 
 
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§ 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a 
partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse 
de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 
2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição 
imediatamente subsequente. 
 
Diante do princípio da simetria é recomendado que as constituições estaduais obedeçam estas datas, mas não é 
obrigatório seguir essas datas na esfera estadual. 
 
DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS 
 
1. Inelegibilidade 
 
É a falta de condição para participar das eleições, seja de forma absoluta (impede o sujeito de se candidatar a 
qualquer cargo político/mandato eletivo), seja de forma relativa. 
 
São absolutamente inelegíveis (artigo 14, §4º, CF): 
 
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
 
a) os inalistáveis: são os estrangeiros, os conscritos, apátridas e menores de 16 anos; 
b) analfabetos. 
 
Inelegibilidade relativa: 
 
 
Motivos funcionais Inelegibilidade para o 
mesmo cargo – artigo 14, 
§5º, CF (hipótese de 
reeleição) 
Inelegibilidade para 
outros cargos – artigo 14, 
§6º (hipótese de 
desincompatibilização) 
Inelegibilidade Reflexa 
(artigo 14, §7º, CF) 
 
Militares (artigo 14, §8º, 
CF) 
 
Casos legais 
complementares (lei 
complementar 64/90 
prevê outros casos de 
inelegibilidade) 
 
 
1) Inelegibilidade por motivos funcionais: 
 
a) para o mesmo cargo: 
 
 
 
 
 
 
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§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do 
Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou 
substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um 
único período subsequente. 
 
Obs: diferente do Poder Executivo, no Poder Legislativo pode haver reeleição de forma ilimitada. 
 
No Poder Executivo poderá haver somente uma reeleição e esta deverá ser consecutiva. 
Exemplo: mandato de 4 anos da Dilma, ela pode se reeleger. Michel Temer (que é seu vice-presidente) pode ser 
candidato a Presidente após a reeleição consecutiva de Dilma (Dilma é Presidente, se reelege e após sua reeleição 
Temer se candidata)? 
O TSE entende que não, afinal ele já ocupou o executivo nos dois períodos junto com a Dilma (como seu vice, seu 
substituto) e com sua eleição estaria num terceiro período, o que não é possível. O STF entende o contrário, 
entende a possibilidade da candidatura de Temer, afinal ele não foi titular do cargo, apenas substituto. 
 
RE 366.488/SP – caso Geraldo Alckmin: Mário Covas era governador de SP e Geraldo era seu vice. Mário Covas foi 
reeleito governador, Covas faleceu e Geraldo assumiu o Governo. Após Geraldo Alckmin foi candidato ao governo 
de SP. O ministro Carlos Velloso votou no sentido de que Geraldo Alckmin não poderia se candidatar pelo 
impedimento da eleição porque assumiu um segundo mandato em caráter definitivo (e não é possível assumir um 
terceiro mandato). Ocorre que entendeu o STF que a regra constitucional deve ser levada em conta se o 
candidato foi titular do cargo e Geraldo foi titular do cargo somente uma vez (com a morte de Mário Covas). 
 
Ementa: CONSTITUCIONAL. ELEITORAL. VICE-GOVERNADOR ELEITO 
DUAS VEZES CONSECUTIVAS: EXERCÍCIO DO CARGO DE 
GOVERNADOR POR SUCESSÃO DO TITULAR: REELEIÇÃO: 
POSSIBILIDADE. CF, art. 14, § 5º. I. Vice-governador eleito duas vezes 
para o cargo de vice-governador. No segundo mandato de vice, 
sucedeu o titular. Certo que, no seu primeiro mandato de vice, teria 
substituído o governador. Possibilidade de reeleger-se ao cargo de 
governador, porque o exercício da titularidade do cargo dá-se 
mediante eleição ou por sucessão. Somente quando sucedeu o titular 
é que passou a exercer o seu primeiro mandato como titular do 
cargo. II. Inteligência do disposto no § 5º do art. 14 da Constituição 
Federal . III. RE conhecidos e improvidos. 
 
b) para outros cargos (desincompatibilização): 
 
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, 
os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos 
devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do 
pleito. 
 
Renúncia (e não afastamento) 6 meses antes do primeiro turno das eleições. Renúncia de quem detém mandato 
executivo e quer disputar outro cargo (exemplo: governador que renuncia para se candidatar a presidente, deve 
renunciar até 6 meses antes). 
 
 
 
 
 
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2) Inelegibilidade Reflexa: 
 
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge 
e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por 
adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou 
Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja 
substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já 
titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. 
 
São inelegíveis: 
- cônjuge; 
- parentes por afinidade ou por consanguinidade até o segundo grau (inclusive) ou por adoção do titular do Poder 
Executivo. 
 
Exemplo: cônjuge ou parentes do Presidente da República não podem se candidatar a nenhum cargo da União. 
Cônjuge ou parentes do Governador não podem se candidatar a nenhum cargo do Estado. Cônjuge ou parente de 
governador do DF não podem se candidatar a deputado ou a senador. Cônjuge ou parente de prefeito não podem 
se candidatar a cargos do município (mas podem se candidatar a cargos de outro município). 
 
A proibição é de se candidatar em circunscrição exclusivamente do titular do Poder Executivo (exemplo: filho do 
prefeito quer se candidatar a governador pelo Estado inteiro, será permitido, afinal a candidatura dele pode se 
dar se não for exclusivamente na região do detentor do mandato executivo (o Estado está fora da circunscrição 
do pai prefeito). 
 
Súmula vinculante nº 18: A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a 
inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal. 
 
Divórcio durante o exercício do mandato: entende o STF que se ocorrer o divórcio durante o exercício do 
mandato impede a candidatura. 
 
União estável: o desfazimento da união estável (sociedade de fato) durante o período do mandato também é 
caso de inelegibilidadereflexa. 
 
O divórcio ou desfazimento da união estável antes de tomar posse afasta a inelegibilidade reflexa (se há divórcio 
ou desfazimento da união estável antes do candidato tomar posse ele será elegível). 
 
A inelegibilidade reflexa também atinge aqueles que substituíram os titulares dentro dos seis meses anteriores ao 
pleito, (salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição - Exemplo: deputado federal casa com 
Presidente da República (ambos já tinham o mandato), o deputado federal pode se candidatar à reeleição, é 
elegível). 
 
3) Militares: 
 
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: 
 
 
 
 
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I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da 
atividade; 
 
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela 
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da 
diplomação, para a inatividade. 
 
a) com menos de 10 anos de serviço: deve afastar-se da atividade. Esse afastamento é definitivo, deve dar baixa 
para a candidatura, deve se exonerar. 
 
b) com mais de 10 anos de serviço: pode se candidatar. 
 
O artigo 142, §3º, V da CF diz que o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos 
há pelo menos um ano da eleição. 
 
V - o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a 
partidos políticos. 
 
Mas o artigo 14, §8º diz que o militar é elegível e para ser elegível o candidato deve filiar-se a partido político. 
Como resolver esse conflito? 
 
Solução: artigo 14, §8º, II, CF dá a solução, ou seja, o militar será agregado ao partido político (e não filiado) pela 
autoridade superior e se eleito passará automaticamente no ato da diplomação para a inatividade. 
Discricionariamente o superior hierárquico do militar pode autorizar sua agregação a um partido político, se for 
eleito o militar é aposentado automaticamente, se não for eleito é desagregado e volta à ativa. Agregação é uma 
filiação especial do militar realizada pra fins de registro de candidatura para participação nas eleições. 
 
4) Casos legais complementares - inelegibilidades legais complementares: 
 
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e 
os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade 
administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada 
vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das 
eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do 
exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou 
indireta. 
 
A lei 135/2010 modificou em parte a LC 64/90. 
 
a) artigo 1º, I, d, LC 64/90 – hipótese de representação julgada procedente pela justiça eleitoral se houver abuso 
do poder político ou econômico na campanha eleitoral. 
 
Art. 1º São inelegíveis: 
I - para qualquer cargo: 
d) os que tenham contra sua pessoa representação julgada 
procedente pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado 
ou proferida por órgão colegiado (TRE ou TSE), em processo de 
 
 
 
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apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na 
qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que 
se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes. 
 
Existem duas ações (representações): 
- ação de investigação judicial eleitoral (AIJE); 
- ação de impugnação ao mandato eletivo (AIME). 
 
Se julgadas procedentes as representações pela justiça eleitoral o indivíduo terá os direitos políticos suspensos 
(torna o indivíduo inelegível) por 8 anos contados a partir do dia da eleição (contagem retroativa).

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