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Magistratura e Ministério Público CARREIRAS JURÍDICAS Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO Disciplina: Direito Eleitoral Professor: Clever Vasconcelos Aula: 06 | Data: 09/06/2015 ANOTAÇÃO DE AULA SUMÁRIO ELEIÇÕES 1. Arrecadação de Campanha Eleitoral 2. Prestação de Contas ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL 1. Tribunal Superior Eleitoral (art. 118, CF) 2. Tribunais Regionais Eleitorais (art. 120, CF) 3. Juízes Eleitorais (art. 32, CE) 4. Juntas Eleitorais (art. 118, CF) 5. Ministério Público Eleitoral Obs.: Fidelidade Partidária: A Resolução do TSE 22.610/2007 regulava a fidelidade partidária. Mas o STF na ADI 5.081 que analisou a Resolução do TSE, decidiu que fidelidade partidária só é aplicável nas eleições proporcionais. Nas eleições majoritárias não existe mais fidelidade partidária (decisão de maio/2015). ELEIÇÕES 1. Arrecadação de Campanha Eleitoral – Fontes vedadas (art. 24, LE) Entidades desportivas não podem fazer doação para campanha eleitoral. – Consequências do recebimento de fontes vedadas O partido político perdera o repasse do fundo partidário do ano seguinte. 2. Prestação de Contas (art. 28, LE) Nas eleições majoritárias o prestador de contas será o comitê de campanha. Nas eleições proporcionais o prestador de contas pode ser o comitê ou o candidato. Durante o período de campanha eleitoral os candidatos devem prestar contas, na internet, no site do Tribunal Superior Eleitoral (presidente) ou no site do Tribunal Regional Eleitoral (governador, deputados estaduais e federais, senador), ou no site da justiça eleitoral de 1º Grau (prefeito e vereador). As contas devem ser prestadas no dia 8 de agosto e no dia 8 de setembro do ano da eleição. Encerrado o período eleitoral, haverá a última prestação de contas, que não será na internet. Página 2 de 4 1) Ficam dispensados da prestação de contas (art. 28, §6º, LE) - Cessão de bens móveis, limitada ao valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) por pessoa cedente. - Doações estimáveis em dinheiro, entre candidatos, partidos ou comitês, decorrentes de uso comum. Ex.: Material de propaganda. 2) Tarefas dos Comitês - Verificação dos valores arrecadados e dos valores gastos. - Resumir as prestações ou informações. - O prazo da prestação de contas final é de até 30 dias após as eleições. 3) Não prestação de contadas O candidato que não prestar as contas fica impedido de ser diplomado. Em regra as diplomações ocorrem em dezembro. 4) Dívidas de campanha As dívidas ainda não quitadas, na data da última prestação de contas, podem ser incluídas na prestação de contas. Essas dívidas não quitadas pelo candidato são assumidas pelos partidos políticos. O candidato é solidário nessas dívidas. Não há impedimento à diplomação. 5) Papel da Justiça Eleitoral na prestação de contas - Aprovação: Se as contas estiverem regulares. - Aprovação com ressalvas: Essas ressalvas não podem comprometer a paridade de armas, ou seja, não pode ser constatado abuso do poder econômico. - Desaprovação das contas: Erros formais não ensejam a rejeição. O candidato pode ser diplomado com contas rejeitadas. Contudo poderá ensejar ação de impugnação de mandado eletivo. - Não apresentação das contas: Impede a diplomação. Obs.: Os Tribunais de Contas podem auxiliar a justiça eleitoral. 6) Divulgação do primeiro resultado da prestação de contas (art. 30, §1º, LE) O resultado da prestação de contas deve ser prolatado pelo Tribunal competente até 8 dias antes da diplomação. 7) Sobras de Campanha (art. 31 da LE) As verbas que sobrarem das campanhas irão para os partidos políticos, especificamente para os diretórios respectivos. Página 3 de 4 ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL Não há carreira própria da justiça eleitoral. O que existem são mandatos de 2 anos prorrogável por mais um período, seja para os ministros do TSE, juiz eleitoral do TRE, ou juízes eleitorais (art. 121, §2º, CF). Art. 121, § 2º. Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria. 1. Tribunal Superior Eleitoral (art. 118, CF) É composto por 7 ministros, sendo: 3 Ministros do STF: Escolhidos pelos próprio STF em voto secreto. Aqui teremos obrigatoriamente o presidente e vice-presidente do TSE. Não há nomeação pelo Presidente da República, o próprio ato de consolidação da eleição formaliza a entrada do Ministro no TSE. 2 Ministros do STJ: Eleitos pelo próprio STJ. Obrigatoriamente, um deles será o corregedor eleitoral. Não há nomeação pelo Presidente da República. 2 Advogados: O STF elaborará uma lista que vem do conselho federal da OAB, é uma lista de 6 nomes. O STF avalia essa lista e pode confirmar os 6 nomes ou rejeitá-los, e mandará essa lista para o Presidente da República, que escolhe 2 nomes entre os 6. O Presidente da República nomeara os 2 advogados para integrar o TSE. Não há sabatina pelo Senado Federal. O MP não é integrante desse Tribunal Superior, pois até 1988 os membros do MP eram elegíveis. O art. 29, §3º do ADCT permite que os membros do MP, empossados até o dia 5 de outubro de 1988, sejam elegíveis. Obs.: Para ministros do TSE não há sabatina pelo Senado Federal. 2. Tribunais Regionais Eleitorais (art. 120, CF) Há TREs nos Estados e no Distrito Federal. A composição dos TREs é cláusula de reserva constitucional e não podem os Estados legislar sobre essa composição. É composto por 7 juízes, sendo: 2 Desembargadores estaduais: Escolhidos pelo Tribunal de Justiça. Obrigatoriamente serão o presidente e o vice- presidente do TER. O vice-presidente acumula a função de corregedor. 2 Juízes estaduais: Escolhidos pelo Tribunal de Justiça. 1 Desembargador federal ou 1 Juiz federal: Quando a sede do TRF for na mesma unidade da federação o TRE será composto por um desembargador federal. Quando a sede do TRF estiver em outra unidade da federação será um juiz federal. 2 Advogados: O conselho estadual da OAB indicará 6 nomes. A lista vai para o TJ que avaliará os 6 nomes e remete ao Presidente da República, que escolhe 2 advogados. Página 4 de 4 Obs.: Vencido o prazo de 2 anos, o magistrado eleitoral deve novamente passar pelo processo de eleição, não existe prorrogação automática. 3. Juízes Eleitorais (art. 32, CE) Os juízes eleitorais são juízes estaduais e não federais, pois o CE fala em juiz de direito. Haverá um juiz por zona eleitoral, sendo possível haver mais de uma zona eleitoral e uma mesma cidade. Seção Eleitoral = Urna. Dentro de uma zona há várias seções eleitorais. 4. Juntas Eleitorais (art. 118, CF) É um órgão provisório de julgamento. São criadas somente para atuar na apuração eleitoral. São aglomerações de seções eleitorais. Uma mesma zona pode ter várias juntas. Caberá as juntas eleitorais julgarem questões que envolvam a contabilização eleitoral, de apuração da eleição. – Composição da junta eleitoral Será composta por 3 ou 5 membros, sendo: 1 Juiz de direito: O juiz da zona eleitoral indicará, ao Tribunal de justiça, outros juízes. Esse juízes indicados, vão atuar nas juntas eleitorais. 2 ou 4 Cidadão: Indicados pelo juiz da junta eleitoral, até 60 dias antes da eleição. 5. Ministério Público Eleitoral Não está na Constituição Federal. O Ministério Público Eleitoral está na Lei Complementar 75/03, art. 77 a 79. A 1ª instância é formada por membros dos ministérios públicos estaduais (só os promotores de justiça),nomeados pelo procurador regional eleitoral. A 2ª instância é composta por membros do ministério público federal (procuradores regionais da República), sendo que um deles será nomeado procurador regional eleitoral, pelo procurador geral da república que também é o procurador geral eleitoral. Esse membros do MP tem mandato de 2 anos, podendo ser prorrogado por igual período. São escolhidos de forma interna pelo Ministério Público. O MP eleitoral é um órgão hibrido, pois é composto por membros do MP estadual e membros do MP federal. Próxima aula PROPAGANDA POLÍTICA A propaganda política se divide em: 1. Propaganda Intrapartidária 2. Propaganda Partidária 3. Propaganda Eleitoral 4. Propaganda Política Específica
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