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Direio Penal Geral Aula 1 01 Material de Apoio Magistratura

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Magistratura e Ministério Público 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Direito Penal Geral 
 Professor: André Estefam 
Aula: 01 | Data: 02/02/2015 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
Teoria Geral da Pena 
1. O que é pena? 
2. Finalidade da Pena 
3. Princípios Constitucionais 
 
 
Teoria Geral da Pena 
 
1. O que é pena? 
É o mesmo que sanção penal? 
Sanção penal é o gênero que compreende as penas e as medidas de segurança. Sanções são consequências que a 
lei atribui. 
 
Pena é a sanção aplicada aos indivíduos imputáveis, aos inimputáveis é aplicada a medida de segurança. 
 
 Pena Medida de Segurança 
Pressuposto Culpabilidade Periculosidade 
Duração Determinada Indeterminada (perdura enquanto 
permanecer o estado perigoso do 
indivíduo), de acordo com o CP o 
tempo mínimo de duração é de 01 
a 03 anos. O STF fixou 
entendimento de que como a CF 
veda prisão de caráter perpétuo, 
logo, não pode haver medida de 
segurança por tempo perpétuo, o 
tempo máximo pára a medida de 
segurança não pode ser superior a 
30 anos, verificando que a 
periculosidade ainda existe, é 
possível na esfera cível um pedido 
de interdição com internação 
compulsória. 
Natureza Retrospectiva, o juiz analisa o fato que o agente 
praticou no passado para fixar a pena 
Prospectiva, não importa se o fato 
foi grave ou não, ficará mais tempo 
recolhido aquele que continuar 
sendo perigoso. 
Espécies Pena privativa de liberdade ou penas 
alternativas 
Internação ou tratamento 
ambulatorial 
Finalidade Mista (preventiva e retributiva), artigo 59 do 
CP. De acordo com a lei de execução penal a 
finalidade da pena é de ressocialização. 
Preventiva 
 
 2 de 3 
 
 
2. Finalidade da Pena 
 
a) Teorias absolutas, repressivas ou da retribuição: a pena é um castigo. Pune-se aquele que delinquiu. A pena é 
a resposta do Estado àquele que infringiu a lei. É uma forma de compensar o mal praticado. Tao grave será a pena 
quanto tão grave será o fato. “Punitur quia peccatum est” (pena como castigo, a pena é a resposta). As penas têm 
como mérito a proporcionalidade (quanto mais grave o crime, mais grave será a pena). Pena é um castigo, uma 
vingança privada. 
 
b) Teorias relativas, finalista ou da prevenção: “punitur ne peccetur” (se impõe a pena para que o agente não 
volte a delinquir, a pena é imposta para que o crime não seja novamente praticado). A pena deve ter a finalidade 
da prevenção, evitar que o crime seja praticado, o direito penal tem como objetivo reduzir o número de crimes, o 
direito penal cumpre esta meta através da intimidação. 
 
b.1) prevenção geral: a pena serve como fator de intimidação dirigido a todo corpo social. A ameaça da pena faz 
com que as pessoas não cometam delitos. 
 
b.2) prevenção especial: tem como mira o agente, o infrator. Uma vez recebendo a pena, o infrator tende a não 
cometer novamente o mesmo erro, a pena por sua vez, inibe a reincidência. Enquanto o indivíduo cumpre a pena, 
não comete outros delitos. 
 
c) Teorias mistas, conciliatórias ou da União: a pena atua como elemento de prevenção e retribuição (artigo 59, 
CP), o juiz deve levar em conta esses dois fatores na aplicação da pena. 
 
d) Teoria da prevenção geral positiva: adota uma lógica/racionalidade comunicativa no lugar de uma 
racionalidade instrumental, ou seja, enxerga a pena e o crime como mensagens, a mensagem captada pela 
sociedade quando um crime é praticado é o enfraquecimento da norma, a sociedade perde a confiança na norma 
quando um crime ocorre, a pena quando aplicada transmite a mensagem de seriedade da norma. A finalidade da 
pena consiste em fortalecer as expectativas normativas, ou seja, a confiança nas normas jurídico-penais, 
fortalecer, por exemplo, a norma não matar, não furtar etc. 
 
e) teoria da prevenção especial positiva: a ideia de ressocializar o indivíduo, prevenção que atua no agente a fim 
de evitar que um novo crime seja praticado. 
 
3. Princípios Constitucionais 
 
Basilares: 
 
a) dignidade da pessoa humana: artigo 1º, inciso III, CF. Fundamento da Constituição. Eleva o ser humano ao 
centro do Estado, do ordenamento jurídico, é a chamada visão antropocêntrica do Estado (o ser humano como 
centro do ordenamento jurídico, o homem jamais pode ser utilizado como meio em busca dos objetivos do 
Estado), por isso não é possível nazismo, escravidão etc. Em matéria penal, o conteúdo jurídico da dignidade 
humana deve ser determinado em respeito aos ditames da própria Constituição (exemplo: pena de morte 
somente em caso de guerra). 
 
Reflexo penal: vedação de penas cruéis, degradantes ou vexatórias (humilhantes). 
 
O RDD (regime disciplinar diferenciado) viola a dignidade humana? 
Consiste no isolamento do preso em cela individual sem contato com outros detentos e outras restrições. Há 
quem diga que viola a dignidade humana, afinal todo ser humano necessita do contato com outras pessoas. Para 
 
 3 de 3 
efeito de concurso, há entendimento dos tribunais superiores de que não há qualquer ofensa à dignidade 
humana. 
 
“Castração química” – tratamento para redução da libido (segundo projeto de lei será aplicado à crimes sexuais 
(exemplo: pedófilos). Viola a dignidade humana? 
Como pena não pode ser imposta a castração química, afinal atinge a libido, porém, seria possível como requisito 
para redução de pena ou obtenção de algum benefício durante a execução penal. Não é possível como pena 
porque possui um aspecto talional (Talião - olho por olho, dente por dente). 
 
b) legalidade: cláusula pétrea, artigo 5º, XXXIX, CF e artigo 1º, CP – não há crime sem lei anterior que o defina, 
nem pena sem prévia cominação legal. O princípio da legalidade também se aplica às medidas de segurança. 
 
c) culpabilidade

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