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Direio Processo Civil Aula 17 Material de Apoio Magistratura

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Magistratura e Ministério Público 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Direito Processual Civil 
 Professor: Eduardo Francisco 
Aula: 17 | Data: 24/06/2015 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
1. Procedimento de Execução 
 
1. Procedimento de Execução 
 
1) Cumprimento de sentença que impõe obrigação de quantia certa: 
 
(Continuação) 
 
Obs.: a multa tem natureza sancionatória. 
Obs.: não incide automaticamente a multa quando a sentença é só declaratória. 
 
Se o credor não requerer a execução no prazo de 6 meses, o processo será arquivado (não é extinto). Mas o prazo 
de prescrição intercorrente começa no dia seguinte ao término do prazo para pagamento voluntário. 
 
A execução começa com o pedido de penhora e avaliação do credor. Do auto de penhora e avaliação será intimado 
o devedor pessoalmente ou por intermédio de seu advogado e ele pode, no prazo de 15 dias, oferecer impugnação 
ao cumprimento de sentença. Não é ação, é defesa, pressupõe penhora e, em regra, não tem efeito suspensivo, ou 
seja, não suspende a execução, salvo se o juiz conceder a pedido do devedor. 
 
Requisitos para o efeito suspensivo: 
- pedido do devedor; 
- fundamentos relevantes; 
- risco de dano. 
 
Conteúdo da impugnação: 
- Exemplificado pelo artigo 475-L, CPC; 
- Em regra, só tema superveniente à sentença; 
- Exceção: inciso I – fala de nulidade ou inexistência da citação. 
 
A impugnação cria uma nova fase cognitiva: 
- o credor será ouvido; 
- haverá instrução; 
- haverá decisão: artigo 475-M, §3º - em regra será uma interlocutória, mas será sentença se extinguir a execução. 
 
Obs.: a fase de cumprimento de sentença enseja a fixação de novos honorários. 
Obs.: a impugnação, por si só, não gera novos honorários (já está embutido no cumprimento de sentença) – se a 
impugnação for acolhida e extinguir a execução é o devedor quem recebe honorários; se ela for rejeitada ou se 
acolhida não extinguir a execução, isso será levado em conta no momento dos honorários no cumprimento da 
sentença. Se a impugnação for manifestamente protelatória pode ensejar multa por litigância de má-fé. 
 
Após a impugnação passa-se à fase de expropriação, pelas regras do livro II do CPC. 
2) Execução de Título Extrajudicial: 
 
 
 
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A petição inicial deve atender os dispostos nos artigos 614 e 615 do CPC. 
A citação pode ser por mandado, por hora certa ou por edital – súmula 196 do STJ. As citações do CPC Não admite 
citação pelo correio. 
 
a) Execução de quantia certa: artigo 646 e seguintes: 
 
1- A petição inicial deve ser instruída com a planilha de cálculo; 
 
2- Averbação premonitória: artigo 615-A, CPC – o credor pode obter certidão de distribuição da execução para 
levar à registro no cartório de móveis ou outro órgão. É um facilitador para eventual reconhecimento de fraude à 
execução; 
 
3- O executado é citado para pagar em 3 dias. 
Obs.: o mandado de citação já contém a ordem de penhora e avaliação e é expedido em duas vias. 
 
O executado pode: 
 
I) pagar no prazo legal – o que gera o desconto de 50% nos honorários e acaba o processo; 
 
II) embargar no prazo de 15 dias; 
 
III) no prazo de embargos pode requerer o parcelamento, nos termos do artigo 745-A, CPC, depositando 15% à vista 
e propondo o pagamento do restante em até 6 parcelas mensais, com juros de 1% e correção monetária. O credor 
é ouvido, mas não precisa concordar, pois trata-se de direito potestativo e o juiz decide: se deferir a execução é 
suspensa, o credor levanta o depósito e aguarda as parcelas. O atraso de uma parcela gera o vencimento antecipado 
das demais e multa de 10% sobre o total em aberto. Se for indeferido o deposito fica retido e a execução prossegue 
pelo restante. 
 
A lei só prevê essa moratória para a execução de título extrajudicial, mas o STJ estendeu para o cumprimento de 
sentença. Nada impede sua aplicação na monitória e na ação de cobrança. Pelo CPC o devedor que pede 
parcelamento não pode embargar porque haverá preclusão lógica, em razão do reconhecimento da dívida, salvo 
quando os embargos só versam sobre o excesso de execução e o parcelamento sobre o valor correto. 
 
IV) permanecer silente. 
 
4- Se não houver o pagamento ou o parcelamento, a execução prossegue: a penhora já pode ser realizada a partir 
do quarto dia sem pagamento e os embargos, em regra, não tem efeito suspensivo. 
 
5- Penhora: artigos 647 a 670 do CPC: 
 
a) artigos 648 a 650 – dizem quais são os bens impenhoráveis; 
b) o artigo 655 estabelece a ordem preferencial da penhora: essa ordem pode ser invertida, desde que a inversão 
se mostre menos onerosa e não comprometa a efetividade da execução; 
c) o artigo 655-A trata da penhora por meio eletrônico (online); 
 
 
 
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d) o artigo 655-B prevê que quando a penhora recair sobre a meação de um bem indivisível, o bem será expropriado 
por inteiro e a meação do cônjuge inocente será exercida sobre o produto da expropriação (sobre o dinheiro de 
sua metade). 
 
6- Expropriação, o CPC prevê quatro formas de expropriação: 
 
I) adjudicação: artigo 685-A, CPC. Consiste na entrega do bem penhorado em pagamento ao credor; 
 
II) alienação por iniciativa particular: artigo 685-C, CPC. É a venda do bem penhorado pelo próprio credor ou por 
um corretor credenciado do juízo em condições previamente decididas pelo juiz. 
 
Obs.: essas duas espécies de expropriação dependem de requerimento do credor e o preço mínimo é o da 
avaliação. 
 
III) Usufruto: artigo 716 e seguintes: pode recair sobre móvel ou imóvel do devedor que é entregue 
temporariamente ao credor para que com os frutos e rendimentos paulatinamente o crédito seja satisfeito. 
 
A rigor o usufruto é somente para os frutos e rendimentos. O usufruto é instituído por decisão judicial a qualquer 
tempo antes da hasta pública, dependendo de pedido de credor. 
 
IV) Hasta pública: artigo 686 e seguintes do CPC. Tem como requisito básico a publicação de edital descrevendo em 
detalhes os bens, o valor e as regras da hasta. Também exige a intimação, em regra, pessoal do executado, dos 
credores com direito real de garantia ou penhora anterior, do cônjuge do executado se for imóvel e todos que 
tenham direito sobre o bem. 
 
Existem duas modalidades de hasta pública: 
- praça: para bem imóvel, e em regra é realizada no fórum; 
- leilão: usado para bem móvel e é realizado onde estão os bens ou local indicado pelo juiz. 
 
Ambas podem ser feitas pela internet. 
 
7- Embargos à expropriação: artigo 746 e é chamado pela doutrina de Embargos de 2ª fase. Aplica-se as ideias dos 
embargos à execução, com as seguintes peculiaridades: 
- o prazo é de 5 dias, contado da expropriação; 
- conteúdo: pode versar sobre nulidades ou causas extintivas, modificativas da obrigação supervenientes à rigor 
seriam posteriores aos embargos de 1ª fase; 
- objeto: o que se pretende é a anulação do ato expropriatório. 
 
É uma ação, o exequente e o adquirente devem contestar, se necessário haverá instrução e o juiz decide. Oferecidos 
os embargos, o adquirente pode desistir da aquisição e se ao final eles forem manifestamente protelatórios, o 
desistente terá direito a uma multa de 20%. 
 
Em regra os embargos são oferecidos e decididos no juízo da execução, mas na execução por carta precatória 
podem ser oferecidos no juízo deprecado, mas serão julgados pelo deprecante, salvo quando só versar sobre ato 
praticado no juízo deprecado. 
 
 
 
 
 
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8- Pagamento do credor: existem três formas de pagamento: 
- entrega do dinheiro; 
- adjudicação; 
- usufruto. 
 
A adjudicação e o usufruto são expropriações satisfativas porque já pagam automaticamente o credor. 
 
9- Suspenção e Extinção da execução: 
 
Suspenção: artigo 791 a 793 do CPC não localizaçãode bens para a penhora. 
Extinção da execução: artigos 794 e 795 do CPC. A extinção é sempre por sentença, o artigo 794 é exemplificativo, 
ou seja, aplicam-se os artigos 267 e 269. 
 
b) Embargos à execução: é a mesma coisa que embargos ao devedor. Artigo 736 do CPC a 745. Embargos de 1ª 
fase. É uma ação autônoma, prejudicial à execução. Gera um processo autônomo. Pressupõe execução em 
andamento, ou seja, tem um caráter incidental. 
 
- Prazo: 15 dias contados da juntada da citação. Não se aplica o artigo 191, CPC, ou seja, o prazo é sempre simples 
e independente para cada executado, salvo para cônjuges quando será comum contado da citação do último. 
 
Não exige prévia penhora e por isso não tem efeito suspensivo, salvo se o juiz der, o que exige quatro requisitos 
cumulativos: 
I) garantia do juízo; 
II) requerimento; 
III) fundamentos relevantes; 
IV) risco de dano. 
 
- Procedimento: 
 
1) os embargos são distribuídos por dependência ao juízo de execução, instruído com copias das principais peças 
da execução porque será autuado em apartado; 
 
2) o juiz poderá rejeitar liminarmente nas hipóteses do artigo 739 do CPC, ou seja quando houver: 
I) intempestividade; 
II) inépcia ou outro caso de indeferimento da inicial; 
III) quando manifestamente protelatório; 
IV) quando alegar excesso de execução sem indicar o valor correto. 
 
3) se admitido: 
a) o juiz delibera sobre eventual efeito suspensivo; 
b) ouvirá o exequente em 15 dias. 
 
4) se necessário haverá instrução; 
 
5) sentença. 
 
 
 
 
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Obs.: O prazo para embargos, em regra, é contado da juntada da citação, mas na execução por carta precatória ele 
será contado a partir da juntada no processo da comunicação de que houve a citação, que será feita pelo escrivão 
do juízo deprecado, de preferência por meio eletrônico. 
 
A lei revogou o artigo que tratava dos embargos de retenção, típicos da execução de entrega de coisa, mas eles 
continuam existindo com base no artigo 745, IV, CPC. O rol das matérias do artigo 745 é exemplificativo: se a 
execução é de título extrajudicial os embargos podem versar sobre qualquer matéria de defesa. Só haverá limitação 
imposta pela coisa julgada quando for título judicial. 
 
c) Execução de fazer e não fazer: artigo 632 e seguintes do CPC. O executado é citado para cumprir a obrigação no 
prazo fixado no título ou pelo juiz (a lei não fixou um prazo legal). O juiz pode usar dos meios de coerção e sub-
rogação de ofício, com base no artigo 461, CPC. Nessa execução nunca se exigiu garantia do juízo para os embargos. 
 
Se for obrigação de fazer fungível, o juiz, com base no artigo 635 e seguintes, poderá determinar que terceiro realize 
determinada tarefa às custas do devedor. 
 
Se for obrigação de não fazer só é possível execução específica quando for obrigação, cujo inadimplemento gera 
efeitos permanentes, permitindo que o juiz force o devedor a desfazer o que não podia ter feito. Exemplo: 
obrigação de não construir (ou deve demolir ou pagar uma empresa para demolir). 
 
Quando os efeitos do inadimplemento são instantâneos, só caberá execução de perdas e danos. Só será possível 
tutela específica preventiva, isto é, diante do risco de inadimplemento o credor ajuíza ação de conhecimento com 
liminar para evitar o inadimplemento. 
 
Se for obrigação de fazer consistente em emitir declaração de vontade para aperfeiçoar um negócio jurídico, 
mesmo havendo título extrajudicial, será necessária ação de conhecimento baseada no artigo 466, a, b, c. 
 
d) Execução de entrega de coisa: artigo 621 e seguintes. Próxima aula.

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