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EXECUÇÃO (1)

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PROCESSO DE EXECUÇÃO
Conceito
A execução pode ser conceituada como o meio pelo qual o cumprimento de uma obrigação é,
voluntária ou involuntariamente, satisfeita. Quando a obrigação não é cumprida
espontaneamente, faz-se necessária a prática de atos executivos pelo Estado, com o objetivo
de satisfazê-la.
A execução será classificada de acordo com a natureza da obrigação cuja satisfação se
pretende, sendo assim, haverá a execução de obrigação de fazer, de não fazer, de pagar
quantia certa e de dar coisa, conforme será visto em detalhes adiante.
Cumpre mencionar ainda que, no processo de execução, as partes são denominadas
“exequente” (o credor) e “executado” (o devedor).
Espécies de execução
A execução pressupõe a existência de um título executivo judicial ou extrajudicial, que
materializa a obrigação exigível. Este título poderá ser:
Título executivo judicial: é aquele que decorre de uma decisão judicial. É importante
ressaltar que a execução do título executivo judicial prosseguirá nos próprios autos do
processo onde foi constituída a obrigação. Assim, não se trata de um processo autônomo,
mas de um processo sincrético. Ao título judicial aplicam-se as regras do cumprimento de
sentença previstas nos artigos 513-519 do Código de Processo Civil.
Título executivo extrajudicial: os títulos executivos extrajudiciais são aqueles a que a lei
confere a força de título executivo. Diversamente do que ocorre com o título executivo
judicial, execução de título executivo extrajudicial constitui processo autônomo. Ao título
extrajudicial aplicam-se as regras previstas no Título II do Código de Processo Civil, que
trata “Das Diversas Espécies de Execução”.
Vejamos a seguir quais são os títulos executivos extrajudiciais e judiciais, de acordo com os
artigos 784 e 515 do Código de Processo Civil:
Procedimentos executivos
O procedimento executivo pode ser dividido, ainda, em comum e especial. Procedimento
executivo comum é aquele cabível nos créditos em geral, enquanto o procedimento executivo
especial é utilizado para a execução de alguns créditos específicos como, por exemplo, a
execução de alimentos e a execução fiscal.
Esta distinção é importante para os casos em que se pretende cumular execuções, conforme
previsto na Súmula 27 do Superior Tribunal de Justiça, a qual diz: “Pode a execução
fundar-se em mais de um título extrajudicial relativos ao mesmo negócio.”
Contudo, para que os procedimentos sejam cumuláveis, é necessário, antes, que sejam
compatíveis entre si, de acordo com o artigo 327, § 1°, inciso III do Código de Processo Civil.
Assim, não é possível cumular as execuções de um título sujeito a procedimento comum com
a de outro título sujeito a procedimento especial.
Além disso, para que as demandas executivas sejam cumuláveis, é necessário que haja
identidade de partes e que o juízo competente para apreciação delas seja o mesmo, nos
termos do artigo 780 do Código de Processo Civil.
Outra distinção importante também deve ser feita: a execução, no caso dos títulos executivos
extrajudiciais, é sempre definitiva. Todavia, admite-se execução provisória no cumprimento
de sentença judicial, haja vista a sentença pode não ter ainda transitado em julgado, por
exemplo. Assim, em determinados casos, não é necessário aguardar o trânsito em julgado da
sentença para que a obrigação seja satisfeita, sendo esta cumprida provisoriamente.
Execução de título extrajudicial
A execução de um título extrajudicial tem início com o ajuizamento de uma ação pela parte
interessada. Deverão ser atendidos os requisitos gerais de uma petição inicial, previstos no
artigo 319 do Código de Processo Civil, assim como observadas as particularidades do caso
concreto. Será sempre desta maneira porque, reforça-se, a execução de título executivo
extrajudicial se dá sempre através de processo autônomo.
No que diz respeito à causa de pedir, deverá ser demonstrada a existência do direito à
satisfação de uma obrigação certa, líquida e exigível, materializada no título executivo, bem
como o inadimplemento do devedor.
Considera-se líquido o título executivo que determina, de forma clara e precisa, a existência
da dívida, do credor e devedor, do objeto da prestação e, quando for possível, do quantum
devido.
Já a certeza de que se fala diz respeito à ausência de dúvidas quanto à existência obrigação.
Assim, da simples leitura do título executivo deve ser possível identificar a veracidade da
existência da obrigação, quem é o credor, o devedor e qual o objeto da prestação.
Finalmente, é necessário que o título seja exigível. Deste modo, não deve a obrigação estar
sujeita a termo ou condição suspensiva, assim como não deve estar pendente de prazo para
cumprimento.
Cumprimento de sentença
O cumprimento de sentença tem início através de petição simples, juntada aos autos do
processo onde foi constituída a obrigação. Não é necessário que esta petição atenda a todos
os requisitos de uma petição inicial, mas que apresente de forma compreensível a pretensão
deduzida.
Tal como no título executivo extrajudicial, deverá ser demonstrada a existência do direito à
satisfação de uma obrigação certa, líquida e exigível, materializada no título executivo, bem
como o inadimplemento do devedor.
OBRIGAÇÃO DE FAZER
Na execução de obrigação de fazer, é exigida uma obrigação positiva, ou seja, a realização de
um ato.
Tal qual na execução da obrigação de não fazer, será determinado o prazo para cumprimento
da obrigação, que não é determinado.
Prestações fungíveis e infungíveis
A obrigação de fazer poderá ser fungível ou infungível. Entende-se por obrigação fungível
aquela que pode ser satisfeita por terceiros, quando o devedor não a cumprir. Já a obrigação
infungível não pode ser satisfeita por terceiros, tendo em vista que foram contraídas em
razão das aptidões ou qualidades pessoais do devedor. Pode-se citar como exemplo a
contratação de um renomado arquiteto para elaboração de um projeto arquitetônico. A
elaboração de tal projeto por outro arquiteto não calharia no cumprimento da obrigação
desejada.
Após o decurso do prazo para o cumprimento da obrigação, caso o executado não a satisfaça,
sendo a obrigação fungível, o exequente poderá exigir a satisfação da obrigação por um
terceiro às custas do executado. Se a obrigação for cumprida por terceiro, então, deverá ser
apresentada proposta de valor.
Aprovada a proposta pelo juiz, o exequente realizará o adiantamento. É importante observar
que, embora a obrigação seja cumprida às custas do executado, é o exequente quem irá
realizar o adiantamento dos valores necessários ao seu cumprimento.
É possível, ainda, que o exequente opte por executar por si mesmo a obrigação, ou sob sua
supervisão, às custas do executado. Neste caso, o exequente não poderá cobrar mais caro do
que as outras propostas que foram apresentadas por terceiros.
O executado poderá optar, também, pela conversão da obrigação em perdas e danos. Neste
caso, o valor será apurado por liquidação e, após, a execução prosseguirá por cobrança de
quantia certa.
Vejamos, abaixo, o fluxograma da execução das obrigações de fazer, relativa às prestações
fungíveis, com base em título extrajudicial:
A obrigação pessoal, isto é, aquela que não pode ser executada por terceiros, será sempre
convertida em perdas e danos quando o executado não a cumprir no prazo estipulado. A
conversão em perdas e danos faz com que seja aplicado o procedimento de execução por
quantia certa.
Após a prestação da obrigação, as partes têm 10 dias para apresentar a impugnação. Se não
houver a impugnação, a obrigação será considerada satisfeita.
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OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER
Conceitos
A obrigação de fazer consiste na realização de um ato pelo devedor, enquanto que a
obrigação de não fazer trata de uma abstenção.
Em ambos os casos, o juiz aplicará multa por período de atraso no cumprimentoda
obrigação. Note-se que, nos casos das obrigações de fazer ou de não fazer, sempre será
aplicada multa pelo descumprimento, ao contrário da execução para entrega, na qual a
aplicação de multa é uma faculdade do juiz.
O prazo para o cumprimento da obrigação é determinado pelo juiz no próprio título
executivo, não havendo prazo legal determinado.
Execução de obrigação de não fazer
A obrigação de não fazer implica uma abstenção. É interessante observar que, nas obrigações
negativas, não há mora. Assim, a prática do ato o qual o devedor deveria se abster
caracteriza, por si só, a inexecução da obrigação.
Se o executado praticar o ato do qual deva se abster, o exequente poderá pedir que o ato seja
desfeito por terceiros, às custas do executado.
Na impossibilidade de desfazimento, o ato será convertido em perdas e danos.
Vejamos, abaixo, o fluxograma da execução das obrigações de não fazer com base em título
extrajudicial:

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