Buscar

casa grande e senzala

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CAPÍTULO I: CARACTERÍSTICAS GERAIS DA COLONIZAÇÃO PORTUGUESA DO BRASIL: FORMAÇÃO DE UMA SOCIEDADE AGRÁRIA, ESCRAVOCRATA E HÍBRIDA
Somente a partir de 1532 é que se organizou econômica e civilmente a sociedade brasileira. A partir de 1532 a colonização portuguesa no Brasil caracteriza-se pelo domínio quase exclusivo da família rural ou semi-rural. Sua principal base foi a agricultura, ao contrário do que aconteceu com outras colônias espalhadas pelo mundo no mesmo período, e não pela atividade de extrativismo, mais lucrativa porém predatória. 
O colonizador português do Brasil foi o primeiro entre os colonizadores modernos a deslocar a base da colonização tropical da pura extração de riqueza mineral, vegetal ou animal, o ouro, a prata, a madeira, o âmbar, o marfim - para a criação local de riqueza. Esta não foi feita de forma aventureira, mas sim de forma a melhor aproveitar o território brasileiro com o mínimo custo e assentando-se nele, posto que se deu em grande parte de iniciativa particular, sem ampla ajuda do governo luso. 
O bandeirante, particularmente, torna-se desde os fins do século XVI um fundador de subcolônias; Com o bandeirante o Brasil auto coloniza-se; Handelmann notou que para ser admitido como colono no Brasil no século XVI a principal exigência era professar a religião crista. O catolicismo foi realmente o cimento da nossa unidade.
A casa-grande abrigava uma rotina comandada pelo senhor de engenho, cuja estabilidade patriarcal estava apoiada no açúcar e no escravo. O suor do negro ajudava a dar aos alicerces da casa-grande sua consistência quase de fortaleza. Ela servia de cofre e de cemitério. Sob seu teto viviam os filhos, o capelão e as mulheres, que fundamentariam a colonização portuguesa no Brasil. Embora diretamente associada ao engenho de cana e ao patriarcalismo nortista, a casa-grande não era exclusiva dos senhores de engenho. Podia ser encontrada na paisagem do sul do país, nas plantações de café, como uma característica da cultura escravocrata e latifundiária do Brasil.
A formação social brasileira girou em torno da casa-grande. Lá que germinou muitos aspectos da cultura brasileira. E toda a estrutura em torno da casa-grande representa melhor que qualquer coisa as contradições da terra, convivendo em equilíbrio assimétrico entre o negro e o branco, o escravo e o senhor. Estes conviveram juntos dentro da casa-grande (serviços domésticos eram feitos por negros), palco mor dessa representação, ao qual até a Igreja Católica se submetia (havia uma capela nas casas-grandes, os padres vivam nas casas-grandes, alguns até como senhores de engenho).
A base era a agricultura: as condições, a estabilidade patriarcal da família, a regularidade do trabalho por meio da escravidão, a união do português com a mulher índia, incorporada assim à cultura econômica e social do invasor;
O clima tropical e as formas agressivas de vida vegetal e animal impossibilitavam a implantação de uma cultura agrícola, nos moldes do costume europeu. O português teve então de mudar seus hábitos alimentares. A mandioca substituía o trigo; no lugar das verduras, o milho; e as frutas davam um colorido novo à mesa do colonizador. Mas sua dieta ficava empobrecida, devido à ausência de leite, ovos e carne, que só apareciam em datas especiais, festas e comemorações.
Nas regiões ao norte predominou a agricultura de açúcar, conquanto nas regiões ao sul a de café, sempre com monocultura como dominante, de trabalho escravo. Não houve possibilidades de policultura à européia pelas adversidades produzidas pelo clima brasileiro, muito “desequilibrado”, sendo hora muito seco, hora muito úmido. 
Terra de alimentação incerta e vida difícil é que foi o Brasil dos três séculos coloniais. A sombra da monocultura esterilizando tudo. Os grandes senhores rurais sempre endividados. As saúvas, as enchentes, as secas dificultando ao grosso da população o suprimento de víveres.
A escassa diversidade da agricultura brasileira e a formação social em torno da casa-grande se manifestaram na ausência de carne, leite, ovos, saladas, além de muitos outros artefatos da comida a que o colonizador português que veio para o Brasil estava acostumado. Para as necessidades de alimentação foram-se cultivando de Norte a Sul, através dos primeiros séculos coloniais, quase que as mesmas plantas indígenas ou importadas. A farinha de mandioca fixou-se a base do nosso sistema de alimentação;
Houve a substituição do trigo pela mandioca, além da utilização das mais variadas frutas tropicais pelo colonizador na sua dieta, em compensação. Somente nos períodos de festas que se esbanjavam todo tipo de comida no Brasil, pois no geral o regime de alimentação era ralo, com senhores e escravos sendo os melhores alimentados, o resto da população ficando à mercê.
A terra foi usada para o cultivo da cana em detrimento da pecuária e da cultura de alimentos, o que provocou a apatia, a falta de robustez e a incapacidade para o trabalho. Males geralmente atribuídos à mestiçagem. Os portugueses não traziam para o Brasil nem separatismos político, nem divergências religiosas, e não se preocupavam com a pureza da raça. Assim o país se formava. E a unidade dessa grande extensão territorial com profundas diferenças regionais, garantida muitas vezes com o uso da força, aconteceu devido à uniformidade da língua e da religião.
A unificação do território nacional se deu em via da língua e da religião, considerada o cimento da sociedade, e muitas vezes foi conseguida á força. No Brasil não havia pureza de raças, uma vez que havia grande necessidade de ocupação territorial e colonização, se dando através da miscibilização, pois havia pouca gente no Brasil. A preferência dos portugueses pela mulher morena;
Essa miscibilização pode ser confundida com sifilização, em termos de Brasil no período colonial, devido aos altos índices da doença no país com a chegada dos colonizadores. Costumava-se dizer que a civilização e a sifilização andam juntas: o Brasil, entretanto, parece ter-se sifilizado antes de se haver civilização. De todas as influências sociais talvez a sífilis tenha sido depois da má nutrição, a mais deformadora da plástica e a mais depauperadora da energia econômica do mestiço brasileiro;
A facilidade de miscibilidade do colonizador português foi explicada por Gilberto Freyre pelo fato do povo português ser um povo indefinido entra a Europa e a África, posto que Portugal foi invadida e dominada por mouros. Essa indefinição gerou o hibridismo português, que contribuiu em larga escala para a adaptação e colonização portuguesa do Brasil.
Pode se dizer enfim, que o grande trunfo do colonizador português foi sua mobilidade, pois apesar das enormes dificuldades impostas, este conseguiu sobreviver, colonizar e unificar essa enorme colônia em condições adversas, coisa que muitos povos europeus não teriam condições de realizar. Considera-se de modo geral, a formação brasileira tem sido um processo de equilíbrio de antagonismos. Antagonismos de economia e de cultura. A cultura européia e a indígena. A européia e a africana. O senhor e o escravo.
CAPÍTULO II: O INDÍGENA NA FORMAÇÃO DA FAMÍLIA BRASILEIRA
A chegada dos europeus á América desmantelou toda e estrutura social e econômica antes aqui predominante, desarticulando as bases da sociedade indígena, desfaz-se o equilíbrio nas relações do homem com o meio físico;. Essa degradação ao contato com os brancos, segundo Gilberto Freyre, é o resultado natural do encontro de uma sociedade de cultura mais avançada com uma de cultura menos avançada. 
O invasor pouco numeroso foi desde logo contemporizando o elemento nativo; A relação dos portugueses com os índios no Brasil foi o que podemos chamar de mais branda do que o ocorrido nas colônias espanholas. Isso mais pela necessidade portuguesa de povoar o país e utilizá-los como escravos em plantações, onde a exploração do trabalho se diferenciava da exploração para o extrativismo preferido na colonização espanhol. 
servindo-se dohomem para as necessidades de trabalho e principalmente de guerra, de conquista dos sertões e desbravamento do mato virgem; O homem foi formidável: só na obra de devastamento e de conquista dos sertões, de que ele foi o guia, o canoeiro, o guerreiro, o caçador e pescador.
"Eu sou índio da tribo pataxó. Eu aprendi com meus pais a fazer artesanato. A gente faz cocares..., a gente vive só disso, de artesanato, a não ser no inverno, quando a gente tem que pescar mucussu. Mucussu é peixe. A gente planta mandioca para fazer cuiúna, feijão e arroz. A gente fala em pataxó: jocana baixu significa mulher bonita e jocana baixa é mulher feia." Paturi, índio pataxó (Coroa Vermelha, BA)
e da mulher para as de geração e de formação de família. Através da mulher, enriqueceu-se a vida no Brasil; série de alimentos ainda hoje em uso, drogas e remédios caseiros, tradições ligada ao desenvolvimento da criança, utensílios de cozinha, de higiene, banho frequente, rede, etc.;
A índia era vista como a ¿Moura Encantada¿ dos sonhos dos portugueses, foi objeto do desejo português. Andavam sempre nuas e se ofereciam aos portugueses recém chegados, pois em muitas tribos os portugueses eram vistos quase como deuses, e essa seria a natural obrigação das índias. O índio não tinha também tanta noção de sexualidade, segundo Freyre. A poligamia era comum entre os índios, que achavam natural essas relações, pelas quais os conquistadores portugueses não estavam acostumados, e se viram vislumbrados.
"A grande presença índia no Brasil não foi a do macho, foi a da fêmea. Esta foi uma presença decisiva, a mulher índia tomou-se de amores pelo português, talvez até por motivos fisiológicos, porque, segundo pude apurar quando escrevi Casa Grande & Senzala, as sociedades ameríndias ou índias, inclusive a brasileira, eram sociedades que precisavam de festivais como que orgiásticos para provocar nos homens, nos machos, desejos sexuais. O que há de acentuar é o grande papel da índia fêmea na formação brasileira, essa índia fêmea não só através do relacionamento mencionado sexual, mas através do papel social que ela começou a desempenhar magnificamente, tornou-se uma figura capital na formação brasileira."
O extermínio dos índios não se deu de forma tão brutal quanto o extermínio à espanhola. Ficou escondido na reviravolta cultural que sofreram os índios no Brasil. Seja pelas mãos dos senhores de engenho, ou pelos jesuítas, seus costumes foram sendo reduzidos, batiam de frente com os costumes europeus que tentava se implantar aqui, acarretando no extermínio da população e da cultura indígena. Era o choque do imperialismo português com o comunismo indígena.
A sociedade brasileira, entre todas da América, era a que se formava com maior troca de valores culturais. Havia um aproveitamento de experiências dos indígenas pelos colonizadores. Mesmo quando inimigo, o índio não provocava no branco uma reação que levasse a uma política deliberada de extermínio, como a que ocorria no México e Peru. A reação dos índios ao domínio do colonizador era quase contemplativa.
Os jesuítas foram os que melhor conseguiram estabelecer relações com os índios nessa época. Essas relações eram dificultadas pelo enorme número de tribos, costumes e idiomas presentes no Brasil naquela época. Pra facilitar a comunicação o tupi-guarani foi o artifício utilizado para a unificação da identidade indígena pelos jesuítas.
A Igreja desenvolvia planos ambiciosos de evangelização da América Latina, toda ocupada por países de tradição católica. Nessa quase cruzada no Novo Mundo, os padres jesuítas desempenhavam um papel importante na tentativa de implantar uma sociedade estruturada com base na fé católica. Para catequizar os índios, os jesuítas decidiram vesti-los e tirá-los de seu hábitat. Já o senhor de engenho tentava escravizá-los. Nos dois casos, o resultado era o extermínio e a fuga dos primitivos habitantes da terra para o interior.
"Os portugueses, além de menos ardentes na ortodoxia que os espanhóis e menos estritos que os ingleses nos preconceitos de cor e de moral cristã, vieram defrontar-se na América com uma das populações mais rasteiras do continente... Uma cultura verde e incipiente, sem o desenvolvimento nem a resistência das grandes semi-civilizações americanas, como os Incas e os Astecas." Trecho de Casa-Grande & Senzala.  
"O ambiente em que começou a vida brasileira foi de grande intoxicação sexual. O europeu saltava em terra escorregando em índia nua. Os próprios padres da Companhia precisavam descer com cuidado, se não atolavam o pé em carne." Trecho de Casa-Grande & Senzala.
Da cunhã é que nos veio o melhor da cultura indígena. O asseio pessoal. A higiene do corpo. O milho. O caju. O mingau. O brasileiro de hoje, amante do banho e sempre de pente no bolso, o cabelo brilhante de loção ou de óleo de coco, reflete a influência de tão remotas avós. Ela nos deu, ainda, a rede em que se embalaria o sono ou a volúpia do brasileiro." Trecho de Casa-Grande & Senzala.
A cultura indígena era muito rica. A parte religiosa dessa cultura era cheia de magia e ritos, que muitas vezes os padres não aceitavam e proibiam-nos. Mesmo quando catequizados, os índios não perderam alguns de seus traços fundamentais. É o caso da relação de íntima religiosidade entre as pessoas e os santos. No folclore, muitas lendas indígenas persistem. A humanificação de animais, os cruzamentos entre estes, gerariam seres dotados de poderes extras que povoam as lendas animalistas indígenas. Entre os ritos, podemos incluir a passagem para a vida adulta, realizada no início da puberdade.
Os índios acreditavam em espíritos maus; diziam que estavam sempre a espreita de uma oportunidade para lhe penetrarem no corpo: pela boca, pelas ventas, pelos olhos, pelos ouvidos, pelo cabelo; Daí o uso de batoques, penas e fusos atravessados no nariz ou nos lábios; de pedras, ossos e dentes de animais; a raspagem de cabelo. Encontra-se entre os selvagens numerosas abusões as crianças: uma profilática correspondendo a receios da parte dos pais de espíritos ou influencias malignas; Havia uma dança destinada especialmente a fazer medo aos meninos e incutir-lhes sentimentos de obediência e respeito aos mais velhos; Eram os maridos que serviam de parteiros, cortando aos dentes o umbigo do menino.
O trabalho agrícola em uma aldeia indígena era, geralmente, realizado por mulheres, enquanto os homens eram responsáveis pela caça. Os índios viviam de forma sedentária. Com a chegada e ocupação dos portugueses, foram muito importantes nas bandeiras e na defesa do território nacional de embarcações piratas, por exemplo. Os índios conheciam o território como ninguém, viabilizando assim a exploração nacional. 
Dos costumes dos primitivos habitantes da terra eram as relações sexuais e de família, a magia e a mítica que marcavam a vida do colonizador. A poligamia e a sexualidade da índia iam ao encontro da voracidade do português, ainda que a vida sexual dos indígenas não se processasse tão à solta quanto o relatado pelos viajantes que aqui estiveram. 
Para as tribos mais primitivas, a união do macho com a fêmea tinha época; o costume de oferecer mulheres aos hóspedes era prática de hospitalidade, quase um ritual. A mulher nativa resgatava o sonho da ninfa, que se banhava no rio e penteava os longos cabelos negros. Uma imagem deixada pela invasão moura na Península Ibérica e adormecida no inconsciente do português.
"Figura vaga, falta-lhe o contorno ou a cor que a individualize entre os imperialistas modernos. Assemelha-se nuns à do inglês; noutros, à do espanhol. Um espanhol sem a flama guerreira nem a ortodoxia dramática do conquistador do México e do Peru; um inglês sem as duras linhas puritanas. O tipo do contemporizador. Nem idéias absolutas, nem preconceitos inflexíveis. ...Um rio que vai correndo muito calmo e de repente se precipita em quedas de água..." Trecho de Casa-Grande & Senzala.
A união do português com a índia havia gerado os mamelucos que atuavam como bandeirantese, junto com os índios, formavam a muralha movediça da fronteira colonial. O mameluco e o índio, que excediam o português em mobilidade, atrevimento e ardor guerreiro; que defendiam o patrimônio do senhor de engenho contra o ataque de piratas estrangeiros, nunca firmaram as mãos na enxada. Os pés de nômades não se fixavam na plantação da cana-de-açúcar.
"Essa arte é descendência dos índios, né! Aí nós somos seguidores já dos índios. A gente ficou fazendo as panelas de barro, que eu aprendi com meu pai. Meu pai já trabalhava, aí eu fiquei trabalhando. Agora meus filhos também trabalham na mesma arte." Zé Galego, artesão (Caruaru, PE).
Porém, pelo fato dos índios brasileiros eram nômades, não se adaptaram à agricultura de monocultura. A monocultura do açúcar matou o índio; momento esse que o indígena foi substituído pelo negro. O trabalho sedentário e contínuo, as doenças adquiridas ao contato dos brancos foram dando fim aos índios; Já não era o mesmo selvagem livre de antes da colonização portuguesa;
Com os portugueses vieram também as doenças. A mortalidade infantil cresceu vertiginosamente. A sífilis também. A higiene do índio também foi drasticamente reduzida, ou pelo menos convertida a padrões ultramarinos. Persiste até hoje o conhecimento médico indígena, dos chazinhos e das ervas ¿milagrosas¿, chegando a ser considerado superior ao dos médicos lusos e dominadores da ciência.
Foram várias as contribuições indígenas na cultura e colonização brasileira. Dentre elas podemos destacar a higiene e a dieta indígena, com peixes e frutas, que persistem até hoje.
"Costuma dizer-se que a civilização e a sifilização andam juntas. O Brasil, entretanto, parece ter-se sifilizado antes de se haver civilizado. A contaminação da sífilis em massa ocorreria nas senzalas, mas não que o negro já viesse contaminado. Foram os senhores das casas-grandes que contaminaram as negras das senzalas. Por muito tempo dominou no Brasil a crença de que para um sifilítico não há melhor depurativo que uma negrinha virgem." Trecho de Casa-Grande & Senzala. 
CAPÍTULO III: O COLONIZADOR PORTUGUÊS: ANTECEDENTES E PREDISPOSIÇÕES
A figura do colonizador português é a do contemporizador. Nem ideais absolutos, nem preconceitos inflexíveis, assemelhando-se em alguns pontos ao espanhol e em outros ao inglês. É o mesmo hibridismo da indecisão e a dualidade entre África e Europa. O próprio português que trouxe escravos da África atravessando o Oceano em condições completamente insalubres, também foi capaz de miscigenar amigavelmente com os seus escravos.
Portugal um país largamente marítimo, recebia sempre povos de todos os lugares do mundo. Seus portos eram rotas de comércio e imigrações; O encontro das culturas árabes e romanas impregnava a moral, a arte, a economia e a vida do português. Os árabes - excelentes técnicos navais - e os judeus - financistas e com altos cargos de administração, no conselho real - emprestavam conhecimento e dinheiro para o empreendimento das navegações.
Além da mobilidade, o português tinha a capacidade de se misturar facilmente com outras raças. Chegavam carentes de contato humano e começavam a se reproduzir, primeiro com as índias e depois com as negras escravas. Era preciso povoar o território;
Entre as características do português está a de ser muito orgulhoso, mas, contraditoriamente, muito simples também. Andavam em suas casas-grandes todo mulambentos e colocavam suas melhores roupas para sair ás ruas.
Outra característica era o ódio aos mouros ¿ ou infiéis -. Ninguém era rejeitado no Brasil, desde que fosse cristão-católico. Isso pelo fato de Portugal ser dominada por mouros e, na expulsão deles, o principal fator para a união dos portugueses, foi o da guerra contra o paganismo.
Os portugueses davam uma contribuição criativa ao novo mundo através da produção de açúcar. E implantavam um sistema econômico que aprenderam com os mouros durante a ocupação da Península Ibérica. Os mouros, de grande tradição agrícola, introduziram a laranjeira, o limoeiro e a tangerina e implantaram a tecnologia do fabrico do açúcar em Portugal. O engenho mouro é avô do engenho pernambucano.
Essa contribuição criativa é que diferenciava o português do holandês e do francês, que para cá traziam apenas aperfeiçoamentos tecnocráticos. O choque das duas culturas, a européia e a ameríndia, no Brasil colônia, se dava mais lentamente, não por meio da guerra, mas nas relações entre homem e mulher, mestre e discípulo. A Igreja ganhava no Brasil capelas simples dentro do complexo arquitetônico da casa-grande. Lá morava o capelão, que dela tirava seu sustento. E essa mesma Igreja, através dos jesuítas, partia maciça e indiscriminadamente para a catequização dos índios.
Na expulsão dos mouros de Portugal, para se garantir a posse das terras, a agricultura foi o grande instrumento. Principalmente a lavoura gerada pelo clero, mas que ficou restrita a isso. Havia pouca comida nos dias normais, exceto nos dias de festa. Os jejuns eram muito banais, tanto pela religiosidade, quanto pela economia. 
No Brasil, a descoberta foi na expansão marítimo-comercial, porém, manteve-se a agricultura como fator de garantia da posse da terra, porém administradas pelos senhores-de-engenho, contrariando a Igreja. Em Portugal o poder da Igreja Católica era muito grande, e por esses motivos houve rusgas entre senhores-de-engenho e jesuítas. Todavia, a religiosidade nunca deixou de estar presente na vida destes. A capela ficava dentro da casa-grande, substituindo as catedrais, muito utilizadas pelos espanhóis.
O autor fala de muitos paulistas com cara de mouros, isso se deu devido ao fato de que muitos mouros foram mandados para o Brasil. Os mouros eram tidos como trabalhadores. O verbo mourejar significa trabalhar, por exemplo. Muitas profissões técnicas foram sendo introduzidas no Brasil por descendentes de mouros ou mouros. O amor humano ás divindades é uma das características que temos herdado dos mouros, segundo Gilberto Freyre, que muito influenciaram no Brasil, culturalmente.
Já os judeus, também chamados de cristãos-novos, devido às perseguições sofridas na época da Inquisição, eram vistos com antipáticos. Davam os preços mais baixos para os seus iguais e cobravam mais dos estranhos, criando richas. Mas foi a prosperidade dos judeus que deu condições para a expansão e sustentação imperialista portuguesa.
O capítulo III fala de muitas coisas já citadas no capítulo I, como o interessa de procriação abafando preconceitos, utilizado em Portugal para suprir a falta de pessoas que saiam para as viagens ultramarinas. A isso se soma o grande senso colonizador do português e a iniciativa privada na colonização. Portugal teve a agricultura, sua principal indústria, melhor desenvolvida do que os outros países mais ao Norte. Falta de higiene corpórea que na maior parte dos casos se limita a lavagem da cara aos domingos; Povos preguiçosos, sem vontade de fazer; usavam os índios e escravos pra tudo.
CAPÍTULO IV: O ESCRAVO NEGRO NA VIDA SEXUAL E FAMILIAR DO BRASILEIRO
Em todos os brasileiros, segundo Gilberto Freyre, encontramos traços herdados pela cultura africana, tanto na ternura da fala, no amolecimento da linguagem (a reduplicação da sílaba tônica com em dodói, é um exemplo), nos apelidos, nos gestos, na música, que desde criança nos tempos coloniais foi influenciada e que se ouvia em canções de ninar pela boca da ama negra. Pode se dizer que a ama foi a primeira mulher do menino branco.
Para os padres da Companhia de Jesus, os índios acreditavam em tudo e aprendiam e desaprendiam os ensinamentos rapidamente. Havia uma enorme quantidade de aldeias espalhadas pela floresta, que falavam diferentes línguas. Era preciso unificar as tribos para poder pregar a doutrina católica. O menino indígena servia de intérprete aos jesuítas, que aprendiam com ele as primeiras palavras em tupi. Os padres puderam então escrever uma gramática, unificando a língua dos Brasis. Estava criando o tupi-guarani.
Tanto a Igrejaquanto o senhor de engenho fracassavam nos esforços de enquadrar o índio no sistema de colonização que iria criar a economia brasileira. Fora de seu hábitat natural, o índio não se adaptava como escravo: morria de infecções, fome e tristeza. Para suprir a deficiência da mão-de-obra escrava, os senhores de engenho de Pernambuco e do Recôncavo baiano começavam a importar negros caçados na África. 
Agora, as escravas negras substituíam as cunhãs tanto na cozinha como na cama do senhor. Na agricultura, a presença do negro elevava a produção de açúcar e o preço do produto no mercado internacional. O Brasil, esquecido por quase duzentos anos, despertava finalmente o interesse do Reino de Portugal
Gilberto Freyre caracteriza os africanos vindos para o Brasil como melhores culturalmente que os índios. Suas festas eram feitas com mais alegria e vivacidade que a dos que aqui habitavam. A Bahia, onde foi situado o grande refúgio de negros vindos para o Brasil, é conhecido por ser um povo muito festivo. 
Além disso, a cultura dos africanos que vieram para o Brasil era mais adiantada que a dos de outros territórios africanos, mais cheias de lendas, mitos, rituais, festas, com gastronomia e astrologia mais avançadas do que de outros povos, seus conterrâneos, que possuíam melhores atributos físicos, por exemplo. Suas cerimônias religiosas ou não, eram sempre bem emotivas, em contrastes com os índios aqui situados. 
Entre os africanos que vinham para o Brasil, eram os negros muçulmanos, de cultura superior não só à dos índios como também à da maioria de colonos brancos, que aqui chegavam e viviam quase sem nenhuma instrução, que para escrever uma carta necessitava da ajuda do padre-mestre. O movimento malê da Bahia, em 1835, foi considerado um desabafo da cultura adiantada, que era oprimida por outra menos nobre. Contava-se que os revoltosos sabiam ler e escrever em alfabeto desconhecido. Eram negros que liam e escreviam em árabe.
"Pode-se juntar à superioridade técnica e de cultura dos negros sua predisposição como que biológica e psíquica para a vida nos trópicos. Sua maior fertilidade nas regiões quentes. Seu gosto pelo sol. Sua energia sempre fresca e nova quando em contato com a floresta tropical." Trecho de Casa-Grande & Senzala.
Outra explicação encontrada no Casa Grande e Senzala para o maior desenvolvimento cultural dos africanos seria o fato de estes serem melhores alimentados que os índios. Os negros também seriam comprovadamente eugenicamente superiores as outras raças em alguns aspectos, indispensáveis para a colonização brasileira, enquanto brancos seriam em outras áreas, se completando, dada a hierarquia e composição social vigente.
O Brasil importava da África não somente o animal de tração que fecundou os canaviais, mas também técnicos para as minas, donas de casa para os colonos, criadores de gado e comerciantes de panos e sabão.Os negros vindos das áreas de cultura africana mais adiantada eram um elemento ativo, criador e pode-se dizer nobre na colonização do Brasil, degradados apenas pela condição de escravos. O negro escravo e a cana-de-açúcar fundamentavam a colonização aristocrática e a estrutura básica do mundo dos coronéis se repetiria nos ciclos do ouro e do café, em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, com o mesmo fundamento: a ocupação da terra.
A escravidão desenraizava o negro de seu meio social e desfazia seus laços familiares. Além dos trabalhos forçados, ele era usado como reprodutor de escravos: era preciso aumentar o rebanho humano do senhor de engenho. As crias nascidas eram logo batizadas e ainda assim consideradas gente sem alma. A Igreja, esteio dos poderosos, agia da mesma forma no tratamento dado ao negro. 
A mulher escrava fazia a ponte entre a senzala e o interior da casa-grande e representava o ventre gerador. As negras mais bonitas eram escolhidas pelo sinhô para serem concubinas e domésticas. 
No campo sexual, não seriam as negras que corrompiam sexualmente os brancos, mas sim as escravas. Sua posição social ascenderia com um filho com um branco, como citado mais claramente no capítulo V. Homens brancos que só gozavam com negras; O marido quando recém-casado para se excitar diante da noiva branca, precisava de uma escrava negra; 
Objeto dos desejos sádicos dos homens, do senhor de engenho ao menino adolescente, a negra sofria por parte da mulher branca os castigos mais variados. Se a beleza dos seus dentes incomodava a desdentada sinhá, esta mandava arrancá-los. A escrava adoçava a boca do senhor e recebia chicotadas à mando da senhora, mas cumpria as tarefas que normalmente estariam destinadas à mãe de família. As damas da sociedade se casavam entre os doze e os quinze anos com homens muito mais velhos. 
Sempre que consideramos a influência do negro sobra a vida íntima do brasileiro, é a ação do escravo, e não do negro por si, que apreciamos. É uma sexualidade, a dos negros africanos, que para excitar-se necessita de estímulos picantes. Danças afrodisíacas. Culto fálico. Orgias. Enquanto no civilizado o apetite sexual de ordinário se excita sem grandes provocações. Sem esforço; Não há escravidão sem depravação sexual;
A sifilização brasileira na época não se deu apenas pelo contagio sexual. O descaso era imenso. Entre amas e crianças havia um caminho de mão dupla de sífilis. As crianças recebendo pelos pais transferiam para as amas, que repassavam para outras crianças, além de muitos outros caminhos que se percorria essa doença. A falta de beleza da população não era devido à mistura das raças. Essa mistura era bonita. O problema era a sífilis que alastrava e deixava as pessoas feias. As mulheres brasileiras no geral não eram consideradas bonitas, e Freyre atribuía isso a iniciação sexual das jovens que se dava muito cedo.
A educação das crianças por muito tempo perdurou nas mãos dos escravos; o melhor amigo era o negrinho (muitas vezes maltratado) criado no âmbito da casa-grande, O melhor brinquedo dos meninos de engenho: montar a cavalo em carneiros; mas na falta de carneiros, usavam os moleques; as mucamas mimavam as crianças (muitas vezes tornavam os meninos efeminados, acarretando na iniciação sexual prematura dos meninos, pois pais tinham medo de que os filhos não pudessem ser primogênitos ¿legítimos¿, em todos os sentidos.), 
ensinavam as moças o que era romance contando histórias, que substituíam o baixo índice literário da época, numa grande confraternização, apesar de todos os equívocos na casa-grande. A parte mais produtiva da propriedade escrava é o ventre gerador. As mulheres morriam no parto, pois eram muito novas (12, 13, 14 anos) e os maridos (50, 60, 70 anos);
Entre os equívocos estão os casos de maltrato com escravas negras por ciúmes do marido, o sadismo que tratavam os meninos brancos seus pequenos escravos negros. Neste período cresce a freqüência de procura por feitiçarias e magias sexuais. Para substituir a educação negra, foram “contratados” padres-mestres para educadores, posteriormente. Estes se introduziam dentro da casa do menino e os conduziam durante sua educação.
 
A Casa-Grande fazia subir da senzala para o serviço mais íntimo e delicado dos senhores uma série de indivíduos: amas de criar, mucamas, irmãos de criação dos meninos brancos.
CAPÍTULO V: O ESCRAVO NEGRO NA VIDA SEXUAL E FAMILIAR DO BRASILEIRO (CONTINUAÇÃO)
Algo que impressionava no Brasil do século XIX era o comportamento dos meninos. Agiam como homens desde muito cedo, sem alegria, Os menininhos, a força desde os nove anos. A educação nessa época foi feita em colégios jesuítas no começo, e em colégios de padres ou em seminários posteriormente. Eram eles que comandaram a disseminação da cultura por longo período. Era um ensino rígido, sendo o mestre senhor todo poderoso em suas sala. 
Muitas vezes eram sádicos, sorte tinham os meninos ensinados por mestres negros, estes melhores que os outros. Veio depois de 1850 às estradas de ferro facilitar o internato dos meninos de engenho nos colégios das capitais; Nestes colégios,até o século XVII, os negros e pardos eram excluídos, com os pardos sendo progressivamente incluídos no sistema educacional brasileiro com mais freqüência que os negros, devido ao incentivo aos casamentos mestiços pelo governo.
Existiam muitas histórias, nos séculos XVII e XVIII, sobre mulheres devassas e casos de assassinatos por parte de pais e maridos por ciúmes mórbidos, em nome da honra, de boatos nem sempre reais. Porém, nos casos reais, as mulheres eram de classes mais baixas, geralmente escravas, negras e mulatas, por culpa da degradação que estas sofriam com o domínio de culturas mais adiantadas.
À moleza do homem brasileiro, Freyre não atribui ao açúcar responsabilidade direta, mas indireta, pois com ele veio a escravidão e homens negros trabalhando por homens brancos. Ou seja, status ao que não trabalha: o senhor-de-engenho. Com isso, muitos homens se feminilizaram; tinham mãos e pés de mulher. Ficavam o dia na rede, com uns molengas. Essa rotina só era quebrada pela polvorosa religiosa. Rezavam várias vezes o dia. Paravam o que estivesse sendo feito para rezar. Esse sentimento cristão se manifestava até mesmo em testamentos. Muitos deixavam bens ou alforrias a seus negros favoritos.
Havia uma ¿guerra¿ entre padres e senhores-de-engenho por causa do trabalho nos domingos. Os senhores-de-engenho o queriam para trabalho enquanto os padres para Deus. Acabou por se institucionalizar o feriado no domingo, afinal era um dia com menos comida para os negros, que significava economia para senhores.
Dizia-se que se não fosse pelos santos e pelas amásias, os colonos seriam ricos. Com exceção dos jesuítas, donzelões natos, padres e frades se emancebaram com pretas e índias. Essas relações, segundo Freyre fizeram bem a sociedade brasileira, uma vez que muitos filhos de padres se tornaram ilustres intelectuais, pois os padres teriam eugenia para assuntos intelectual superior ao resto da população, trazendo ascensão social. Para ascensão social, ainda, muitas pessoas passaram a utilizar nomes de fidalgos.
A culinária nos primeiros séculos de história do Brasil era toda negra. O pão, por exemplo, só foi introduzido no século XIX. A cozinha negra era muito higiênica. Ainda hoje se vê, principalmente nos estados do norte/nordeste, a grande influência negra na culinária brasileira, sendo a dieta do povo responsável por muitas características sociais.
Os dois pratos de origem africana que maior triunfo obtiveram na mesa patriarcal brasileira foram o caruru e o vatapá, feitos com íntima e especial perícia na Bahia. O pão foi outra novidade do século XIX. O que se usou nos tempos coloniais, em vez de pão foi beiju de tapioca ao almoço, a ao jantar a farofa, o pirão escaldado ou a massa da farinha de mandioca feita no caldo do peixe ou da carne.
Em 1984, numa de suas últimas entrevistas, o escritor Gilberto Freyre resumia o seu pensamento sobre a situação presente do negro, lembrando o abolicionista pernambucano Joaquim Nabuco: 
"O problema é que a abolição da escravatura, embora tenha sido fato notável na história da formação brasileira, foi muito incompleta." 
Com a abolição, os problemas do negro estariam apenas começando. Mas quem se interessou por isso? Ninguém se interessou. 
O negro livre deixou as fazendas e os engenhos e foi inchar as periferias das cidades. Abandonado, constituiu-se num sub-brasileiro.

Outros materiais