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5/10/2014 Resumo Introdução à Economia Unidade 4 Amanda Conti UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA P á g i n a | 1 14. Economia Monetária Escambo – economia primitiva em que há a troca de mercadorias por mercadorias o Problemas desse sistema: Necessidade de coincidência entre demandas de ambas as partes o Necessidade, portanto, de instrumentos de intermediação, surgindo, então, a moeda. Sistema Monetário o Fatores necessários Confiança dos agentes econômicos nas instituições monetárias o Funções da moeda Meio de troca; Unidade de conta – padrão de valor; Reserva de valor Liquidez: a liquidez refere-se à facilidade ou rapidez com que podemos converter a reserva em outros bens; nesse aspecto, a moeda possui maior liquidez do que outros tipos de reserva; o Características da moeda Divisibilidade – permite transações de diferentes valores; Durabilidade – não é perdida com o passar do tempo; Raridade – não pode ser facilmente obtida. o História da Moeda Ouro e prata Senhoriagem – o soberano cunha seu símbolo na moeda, em troca retendo parte do metal entregue para cunhagem; A oferta depende da mineração; Setor de créditos Fornecimento de empréstimos – origem dos banqueiros Moeda escritural: o dinheiro é depositado em bancos e seus depositários recebem, em retorno, recibos. Os bancos começam, então, a emprestar esse dinheiro depositado, na forma também de recibos, ao perceber que não é efetuado o resgate de toda essa importância. Esses recibos em circulação são “cobertos por um ‘lastro’ em ouro”. Há, então, a redução do dinheiro em metal, fora de circulação. Como esses recibos são transferidos de um indivíduo para outro, são também um meio de troca, uma forma de moeda. Nesse caso NÃO HÁ CRIAÇÃO DE UMA NOVA MOEDA. o DEPÓSITOS SÃO MOEDA Reserva Fracionária: empresta-se PARTE do montante depositado, ficando em caixa uma parte da reserva (lastro) do valor total depositado. Os recibos em circulação, o papel-moeda, constituem o instrumento de transferência de posse da moeda escritural. Nesse caso OCORRE CRIAÇÃO DE UMA NOVA FORMA DE MOEDA. o Obs.: a falência de um banco (ou banqueiro) pode ser originada em boatos ou fatos que causem perda generalizada de confiança, originando uma corrida para efetivação de saques, os quais não poderão ser cobertos, tendo em vista o que foi acima exposto. 2 | P á g i n a Bancos Centrais o Busca de estabilidade no sistema bancário e segurança dos depositantes o Funções Supervisionar/fiscalizar a operação dos bancos Socorrê-los quando necessitados de recursos adicionais – fornecedor de empréstimos Executor da política monetária do governo Fixação da taxa básica de juros Manutenção do valor da moeda – controle da inflação Monopólio da emissão de notas Torna desnecessário a existência de um lastro metálico Meios de pagamento nas economias modernas o Redução da convertibilidade do papel-moeda em metais o Aceitação legal (institucionalizada) do papel-moeda o Meios de pagamento: “soma do papel-moeda (e moedas) em poder do público e dos depósitos a vista nos bancos comerciais”. (M1) O sistema bancário e a criação da moeda o Conjunto de bancos comerciais e de uma instituição reguladora (banco central); Bancos comerciais Recebem depósitos e concedem empréstimos, cobrando juros, sendo essa sua fonte básica de renda. No exemplo ao lado de um esquema de empréstimos, observa-se um valor total de moeda de $ 2.440 ($1.000 + $800 + $ 640) Valor total dos empréstimos concedidos: o Visto ocorrer uma relação de 1 para 5 (20%), ao final o montante adicional de depósitos, e, portanto, de moeda, será de 5.000 (acréscimo de 1.000 para um adicional de $5.000, conservando a relação de 1 para 5). o Dessa forma, é possível concluir que o sistema bancário multiplica o valor emitido pelo banco central. o Cálculo do multiplicador (M): o Cálculo do Montante final: M1 = papel moeda e moedas em poder do público + depósitos à vista M2 = M1 + depósitos de poupança + aplicações em títulos privados M = 1/R Valor inicial * M Depósito de $1.000 Empréstimo de $800 Empréstimo de $ 640 Reserva de $200 Reserva de $160 P á g i n a | 3 O controle da oferta de moeda o Formas de influência do BC (banco central) na capacidade dos bancos comerciais de conceder créditos: Reservas Compulsórias: determinada proporção dos depósitos recebidos que os bancos comerciais devem, obrigatoriamente, depositar no BC + reserva compulsória = - criação de moeda Operações de mercado aberto: compras e vendas de títulos promovidas pelo BC fora das bolsas de valores Compra de títulos: aumento da reserva bancária e da capacidade de conceder empréstimos e criar moeda. Venda de títulos: diminuição da reserva bancária e da capacidade de criação de moeda Redesconto: fornecimento pelo BC de crédito aos bancos comerciais Diminuição de juros: expansão de crédito e meios de pagamento Aumento de juros: contração da oferta monetária o Política de metas inflacionárias: fixação da meta pelo governo e fixação periódica da taxa básica de juros pelo BC Demanda por Moeda o Oferta: definida pelo BC e pelo sistema bancário o Demanda: Transação Nível de renda Volume das transações Preço dos mercados Precaução Especulação Negativamente relacionada com a taxa de juros e com as expectativas de inflação. 15. Inflação: teorias, efeitos e políticas anti-inflacionárias Inflação: aumento persistente e generalizado no nível de preços o Atinge muitos bens o Ocorre de forma significativa e duradoura o Corrosão do poder de compra da moeda Teorias sobre inflação o Inflação de demanda Aumento excessivo de demanda em relação à capacidade de produção da economia Causas Expansão monetária – aumento da oferta de moeda estimulando o consumo Metas inflacionárias – fixação de uma taxa de juros muito baixa, incentivando o consumo Política fiscal – aumento dos gastos governamentais pela redução de impostos. Caso excessivo, pode haver inflação. Políticas anti-inflacionárias Formas de controle de emissão de moeda 4 | P á g i n a Redução da base monetária o Recolhimento de notas; o Aumento da taxa de recolhimento compulsória, venda de títulos pelo BC; o Aumento da taxa básica de juros, etc. Redução dos gastos do governo Cobertura dos déficits governamentais Políticas fiscais como aumento dos impostos o Inflação de oferta ou de custos Aumento dos custos de produção Causas Aumento do preço de um insumo de diversas cadeias produtivas “Choques de oferta” – aumento brusco de custos Conflito distributivo – espiral inflacionária salários- preços – aumento dos salários acima da produtividade Quebra de safra Aumento do preço de commodities agrícolas Políticas anti-inflacionárias Moderação das reivindicações Políticas de defesa da concorrência Redução da dependência de determinados bens o Inflação Inercial Aumento histórico dos preços Estratégias para amenizar os efeitos da inflação Reajustes Correção monetária Indexação de preços – continuidade de um patamar de aumento de preços (formal e informal) Ainda que não haja pressão inflacionária no período, a taxa de inflação tende a ser, no mínimo, igual à do período anterior (inércia inflacionária) o Inflação e industrialização Rápido processo de industrialização Aumento dos gastos públicos maiores que o crescimento da receita Barreiras à importação -> pressões inflacionárias Efeitos da Inflação o Distribuição da Renda Reajuste salarial – incompatibilidade entre prazos e reajustes Aplicações – utilizada principalmente pelas classes mais favorecidas Eliminação brusca dos índices elevadíssimos de inflação – aumento da renda real das classes mais pobres o Padrões de valor alternativos Definição de preços utilizando-se outros padrões de valor, tendo em vista a instabilidade da moeda Ex.: Títulos governamentais (como as ORTNs) o Preços relativos e alocação de recursos Distorções nos preços relativos com a inflação Aumento da industrialização Aumento da urbanização Aumento dos gastos públicos Se gastos públicos > receita Expansão Monetária Inflação P á g i n a | 5 o Impactos no balanço de pagamentos Taxa de inflação interna > internacional => produtos locais mais caros que os internacionais Dificuldade nas exportações e facilidade nas importações - > problemas para a balança comercial Resultado: pressão para desvalorização do câmbio o Credores e devedores: mercado de capitais Inflação: Favorece devedores -> desvalorização da moeda o Expectativas Insegurança devido a inflação elevada -> retração dos agentes (decisões, compras) o Imposto inflacionário Aumento das despesas do governo através de emissões de dinheiro -> aumento da inflação Perda do valor real da moeda o Efeitos indiretos da inflação “Custos de sola de sapato” -> mais idas ao banco para resgate “Custos de menu” -> necessidade de atualizar os preços com frequência Governo leva em conta a inflação na cobrança de impostos, mas a desconsidera na taxação de ganhos de capital Deflação e alguns de seus efeitos o Deflação: queda generalizada e persistente de preços Ex.: recessão da atividade econômica Efeitos contrários aos de uma inflação inesperada Valorização da moeda Favorece os credores Diminuição da demanda -> desconfiança dos compradores faz com que comprem menos visto os preços estarem muito baixos Menor taxa de juros – situação limite: taxa = 0 Aumento da demanda de moeda Perda de eficácia da política monetária
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