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curso 5322 aula 00 v1

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Aula 00
Criminologia p/ Delegado Polícia Civil-CE
Professor: Renan Araujo
87794489253 - CAMILA SILVA NASCIMENTO
Criminologia ʹ PC-CE (2014) 
DELEGADO DE POLÍCIA 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO 
 
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AULA DEMONSTRATIVA: ITENS 1 A 4 DO EDITAL. 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
Apresentação e Cronograma 01 
I ± Itens 1 a 4 do edital 04 
Lista das Questões da Aula 22 
Questões Comentadas 30 
Gabarito 46 
 
 
Olá, meus amigos! 
 
É com imenso prazer que estou aqui, mais uma vez, pelo 
ESTRATÉGIA CONCURSOS, tendo a oportunidade de poder contribuir 
para a aprovação de vocês no concurso da POLÍCIA CIVIL DO CEARÁ 
(2014). Nós vamos estudar teoria e comentar exercícios sobre 
CRIMINOLOGIA, para o cargo de DELEGADO DE POLÍCIA. 
E aí, povo, preparados para a maratona? 
A Banca que irá organizar o concurso é a VUNESP! 
O edital, lançado recentemente, prevê 168 vagas para 
provimento imediato, além de cadastro de reserva! 
Bom, está na hora de me apresentar a vocês, não é? 
Meu nome é Renan Araujo, tenho 27 anos, sou Defensor Público 
Federal desde 2010, titular do 16° Ofício Cível da Defensoria Pública da 
União no Rio de Janeiro e mestrando em Direito Penal pela 
Faculdade de Direito da UERJ. Antes, porém, fui servidor da Justiça 
Eleitoral (TRE-RJ), onde exerci o cargo de Técnico Judiciário, por dois 
anos. Sou Bacharel em Direito pela UNESA e pós-graduado em Direito 
Público pela Universidade Gama Filho. 
Disse a vocês minha idade propositalmente. Minha trajetória de vida 
está intimamente ligada aos Concursos Públicos. Desde o começo da 
87794489253
87794489253 - CAMILA SILVA NASCIMENTO
Criminologia ʹ PC-CE (2014) 
DELEGADO DE POLÍCIA 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO 
 
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Faculdade eu sabia que era isso que eu queria pra minha vida! E querem 
saber? Isso faz toda a diferença! Algumas pessoas me perguntam como 
consegui sucesso nos concursos em tão pouco tempo. Simples: Foco + 
Força de vontade + Disciplina. Não há fórmula mágica, não há ingrediente 
secreto! Basta querer e correr atrás do seu sonho! Acreditem em mim, 
isso funciona! 
Bom, como já adiantei, neste curso estudaremos todo o conteúdo 
de Criminologia previsto no Edital. Estudaremos teoria e vamos 
trabalhar também com exercícios comentados. 
 
Abaixo segue o plano de aulas do curso todo: 
AULA CONTEÚDO DATA 
Aula 00 
1. O conceito, método, objeto, sistema 
e funções da Criminologia. 2. A 
Criminologia como ciência e a 
interdisciplinaridade. 3. Conceitos de 
crime, de criminoso e de pena nas 
diversas correntes do pensamento 
criminológico (nas Escolas Clássica, 
Positiva e Técnico-Jurídica e na 
Criminologia Crítica). 4. Vitimologia 
07/10 
Aula 01 
5. Criminologia científica e os seus 
modelos teóricos. 6. O homem 
delinquente. Teorias bioantropológicas, 
psicodinâmicas e psicopsicológicas. 7. 
Sociedade criminógena. Sociologia 
Criminal e Desorganização Social. 
Teorias da subcultura delinquente e da 
anomia. A perspectiva interacionista. 
21/10 
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Teoria e exercícios comentados 
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8. A Criminologia e o Paradigma da 
Reação Social. 
Aula 02 
9. Criminologia na América Latina e as 
agências de controle. 10. Criminologia 
e Política Criminal. 11. Criminologia e 
Ciência Criminais. 12. Criminologia e o 
Sistema de Justiça Criminal. 13. 
Criminologia e o papel da Polícia 
Judiciária. 14. A criminologia no 
Estado Democrático de Direito. 
04/11 
 
As aulas serão disponibilizadas no site conforme o cronograma 
apresentado. Em cada aula eu trarei algumas questões que foram 
cobradas em concursos públicos. Sempre que possível, 
trabalharemos com questões da própria VUNESP, que é a Banca do 
concurso, mas trabalharemos também com questões de outras 
Bancas consagradas, como FCC, FGV, ESAF, CESPE, etc. 
 
No mais, desejo a todos uma boa maratona de estudos! 
Prof. Renan Araujo 
 
Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais 
(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida 
a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. 
 
Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os 
professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe 
adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos. 
;-) 
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I ± ITENS 1 A 4 DO EDITAL 
 
1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 
 
Inicialmente, devemos analisar a criminologia por seu conceito. 
A criminologia pode ser conceituada como a ciência empírica 
(humana e social) que busca estudar o crime, o criminoso, a 
vítima, o controle social, bem como todas as circunstâncias que 
envolvem o fenômeno do crime. 
Na definição de GARCÍA-PABLOS DE MOLINA1, ³������WUDWD-se de uma 
ciência empírica e interdisciplinar, que se ocupa do estudo do crime, da 
pessoa do infrator, da vítima e do controle social do comportamento 
GHOLWLYR������´ 
Inicialmente, a palavra CRIMINOLOGIA fora utilizada por 
RAFFAELE GAROFALO. Porém, há indícios de que esta palavra já teria 
sido utilizada anteriormente, por TOPINARD. 
Diz-se que a criminologia é uma ciência empírica porque ela trabalha 
sobre bases concretas, através da análise dos acontecimentos no mundo 
real, e não meramente abstratos, utilizando-se, portanto, do método da 
observação e da experimentação. 
Entende-se a criminologia, ainda, como uma ciência 
INTERDISCIPLINAR, eis que como seu objeto de estudo é por demais 
amplo, ela necessariamente se vale de outros ramos da ciência como 
forma de auxílio (Dentre elas a psicologia, a sociologia, a antropologia, 
etc.). 
 
1 GARCÍA-PABLOS DE MOLINA, Antônio; FLÁVIO GOMES, Luiz. Criminologia. editora RT. 
São Paulo, 2002. Página 30. 
 
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Embora seja reconhecida pela maioria da Doutrina como uma ciência 
autônoma em relação ao Direito Penal, há quem defenda sua vinculação 
ao Direito Penal. 
Contudo, prevalece, com acerto, a separação entre ambos. 
O Direito Penal é uma ciência meramente NORMATIVA, que 
analisa o fenômeno do crime do ponto de vista da transgressão da norma 
pura e simplesmente, e as consequências que dessa transgressão 
advirão. 
A Criminologia, por sua vez, é uma ciência CAUSAL-
EXPLICATIVA, ou seja, busca explicar o delito não como mera violação à 
norma, mas tendo em conta todas as suas causas (sejam elas 
psicológicas, biológicas, sociais, etc.), bem como se volta à análise do 
delinquente numa perspectiva ressocializadora (PREVENÇÃO ESPECIAL). 
Assim, ambos analisam o CRIME, só que cada um analisa por um 
prisma próprio. Assim: 
 
 
 
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Como dissemos anteriormente, não só do crime vive a criminologia, 
ela também se ocupa: 
x DO CRIMINOSO ± A criminologia, enquanto ciência causal-
explicativa, está sempre em busca de entender o delinquente, 
a estrutura social que o cerca, bem como todos os fatores 
internos e externos que o levaram a delinquir. 
x DA VÍTIMA ± Antigamente não se dava muita importância 
para o papel da vítima no estudo do fenômeno conhecido como 
³FULPH´�� UHOHJDQGR-a a um papel meramente secundário. 
Curioso que, nos dias atuais, a vítima não só ganhou mais 
espaço, como recebeu atenção destacada, tendo sido criado 
um sub-ramo específico para seu estudo (A VITIMOLOGIA). 
x DO CONTROLE SOCIAL ± &RPR� GLULD� +REEHV�� R� ³+RPHP� p�
ORER� GR� +RPHP´�� 3DUWLQGR� GHVWD� SUHPLVVD�� SRGHPRV� FRQFOXLU�
que o ser humano é incapaz de viver em sociedade sem que 
haja algum aparato de controle, cuja finalidade é estabelecer 
um conjunto normativo apto a reger as relações interpessoais, 
sob pena de estabelecimento do caos. Um dos instrumentos de 
que se vale o Estado para o exercício deste controle é o 
DIREITO PENAL. Contudo, o controle social não se dá 
apenas pelo Estado, mas também por meio dele. Existem 
formas de controle social não vinculadas ao Estado, e inclusive 
prévia a ele, como a família, a religião, etc. Todas estas são 
formas de controle social, ainda que não formais. Quando estas 
formas de controle social se mostram deficitárias, o indivíduo 
tende a desvirtuar-se e o Estado é chamado a intervir a 
posteriori, por meio do seu instrumento de repressão por 
excelência: O DIREITO PENAL. 
 
 
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2. ETAPAS EVOLUTIVAS DO PENSAMENTO CRIMINOLÓGICO ± 
MODELOS TEÓRICOS 
 
O estudo da criminologia nem sempre esteve calcado em 
fundamentos científicos. Podemos dividir o estudo criminológico em dois 
grandes períodos: 
x PERÍODO PRÉ-CIENTÍFICO 
x PERÍODO CIENTÍFICO 
 
Durante o primeiro período, o estudo do delito se deu de forma 
meramente superficial, sem um apego aos elementos que identificam 
uma verdadeira ciência (objeto, método e problema). 
Já no período científico, esse sim rico em contribuições para a 
criminologia, há toda uma elaboração do que seria o fenômeno do crime e 
suas causas. 
A Doutrina aponta o término do período PRÉ-CIENTÍFICO e o início 
do período CIENTÍFICO com a obra de LOMBROSO, embora haja certa 
divergência, havendo quem inclua nesse marco de transição, também, 
BECCARIA. 
Contudo, a melhor análise da evolução do pensamento criminológico 
se dá através do estudo das ESCOLAS DO PENSAMENTO 
CRIMINOLÓGICO. 
 
A) ESCOLA CLÁSSICA 
 
A Escola Clássica é o primeiro esboço de análise do crime e suas 
causas. Os autores da Escola Clássica entendiam o crime como uma 
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ofensa à autoridade, seja ela de Deus ou do Soberano, ou seja, o crime 
seria uma mera ofensa à autoridade divina ou à autoridade monárquica. 
Não havia, na Escola Clássica, uma preocupação com a análise 
dos fatores que conduziram o delinquente à prática do delito, até 
porque, como dito antes, os clássicos entendiam o delito como mera 
manifestação de desobediência a uma autoridade pré-constituída, 
seja ela de cunho divino ou não. 
Até mesmo em razão disso, autores como Santo Agostinho irão ver a 
pena não como forma de retribuição pelo mal causado (na ideia de 
Justiça retributiva aristotélica), tampouco sob o aspecto da prevenção 
(geral ou especial), mas meramente como forma de expiação, de 
purificação para o restabelecimento da ligação com Deus. 
 
B) ESCOLA POSITIVISTA 
 
A Escola positivista, por outro lado, surge no calor do iluminismo do 
século XVIII, trazendo consigo todo o ideal científico e 
antropocêntrico que permeia o pensamento deste período. 
É com essa Escola que a criminologia dá seu primeiro grande passo. 
Como decorrência lógica das ideias iluministas, os positivistas vão se 
dirigir ao estudo do crime valendo-se de métodos científicos, e o primeiro 
grande expoente será AUGUSTO COMTE. 
Paralelamente à evolução do pensamento criminológico, o 
positivismo jurídico vai se contrapor ao até então intocável 
jusnaturalismo, defendendo que o Direito deve ser estudado com base 
naquilo que é concreto, delimitado, ou seja, a norma positivada. 
Considerando esta mudança de paradigma no estudo das Ciências 
Jurídicas em geral, a Criminologia passa a ter uma preocupação maior 
com a objetivação de seu estudo, e através do método da observação e 
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da experimentação (tipicamente científico) irá tentar explicar o fenômeno 
da criminalidade tendo como base de seu estudo a figura do criminoso. 
 
C) DECORRÊNCIAS DO POSITIVISMO: A CRIMINOLOGIA 
CLÍNICA E A CRIMINOLOGIA SOCIOLÓGICA 
 
Natural que, em tendo sido reduzido o estudo da criminalidade ao 
método da observação e da experimentação, se buscasse delimitar os 
fatores observáveis e que dariam o substrato científico necessário para 
que se fossem alcançadas as conclusões. 
Nesse diapasão, surgiram duas vertentes: 
x CRIMINOLOGIA CLÍNICA ± Entende que o delinquente se 
dedica à atividade criminosa porque ele é uma pessoa 
predisposta a isso, em razão de fatores internos 
(biológicos ou psicológicos) ou da conjunção de fatores 
internos e externos. Dentre os defensores da primeira tese 
temos o clássico CESARE LOMBROSO, que trouxe ao mundo 
VXD�REUD�³2�KRPHP�GHOLQTXHQWH´��1HOD�/RPEURVR�GHIHQGH�TXH�
o criminoso possuía alguns sinais (por ele chamados de 
³VWLJPDWD´�� ItVLFRV� H� SVLFROyJLFRV� TXH� SRGHULDP� LQGLFDU� VXD�
predisposição ao delito, dentre eles as sobrancelhas fartas, a 
forma do crânio, etc. Enrico FERRI, por sua vez, agregava a 
possibilidade de influência de fatores externos sobre o 
delinquente, mas entendia, assim como Lombroso, que o 
delinquente era um anormal. 
x CRIMINOLOGIA SOCIOLÓGICA ± Trata-se de uma corrente 
criminológica que se contrapõe aos enunciados da criminologia 
clínica. Para ela, os fatores externos devem ser considerados 
como causa preponderante em relação ao fenômeno da 
criminalidade. Enrico FERRI, que era adepto da criminologia 
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clínica, pode ser considerado como o primeiro expoente da 
criminologia sociológica, isso porque apesar de ser adepto da 
teoria clínica, Ferri reconhecia a extrema importância dos 
fatores externos. Tal concepção sociológica é a raiz axiológica 
GH�WHRULDV�FRQWHPSRUkQHDV��FRPR�D�WHRULD�GD�³FR-culpabilidadeSHQDO´�� VHJXQGR� D� TXDO� D� VRFLHGDGH� WDPEpP� p� FXOSDGD� SHOD�
prática de um delito, já que ela não é capaz de proporcionar 
condições iguais para todos. Desta forma, quanto maior for a 
integração social conferida ao delinquente, menor será a co-
culpabilidade penal, e vice-versa. 
 
 
D) O ESTRUTURAL-FUNCIONALISMO 
 
A teoria ou concepção estrutural-funcionalista rompe com as 
teorias clínica e sociológica. Para esta teoria, o crime é um fenômeno 
³QDWXUDO´�� LQHUHQWH�j�VRFLHGDGH��GH� IRUPD�TXH�VHULDP� LQYiOLGDV�DV� LGHLDV�
de criminoso como anormal, bem como as tentativas de explicar o crime 
com base em aspectos sociológicos. 
DURKHEIM, talvez o principal nome desta teoria, entendia que o 
FULPH� HUD� DOJR� ³QRUPDO´� QD� VRFLHGDGH�� SRLV� XPD� VRFLHGDGH� VHP�
crime seria absolutamente inviável, e que patologia social não 
seria a existência de crime, mas a sua ausência. 
Para DURKHEIM, o crime era o fenômeno o social que permitia a 
reafirmação da ordem social, pois toda vez que um crime era praticado 
surgia a possibilidade de reafirmação e legitimação dos vínculos 
estruturais e estruturantes da sociedade. 
 
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CUIDADO! '85.+(,0� QmR� HQWHQGLD� TXH� R� GHOLWR� HUD� DOJR� ³ERP´�� PDV�
apenas que era inerente à sociedade (não confundir isso). Além disso, ele 
entendia que o delito poderia ser considerado como algo normal dentro de 
determinados limites que, caso ultrapassados, poderiam, sim, comprometer 
a estrutura social. 
Assim: 
CRIME DENTRO DOS LIMITES ± Inerente à sociedade, não é uma 
patologia clínica ou social. Oportunidade de reafirmação da ordem e do 
sistema normativo vigente. 
CRIMINALIDADE QUE EXCEDE OS LIMITES ± Perigo ao 
desenvolvimento e à estrutura social, pondo em risco a própria existência 
do sistema normativo. 
 
Além de DURKHEIM, destaca-se ROBERT MERTON. Para este autor, 
o crime também seria um fenômeno natural. Contudo, seria decorrência 
da existência de um descompasso entre o que a sociedade exige 
do indivíduo e das ferramentas que ela lhe oferece. 
Assim, como o indivíduo não consegue alcançar os objetivos 
utilizando-se dos meios legalmente colocados à sua disposição, tende, 
inexoravelmente, a se valer de meios ILEGAIS para atingi-los. 
 
EXEMPLO: Poderíamos dar, como exemplo, a exigência social implícita 
de que as pessoas sejam bem sucedidas financeiramente, e que este 
sucesso é pressuposto para sua aceitação como parte integrante da 
sociedade. Como sabemos, nem todos poderão alcançar este fim por 
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meio dos instrumentos legais, o que conduziria aos comportamentos 
desviantes, cuja finalidade é alcançar o objetivo socialmente 
estabelecido. 
 
0HUWRQ� QmR� H[SOLFD�� SRUpP�� RV� FKDPDGRV� ³FULPHV� GR� FRODULQKR�
EUDQFR´��HLV�que estes indivíduos, em regra, já dispõem dos mecanismos 
necessários ao alcance dos fins sociais estabelecidos, e muitas vezes até 
já os atingiram. 
Em razão disso, autores como SUTHERLAND e BARATTA 
questionaram a validade dos ensinamentos de Merton. O primeiro 
defende que a criminalidade é um fenômeno que, à semelhança de todas 
DV�FRQGXWDV�KXPDQDV��VH�EDVHLD�QD�³LPLWDomR´��RX�VHMD��R�LQGLYtGXR�WHQGH�
a repetir aquilo que ele observa, no que chamou de TEORIA DA 
ASSOCIAÇÃO DIFERENCIAL. SUTHERLAND se vale das ideias de GABRIEL 
7$5'(�H� VXDV� ³/HLV�GD� ,PLWDomR´��7DO� WHRULD� IXQGDPHQWD�D�7(25,$�'$6�
SUBCULTURAS CRIMINAIS2. 
BARATTA, por sua vez, adepto da teoria do conflito, entende o 
delito como a imposição de uma classe sobre a outra. Para ele o delito 
não seria um fenômeno natural, mas normativo. Naturais seriam as 
FRQGXWDV��H�R�³FULPH´�VHULD�XP�UyWXOR�DWULEXtGR�SHODV�FODVVHV�GRPLQDQWHV�
às condutas eminentemente praticadas pelas classes subalternas, com 
pequenas exceções cuja finalidade é confirmar a regra. 
Voltando às subculturas criminais, reconhece-se como inegável que, 
muitas vezes, o delinquente enquanto produto de uma microssociedade 
com valores próprios ainda assim está em contato direto ou indireto com 
D�³FXOWXUD�RILFLDO´� 
 
2 Para esta teoria, a sociedade encontra-se dividida em diversas culturas, num grande emaranhado de grupos 
com valores próprios, de maneira que o delito não seria a demonstração de desprezo à ordem ou ausência de 
valores, mas, apenas, a demonstração de outros valores. 
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Desta forma, o delinquente adotaria o que se chama de TÉCNICAS 
DE NEUTRALIZAÇÃO para justificar internamente a conduta desviante. 
São elas: 
x EXCLUSÃO DA PRÓPRIA RESPONSABILIDADE ± O 
criminoso se vê como um produto social, negando seu próprio 
livre-arbítrio, numa inconsciente regressão à criminologia 
social. 
x CONDENAÇÃO DOS QUE CONDENAM ± O delinquente se 
volta contra as instâncias formais de Poder, alegando que sua 
conduta é reflexo ou reação a uma agressão prévia por parte 
do Estado. 
x APELO ÀS INSTÂNCIAS SUPERIORES ± O delinquente, aqui, 
retira a legitimidade hierárquica do Estado, transportando-a 
para outros sujeitos informais (família, organização criminosa, 
etc.), de forma que a transgressão da norma não seria 
transgressão àqueles a que realmente está subordinado. 
x NEGAÇÃO DA ILICITUDE ± O criminoso tende a entender sua 
conduta como legítima, ainda que formalmente incriminada. 
Trata-se de reflexo consciente ou inconsciente dos valores que 
lhe são caros e que emergem no grupo social em que está 
inserido. 
x NEGAÇÃO DA VITIMIZAÇÃO ± O delinquente entende a 
vítima como alguém que merece o mal que lhe está sendo 
imposto. Nas sociedades contemporâneas, isso ocorre, com 
maior intensidade, nos crimes contra o patrimônio. 
 
E) A CRIMINOLOGIA CRÍTICA 
 
A criminologia crítica rompe com o pensamento até então vigente, 
calcado no que se chamou de TEORIA DO CONSENSO. 
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Para a teoria do consenso o Direito Penal é o fruto da convergência 
de vontades dos membros do corpo social, que elegem determinados 
valores como sendo absolutamente indispensáveis e relevantes, e cuja 
violação é merecedora de repressão rígida, por meio do Direito Penal. 
A criminologia crítica, por sua vez, de viés marxista, está 
fundamentada no que se denominou ³7(25,$�'2�&21)/,72´, ou seja, 
a sociedade é uma grande luta de classes, de maneira que a classe 
dominante necessita manter a classe dominada nesta condição e, para 
tanto, se vale de diversas ferramentas, dentre elas o Direito Penal. 
 
TEORIA DO CONFLITO ± Direito Penal como instrumento de dominação 
de classes, de forma que visa a tutelar os interesses da classe 
dominante, selecionando condutas que são praticadas pela classe 
dominada eas incriminando, como forma de manter os dominados 
sempre no cabresto social. 
 
&RPR� GHFRUUrQFLD� GH� VHX� YLpV� ³SDUFLDO´�� R� 'LUHLWR� 3HQDO� QmR� p�
isonômico, ou seja, não atua de maneira uniforme sobre todas as 
camadas sociais. 
Como consequência desta compreensão, a criminologia crítica 
NEGA legitimidade ao Direito Penal. No Brasil, podemos citar como 
maiores expoentes, dentre outros, JUAREZ CIRINO DOS SANTOS e NILO 
BATISTA. 
No seio da criminologia crítica, surge a TEORIA DO LABELLING 
$352$&+��RX�³7HRULD�GR�(WLTXHWDPHQWR´� 
A teoria do etiquetamento vai dizer, basicamente, que o crime não é 
um dado ontológico, ou seja, não existem condutas que são, por sua 
própria natureza, criminosas. 
O que existem são condutas, simplesmente, condutas. 
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$� TXDOLGDGH� GH� ³FULPLQRVD´� D� XPD� FRQGXWD� p� R� TXH� UHYHOD� R�
FDUiWHU�GH�³HWLTXHWDPHQWR´�GR�'LUHLWR�3HQDO, ou seja, as condutas, 
em seu estado natural, não são criminosas, até que surge um dado 
nRYR��GH�FXQKR�QRUPDWLYR��TXH�OKHV�FRQIHUH�WDO�³HVWLJPD´� 
 
EXEMPLO: A conduta criminosa prevista no art. 169, § único, II do CP, 
TXH� HVWDEHOHFH� R� FULPH� GH� ³DSURSULDomR� GH� FRLVD� DFKDGD´�� 9HMDPRV� D�
redação: 
Art. 169 - Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por 
erro, caso fortuito ou força da natureza: 
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. 
Parágrafo único - Na mesma pena incorre: 
(...) 
Apropriação de coisa achada 
II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou 
parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de 
entregá-la à autoridade competente, dentro no prazo de 15 (quinze) dias. 
9HMDP��DVVLP��TXH�D�FRQGXWD�GH�³DSURSULDU-VH�GH�FRLVD�DFKDGD´�QmR�
é, por si só, crime. Ela passa a ser crime quando a norma penal assim 
estabelece. 
Qual é a grande sacada desta teoria? Ela desmistifica a ideia de 
criminoso. Imagine que a ideia de criminoso esteja centrada sobre aquele 
que furta. Se amanhã surgir nova lei dizendo que furto não é crime, 
DTXHOD�SHVVRD�³GHL[DULD�GH�VHU�FULPLQRVR´�H�WRGRV�RV�HVWXGRV�UHIHUHQWHV�
ao crime e suas causas iriam por água abaixo. 
Além disso, seguindo a linha da teoria do conflito, a teoria do 
HWLTXHWDPHQWR� HQWHQGH� TXH� R� 'LUHLWR� 3HQDO� SURFHGH� j� ³URWXODomR´� GH�
condutas não em razão da persecução de um fim legítimo e a defesa de 
valores comuns aos cidadãos, mas tendo como objetivo supremo a 
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perpetuação da estrutura social dividida em classes. 
Desta forma, o Estado se vale do Direito Penal para rotular como 
³FULPLQRVDV´� DV� FRQGXWDV� SUDWLFDGas com maior frequência pelos 
membros das classes mais baixas, bem como impõe a elas penas mais 
severas. Com relação às condutas praticadas com maior frequência pelas 
classes altas, ou não são rotuladas como criminosas ou, quando o são, 
recebem penas brandas. 
 
3. VITIMOLOGIA 
 
A vitimologia é, basicamente, o estudo da vítima e sua importância 
no fenômeno do crime. 
Este sub-ramo da criminologia passou a ganhar relevância com a 
obra de MENDELSOHN, que entendia que a vítima não poderia, de forma 
alguma, continuar a ser analisada como mero coadjuvante. 
Na classificação de MENDELSOHN, temos que a vítima pode ser: 
x VÍTIMA IDEAL (OU COMPLETAMENTE INOCENTE) ± É 
aquele que não contribui, em nada, para a ocorrência do delito. 
EXEMPLO: Um trabalhador que é assaltado e tem sua carteira 
roubada, sem que estivesse ostentando qualquer bem ou, de 
alguma forma, chamando a atenção. 
x VÍTIMA DE CULPABILIDADE MENOR (OU POR 
IGNORÂNCIA) ± Trata-se da vítima que contribui para a 
ocorrência do delito, embora não haja um direcionamento 
doloso para isso. EXEMPLO: Mulher que sai à noite, sozinha, 
em local escuro e ermo, com roupas extremamente sensuais e 
acaba sendo estuprada. 
x VÍTIMA TÃO CULPADA QUANTO O INFRATOR (OU 
VOLUNTÁRIA) ± Trata-se da vítima que contribui para o delito 
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em grau semelhante ao do próprio infrator. O exemplo clássico 
é o da roleta-russa. 
x VÍTIMA MAIS CULPADA QUE O INFRATOR ± Aqui nós 
temos a figura da vítima que dá causa, que provoca a ação do 
infrator. EXEMPLO: A vítima que mata o filho do vizinho e 
acaba sendo por ele assassinada. 
x VÍTIMA UNICAMENTE CULPADA ± Classificam-se em: vítima 
infratora (aquela que se torna vítima por ter praticado um 
delito prévio), vítima simuladora (aquela que simula a 
ocorrência de um delito para gerar uma acusação em face de 
alguém) e vítima imaginária (por um problema psicológico, 
acredita que foi vítima de crime, quando não foi). 
 
Podemos utilizar, portanto, o seguinte esquema: 
 
 
 
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CUIDADO! Imprescindível que se compreenda o conceito de PERIGOSIDADE 
VITIMAL. Perigosidade vitimal é o nome que se dá ao estado em que a 
vítima se coloca de forma a estimular sua vitimização, de forma direta ou 
indireta. 
 
Há, ainda, outras classificações menos utilizadas: 
x Vítima nata ± Apresenta, desde seu nascimento, 
predisposição para figurar como vítima de crimes. 
x Vítima potencial ± Apresenta comportamento ou estilo de 
vida que atrai o criminoso. 
x Vítima eventual ou real ± Aquela que não contribui em nada 
para o evento criminoso, é a vítima ³verdadeira´. 
x Vítima simuladora (ou falsa) ± Está consciente de que não 
foi vítima de delito algum, mas por alguma razão imputa a 
alguém a prática de um crime contra si. 
x Vítima voluntária ± Aquela que consente com o crime, 
exercendo algum ³papel´ na produção criminosa. 
x Vítima acidental ± Aquela que é vítima de sua própria 
conduta, geralmente por ausência de observância de um dever 
de cuidado. 
x Vítima ilhada ± Aquela que se afasta das relações sociais. 
 
SÍNDROME DE ESTOCOLMO ± A síndrome de Estocolmo nada mais 
é que o desenvolvimento de laços afetivos entre vítimas de 
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crimes que envolvam privação da liberdade (sequestro, cárcere 
privado, etc.) e seus raptores. 
Termo criado por NILS BEJEROT, a síndrome se desenvolve a partir de 
uma técnica de defesa, consistente na tentativa da vítima em conquistar 
a simpatia do infrator, mas acaba criando laços de afeto. 
 
$OpP�GD�FODVVLILFDomR�GRV�³WLSRV�GH�YtWLPD´�� LPSRUWDQWH�VH�PRVWUD�R�
estudo dos PROCESSOS DE VITIMIZAÇÃO. 
A vitimização ou processo vitimizatório é o processo pelo qual 
alguém se torna vítima, em definição livre. 
Podemos defini-lo da seguinte forma:x VITIMIZAÇÃO PRIMÁRIA - É aquela inerente ao próprio 
crime, à própria conduta criminosa, como os danos causados 
pela prática da conduta (lesões corporais, psicológicas, etc.); 
x VITIMIZAÇÃO SECUNDÁRIA - É aquela provocada, direta ou 
indiretamente, pelo Poder Público, pelas chamadas "instâncias 
de controle social", quando, na tentativa de punir o crime, 
acabam por provocar mais danos à vítima (normalmente 
psicológicos, por ter que relembrar o fato, ter contato com o 
infrator, etc.); 
x VITIMIZAÇÃO TERCIÁRIA - Causada pela sociedade que 
envolve a vítima, geralmente pelo afastamento, desamparo dos 
familiares, dos amigos ou do círculo social da vítima, de um 
modo geral. Ocorre, com maior frequência, nos crimes que 
SURYRFDP�HIHLWRV�³HVWLJPDWL]DQWHV´��FRPR�R�HVWXSUR� 
 
Nesse sentido: 
 
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Esse processo de REVITIMIZAÇÃO também ocorre no plano 
interno, ou seja, dentro da própria vítima, no que se chamou de 
AUTOVITIMIZÇÃO SECUNDÁRIA. Neste processo a vítima passa a 
nutrir sentimentos negativos contra si própria, de culpa inconsciente pela 
ocorrência do delito. 
A vítima possui papel relevante, ainda, no CP. 
O art. 59 assim estabelece: 
Art. 59. "O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à 
conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às 
circunstâncias e consequências do crime, bem como o 
comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário 
e suficiente para reprovação e prevenção do crime". 
 
PeUFHEDP�� DVVLP�� TXH� R� ³WLSR� GH� YtWLPD´� �QD� FODVVLILFDomR� GH�
MENDENSOHN) irá influenciar no momento da fixação da pena base, 
podendo gerar, em alguns casos, a atipicidade da conduta (nos crimes em 
que a discordância da vítima é exigida) ou a exclusão da ilicitude, dentre 
outros reflexos. 
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ATENÇÃO! Parte da Doutrina, ao analisar o papel da vítima no campo 
criminológico e o reflexo deste papel na responsabilidade penal do 
infrator e na pena aplicada, entende que se está diante de um ramo 
conhecido como VITIMODOGMÁTICA. 
 
Entretanto, as vítimas nem sempre foram compreendidas da mesma 
maneira no campo criminológico. 
GARCÍA-PABLOS DE MOLINA descreve três fases na evolução 
histórica da compreensão da vítima e seu papel: 
x PROTAGONISMO ± Deu-se no período da vingança privada. 
Neste momento histórico a vítima recebe a incumbência de 
fazer, ela própria, a Justiça. 
x NEUTRALIZAÇÃO ± Punição com viés imparcial e preventivo, 
sem grande preocupação com a figura da vítima e a 
necessidade de reparação dos danos sofridos. 
x REDESCOBRIMENTO ± Surgiu no segundo pós-guerra, como 
resposta ao processo de vitimização de minorias que atingiu 
diversos grupos vulneráveis, como os judeus, por exemplo. 
 
Bons estudos! 
Prof. Renan Araujo 
 
 
 
 
 
 
 
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01 - (VUNESP - 2013 - PC-SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL) 
Assinale a alternativa correta, a respeito da Vitimologia. 
A) O comportamento da vítima em nada contribui para a ocorrência do 
crime contra si praticado. 
B) A Vitimologia estuda o papel da vítima no episódio danoso, o modo 
pelo qual participa, bem como sua contribuição na ocorrência do delito. 
C) A Vitimologia nasceu como ramo das ciências jurídicas, por conta das 
observações feitas pelos estudiosos a respeito do comportamento da 
vítima perante o ordenamento jurídico em vigor. 
D) A Vitimologia surgiu, como ramo da Criminologia, em 1876, por meio 
GD�REUD�³2�+RPHP�'HOLQTXHQWH´��GH�&HVDUH�/RPEURVR� 
E) O comportamento da vítima sempre contribui para a ocorrência do 
crime contra si praticado. 
 
02 - (VUNESP - 2013 - PC-SP - INVESTIGADOR DE POLÍCIA) 
Um indivíduo que, ao abrir a porta de seu veículo automotor, a fim de 
sair do estacionamento de um shopping center, é surpreendido por 
bandido armado que estava homiziado em local próximo, aguardando a 
primeira pessoa a quem pudesse roubar, é 
A) tão culpado quanto o criminoso. 
B) vítima ideal. 
C) mais culpado que o criminoso. 
EXERCÍCIOS PARA PRATICAR 
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D) exclusivamente culpado. 
E) vítima de culpabilidade menor. 
 
03 - (VUNESP - 2013 - PC-SP - PAPILOSCOPISTA POLICIAL) 
Uma das mais importantes teorias do conflito; surgiu nos Estados Unidos 
nos anos de 1960, e seus principais expoentes foram Erving Goffman e 
Howard Becker. Trata-se da 
A) Teoria do labelling approach. 
B) Teoria da subcultura delinquente. 
C) Teoria da desorganização social. 
D) Teoria da anomia. 
E) Teoria das zonas concêntricas. 
 
04 - (MPE-SC - 2013 - MPE-SC - PROMOTOR DE JUSTIÇA - MANHÃ) 
A criminalização primária, realizada pelos legisladores, é o ato e o efeito 
de sancionar uma lei penal material que incrimina ou permite a punição 
de determinadas pessoas; enquanto a criminalização secundária, 
exercida por agências estatais como o Ministério Público, Polícia e Poder 
Judiciário, consistente na ação punitiva exercida sobre pessoas 
concretas, que acontece quando é detectado uma pessoa que se supõe 
tenha praticado certo ato criminalizado primariamente. 
 
05 - (PC-SP - 2011 - PC-SP - DELEGADO DE POLÍCIA) 
Assinale a alternativa incorreta. A Teoria do Etiquetamento 
A) é considerada um dos marcos das teorias de consenso. 
B) é conhecida como Teoria do Labelling Aproach. 
C) tem como um de seus expoentes Ervinh Goffman. 
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D) tem como um de seus expoentes Howard Becker. 
E) surgiu nos Estados Unidos. 
 
06 - (VUNESP ± 2013 ± PC/SP ± PAPILOSCOPISTA) 
De acordo com a Sociologia Criminal, pode-se citar como exemplo da 
Teoria de Consenso: 
a) a Teoria crítica. 
b) a Teoria radical. 
c) a Teoria das janelas quebradas. 
d) a Teoria da associação diferencial. 
e) a Teoria do conflito. 
 
07 - (VUNESP ± 2013 ± PC/SP ± PAPILOSCOPISTA) 
De acordo com Benjamim Mendelsohn, as vítimas são classificadas em: 
a) vítimas primárias, vítimas secundárias e vítimas terciárias. 
b) vítimas ideais, vítimas menos culpadas que os criminosos, vítimas tão 
culpadas quanto os criminosos, vítimas mais culpadas que os criminosos e 
vítimas como únicas culpadas. 
c) vítimas desatentas, vítimas desinformadas, vítimas descuidadas, 
vítimas inocentes, vítimas provocativas e vítimas participativas. 
d) vítimas perfeitas, vítimas participativas, vítimas concorrentes, vítimas 
imperfeitas e vítimas contumazes. 
e) vítimas inocentes,vítimas conscientes e vítimas culpadas. 
 
08 - (VUNESP ± 2013 ± PC/SP ± AGENTE) 
É correto afirmar que a Criminologia 
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a) é uma ciência do dever-ser. 
b) não é uma ciência interdisciplinar. 
c) não é uma ciência multidisciplinar. 
d) é uma ciência normativa. 
e) é uma ciência empírica. 
 
09 - (VUNESP ± 2013 ± PC/SP ± AGENTE) 
É correto afirmar que a Criminologia contemporânea tem por objetos 
a) o delito, o delinquente, a vítima e o controle social. 
b) a tipificação do delito e a cominação da pena. 
c) apenas o delito, o delinquente e o controle social. 
d) apenas o delito e o delinquente. 
e) apenas a vítima e o controle social. 
 
10 - (VUNESP ± 2013 ± PC/SP ± AGENTE) 
Cesare Lombroso (1835~1909), médico e cientista italiano, foi 
considerado um dos expoentes da corrente de pensamento denominada: 
a) Escola Positiva. 
b) Escola Clássica. 
c) Escola Jusnaturalista. 
d) Terza Scuola. 
e) Escola de Política Criminal ou Moderna Alemã. 
 
11 - (VUNESP ± 2013 ± PC/SP ± AGENTE) 
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O comportamento inadequado da vítima que de certo modo facilita, 
instiga ou provoca a ação de seu verdugo é denominado 
a) vitimização terciária. 
b) vitimização secundária. 
c) periculosidade vitimal. 
d) vitimização primária. 
e) vitimologia. 
 
12 ± (VUNESP ± 2014 ± PC-SP ± PERITO) 
Sobre a Criminologia, é correto afirmar que 
(A) ela não é considerada uma ciência para a maior parte dos autores. 
(B) tal conhecimento encontra-se inteiramente subordinado ao Direito 
Penal. 
(C) ela ocupa-se do estudo do delito e do delinquente, mas não se ocupa 
do estudo da vítima e do controle social, uma vez que tal assunto 
constitui objeto de interesse da Sociologia. 
(D) ela ocupa-se do estudo do delito e do controle social, mas não se 
ocupa do estudo do delinquente e da vítima, uma vez que tal assunto 
constitui objeto de estudo da Psicologia. 
(E) ela constitui um campo fértil de pesquisas para psiquiatras, 
psicólogos, sociólogos, antropólogos e juristas. 
 
13 - (VUNESP ± 2014 ± PC-SP ± PERITO) 
A Teoria do labelling approach, a qual explica que a criminalidade não é 
uma qualidade da conduta humana, mas a consequência de um processo 
em que se atribui tal estigmatização, também é denominada teoria 
(A) da desorganização social. 
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(B) da rotulação ou do etiquetamento. 
(C) da neutralização. 
(D) da identificação diferencial. 
(E) da anomia. 
 
14 - (VUNESP ± 2014 ± PC-SP ± PERITO) 
Entende-se por vitimização secundária ou sobrevitimização aquela 
(A) provocada pelo cometimento do crime e pela conduta violadora dos 
direitos da vítima, proporcionando danos materiais e morais, por ocasião 
do delito. 
(B) que não concorreu, de forma alguma, para a ocorrência do crime. 
(C) que, de modo voluntário ou imprudente, colabora com o ânimo 
criminoso do agente. 
(D) que ocorre no meio social em que vive a vítima e é causada pela 
família, por grupo de amigos etc. 
(E) causada pelos órgãos formais de controle social, ao longo do processo 
de registro e apuração do delito, mediante o sofrimento adicional gerado 
pelo funcionamento do sistema de persecução criminal. 
 
15 - (VUNESP - 2014 - PC-SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA) 
O método científico utilizado pela Criminologia é o método biológico e 
como ciência empírica ________e________que é. 
Completam as lacunas do texto, correta e respectivamente: 
A) experimental ... jurídica 
B) sociológico ... experimental 
C) físico ... social 
D) filosófico ... humana 
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 e) psicológico ... normativa 
 
16 - (VUNESP - 2014 - PC-SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA) 
São objetos de estudo da Criminologia moderna __________, o 
criminoso,_________e o controle social. 
Assinale a alternativa que completa, correta e respectiva- mente, as 
lacunas do texto. 
A) a desigualdade social ... o Estado 
B) a conduta ... o castigo 
C) o direito ... a ressocialização 
D) a sociedade ... o bem jurídico 
E) o crime ... a vítima 
 
17 - (VUNESP - 2014 - PC-SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA) 
Conceitua-se a criminologia, por ser baseada na experiência e por ter 
mais de um objeto de estudo, como uma ciência. 
A) abstrata e imensurável. 
B) biológica e indefinida. 
C) empírica e interdisciplinar. 
D) exata e mensurável 
E) humana e indefinida. 
 
18 - (VUNESP - 2014 - PC-SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA) 
Dentre os modelos sociológicos, as teorias da criminologia crítica, da 
rotulação e da criminologia radical são exemplos da teoria. 
A) do consenso 
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B) da aparência 
C) do descaso 
D) da falsidade. 
E) do conflito. 
 
19 - (VUNESP - 2014 - PC-SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA) 
Uma vítima que, ao querer registrar uma ocorrência, encontra resistência 
ou desamparo da família, dos colegas de trabalho e dos amigos, 
resultando num desestímulo para a formalização do registro, ocasiona o 
TXH� p� FKDPDGR� GH� ³FLIUD� QHJUD´�� 1HVWH� FDVR�� HVWDPRV� GLDQWH� GD�
vitimização. 
A) primária. 
B) secundária 
C) quaternária 
D) quintenária 
E) terciária. 
 
20 - (VUNESP - 2014 - PC-SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA) 
³9tWLPD� LQRFHQWH�� YtWLPD� SURYRFDGRUD� H� YtWLPD� DJUHVVRUD�� VLPXODGRUD� RX�
LPDJLQiULD´�� (VVD� IRL� XPD� GDV� SULPHLUDV� FODVVLILFDo}HV�� GH� IRUPD�
sintetizada, que levou em conta a participação ou provocação das vítimas 
nos crimes. O autor dessa classificação foi. 
A) Francesco Carrara 
B) Giovanni Carmignani 
C) Cesare Lombroso. 
D) Benjamim Mendelsohn 
E) Cesare Beccaria 
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EXERCÍCIOS COMENTADOS 
 
 
01 - (VUNESP - 2013 - PC-SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL) 
Assinale a alternativa correta, a respeito da Vitimologia. 
A) O comportamento da vítima em nada contribui para a 
ocorrência do crime contra si praticado. 
B) A Vitimologia estuda o papel da vítima no episódio danoso, o 
modo pelo qual participa, bem como sua contribuição na 
ocorrência do delito. 
C) A Vitimologia nasceu como ramo das ciências jurídicas, por 
conta das observações feitas pelos estudiosos a respeito do 
comportamento da vítima perante o ordenamentojurídico em 
vigor. 
D) A Vitimologia surgiu, como ramo da Criminologia, em 1876, por 
PHLR�GD�REUD�³2�+RPHP�'HOLQTXHQWH´��GH�&HVDUH�/RPEURVR� 
E) O comportamento da vítima sempre contribui para a ocorrência 
do crime contra si praticado. 
COMENTÁRIOS: A Vitimologia é o ramo da criminologia focado na 
vítima, analisando seu comportamento, ou seja, seu papel no evento 
criminoso. 
O comportamento da vítima pode possuir relevância penal, conduzindo, 
em alguns casos, à própria atipicidade da conduta, pelo que se chama de 
³FRQVHQWLPHQWR� GR� RIHQGLGR´�� (P� GHWHUPLQDGRV� FDVRV�� Sode reduzir a 
pena do condenado ou excluir a ilicitude. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 
 
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02 - (VUNESP - 2013 - PC-SP - INVESTIGADOR DE POLÍCIA) 
Um indivíduo que, ao abrir a porta de seu veículo automotor, a 
fim de sair do estacionamento de um shopping center, é 
surpreendido por bandido armado que estava homiziado em local 
próximo, aguardando a primeira pessoa a quem pudesse roubar, 
é 
A) tão culpado quanto o criminoso. 
B) vítima ideal. 
C) mais culpado que o criminoso. 
D) exclusivamente culpado. 
E) vítima de culpabilidade menor. 
COMENTÁRIOS: No caso em tela, podemos identificar, sem maiores 
problemas, que a vítima EM NADA CONTRIBUIU para o evento criminoso, 
de forma que podemos considera-la, na classificação tradicional, como 
vítima ideal, ou vítima inocente, ou seja, aquela que não possui qualquer 
culpa pelo fato criminoso. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 
 
03 - (VUNESP - 2013 - PC-SP - PAPILOSCOPISTA POLICIAL) 
Uma das mais importantes teorias do conflito; surgiu nos Estados 
Unidos nos anos de 1960, e seus principais expoentes foram 
Erving Goffman e Howard Becker. Trata-se da 
A) Teoria do labelling approach. 
B) Teoria da subcultura delinquente. 
C) Teoria da desorganização social. 
D) Teoria da anomia. 
E) Teoria das zonas concêntricas. 
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COMENTÁRIOS: As teorias do conflito são as correntes criminológicas 
que, em contraposição às teorias do consenso, entendem que o Direito 
Penal não parte de um consenso social sobre os bens jurídicos mais 
relevantes e por isso os tutela (ou pretende tutelar). 
As teorias do conflito entendem o Direito Penal como um instrumento nas 
mãos de uma das classes na sociedade, a classe dominante e que, 
portanto, o Direito Penal não selecionaria bens jurídicos mais importantes 
para a sociedade a fim de tutelá-los, mas selecionaria os bens jurídicos 
mais importantes para esta classe dominante, de forma que haveria um 
conflito entre uma classe e outra. 
Erving Goffman e Howard Becker foram dois dos maiores expoentes da 
teoria do Labelling approach, RX� WHRULD� GR� ³HWLTXHWDPHQWR´�� VHJXQGR� D�
qual o delito não é um dado natural, mas um dado normativo, ou seja, 
QDGD� p� GHOLWR� ³SRU� VXD� SUySULD� QDWXUH]D´�� e� GHOLWR� DTXHOH� IDWR� TXH� IRL�
assim rotulado, e é criminoso, portanto, aquele que foi assim rotulado 
SHOD�OHL��Mi�TXH�R�IHQ{PHQR�³FULPH´�QHFHVVLWD�GH�XPD�SUHYLVmR�QRUPDWLYD� 
Podemos citar como expoentes, ainda, o grande Alessandro Baratta. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A. 
 
04 - (MPE-SC - 2013 - MPE-SC - PROMOTOR DE JUSTIÇA - MANHÃ) 
A criminalização primária, realizada pelos legisladores, é o ato e 
o efeito de sancionar uma lei penal material que incrimina ou 
permite a punição de determinadas pessoas; enquanto a 
criminalização secundária, exercida por agências estatais como o 
Ministério Público, Polícia e Poder Judiciário, consistente na ação 
punitiva exercida sobre pessoas concretas, que acontece quando 
é detectado uma pessoa que se supõe tenha praticado certo ato 
criminalizado primariamente. 
COMENTÁRIOS: De fato, o processo de criminalização pode ser dividido 
em fases, no qual temos como fase primária o momento de seleção do 
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bem jurídico-penal que se pretende tutelar, ou o grupo social que se 
pretende atingir com determinada criminalização, ou seja, com a escolha 
das condutas que serão criminalizadas. 
Já a criminalização secundária não ocorre no plano legislativo, mas no 
plano concreto, quando o delito já praticado é reprimido pelas 
Instituições do Estado (MP, Polícia, Judiciário, etc.). 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
05 - (PC-SP - 2011 - PC-SP - DELEGADO DE POLÍCIA) 
Assinale a alternativa incorreta. A Teoria do Etiquetamento 
A) é considerada um dos marcos das teorias de consenso. 
B) é conhecida como Teoria do Labelling Aproach. 
C) tem como um de seus expoentes Ervinh Goffman. 
D) tem como um de seus expoentes Howard Becker. 
E) surgiu nos Estados Unidos. 
COMENTÁRIOS: A teoria do Labelling approach, ou teoria do 
³HWLTXHWDPHQWR´�� p� D� WHRULD� VHJXQGR� D� TXDO� R� GHOLWR� QmR� p� XP� GDGR�
QDWXUDO��PDV�XP�GDGR�QRUPDWLYR��RX�VHMD��QDGD�p�GHOLWR�³SRU�VXD�SUySULD�
QDWXUH]D´�� e� GHOLWR� DTXHOH fato que foi assim rotulado, e é criminoso, 
portanto, aquele que foi assim rotulado pela lei, já que o fenômeno 
³FULPH´�QHFHVVLWD�GH�XPD�SUHYLVmR�QRUPDWLYD� 
Esta teoria surgiu nos EUA, em meados dos anos 1960 e tem como 
expoentes Ervinh Goffman e Howard Becker, além de Alessandro Baratta. 
1mR�VH�WUDWD�GH�XPD�GDV�WHRULDV�GR�³FRQVHQVR´��DR�FRQWUiULR��p�XPD�GDV�
teorias do conflito social, teorias estas que entendem o Direito Penal 
como um instrumento nas mãos de uma das classes na sociedade, a 
classe dominante e que, portanto, o Direito Penal não selecionaria bens 
jurídicos mais importantes para a sociedade a fim de tutelá-los, mas 
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selecionaria os bens jurídicos mais importantes para esta classe 
dominante, de forma que haveria um conflito entre uma classe e outra, e 
QmR�XP�FRQVHQVR�HQWUH�HODV�FRQWUD�XP�³PDO�FRPXP´� 
Portanto, a ALTERNATIVA INCORRETA É A LETRA A. 
 
06 - (VUNESP ± 2013 ± PC/SP ± PAPILOSCOPISTA) 
De acordo com a Sociologia Criminal, pode-se citar como exemplo 
da Teoria de Consenso: 
a) a Teoria crítica. 
b) a Teoria radical. 
c) a Teoria das janelas quebradas. 
d) a Teoria da associação diferencial. 
e) a Teoria do conflito. 
COMENTÁRIOS: A Teoria do Consenso parte do pressuposto de que o 
Direito Penal não é instrumento de dominação de classes, mas 
instrumento em prol do bem comum de uma sociedade cujos interesses 
são homogêneos. A Teoria do Conflito, por sua vez, entende que a 
sociedade não possui interesses homogêneos, já que existe um conflito de 
classes, e que o Direito Penal nada mais é que uma ferramenta para o 
exercício da dominação de uma classe pela outra. 
Dentre as alternativas, a teoria da associação diferencial é uma das que 
representa a teoria do consenso, pois pregaque o delito, como qualquer 
conduta humana, é um aprendizado, uma apreensão de comportamentos 
desviantes, pela Lei da Imitação. Esta teoria não enxerga a existência de 
um grupo pré-determinado como alvo da Lei Penal, ou seja, uma clientela 
já pré-estabelecida, como entende a Teoria do Conflito Social. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 
 
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07 - (VUNESP ± 2013 ± PC/SP ± PAPILOSCOPISTA) 
De acordo com Benjamim Mendelsohn, as vítimas são classificadas 
em: 
a) vítimas primárias, vítimas secundárias e vítimas terciárias. 
b) vítimas ideais, vítimas menos culpadas que os criminosos, 
vítimas tão culpadas quanto os criminosos, vítimas mais culpadas 
que os criminosos e vítimas como únicas culpadas. 
c) vítimas desatentas, vítimas desinformadas, vítimas 
descuidadas, vítimas inocentes, vítimas provocativas e vítimas 
participativas. 
d) vítimas perfeitas, vítimas participativas, vítimas concorrentes, 
vítimas imperfeitas e vítimas contumazes. 
e) vítimas inocentes, vítimas conscientes e vítimas culpadas. 
COMENTÁRIOS: De acordo com a clássica divisão de Mendelsohn, as 
vítimas podem ser: 
x VÍTIMA IDEAL (OU COMPLETAMENTE INOCENTE) ± É 
aquele que não contribui, em nada, para a ocorrência do delito. 
EXEMPLO: Um trabalhador que é assaltado e tem sua carteira 
roubada, sem que estivesse ostentando qualquer bem ou, de 
alguma forma, chamando a atenção. 
x VÍTIMA DE CULPABILIDADE MENOR (OU POR 
IGNORÂNCIA) ± Trata-se da vítima que contribui para a 
ocorrência do delito, embora não haja um direcionamento 
doloso para isso. EXEMPLO: Mulher que sai à noite, sozinha, 
em local escuro e ermo, com roupas extremamente sensuais e 
acaba sendo estuprada. 
x VÍTIMA TÃO CULPADA QUANTO O INFRATOR (OU 
VOLUNTÁRIA) ± Trata-se da vítima que contribui para o delito 
em grau semelhante ao do próprio infrator. O exemplo clássico 
é o da roleta-russa. 
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x VÍTIMA MAIS CULPADA QUE O INFRATOR ± Aqui nós 
temos a figura da vítima que dá causa, que provoca a ação do 
infrator. EXEMPLO: A vítima que mata o filho do vizinho e 
acaba sendo por ele assassinada. 
x VÍTIMA UNICAMENTE CULPADA ± Classificam-se em: vítima 
infratora (aquela que se torna vítima por ter praticado um 
delito prévio), vítima simuladora (aquela que simula a 
ocorrência de um delito para gerar uma acusação em face de 
alguém) e vítima imaginária (por um problema psicológico, 
acredita que foi vítima de crime, quando não foi). 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 
 
08 - (VUNESP ± 2013 ± PC/SP ± AGENTE) 
É correto afirmar que a Criminologia 
a) é uma ciência do dever-ser. 
b) não é uma ciência interdisciplinar. 
c) não é uma ciência multidisciplinar. 
d) é uma ciência normativa. 
e) é uma ciência empírica. 
COMENTÁRIOS: A criminologia é entendida como uma ciência empírica, 
interdisciplinar e multidisciplinar, que trabalha com a análise de fatos 
concretos, por meio da observação e experimentação, seja com foco 
sobre o delinquente (aspecto clínico), seja com foco sobre o meio 
(aspecto sociológico). 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E. 
 
09 - (VUNESP ± 2013 ± PC/SP ± AGENTE) 
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É correto afirmar que a Criminologia contemporânea tem por 
objetos 
a) o delito, o delinquente, a vítima e o controle social. 
b) a tipificação do delito e a cominação da pena. 
c) apenas o delito, o delinquente e o controle social. 
d) apenas o delito e o delinquente. 
e) apenas a vítima e o controle social. 
COMENTÁRIOS: A criminologia moderna se ocupa do estudo do crime 
como fenômeno social, analisando o próprio delito, o delinquente, a 
vítima e o controle social, em contraposição à criminologia tradicional, 
que focava seu estudo apenas sobre o delinquente. Desta maneira: 
Criminologia Tradicional: Delinquente como objeto principal. 
Criminologia Moderna: Delinquente + delito + vítima + controle social. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A. 
 
10 - (VUNESP ± 2013 ± PC/SP ± AGENTE) 
Cesare Lombroso (1835~1909), médico e cientista italiano, foi 
considerado um dos expoentes da corrente de pensamento 
denominada: 
a) Escola Positiva. 
b) Escola Clássica. 
c) Escola Jusnaturalista. 
d) Terza Scuola. 
e) Escola de Política Criminal ou Moderna Alemã. 
COMENTÁRIOS: Cesare Lombroso foi um dos maiores expoentes da 
Escola Positiva. 
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Mais especificamente, Lombroso foi um expoente da criminologia clínica 
(vertente da Escola Positivista). 
Entende a criminologia clínica que o delinquente se dedica à atividade 
criminosa porque ele é uma pessoa predisposta a isso, em razão de 
IDWRUHV� LQWHUQRV� �ELROyJLFRV� RX� SVLFROyJLFRV��� (P� VXD� REUD� ³2� KRPHP�
GHOLQTXHQWH´� /RPEURVR� GHIHQGH� TXH� R� FULPLQoso possuía alguns sinais 
�SRU� HOH� FKDPDGRV� GH� ³VWLJPDWD´�� ItVLFRV� H� SVLFROyJLFRV� TXH� SRGHULDP�
indicar sua predisposição ao delito, dentre eles as sobrancelhas fartas, a 
forma do crânio, etc. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A. 
 
11 - (VUNESP ± 2013 ± PC/SP ± AGENTE) 
O comportamento inadequado da vítima que de certo modo 
facilita, instiga ou provoca a ação de seu verdugo é denominado 
a) vitimização terciária. 
b) vitimização secundária. 
c) periculosidade vitimal. 
d) vitimização primária. 
e) vitimologia. 
COMENTÁRIOS: O comportamento inadequado da vítima, que de 
DOJXPD� IRUPD� FRQWULEXL� SDUD� R� GHOLWR�� p� GHQRPLQDGR� GH� ³SHULFXORVLGDGH�
YLWLPDO´��RX�³SHULJRVLGDGH�YLWLPDO´� 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 
 
12 - (VUNESP ± 2014 ± PC-SP ± PERITO) 
Sobre a Criminologia, é correto afirmar que 
(A) ela não é considerada uma ciência para a maior parte dos 
autores. 
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(B) tal conhecimento encontra-se inteiramente subordinado ao 
Direito Penal. 
(C) ela ocupa-se do estudo do delito e do delinquente, mas não se 
ocupa do estudo da vítima e do controle social, uma vez que tal 
assunto constitui objeto de interesse da Sociologia. 
(D) ela ocupa-se do estudo do delito e do controle social, mas não 
se ocupa do estudo do delinquente e da vítima, uma vez que tal 
assunto constitui objeto de estudo da Psicologia. 
(E) ela constitui um campo fértil de pesquisas para psiquiatras, 
psicólogos, sociólogos, antropólogos e juristas. 
COMENTÁRIOS: A Criminologia pode ser entendida como uma ciência 
EMPÍRICA na medida em que trabalha com a análise de fatosconcretos, 
por meio da observação e experimentação, seja com foco sobre o 
delinquente (aspecto clínico), seja com foco sobre o meio (aspecto 
sociológico). 
Pode ser considerada interdisciplinar já que, naturalmente, não está 
isolada na ciência, de forma que utiliza o auxílio da psicologia, da biologia, 
da sociologia, da antropologia e outros ramos da ciência. 
Ou seja, ela é ciência, não está subordinada ao Direito Penal, bem como 
se ocupa do estudo do delito e do delinquente, da vítima e do controle 
social. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E. 
 
13 - (VUNESP ± 2014 ± PC-SP ± PERITO) 
A Teoria do labelling approach, a qual explica que a criminalidade 
não é uma qualidade da conduta humana, mas a consequência de 
um processo em que se atribui tal estigmatização, também é 
denominada teoria 
(A) da desorganização social. 
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(B) da rotulação ou do etiquetamento. 
(C) da neutralização. 
(D) da identificação diferencial. 
(E) da anomia. 
COMENTÁRIOS: A teoria do labelling aproach, ou teoria do 
³HWLTXHWDPHQWR´� RX� GD� ³URWXODomR´�� WHP� FRPR� XP� GRV� SULQFLSDLV�
expoentes o criminólogo Alessandro Baratta. 
Enquanto o pensamento criminológico até então vigente sustentava que o 
atributo criminal de uma conduta existia objetivamente, como um ente 
natural e até era preexistente às normas penais que o definiam num mero 
exercício de reconhecimento (num alardeado consenso social), a "Teoria 
do Labelling Approach" virá para desmistificar todas essas equivocadas 
convicções. 
O "Labelling Approach" ou "etiquetamento" indica que um fato só é 
tomado como criminoso após a aquisição desse "status" através da 
criação de uma lei que seleciona certos comportamentos como 
irregulares, de acordo com os interesses sociais. Em seguida, a atribuição 
a alguém da pecha de criminoso depende novamente da atuação seletiva 
das agências estatais. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 
 
14 - (VUNESP ± 2014 ± PC-SP ± PERITO) 
Entende-se por vitimização secundária ou sobrevitimização aquela 
(A) provocada pelo cometimento do crime e pela conduta 
violadora dos direitos da vítima, proporcionando danos materiais 
e morais, por ocasião do delito. 
(B) que não concorreu, de forma alguma, para a ocorrência do 
crime. 
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(C) que, de modo voluntário ou imprudente, colabora com o ânimo 
criminoso do agente. 
(D) que ocorre no meio social em que vive a vítima e é causada 
pela família, por grupo de amigos etc. 
(E) causada pelos órgãos formais de controle social, ao longo do 
processo de registro e apuração do delito, mediante o sofrimento 
adicional gerado pelo funcionamento do sistema de persecução 
criminal. 
COMENTÁRIOS: Segundo a Doutrina criminológica, sobrevitimização ou 
vitimização secundária é o fenômeno do sofrimento adicional imputado à 
vítima pelos órgãos de controle social, ao longo do processo, em razão do 
próprio funcionamento do sistema de persecução penal, como a 
necessidade de que a vítima tenha que relembrar os fatos, ter contato 
com o infrator, etc. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E. 
 
15 - (VUNESP - 2014 - PC-SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA) 
O método científico utilizado pela Criminologia é o método 
biológico e como ciência empírica ________e________que é. 
Completam as lacunas do texto, correta e respectivamente: 
A) experimental ... jurídica 
B) sociológico ... experimental 
C) físico ... social 
D) filosófico ... humana 
e) psicológico ... normativa 
COMENTÁRIOS: A criminologia é considerada uma ciência empírica, 
sociológica e experimental. Não é uma ciência jurídica pois não está 
calcada em bases normativas, diferentemente do Direito Penal. 
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Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 
 
16 - (VUNESP - 2014 - PC-SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA) 
São objetos de estudo da Criminologia moderna __________, o 
criminoso,_________e o controle social. 
Assinale a alternativa que completa, correta e respectiva- mente, 
as lacunas do texto. 
A) a desigualdade social ... o Estado 
B) a conduta ... o castigo 
C) o direito ... a ressocialização 
D) a sociedade ... o bem jurídico 
E) o crime ... a vítima 
COMENTÁRIOS: A criminologia moderna estuda o crime, o criminoso, a 
vítima e o controle social. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E. 
 
17 - (VUNESP - 2014 - PC-SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA) 
Conceitua-se a criminologia, por ser baseada na experiência e por 
ter mais de um objeto de estudo, como uma ciência. 
A) abstrata e imensurável. 
B) biológica e indefinida. 
C) empírica e interdisciplinar. 
D) exata e mensurável 
E) humana e indefinida. 
COMENTÁRIOS: A criminologia é uma ciência empírica e interdisciplinar. 
Empírica porque se vale do método da observação e da experimentação. 
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Interdisciplinar porque mantém relações com outros ramos afins, como a 
psicologia, a sociologia, etc. 
Na definição de GARCÍA-PABLOS DE MOLINA, ³������ WUDWD-se de uma 
ciência empírica e interdisciplinar, que se ocupa do estudo do crime, da 
pessoa do infrator, da vítima e do controle social do comportamento 
GHOLWLYR������´ 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 
 
18 - (VUNESP - 2014 - PC-SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA) 
Dentre os modelos sociológicos, as teorias da criminologia crítica, 
da rotulação e da criminologia radical são exemplos da teoria. 
A) do consenso 
B) da aparência 
C) do descaso 
D) da falsidade. 
E) do conflito. 
COMENTÁRIOS: Estas teorias são exemplos de teoria do conflito. Para 
esta teoria a sociedade é uma grande luta de classes, de maneira que a 
classe dominante necessita manter a classe dominada nesta condição e, 
para tanto, se vale de diversas ferramentas, dentre elas o Direito Penal. 
&RPR�GHFRUUrQFLD�GH�VHX�YLpV�³SDUFLDO´��o Direito Penal não é isonômico, 
ou seja, não atua de maneira uniforme sobre todas as camadas sociais. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E. 
 
19 - (VUNESP - 2014 - PC-SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA) 
Uma vítima que, ao querer registrar uma ocorrência, encontra 
resistência ou desamparo da família, dos colegas de trabalho e 
dos amigos, resultando num desestímulo para a formalização do 
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UHJLVWUR��RFDVLRQD�R�TXH�p�FKDPDGR�GH�³FLIUD�QHJUD´��1HVte caso, 
estamos diante da vitimização. 
A) primária. 
B) secundária 
C) quaternária 
D)quintenária 
E) terciária. 
COMENTÁRIOS: Neste caso estamos diante de uma hipótese de 
vitimização terciária, pois praticada pelo grupo social que envolve a 
vítima, gerando sensação de abandono e isolamento, o que pode agravar 
os efeitos da vitimização primária (causada pelo próprio delito). 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E. 
 
20 - (VUNESP - 2014 - PC-SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA) 
³9tWLPD� LQRFHQWH�� YtWLPD� SURYRFDGRUD� H� Yítima agressora, 
VLPXODGRUD� RX� LPDJLQiULD´�� (VVD� IRL� XPD� GDV� SULPHLUDV�
classificações, de forma sintetizada, que levou em conta a 
participação ou provocação das vítimas nos crimes. O autor dessa 
classificação foi. 
A) Francesco Carrara 
B) Giovanni Carmignani 
C) Cesare Lombroso. 
D) Benjamim Mendelsohn 
E) Cesare Beccaria 
COMENTÁRIOS: O autor da classificação trazida no enunciado da 
questão foi Benjamim Mendelsohn. 
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Lembrando que esta definição é uma síntese daquilo que originalmente 
Mendelsohn estabeleceu, já qXH� ³YtWLPD� SURYRFDGRUD´� HQJOREDULD� DV�
vítimas menos, tão e mais culpadas que o infrator. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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87794489253 - CAMILA SILVA NASCIMENTO
Criminologia ʹ PC-CE (2014) 
DELEGADO DE POLÍCIA 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO 
 
Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 46 de 46 
 
 
1. ALTERNATIVA B 
2. ALTERNATIVA B 
3. ALTERNATIVA A 
4. CORRETA 
5. ALTERNATIVA A 
6. ALTERNATIVA D 
7. ALTERNATIVA B 
8. ALTERNATIVA E 
9. ALTERNATIVA A 
10. ALTERNATIVA A 
11. ALTERNATIVA C 
12. ALTERNATIVA E 
13. ALTERNATIVA B 
14. ALTERNATIVA E 
15. ALTERNATIVA B 
16. ALTERNATIVA E 
17. ALTERNATIVA C 
18. ALTERNATIVA E 
19. ALTERNATIVA E 
20. ALTERNATIVA D 
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