Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Redes de Distribuição Prof. Moisés Gomes Introdução Os sistemas elétricos de potência têm a função precípua de fornecer energia elétrica aos usuários, grandes ou pequenos, com a qualidade adequada, no instante em que for solicitada. Isto é, o sistema tem as funções de produtor, transformando a energia de alguma natureza, por exemplo, hidráulica, mecânica, térmica ou outra, em energia elétrica, e de distribuidor, fornecendo aos consumidores a quantidade de energia demandada, instante a instante. Prof. Moisés Gomes 2 Introdução Em não sendo possível seu armazenamento, o sistema deve contar, como será analisado a seguir, com capacidade de produção e transporte que atenda ao suprimento, num dado intervalo de tempo, da energia consumida e à máxima solicitação instantânea de potência ativa. Deve-se, pois, dispor de sistemas de controle da produção de modo que a cada instante seja produzida a energia necessária a atender à demanda e às perdas na produção e no transporte. Prof. Moisés Gomes 3 Introdução Sendo o montante das potências em jogo relevante e as distâncias a serem percorridas de certa monta, torna-se inexequível o transporte dessa energia na tensão de geração. Assim, no diagrama de blocos da figura ao lado sucede ao bloco de geração o de elevação da tensão, no qual a tensão é elevada do valor com o qual foi gerada para o de transporte, “tensão de transmissão”. O valor dessa tensão é estabelecido em função da distância a ser percorrida e do montante de energia a ser transportado. Prof. Moisés Gomes 4 Prof. Moisés Gomes 5 Introdução Os valores eficazes das tensões, com frequência de 60 Hz, utilizados no Brasil, que estão fixados por decreto do Ministério de Minas e Energia, estão apresentados abaixo, onde se apresentam as áreas do sistema nas quais são utilizadas. Apresenta-se também algumas tensões não padronizadas ainda em uso. Prof. Moisés Gomes 6 Sistema de Geração Geração O sistema de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil pode ser classificado como hidrotérmico de grande porte, com forte predominância de usinas hidrelétricas e com múltiplos proprietários. A maior parte da capacidade instalada é composta por usinas hidrelétricas, que se distribuem em 12 diferentes bacias hidrográficas nas diferentes regiões do país de maior atratividade econômica. São os casos das bacias dos rios Tocantins, Paranaíba, São Francisco, Grande, Paraná, Tietê, Paranapanema, Iguaçu, Uruguai e Jacuí onde se concentram as maiores centrais hidrelétricas. Prof. Moisés Gomes 8 Prof. Moisés Gomes 9 Os dez agentes de maior capacidade instalada no país são apresentados na Tabela: Prof. Moisés Gomes 10 Geração A título de exemplo, a usina Henry Borden, na Serra do Mar, em São Paulo, conta com potência instalada de 864 MW, ao passo que a Usina de Itaipu conta com potência instalada de 12.600 MW. Por outro lado, dentre as usinas térmicas, que se baseiam na conversão de calor em energia elétrica, há aquelas em que o vapor produzido numa caldeira, pela queima do combustível, aciona uma turbina a vapor que fornece o conjugado motor ao alternador. Como combustível dispõe-se, dentre outros, do óleo combustível, carvão, bagaço de cana, ou madeira. Nas centrais atômicas, como é o caso da Usina de Angra dos Reis, o calor para a produção do vapor é obtido através da fissão nuclear. Prof. Moisés Gomes 11 Geração As usinas hidráulicas apresentam um tempo de construção bastante longo, com custo de investimento elevado, porém, seu custo operacional é extremamente baixo. Por sua vez, as usinas térmicas apresentam tempo de construção e custo de investimento sensivelmente menores, apresentando, no entanto, custo operacional elevado, em virtude do custo do combustível. Prof. Moisés Gomes 12 Geração Hidráulicas Térmicas Situam-se, geograficamente, onde haja disponibilidade de água com desnível que permita a construção, através de barragens, do reservatório, exigindo, em geral, a construção de sistema de transmissão. Destaca-se ainda como inconveniente o alagamento de áreas férteis, perda de terrenos produtivos, e possíveis modificações no clima da microrregião. Também necessitam de água, para a condensação do vapor, porém, em ordem de grandeza menor que a consumida pelas hidráulicas, o que permite maior grau de liberdade em sua localização, podendo situar-se em maior proximidade dos centros de consumo. Tal fato se traduz pela redução de investimentos no sistema de transmissão. Apresentam como inconveniente a emissão, na natureza, de poluentes, resíduos da combustão, e, conforme seu tipo, a utilização de combustível não renovável. De modo geral, sempre que haja disponibilidade de energia hidráulica a opção de maior economicidade é a das usinas hidrelétricas. Prof. Moisés Gomes 13 Prof. Moisés Gomes 14 Sistema de Transmissão Transmissão A rede de transmissão liga as grandes usinas de geração às áreas de grande consumo. Em geral apenas poucos consumidores com um alto consumo de energia elétrica são conectados às redes de transmissão onde predomina a estrutura de linhas aéreas. Prof. Moisés Gomes 16 Transmissão O sistema de transmissão, que tem por função precípua o transporte da energia elétrica dos centros de produção aos de consumo, deve operar interligado. Tal interligação é exigida por várias razões, dentre elas destacando-se a confiabilidade e a possibilidade de intercâmbio entre áreas. Prof. Moisés Gomes 17 Transmissão A título de exemplo, destaca-se a existência de ciclos hidrológicos diferentes entre as regiões de São Paulo, onde o período das chuvas corresponde ao verão, e do Paraná, onde tal período concentra-se no inverno. Deste modo, a operação interligada do sistema permite que, nos meses de verão, São Paulo exporte energia para o Paraná, e que no inverno importe energia do Paraná. Prof. Moisés Gomes 18 Transmissão A segurança é um aspecto fundamental para as redes de transmissão. Qualquer falta neste nível pode levar a descontinuidade de suprimento para um grande número de consumidores. A energia elétrica é permanentemente monitorada e gerenciada por um centro de controle. O nível de tensão depende do país, mas normalmente o nível de tensão estabelecido está entre 220 kV e 765 kV. Prof. Moisés Gomes 19 Transmissão As linhas de transmissão no Brasil costumam ser extensas, porque as grandes usinas hidrelétricas geralmente estão situadas a distâncias consideráveis dos centros consumidores de energia. Hoje o país está quase que totalmente interligado, de norte a sul. Prof. Moisés Gomes 20 As principais empresas investidoras em linhas de transmissão no país estão relacionadas na Tabela: Prof. Moisés Gomes 21 Transmissão Apenas o Amazonas, Roraima, Acre, Amapá, Rondônia e parte dos Estados do Pará ainda não fazem parte do sistema integrado de eletrificação. Nestes Estados, o abastecimento é feito por pequenas usinas termelétricas ou por usinas hidrelétricas situadas próximas às suas capitais. Prof. Moisés Gomes 22 Prof. Moisés Gomes 23 Prof. Moisés Gomes 24 Transmissão O esgotamento das reservas hídricas, próximas aos centros de consumo, impôs que fosse iniciada a exploração de fontes mais afastadas, exigindo o desenvolvimento de sistemas de transmissão de grande porte, envolvendo o transporte de grandes montantes de energia a grandes distâncias. Este fato exigiu que as tensões de transmissão fossem aumentadas, com grande esforço de desenvolvimento tecnológico. Atualmente, no mundo, há linhas operando em tensões próximas a 1.000 kV. Prof. Moisés Gomes 25 25 Transmissão Outra área que ganhou grande impulso é a transmissão através de elos em corrente contínua, atendidos por estação retificadora, do lado da usina, e inversora, do lado do centro de consumo. O Brasil apresenta-se dentre os pioneiros nessa tecnologia, tendo em operação no sistema o elo em corrente contínua de Itaipu, que é um dos maiores do mundo pela potência transportada e pela distância percorrida. Opera com dois bipolos nas tensões de + 600 kV e – 600 kV em relação à terra, que corresponde a tensão entre linhas de 1.200 kV. Desenvolve-se desde Itaipu até Ibiúna, SP, cobrindo uma distância de 810 km e transportando uma potência de 6.000 MW. Prof. Moisés Gomes 26 Transmissão Sistema norte – centro-oeste → o primeiro circuito de interligação, conhecido por Linhão Norte-Sul, foi construído em 500 kV, com 1.277 km de extensão, capacidade de transmissão de 1100MW e com transferência média de 600MW, o que representou o acréscimo de uma usina de 600MW para o sistema sul-sudeste brasileiro. Embora a interligação seja conhecida como ‘ligação norte-sul’ o circuito interliga o estado de Tocantins ao Distrito Federal. Em março de 2004 foi inaugurado o segundo circuito de interligação norte-sul II, com 1278 km de extensão, operando em 500 kV, passando pelas SE Imperatriz, no Maranhão, Colinas, Miracema e Gurupi, no Tocantins, Serra da Mesa em Goiás, e Samambaia em Brasília. Os circuitos em 500kV transmitem energia da UHE Luis Eduardo Magalhães – Lajeado, localizada no rio Tocantins, entre os municípios de Lajeado e Miracema do Tocantins com potência instalada de 902,5 MW. A UHE Lajeado é o maior empreendimento de geração realizado pela iniciativa privada no Brasil. Prof. Moisés Gomes 27 Transmissão Expansão da linha de transmissão Interligação Norte-Sul (Centro oeste-Sudeste) com tensão de 500 kV. Essa linha interliga as subestações de Samambaia (DF), Itumbiara (GO) e Emborcação (SP). A linha permitirá o escoamento, para a região Sudeste, da energia gerada pelas usinas de Lajeado (TO), Cana Brava (GO), e 2ª etapa de Tucuruí (PA). Prof. Moisés Gomes 28 Transmissão Sistema interligado sudeste – centro-oeste → concentra pelo menos 60% da demanda de energia no Brasil. Sistema sul – sudeste → com energia transferida da usina de Itaipu (2 circuitos em CC em 600kV ligando a usina a São Roque (SP), 2 circuito 765kV ligando a usina a Tijuco Preto). Sistema nordeste → hoje a região Nordeste importa energia elétrica das hidrelétricas de Lajeado, em Tocantins, Cana Brava, em Goiás, e Tucuruí I e II, no Pará. Prof. Moisés Gomes 29 Sistema de Distribuição Subtransmissão Dentro do sistema de distribuição podemos classificar as redes em sistemas de subtransmissão e o de distribuição propriamente dito, que por sua vez divide-se em sistema primário e secundário. Prof. Moisés Gomes 31 Subtransmissão Este elo tem a função de captar a energia em grosso das subestações de subtransmissão e transferi-la às SE’s de distribuição e aos consumidores, em tensão de subtransmissão, através de linhas trifásicas operando em tensões, usualmente, de 138 kV ou 69 kV ou, mais raramente, em 34,5 kV, com capacidade de transporte de algumas dezenas de MW por circuito, usualmente de 20 a 150 MW. Prof. Moisés Gomes 32 Subtransmissão O sistema de subtransmissão pode operar em configuração radial, com possibilidade de transferência de blocos de carga quando de contingências. Com cuidados especiais, no que se refere à proteção, pode também operar em malha. Prof. Moisés Gomes 33 Arranjos típicos de redes de subtransmissão Apresenta, dentre todos, o menor custo de instalação, é utilizável quando o transformador da SE de distribuição não excede a faixa de 10 a 15 MVA, como ordem de grandeza. Sua confiabilidade está intimamente ligada ao trecho de rede de subtransmissão, pois, como é evidente, qualquer defeito na rede ocasiona a interrupção de fornecimento à SE. A chave de entrada, que visa unicamente à proteção do transformador, é usualmente uma chave fusível, podendo, no entanto, ser utilizada uma chave seccionadora, desde que o transformador fique protegido pelo sistema de proteção da rede de subtransmissão. Prof. Moisés Gomes 34 Arranjos típicos de redes de subtransmissão Observa-se que, para defeitos a montante de uma das barras extremas da rede de subtransmissão ou num dos trechos da subtransmissão, o suprimento da carga não é interrompido permanentemente. As chaves de entrada são usualmente disjuntores ou chaves fusíveis, dependendo da potência nominal do transformador. Estas chaves têm a função adicional de evitar que defeitos na SE ocasionem desligamento na rede de subtransmissão. Prof. Moisés Gomes 35 Arranjos típicos de redes de subtransmissão O barramento de alta da SE passa a fazer parte da rede de subtransmissão e a interrupção do suprimento é comparável com a do arranjo anterior, exceto pelo fato que um defeito no barramento de alta da SE impõe o seccionamento da rede, pela abertura das duas chaves de entrada. Elimina-se este inconveniente instalando-se a montante das duas chaves de entrada uma chave de seccionamento, que opera normalmente aberta. As chaves de entrada são usualmente disjuntores. Prof. Moisés Gomes 36 Arranjos típicos de redes de subtransmissão É conhecido como “sangria” da linha, é de confiabilidade e custo inferiores aos das redes 2 e 3. É utilizável em regiões onde há vários centros de carga, com baixa densidade de carga. As chaves de entrada devem ser fusíveis ou disjuntores, tendo em vista a proteção da linha. Prof. Moisés Gomes 37 Subestações de Distribuição Subestações As subestações de distribuição, SEs, que são supridas pela rede de subtransmissão, são responsáveis pela transformação da tensão de subtransmissão para a de distribuição primária. Há inúmeros arranjos de SEs possíveis, variando com a potência instalada na SE. Prof. Moisés Gomes 39 Subestações Assim, em SEs que suprem regiões de baixa densidade de carga, transformador da SE com potência nominal na ordem de 10 MVA é bastante frequente a utilização do arranjo designado por “barra simples”, que apresenta custo bastante baixo. Este tipo de SE pode contar com uma única linha de suprimento, ou, visando aumentar-se a confiabilidade, com duas linhas. Prof. Moisés Gomes 40 Subestações Em regiões de densidade de carga maior aumenta-se o número de transformadores utilizando-se arranjo da SE com maior confiabilidade e maior flexibilidade operacional. Na figura a seguir, apresenta-se o diagrama unifilar de SE com dupla alimentação, dois transformadores, barramentos de alta tensão independentes e barramento de média tensão seccionado. Neste arranjo, ocorrendo defeito, ou manutenção, num dos transformadores, abrem-se as chaves a montante e a jusante do transformador, isolando-o. A seguir, fecha-se a chave NA de seccionamento do barramento e opera-se com todos os circuitos supridos a partir do outro transformador. Prof. Moisés Gomes 41 Subestações Prof. Moisés Gomes 42 Subestações Prof. Moisés Gomes 43 Sistema de Distribuição Redes Primárias e Secundárias As redes de distribuição são divididas, quanto a tensão de fornecimento, em rede primária e rede secundária. A primeira recebe este nome por alimentar o primário dos transformadores de distribuição. Idem à segunda em relação ao secundário dos transformadores. Prof. Moisés Gomes 45 Sistemas de distribuição rede primária Prof. Moisés Gomes 46 Rede primária As redes de distribuição primária, ou de média tensão, emergem das SE’s de distribuição e operam, no caso da rede aérea, radialmente, com possibilidade de transferência de blocos de carga entre circuitos para o atendimento da operação em condições de contingência, devido à manutenção corretiva ou preventiva. Prof. Moisés Gomes 47 Rede primária Os troncos dos alimentadores empregam, usualmente, condutores de seção 336,4 AWG, permitindo, na tensão de 13,8 kV, o transporte de potência máxima de cerca de 12 MVA, que, face à necessidade de transferência de blocos de carga entre alimentadores, fica limitada a cerca de 8 MVA. American Wire Gauge ou escala americana normalizada é o nome da unidade de medida usada para padronização de fios e cabos elétricos. Prof. Moisés Gomes 48 Rede Primária Estas redes atendem aos consumidores primários e aos transformadores de distribuição, estações transformadoras, ETs, que suprem a rede secundária, ou de baixa tensão. Dentre os consumidores primários destacam-se indústrias de porte médio, conjuntos comerciais (shopping centers), instalações de iluminação pública etc. Podem ser aéreas ou subterrâneas, as primeiras de uso mais difundido, pelo seu menor custo, e, as segundas, encontrando grande aplicação em áreas de maior densidade de carga, por exemplo zona central de uma metrópole, ou onde há restrições paisagísticas. Prof. Moisés Gomes 49 Prof. Moisés Gomes 50 Mostrar vídeos... Prof. Moisés Gomes 51 As redes primárias aéreas apresentam as configurações: • primário radial com socorro; • primário seletivo; e as redes subterrâneas podem ser dos tipos: • primário seletivo; • primário operando em malha aberta; • spot network. Prof. Moisés Gomes 52 Primário Radial As redes primárias, contam com um tronco principal do qual se derivam ramais, que usualmente são protegidos por fusíveis. Dispõem de chaves de seccionamento, que operam na condição normal fechadas, “chaves normalmente fechadas, NF”, que se destinam a isolar blocos de carga, para permitir sua manutenção corretiva ou preventiva. Prof. Moisés Gomes 53 Prof. Moisés Gomes 54 Primário Radial É usual instalar-se num mesmo circuito, ou entre circuitos diferentes, chaves que operam abertas, “chaves normalmente abertas, NA”, que podem ser fechadas em manobras de transferência de carga. Prof. Moisés Gomes 55 Primário Radial Na figura a seguir estão apresentados dois circuitos que se derivam de uma mesma subestação. Supondo-se a ocorrência de defeito entre as chaves 01 e 02, do circuito 1, ter-se-á, inicialmente, o desligamento do disjuntor na saída da SE e, posteriormente, a equipe de manutenção identificará o trecho com defeito e o isolará pela abertura das chaves 01 e 02. Prof. Moisés Gomes 56 Prof. Moisés Gomes 57 Após a isolação do trecho com defeito, fecha-se o disjuntor da SE restabelecendo-se o suprimento de energia aos consumidores existentes até a chave 01, restando os a jusante da chave 02 desenergizados. Fechando-se a chave NA de “socorro externo” 03, restabelece-se o suprimento desses consumidores através do circuito 02. Prof. Moisés Gomes 58 Primário Seletivo Neste sistema, que se aplica a redes aéreas e subterrâneas, a linha é construída em circuito duplo e os consumidores são ligados a ambos através de chaves de transferência, isto é, chaves que, na condição de operação normal, conectam o consumidor a um dos circuitos e, em emergência, transferem-no para o outro. Prof. Moisés Gomes 59 Prof. Moisés Gomes 60 Estas chaves usualmente são de transferência automática, contando com relés que detectam a existência de tensão nula em seus terminais, verificam a inexistência de defeito na rede do consumidor, e comandam o motor de operação da chave, transferindo automaticamente o consumidor para o outro circuito. Prof. Moisés Gomes 61 Prof. Moisés Gomes 62 Prof. Moisés Gomes 63 Estações Transformadoras As estações transformadoras, ETs, são constituídas por transformadores, que reduzem a tensão primária, ou média tensão, para a de distribuição secundária, ou baixa tensão. Contam, usualmente, com para-raios, para a proteção contra sobretensões, e elos fusíveis para a proteção contra sobrecorrentes, instalados no primário. De seu secundário deriva-se, sem proteção alguma, a rede secundária. Nas redes aéreas utilizam-se, usualmente, transformadores trifásicos, instalados diretamente nos postes. Em geral, suas potências nominais são fixadas na série padronizada, isto é, 10,0 – 15,0 – 30,0 – 45,0 – 75,0 – 112,5 e 150 kVA. Prof. Moisés Gomes 64 Estações Transformadoras No Brasil, a tensão de distribuição secundária está padronizada nos valores 220/127 V e 380/220 V, havendo predomínio da primeira nos Estados das regiões sul e sudeste e da segunda no restante do país. O esquema mais usual consiste na utilização de transformadores trifásicos, com resfriamento a óleo, estando os enrolamentos do primário ligados em triângulo e os do secundário em estrela, com centro estrela aterrado. Utilizam-se ainda, em alguns sistemas, transformadores monofásicos e bancos de transformadores monofásicos. Prof. Moisés Gomes 65 Aspectos Construtivos das Redes de Distribuição Estruturas de Redes de Distribuição As três principais e mais conhecidas estruturas de qualquer rede de energia elétrica são os postes, isoladores e os condutores. Os postes servem para dar sustentação à rede e logicamente mantê-la distante da terra. Já os isoladores impedem que os condutores que os postes sustentam entrem em contato com eles impedindo que a energia elétrica transmitida “vaze” para a terra. Existem vários tipos de postes e também de isoladores e condutores de acordo com o uso que eles terão. Por exemplo, um poste mais alto e mais grosso serve para elevar uma rede a uma altura maior que de um poste menos alto e fino, como na travessia de uma estrada. Prof. Moisés Gomes 67 Postes Prof. Moisés Gomes 68 Postes Os postes são classificados ou nomeados de acordo com sua capacidade e altura, também podem ser fabricados de diversos materiais, os mais comuns são madeira e concreto. Na Coelce os postes a serem utilizados em redes de distribuição são de concreto armado do tipo duplo “T”. Prof. Moisés Gomes 69 O esforço de cada poste é indicado em daN, que é uma unidade de força, mas pode muito facilmente ser entendido como kg. De acordo com a tabela acima podemos então fazer uma lista de postes disponíveis para serem utilizados pelos projetistas: 150/9, 300/9, 600/9, 150/10,5, 300/10,5, 600/10,5, 1000/10,5, 2000/10,5, 300/12, 600/12, 1000/12, 2000/12, 3000/12. Prof. Moisés Gomes 70 Prof. Moisés Gomes 71 Exemplo 1) O projetista de uma rede elétrica calculou que a implantação de um poste em determinado ponto deveria ser do tipo 600/12. O que isso significa? Significa que o projetista solicitou um poste com 12m de altura e que suporta um esforço de 600 kg (ou 600daN) para aquele local. Prof. Moisés Gomes 72 Postes Existem também nas redes mais antigas postes que não estão listados acima por já não serem utilizados pela empresa, como por exemplo, o 150/10 e 300/11, ou seja, postes de 10m e 11m, que são postes fora de padrão. As duas faces lisas do poste são os lados de maior esforço e as duas faces vazadas são os lados de menor esforço. Os vasos recebem o nome de gavetas. Prof. Moisés Gomes 73 Poste Esforço: Prof. Moisés Gomes 74 Engastamento O engastamento é a profundidade de instalação do poste, ou seja, a profundidade do buraco onde o poste será instalado. O comprimento do buraco dependerá do tamanho do poste, quanto maior o poste mais profundo será o buraco, e quanto maior o esforço do poste, mais largo será o buraco, pois logicamente será um poste mais grosso. Prof. Moisés Gomes 75 Engastamento Prof. Moisés Gomes 76 Engastamento Prof. Moisés Gomes 77 Postes Prof. Moisés Gomes 78 Exemplo 1) Com qual profundidade deve ser escavado o buraco para implantação de um poste 300/10,5? Neste caso L=10,5m, portanto: E=0,1x10,5 + 0,6 E=1,05 + 0,6 E=1,65m Ou seja, deverá se escavar um buraco com um metro e sessenta e cinco centímetros de profundidade. Prof. Moisés Gomes 79 isoladores Prof. Moisés Gomes 80 Isoladores Todo material apresenta uma capacidade de conduzir corrente elétrica. Dependendo do material, esta capacidade pode ser muito grande ou muito pequena. Os materiais que têm pouca capacidade de conduzir corrente elétrica são os isolantes, e os que têm alta capacidade são os condutores. Prof. Moisés Gomes 81 Isoladores Os isoladores são fabricados com materiais isolantes e podem ser divididos de acordo com: A capacidade de isolamento; O tipo de material isolante; e O formato e/ou aplicação do isolador. Nas redes de distribuição da Coelce os condutores trabalham em tensões entre 220V/380V (para redes de BT) e 15000V (ou 15kV – para redes de MT) e os isoladores devem ter, para MT, um nível de isolamento de 95kV. Prof. Moisés Gomes 82 Isolador A seguir a definição de alguns isoladores: Isolador Castanha - Isoladores projetados para converter o esforço de tração exercido por um condutor ou estai, em esforço de compressão simétrica no corpo do isolador. Prof. Moisés Gomes 83 Prof. Moisés Gomes 84 Isoladores Isolador Roldana - Isolador em forma de roldana com furo axial para passagem de um eixo não integrante, pelo qual é fixado na estrutura de suporte. Prof. Moisés Gomes 85 Prof. Moisés Gomes 86 Isoladores Isolador de pino – Isolador rígido com um corpo isolante, ou dois ou mais corpos ligados permanentemente entre si, projetado para ser instalado rigidamente numa estrutura de suporte, por meio de um pino não integrante que penetra no interior do seu corpo isolante. Prof. Moisés Gomes 87 Prof. Moisés Gomes 88 Prof. Moisés Gomes 89 Isolador de disco – Isolador de cadeia em forma de disco côncavo-convexo, com ferragens integrantes em ambas as faces. Prof. Moisés Gomes 90 Disco Garfo-Olhal Prof. Moisés Gomes 91 Prof. Moisés Gomes 92 Disco Anel de Zinco Prof. Moisés Gomes 93 Prof. Moisés Gomes 94 Disco Concha Bola Prof. Moisés Gomes 95 Isoladores Isolador de Pedestal – Isolador suporte para exterior, dotado de campânula com furos roscados na extremidade superior, e um pedestal com furos lisos correspondentes na extremidade inferior. Prof. Moisés Gomes 96 Prof. Moisés Gomes 97 Isoladores Isolador polimérico – São isoladores fabricados com compostos poliméricos e podem ser utilizados tanto como isoladores de pino quanto como de discos, de acordo com o seu formato. Prof. Moisés Gomes 98 Isoladores Todos estes isoladores devem ser apropriados para uso exterior, em clima tropical, atmosfera salina, expostas a ação direta dos raios do sol e de fortes chuvas, devendo resistir as seguintes condições apresentadas na tabela: Prof. Moisés Gomes 99 CONDUTORES Prof. Moisés Gomes 100 Condutores É o principal e mais importante componente em uma rede de distribuição, pois são responsáveis por “conduzir” a energia elétrica. São utilizados condutores de alumínio onde não há corrosão salina (interior do estado) e condutores de cobre onde a corrosão é mais severa (região litorânea do estado). No interior do estado os cabos a serem utilizados em MT são os de alumínio com alma de aço (CAA) e podem ter as seguintes características: Prof. Moisés Gomes 101 Prof. Moisés Gomes 102 Condutores Na verdade, o que define que tipo de condutor será utilizado nas redes de distribuição Coelce é a área do estado em que o mesmo será instalado. Esta área é classificada de acordo com a corrosão atmosférica de cada uma. Prof. Moisés Gomes 103 Prof. Moisés Gomes 104 Condutores Com base nessa classificação é que são escolhidos os condutores a serem utilizados, de acordo com a tabela abaixo: Prof. Moisés Gomes 105 Condutores de cobre nu - CCN Prof. Moisés Gomes 106 Condutores de liga de alumínio - CAL Prof. Moisés Gomes 107 Condutores de aço-alumínio e aço-cobre (CAAL e CAC) Prof. Moisés Gomes 108 Condutor protegido de alumínio Prof. Moisés Gomes 109 Condutor de cobre multiplexado - CM Prof. Moisés Gomes 110 Condutor de alumínio multiplexado Prof. Moisés Gomes 111 estruturas Prof. Moisés Gomes 112 Estruturas Além das estruturas vistas anteriormente, existem mais outras que são utilizadas na sustentação dos condutores entre os postes e isoladores. Há tanto estruturas para a Média Tensão quanto para a Baixa Tensão. As estruturas utilizadas em MT são chamadas de estruturas primárias e as utilizadas em BT são as estruturas secundárias. Suas características variam de acordo com a aplicação de cada uma. Prof. Moisés Gomes 113 Estruturas primárias Podem ser estruturas trifásicas, monofásicas ou ainda monofilares (ou MRT – monofásica com retorno por terra). As estruturas trifásicas e monofásicas ainda podem ser subdivididas pelos tipos de cruzetas: cruzeta normal (N); cruzeta meio-beco (M); cruzeta beco (B). Já as monofilares não apresentam necessidade de cruzetas e são designadas pela letra “U”. Prof. Moisés Gomes 114 Estruturas Devido a diversidade de estruturas foram formados códigos para melhorar sua identificação de acordo com o explicado abaixo: a) primeira letra N – estrutura com cruzeta normal M – estrutura com cruzeta meio-beco B – estrutura com cruzeta beco Prof. Moisés Gomes 115 Estruturas b) segunda letra M – indica estruturas monofásicas c) últimas letras da estrutura CF – estruturas com chaves fusíveis CS – estruturas com chaves seccionadoras PR – estruturas com para-raio TM – transformadores monofásicos TMB – transformadores monobuchas (MRT) TT – transformadores trifásicos d) estruturas especiais RE1 – rural especial em um poste RE2 – rural especial em dois postes Prof. Moisés Gomes 116 Prof. Moisés Gomes 117 Cruzeta normal Prof. Moisés Gomes 118 Cruzeta normal Prof. Moisés Gomes 119 Cruzeta meio-beco Prof. Moisés Gomes 120 Cruzeta meio-beco Prof. Moisés Gomes 121 Cruzeta beco Prof. Moisés Gomes 122 Cruzeta beco Prof. Moisés Gomes 123 Estruturas monofásicas com cruzetas Prof. Moisés Gomes 124 Estruturas trifásicas com cruzetas Prof. Moisés Gomes 125 N1 Prof. Moisés Gomes 126 N2 Prof. Moisés Gomes 127 N3 Prof. Moisés Gomes 128 N4 Prof. Moisés Gomes 129 RE1 Prof. Moisés Gomes 130 RE2 Prof. Moisés Gomes 131 Estruturas Note que a diferença entre as cruzetas está exatamente no local onde as mesmas são afixadas no poste, e estas características são aproveitas para diferentes situações. Cada estrutura (N1, N2, N3, N4, etc.) suporta um ângulo e um vão de cabo de acordo com sua construção. Prof. Moisés Gomes 132 Estruturas Prof. Moisés Gomes 133 Estruturas Da tabela acima podemos concluir, por exemplo, que construindo uma rede de MT trifásica onde seja necessário fazer um ângulo de 20º devemos utilizar uma estrutura do tipo N2, que suporta um vão máximo de 200m desde que seja utilizado um poste com esforço de 300daN e mais um estai. Prof. Moisés Gomes 134 Exemplo Prof. Moisés Gomes 135 Estruturas para rede monofilar As estruturas monofilares, ou MRT (monofásico com retorno por terra), são um caso a parte e têm um padrão de estruturas único. Sua principal característica é que é composto de apenas um fio, e por isso não necessita de cruzetas. Na Coelce estão dispostas no documento “PE – 035: REDE PRIMÁRIA DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA RURAL MONOFILAR” Prof. Moisés Gomes 136 Rede aérea rural monofilar Nesta rede o condutor padrão a ser utilizado é o fio de aço-alumínio de seção 8 AWG: Prof. Moisés Gomes 137 Estruturas para rede monofilar As estruturas serão designadas pela letra U seguidas dos numerais: 1 – Tangente; 2 – Pequena deflexão; 3 – Ancoragem; 4 – Encabeçamento. Teremos portanto quatro estruturas principais: U1, U2, U3 e U4. Prof. Moisés Gomes 138 U1 Prof. Moisés Gomes 139 U2 Prof. Moisés Gomes 140 U3 Prof. Moisés Gomes 141 U3.1 Prof. Moisés Gomes 142 U3.3 Prof. Moisés Gomes 143 U3CF Prof. Moisés Gomes 144 U4 Prof. Moisés Gomes 145 Estruturas para rede monofilar O ângulo de deflexão máximo permitido nas estruturas e as condições de estaiamento devem ser de acordo com a tabela abaixo: Prof. Moisés Gomes 146 Estruturas Secundárias Estas estruturas sustentam os condutores que saem dos transformadores e são levados até nossas casas e são constituídas por isoladores e armações que os sustentam, além de caixas de proteção e distribuição, alças e laços, etc. Elas são utilizadas nas redes secundárias de distribuição, com tensão nominal de 380/220V, destinadas ao fornecimento de energia elétrica à unidades consumidoras de baixa tensão. Prof. Moisés Gomes 147 Redes secundárias Os condutores utilizados nas redes secundárias são isolados e multiplexados. O padrão antigo permitia a utilização de condutores nus de alumínio. Hoje não mais. Prof. Moisés Gomes 148 Redes secundárias Em áreas com utilização de cabos com seção nominal até 25 mm², o vão padrão normal da rede secundária monofásica e trifásica deve ser de 40 metros, e o vão máximo da rede monofásica e trifásica não deve ultrapassar os 45 metros. Em áreas com utilização de cabos de alumínio acima de 25mm² e cobre até 16mm² o vão padrão normal da rede secundária deve ser de 40 metros e o vão máximo desta rede não deve ultrapassar os 45 metros. Para cabos de cobre acima de 16mm² até 35mm² o vão máximo deve ser de 35 metros. Prof. Moisés Gomes 149 Estruturas secundárias As estruturas básicas das redes secundárias de distribuição da Coelce são as seguintes: a) S1 – estrutura de armação secundária com 1 (um) estribo; b) S2 – estrutura de armação secundária com 2 (dois) estribos; c) SPLAÇO – estrutura para laço roldana preformado; d) SPALÇA – estrutura para alça preformada; e) SPCXD – estrutura para caixa de derivação; f) ATER-SP – estrutura de aterramento; g) SPTR e TR – estruturas de transformação. Prof. Moisés Gomes 150 Estruturas secundárias As estruturas S2 e S1 contêm, respectivamente, todos os componentes necessários para a instalação da armação secundária de 2 (dois) ou de 1 (um) estribo, como parafusos, arruelas e isoladores. Devem ser adicionadas a estas estruturas informações sobre o comprimento do parafuso e sobre o material das ferragens (aço ou alumínio). A última letra representa o comprimento do parafuso ou ausência do mesmo, conforme alíneas abaixo: a) N – 200 mm; b) A – 250 mm; c) B – 300 mm; d) C – sem parafuso (complementar). Prof. Moisés Gomes 151 EXEMPLO 1: S1N - armação secundária de um estribo com parafuso de 200 mm, em aço carbono; EXEMPLO 2: S2A - armação secundária de dois estribos com parafuso de 250 mm, em aço carbono; EXEMPLO 3: S2C – armação secundária de dois estribos sem parafuso, em aço carbono. Estruturas secundárias As estruturas SPLAÇO e SPALÇA contêm, respectivamente, todos os componentes necessários para a fixação do neutro dos cabos multiplexados aos isoladores, como laço, alça e abraçadeiras. Logo após o nome da estrutura, SPLAÇO ou SPALÇA, deve ser adicionada a seção nominal do neutro. Prof. Moisés Gomes 152 EXEMPLO 1: SPLAÇO25 - laço para neutro de alumínio isolado de seção nominal 25 mm2; EXEMPLO 2: SPALÇA16 - alça para neutro de alumínio isolado de seção nominal 16 mm2; EXEMPLO 3: SPALÇA50 - alça para neutro de alumínio isolado de seção nominal 50 mm2; Estruturas secundárias As estruturas de caixa de derivação SPCXD contêm todos os componentes necessários para fixação da caixa de derivação ao poste e a conexão de seu barramento metálico à rede secundária de distribuição, como conectores perfurantes, abraçadeiras, parafusos, etc. Logo após o nome da estrutura, deve ser adicionada a informação se a caixa é monofásica – M ou trifásica - T Prof. Moisés Gomes 153 As estruturas SPTR contêm os materiais necessários para conexão do transformador à rede de secundária de distribuição, como conectores perfurantes, parafusos, cabos, caixa de proteção, disjuntores, chave seccionadora, etc. Logo após o nome da estrutura, deve ser informado: se o transformador é monofásico ou trifásico, a potência nominal do transformador e o tipo de material das ferragens. Quando o transformador for monofásico deve ser adicionada a letra “M” e quando o transformador for trifásico não é necessário adicionar nenhuma identificação. Na parte final do nome da estrutura deve ser adicionado o tipo de proteção utilizada. A letra “P” indica a utilização de caixa de proteção com disjuntores termomagnéticos ou fusíveis tipo “NH”. A omissão desta informação indica a utilização de seccionadoras unipolares. EXEMPLO 1: SPTRM10P - proteção e conexão de transformadores monofásicos de 10 kVA com caixa de proteção em policarbonato e ferragens em aço; EXEMPLO 2: SPTRA75P - proteção e conexão de transformador trifásico de 75 kVA com caixa de proteção em policarbonato com ferragens em alumínio; EXEMPLO 3: SPTR225 - proteção e conexão de transformador trifásico de 225 kVA com seccionadora unipolar e ferragens em aço. Estruturas secundárias Prof. Moisés Gomes 154 Estruturas secundárias Prof. Moisés Gomes 155 Secundário Pre-reunido Tangente - SPTG Prof. Moisés Gomes 156 Secundário Pre-reunido Tangente com Derivação Oposta - SPTO Prof. Moisés Gomes 157 Secundário Pre-reunido Tangente com Derivação Dupla - SPTD Prof. Moisés Gomes 158 Secundário Pre-reunido de Ancoragem - SPAN Prof. Moisés Gomes 159 Secundário Pre-reunido de Encabeçamento - SPEN Prof. Moisés Gomes 160 Secundário Pre-reunido com Transformador Monofásico de 10 KVA – SPTRM10 Prof. Moisés Gomes 161 Secundário Pre-reunido com Transformador Trifásico de 45 kVA – SPTR45 Prof. Moisés Gomes 162 Prof. Moisés Gomes 163 Simbologia Prof. Moisés Gomes 164 Todo poste fincado em redes da Coelce são cadastrados geograficamente em um banco de dados que mantém todas as modificações da rede atualizadas. Por isso, sempre que algo é retirado, movido e/ou implantado deve ser incrementado a este banco de dados. Além das características das estruturas que vimos até o momento (poste, condutor, estruturas, etc.) outro dado importante é o geo-referenciamento – ou seja, a disposição geográfica – da rede como um todo. Para isso são coletadas as coordenadas geográficas de cada poste através de um aparelho GPS. Deve-se atentar para que as coordenadas estejam em UTM (Universal Traversor Mercator) e com longitude e latitude devidamente informadas. Para tanto há que se conferir no momento da coleta do ponto geográfico se o aparelho utilizado está programado para tal. O mesmo pode estar configurado para coletar os dados em forma polar (graus, minutos e segundos), informação que não é reconhecida pelo banco de dados. Isto pode ser facilmente alterado nas configurações do aparelho GPS. GPS Garmin etrex Ligar GPS Garmin etrex Marcar ponto GPS Garmin etrex Estruturas especiais Prof. Moisés Gomes 175 Estruturas Especiais As estruturas especiais nas redes de distribuição de energia da Coelce estão padronizadas pelo seu PE-034 ESTRUTURAS ESPECIAIS. Estas estruturas são: Banco de capacitores; Banco de reguladores de tensão; Encontro de alimentadores automatizado; Transferência automática de carga; Religador; Seccionalizador; e Banco de transformadores. Prof. Moisés Gomes 176 Terminologia De acordo com o PE-034, equipamentos especiais são instalados na rede de distribuição aérea de Média Tensão cuja finalidade é regulação, seccionamento ou manobra. Não são considerados equipamentos especiais chaves fusíveis e chaves seccionadoras unipolares. Prof. Moisés Gomes 177 Banco de capacitores Nas redes de distribuição são utilizados bancos de capacitores fixos e automáticos conforme Tabela abaixo. O dimensionamento e localização dos bancos de capacitores devem atender aos estudos da Área de Planejamento da Coelce. Prof. Moisés Gomes 178 Banco de capacitor fixo Prof. Moisés Gomes 179 Banco de capacitor automático Prof. Moisés Gomes 180 Banco de regulador de tensão O regulador de tensão de média tensão é um equipamento instalado em redes de distribuição e subestações que tem por finalidade a manutenção da tensão de saída de um circuito elétrico, mantendo-a constante independente da tensão de entrada. Prof. Moisés Gomes 181 Banco de regulador de tensão Nas redes de distribuição são utilizados reguladores de tensão monofásicos, formando bancos de dois reguladores com ligação em delta aberto ou três reguladores com ligação em delta fechado. O dimensionamento e localização dos bancos de reguladores de tensão devem atender aos estudos da Área de Planejamento da Coelce. Prof. Moisés Gomes 182 Banco de regulador de tensão Regulador de tensão por degraus, tipo A – Regulador de excitação variável cujo enrolamento paralelo está conectado diretamente ao circuito primário. O enrolamento série está conectado ao enrolamento paralelo e, por meio das derivações, ao circuito regulado. Prof. Moisés Gomes 183 Prof. Moisés Gomes 184 Banco de regulador de tensão Regulador de tensão por degraus, tipo B – Regulador de excitação constante cujo enrolamento paralelo está conectado diretamente ao circuito regulado. O enrolamento série esta conectado ao enrolamento paralelo e, que por sua vez, está conectado ao circuito regulado. Prof. Moisés Gomes 185 Prof. Moisés Gomes 186 Prof. Moisés Gomes 187 Banco de regulador de tensão Os bancos com dois ou três reguladores de tensão monofásicos de 100A devem sempre ser montados diretamente no poste. Os bancos com três reguladores de tensão monofásicos de 200A e 300A devem sempre ser montados em estrutura tipo H, em viga metálica. Os bancos com dois reguladores de tensão monofásicos de 200A e 300A também devem ser montados em estrutura tipo H, em viga metálica, ficando a estrutura adequada para uma possível ampliação do banco. Prof. Moisés Gomes 188 Banco de regulador de tensão delta aberto fixado em poste Prof. Moisés Gomes 189 Prof. Moisés Gomes 190 Banco de regulador de tensão delta fechado fixação em poste Prof. Moisés Gomes 191 Prof. Moisés Gomes 192 Banco de regulador de tensão delta aberto em vigas metálicas Prof. Moisés Gomes 193 Banco de regulador de tensão delta fechado em vigas metálicas Prof. Moisés Gomes 194 Ver vídeo... Prof. Moisés Gomes 195 Encontro de alimentadores automatizado Prof. Moisés Gomes 196 Transferência Automática de Carga A estrutura para transferência de carga tem a finalidade de transferir de um alimentador principal para um alimentador alternativo a alimentação de uma determinada carga. A estrutura é composta de 2 chaves seccionadoras tripolar, 15kV, 400A, um controle eletrônico de transferência de carga e dois conjuntos de 3 TP´s. Prof. Moisés Gomes 197 Prof. Moisés Gomes 198 Prof. Moisés Gomes 199 Religadores As falhas no sistema de distribuição podem ser classificadas como permanentes ou transitórias. As falhas permanentes são aquelas irreversíveis espontaneamente, as quais provocam a abertura definitiva dos equipamentos de proteção (disjuntores, religadores, chaves fusíveis), necessitando da intervenção da manutenção. As falhas temporárias ou fortuitas, são aquelas que ocorrem e logo desaparecem, sem deixar defeito na rede não provocando a abertura definitiva de equipamentos de proteção. As causas mais comuns que provocam defeitos na rede de distribuição, temporários ou não, são: Contaminação do isolador por poeira, fuligem, etc. Umidade Agressão salina Galhos de árvore Pássaros Ventos fortes Prof. Moisés Gomes 200 Religadores Prof. Moisés Gomes 201 Religadores O Religador de Tensão é um equipamento de proteção ou manobra utilizado em subestações ou em alimentadores, com um número pré-ajustado de abertura e fechamento simultâneo das três fases e tem como objetivo de proteger o circuito contra defeitos transitórios ou permanentes, permitindo assim uma coordenação maior para o sistema, isolando somente o trecho defeituoso. Prof. Moisés Gomes 202 Religadores Os Religadores de Tensão monitoram permanentemente através de Tc’s e Tp`s, as correntes e/ou tensões e interrompem automaticamente as três fases do circuito de distribuição que está protegendo, quando valores excedem o limite mínimo ajustado. Religa automaticamente normalizando o serviço se a falta é temporária. Se a falta for permanente, o religador bloqueia após uma, duas, três ou quatro aberturas, conforme programação. Uma vez bloqueado, o religador deverá ser fechado através de comandos remoto ou local a fim de normalizar o serviço (após corrigir a falta). Se a falta for temporária e desaparecer antes do bloqueio, o religador é rearmado automaticamente para outras seqüências de operação. Prof. Moisés Gomes 203 Gráfico de atuação do religador Sequência de atuação no Defeito Permanente I curto I carga Curva 1 Curva 2 Curva 3 Curva 4 Primeiro tempo de Religamento Segundo Tempo de Religamento Terceiro Tempo de Religamento Religador Aberto : Término do Processo 204 204 Gráfico de atuação do religador Seqüência de atuação no Defeito Transitório I curto I carga Curva 1 Curva 2 Curva 3 Religador Normalizado : Processo de Atuação Interrompido Primeiro tempo de Religamento Segundo tempo de Religamento Terceiro Tempo de Religamento 205 205 Simulação : Processo de Funcionamento Religador 4 operações GN3E 3 contagem C1 C3 C2 C4 C5 C7 C6 206 206 Primeira Operação Ciclo de Operação: Religador x GN3E Gráfico do Ciclo de Operação do Religador Gráfico do Ciclo de Operação da Chave Segunda Operação Terceira Operação Primeira Religamento Segundo Religamento Primeira Contagem Segunda Contagem Terceira Operação Terceiro Religamento 207 Religador Para extinguir os arcos elétricos inerentes às operações de chaveamento de circuitos em carga ou curto-circuito, os religadores usam mecanismos e meios de interrupção similares aos disjuntores. Os meios de interrupção mais comuns são: óleo isolante; câmara de vácuo; gás (SF6). Na atualidade, este último é o mais empregado. Prof. Moisés Gomes 208 Religador Para se especificar corretamente um religador, os seguintes pontos devem ser observados: • Tensão nominal: Igual ou superior a tensão máxima entre fases (tensão composta ou de linha) do circuito no qual vai ser ligado; • Corrente nominal: Deverá ser maior do que a corrente de carga máxima do circuito multiplicada pelo fator de crescimento ou de transferência de carga (corrente de operação do sistema); • Capacidade de interrupção: Igual ou maior do que a corrente de curto-circuito máxima, valor assimétrico, no ponto de instalação; • NBI: Compatível com a classe de tensão do circuito que vai ser ligado. • Correntes e curvas de atuação ajustáveis (ajustes): Devem permitir coordenação e/ou seletividade com outros equipamentos de proteção a montante e a jusante. Prof. Moisés Gomes 209 Religador KFE Prof. Moisés Gomes 210 Religador Prof. Moisés Gomes 211 Seccionalizador Os seccionalizadores são dispositivos projetados para operarem em conjunto com um religador, ou com um disjuntor comandado por relés de sobrecorrente dotados da função de religamento. Portanto, devem ser ligados a jusante destes equipamentos. Prof. Moisés Gomes 212 Seccionalizador Prof. Moisés Gomes 213 Seccionalizador Mecanicamente, se comportam como chaves de manobras automáticas projetadas para aberturas ou fechamentos, com carga (possuem meios de interrupção de arco: SF6 , câmara de vácuo), no local ou remotamente (através de unidades remotas interligadas por sistemas de comunicação). Não possuem capacidade de interrupção de correntes de curtos-circuitos. As interrupções destas correntes são feitas pelo religador ou disjuntor de retaguarda, comandado por relés Prof. Moisés Gomes 214 Prof. Moisés Gomes 215 Seccionalizador A função de proteção realizada pelo seccionalizador se desenvolve de forma bastante simples e criativa. Isto é, a cada vez que o interruptor de retaguarda efetua um disparo ou abertura (desligamento do circuito), interrompendo a corrente de falta, o seccionalizador “conta” a interrupção; após atingir o número de contagens previamente ajustado (uma, duas ou, no máximo, três), o seccionalizador abre os seus contatos, sempre com o circuito desenergizado pelo interruptor de retaguarda, isolando o trecho defeituoso sob sua proteção, do restante do sistema. Prof. Moisés Gomes 216 Prof. Moisés Gomes 217 Banco de transformadores Deve ser utilizado para atendimento a Prédios de Múltiplas Unidades Consumidoras, nas situações em que a subestação deve ser aérea, em poste único, e com potência superior a 300kVA e menor ou igual a 600kVA. A montagem deve ser com dois transformadores de 225kVA ou dois de 300kVA. Prof. Moisés Gomes 218 Prof. Moisés Gomes 219 Prof. Moisés Gomes 220 Cálculo de queda de tensão Prof. Moisés Gomes 221 Queda de tensão em BT De acordo com o Critério de Projeto de Rede de Distribuição Aérea de Média e Baixa Tensão da Coelce – CP-001, a queda de tensão aceita em um rede secundária é de 5,6%. Portanto: 380V * 5,6% = 21,3V, para fase-fase; e 220V * 5,6% = 12,3V, para fase-neutro. Prof. Moisés Gomes 222 Este mesmo documento indica como deve ser feito o cálculo do coeficiente de queda de tensão baseado em % de KVAx100m. Prof. Moisés Gomes 223 Prof. Moisés Gomes 224 Há dois métodos para obter-se a carga em cada trecho: Processo por medição Processo estimativo No primeiro faz-se necessário dispositivos de medição. No segundo faz-se apenas estimativas com base em tabelas do próprio CP-001. Prof. Moisés Gomes 225 O processo estimativo para cálculo das demandas de consumidores residenciais e não residenciais, de baixa tensão deve ser conforme a seguir: Consumidores Residenciais: para a estimativa da demanda dos consumidores residenciais devem ser adotados os valores individuais de demanda diversificada em kVA, correlacionando o número e o nível de consumidores no circuito, de acordo com a Tabela 17. Prof. Moisés Gomes 226 Prof. Moisés Gomes 227 Consumidores não Residenciais: para a estimativa da demanda dos consumidores não residenciais podem ser utilizados dois métodos, conforme disponibilidade de dados existentes: Prof. Moisés Gomes 228 1º Método: a estimativa dos valores da demanda para consumidores em função da carga total instalada, ramo de atividade e simultaneidade de utilização dessas cargas, deve ser determinado como se segue: DCnr = demanda dos consumidores não residenciais; CInst = Carga Instalada em kW; Fd = Fator de Demanda típico, conforme Tabela 29; Fp = Fator de Potência Prof. Moisés Gomes 229 2º Método: A estimativa da demanda deve ser realizada com base no consumo extraído dos dados de faturamento. É prudente que se tome a média do consumo dos consumidores num período de tempo de 3 (três) meses. O cálculo deve ser realizado conforme fórmula: Onde: CM = Consumo Médio do consumidor em kWh; Fc = Fator de Carga Típico, de acordo com a Tabela 29. Fp = Fator de Potência Prof. Moisés Gomes 230 Exercício 01 Calcule as quedas de tensão nos circuitos do transformador MT3060 da figura abaixo: Prof. Moisés Gomes 231 Resposta Prof. Moisés Gomes 232 Exercício 02 Calcule as quedas de tensão nos circuitos do transformador MT5003 da figura abaixo: Prof. Moisés Gomes 233 Resposta Prof. Moisés Gomes 234 Queda de tensão em MT O cálculo de queda de tensão em um alimentador de MT, de acordo com o CP-001 da Coelce deve seguir o preenchimento da tabela do Anexo E do mesmo documento. Prof. Moisés Gomes 235 Prof. Moisés Gomes 236 Fatores típicos de carga Prof. Moisés Gomes 237 Classificação das cargas As cargas dos consumidores supridos por um sistema de potência têm várias características que lhe são comuns, tais como: Localização geográfica; Finalidade a que se destina a energia fornecida; Dependência da energia elétrica; Perturbações causadas pela carga ao sistema; Tarifação; Tensão de fornecimento, etc. Prof. Moisés Gomes 238 Cargas – Localização geográfica Podem ser classificadas como urbanas, suburbanas ou rurais. Na Coelce há a distinção entre zonas: RDR Rede de Distribuição Rural; RDU Rede de Distribuição Urbana. A primeira tem como características consumidores residenciais e agroindustriais. A urbana caracteriza-se pela presença de consumidores comerciais e apenas com um crescimento vegetativo. Prof. Moisés Gomes 239 Carga de um alimentador rural Prof. Moisés Gomes 240 Carga de um alimentador urbano Prof. Moisés Gomes 241 Cargas – tipo de utilização A finalidade para a qual o usuário consome energia elétrica pode servir de critério para a classificação das cargas: Cargas residenciais; Comerciais de iluminação e condicionamento de ar em prédios, lojas, edifícios de escritórios, etc. Cargas industriais trifásicas com predomínio de motores; Cargas rurais de agroindústrias, irrigação, etc; Cargas municipais e governamentais; Cargas de iluminação pública. Prof. Moisés Gomes 242 Cargas – dependência de energia Quanto a dependência de energia elétrica as cargas podem ser classificadas como: Sensíveis: necessitam de energia ininterruptamente e a sua interrupção pode ocasionar grandes prejuízos e até morte(s). Semi-sensíveis: interrupções de pelo menos até 10 minutos não acarretam danos ou prejuízos, mas faltas de maior duração sim. Normais: a interrupção do fornecimento não acarretará prejuízos senão os inconvenientes da falta de energia elétrica em atividades simples do cotidiano. Prof. Moisés Gomes 243 Cargas – efeitos no sistema Quanto ao efeito as cargas podem ser: Transitórias cíclicas; Transitórias acíclicas; Contínuas. Prof. Moisés Gomes 244 Cargas – tarifação Outro critério para classificação das cargas é o da classe tarifária. De acordo com a Resolução 414/2010 da ANEEL, temos: Prof. Moisés Gomes 245 Residencial Industrial Comercial Rural Poder Público Iluminação Pública Serviço Público Consumo Próprio Cargas – tensão de fornecimento Unidades consumidoras com cargas maiores que 75kW são reguladas pela NT-002 da Coelce e atendidas em tensão primária de fornecimento. A NT-001/2008 da Coelce especifica que: Para cargas instaladas de até 10kW a ligação é monofásica (220V); Para cargas instaladas de até 20kW a ligação é bifásica (380/220V) Para cargas instaladas de até 75kW a ligação é trifásica (380/220V) Este consumidores são classificados pela 414/2010 da ANEEL como grupo B. Prof. Moisés Gomes 246 grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em tensão inferior a 2,3 kV Cargas – tensão de fornecimento Instalações com cargas instaladas maiores que 75kW são atendidas em tensão primária de fornecimento e regidas pela NT-002 da Coelce. A 414/2010 da ANEEL classifica estas cargas com grupo A: “grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em tensão igual ou superior a 2,3 kV ” Prof. Moisés Gomes 247 Cargas – tensão de fornecimento Prof. Moisés Gomes 248 Fatores típicos de cargas Prof. Moisés Gomes 249 Demanda A 414/2010 da ANEEL define demanda como: “média das potências elétricas ativas ou reativas, solicitadas ao sistema elétrico pela parcela da carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um intervalo de tempo especificado, expressa em quilowatts (kW) e quilovolt-ampère-reativo (kvar), respectivamente ”. Pode-se afirmar mais simplificadamente que “a demanda de uma instalação é a carga nos terminais receptores tomada em valor médio num determinado intervalo de tempo”. Prof. Moisés Gomes 250 Prof. Moisés Gomes 251 Prof. Moisés Gomes 252 Prof. Moisés Gomes 253 Exemplo Um consumidor industrial tem uma carga que apresenta demanda instantânea de 20kW, que se mantém constante durante dois minutos, ao fim dos quais passa bruscamente para 30kW, mantém-se constante durante dois minutos, ao fim dos quais passa bruscamente para 30kW, mantém-se constante durante dois minutos e assim continua de 10 em 10kW até atingir 70 kW, quando se mantém constante por dois minutos ao fim dos quais cai abruptamente para 20kW e repete o ciclo. Determine: A demanda dessa carga com intervalos de demanda de 10, 15 e 30 minutos. Prof. Moisés Gomes 254 Prof. Moisés Gomes 255 Demanda máxima É a maior de todas as demandas que ocorreram num período especificado de tempo. Prof. Moisés Gomes 256 Diversidade da carga Prof. Moisés Gomes 257 Em um alimentador a demanda de vários conjuntos de cargas apresentam diversidade de utilização da rede Isso significa que nem sempre (ou quase nunca) todas as cargas apresentarão demanda máxima no mesmo instante Conhecer a demanda máxima de uma rede é essencial para calcular a queda de tensão e aquecimento na rede Demanda diversificada máxima Prof. Moisés Gomes 258 EXEMPLO HORÁRIO CARGA 01 (kW) CARGA 02 (kW) CARGA 03 (kW) CONJUNTO 12:00:00 518 428 554 12:10:00 514 426 551 12:20:00 514 427 546 12:30:00 515 425 541 12:40:00 504 422 540 12:50:00 508 422 539 13:00:00 503 419 534 13:10:00 504 416 535 13:20:00 502 418 533 13:30:00 509 424 543 13:40:00 502 416 538 13:50:00 501 414 536 14:00:00 507 419 542 14:10:00 509 422 547 14:20:00 504 415 540 14:30:00 515 429 560 14:40:00 512 427 559 14:50:00 515 428 562 15:00:00 517 429 564 Prof. Moisés Gomes 259 A curva de carga As demandas máximas individuais A demanda máxima do conjunto Para a curva de demanda da tabela a seguir identifique: A curva de carga As demandas máximas individuais A demanda máxima do conjunto Prof. Moisés Gomes 260 Demanda diversificada unitária Prof. Moisés Gomes 261 Determine a demanda unitária do exemplo anterior para t=13h Fator de diversidade Prof. Moisés Gomes 262 Determine o fator de diversidade do exemplo anterior para t=13h Fator de coincidência Prof. Moisés Gomes 263 Fator de contribuição Prof. Moisés Gomes 264 Demanda máxima de um conjunto de cargas Prof. Moisés Gomes 265 Exercício Um sistema elétrico de potência supre uma pequena cidade que conta com três alimentadores que atendem, respectivamente, cargas industriais, residenciais e de iluminação pública. A curva diária de demanda é dada a seguir. Identifique: A curva de varga dos três circuitos e do conjunto; As demandas máximas individuais; A demanda diversificada máxima; O fator de contribuição dos três tipos de consumidores para a demanda máxima do conjunto. Prof. Moisés Gomes 266 Hora do dia Iluminação pública Carga residencial Carga industrial Hora do dia Iluminação pública Carga residencial Carga industrial 0-1 50 70 200 12-13 0 130 900 1-2 50 70 200 13-14 0 90 1100 2-3 50 70 200 14-15 0 80 1100 3-4 50 70 350 15-16 0 80 1000 4-5 50 80 400 16-17 0 100 800 5-6 0 95 500 17-18 0 420 400 6-7 0 90 700 18-19 50 1450 400 7-8 0 85 1000 19-20 50 1200 50 8-9 0 85 1000 20-21 50 1000 300 9-10 0 85 1000 21-22 50 700 200 10-11 0 95 900 22-23 50 200 200 12-12 0 100 600 23-24 50 50 200 Prof. Moisés Gomes 267 Fator de demanda Prof. Moisés Gomes 268 Exercício As potências instaladas, em kW, para os consumidores do exercício anterior são: Iluminação pública: 50kW; Cons. Residenciais: 2500kW; Com. Industriais: 1600kW; Calcule os fatores de demanda individuais dos consumidores e do conjunto. Prof. Moisés Gomes 269 Fator de carga Prof. Moisés Gomes 270 Exercício Calcule o fator de demanda e o fator de carga para as duas curvas de cargas abaixo, sabendo que ambas têm potência instalada de 80kW e demanda média de 5kW: Prof. Moisés Gomes 271 Exercício Calcule fator de demanda e de carga para a curva abaixo: Prof. Moisés Gomes 272 Exercício Calcule o fator de carga diário dos três tipos de consumidores do exercício anterior Prof. Moisés Gomes 273 Hora do dia Iluminação pública Carga residencial Carga industrial Hora do dia Iluminação pública Carga residencial Carga industrial 0-1 50 70 200 12-13 0 130 900 1-2 50 70 200 13-14 0 90 1100 2-3 50 70 200 14-15 0 80 1100 3-4 50 70 350 15-16 0 80 1000 4-5 50 80 400 16-17 0 100 800 5-6 0 95 500 17-18 0 420 400 6-7 0 90 700 18-19 50 1450 400 7-8 0 85 1000 19-20 50 1200 50 8-9 0 85 1000 20-21 50 1000 300 9-10 0 85 1000 21-22 50 700 200 10-11 0 95 900 22-23 50 200 200 12-12 0 100 600 23-24 50 50 200 Fator de utilização Prof. Moisés Gomes 274 Exemplo Supondo que a capacidade instalada do alimentador abaixo é de 1,2MVA, calcule o seu fator de utilização: Prof. Moisés Gomes 275 Exercício Para o histórico de consumo abaixo calcule, para cada mês: Fator de demanda para uma caga instalada de 250kW; Fator de carga; e Fator de utilização para uma capacidade instalada de 450kW. Prof. Moisés Gomes 276 Fator de perdas Prof. Moisés Gomes 277 Exemplo Um alimentador trifásico, operando na tensão nominal de 13,8kV, com cabo AWG CAA1/0, 10km de comprimento, tem a seguinte curva de carga: Prof. Moisés Gomes 278 Calcule o fator de perdas e a energia dissipada na linha. Dado: RCAA1/0=0,5243Ω/km Exercício Considere o layout da indústria da figura a seguir: Prof. Moisés Gomes 279 Prof. Moisés Gomes 280 Iluminação pública NT-007 Prof. Moisés Gomes 281 NT-007: objetivo Estabelecer regras e recomendações para a realização dos serviços de elaboração de projetos, construção, expansão, operação e manutenção das instalações de iluminação pública dos Municípios, executadas pelas Prefeituras Municipais. Prof. Moisés Gomes 282 Responsabilidades A Coelce é a responsável pelos seguintes itens: a) Instalação dos equipamentos de medição; b) Análise e aprovação de projetos de Iluminação Pública; c) Homologação de relés foto-eletrônicos instalados nas luminárias; d) Homologação de materiais que farão parte do acervo em serviço da Coelce: transformadores, postes, condutores, ferragens e conectores. Prof. Moisés Gomes 283 Responsabilidades A Prefeitura é a responsável pelos seguintes itens: a) Manutenção e operação das instalações de iluminação pública de acervo da mesma. Neste caso a tarifa aplicada é a do tipo B4a, na qual não está incluso o serviço de manutenção, sendo a responsabilidade técnica e financeira atribuída à Prefeitura; b) A energia elétrica consumida pelos equipamentos auxiliares de IP deve ser calculada com base na norma da ABNT ou em ensaios realizados em laboratórios credenciados por órgãos oficiais, compactuados entre as partes; c) Elaboração do projeto para execução dos serviços de iluminação pública; d) Dar a anuência aos projetos elaborados por empresas contratadas por esta, para serem analisados pela área Engenharia de Rede MT/BT - CE; Prof. Moisés Gomes 284 Responsabilidades e) Obras de iluminação pública, quer sejam de construção, expansão e manutenção são de responsabilidade financeira da Prefeitura ou de quem tenha recebido desta, a delegação para prestar tais serviços, conforme Norma Técnica NT-009 e Resolução Normativa ANEEL Nº 414; f) A instalação do padrão de medição, caixas de medição e dispositivos de proteção para as instalações de iluminação pública, são de responsabilidade da Prefeitura; g) Cumprir o estabelecido no Acordo Operativo. Prof. Moisés Gomes 285 Terminologias Condutor Multiplexado (Pré-reunido): Cabo formado por 1 (um), 2 (dois) ou 3 (três) condutores isolados, utilizados como condutores fase, dispostos helicoidalmente em torno de um condutor neutro de sustentação, constituído normalmente de material diferente do condutor fase, de maneira que possua mais resistência mecânica para sustentar os outros condutores. Prof. Moisés Gomes 286 Terminologias Circuito Exclusivo de IP: Circuito de baixa tensão utilizado exclusivamente para o fornecimento de energia elétrica de iluminação pública. Lâmpada a Vapor de Mercúrio: São lâmpadas que utilizam o princípio de descarga através do vapor de mercúrio. É utilizada em espaços públicos onde haja necessidade de distinção de cores. Prof. Moisés Gomes 287 Terminologias Lâmpada a Vapor de Sódio: São lâmpadas que utilizam o princípio de descarga através do vapor de sódio. É utilizada em espaços públicos que não haja necessidade de distinção de cores. Lâmpada a Vapor Metálico (Halogenetos): Lâmpada de descarga, de alta intensidade, na qual a maior parte da luz é produzida por uma mistura de vapor metálico, halogenetos metálicos e os produtores de dissociação desses halogenetos metálicos. É utilizada em espaços públicos onde haja necessidade de distinção de cores, possuindo melhor desempenho que as lâmpadas de vapor de mercúrio. Prof. Moisés Gomes 288 Terminologias Luminária Aparelho que distribui, filtra ou transforma a luz emitida por uma ou mais lâmpadas e que compreende, com exceção das próprias lâmpadas, todas as partes necessárias para sustentar, fixar e proteger as lâmpadas e, quando necessário, circuitos auxiliares, bem como os meios para ligá-las à rede de distribuição ou nos circuitos de iluminação pública. Prof. Moisés Gomes 289 Terminologias Reator: Equipamento auxiliar, ligado entre a rede de distribuição e a lâmpada, com a finalidade de limitar a corrente ao seu valor especificado. Relé Foto-eletrônico: Equipamento elétrico que comanda uma carga pela variação do fluxo luminoso (em geral, da “luz do dia”), incidente em seu sensor fotoeletrônico, podendo ter contatos normalmente abertos (NA) ou normalmente fechados (NF). Prof. Moisés Gomes 290 Condutores O condutor das instalações de iluminação pública atendidos por circuito exclusivo, deve ser do tipo multiplexado, auto-sustentado pelo condutor neutro isolado, com material isolante em XLPE 90 °C, classe de tensão 0,6/1kV Prof. Moisés Gomes 291 Luminárias As luminárias devem atender integralmente aos desenhos 600.40 e 600.50 do PM-01 da Coelce e possuir as características técnicas básicas descritas abaixo: Devem ser fechadas, com grau de proteção IP 65, com equipamentos auxiliares incorporados, e com difusor em policarbonato transparente resistente ao impacto e aos raios ultravioletas; O corpo da luminária deve ser em alumínio fundido ou injetado, com espessura mínima de 2mm. Os demais materiais metálicos devem ser resistentes à corrosão, como: aço inox, alumínio, bronze, latão, etc; A luminária com comando individual deve possuir base para relé foto-eletrônico; A luminária deve possuir alojamento cilíndrico para fixação no braço metálico. Prof. Moisés Gomes 292 Prof. Moisés Gomes 293 Lâmpadas Devem ser do tipo Vapor de Sódio de Alta Pressão, Vapor de Mercúrio e Vapor Metálico nas potências apresentadas: Prof. Moisés Gomes 294 Não é permitido o uso de lâmpadas incandescentes, halógenas e fluorescentes. Qualquer outro tipo de lâmpada deve ser submetido à aceitação por parte da Coelce Braços de Luminárias Os braços de fixação das luminárias utilizados na rede de distribuição da Coelce devem possuir as características definidas no Desenho 608.10 do PM-01 da Coelce, conforme Tabela Prof. Moisés Gomes 295 Prof. Moisés Gomes 296 Braços de luminárias Deve ser mantida a distância mínima de segurança de 150mm entre o braço de fixação e os condutores de baixa tensão. Prof. Moisés Gomes 297 Relé fotoeletrônico A base de montagem deve ser de material eletricamente isolante e fixada de forma que permita a sua remoção sem ser danificada. Os contatos de encaixe devem ser de latão, estanhados em processo eletrolítico e fixados rigidamente à base de montagem. A tampa deve ser de material eletricamente isolante, estabilizado contra efeito de radiação ultravioleta e resistente ao impacto e às intempéries. Quando a luminária não possuir base para relé foto-eletrônico, este deve ser fixado em uma base, conforme o Desenho 604.02 do PM-01 da Coelce. Os relés foto-eletrônicos do tipo NF devem ser do tipo que mantêm a lâmpada desligada caso ocorra falha no mesmo (Fail Off). Prof. Moisés Gomes 298 Relé fotoeletrônico Prof. Moisés Gomes 299 Gráf3 6 15 16 63 Natureza do curto-circuito em % Plan1 Natureza do curto-circuito em % 3Ф 2Ф 2Ф-Terra 1Ф-Terra 6 15 16 63 Curto-circuito 1Ф-terra em % Permanente Temporário Plan1 0 0 0 0 Natureza do curto-circuito em % Plan2 Plan3 Gráf4 4 96 Curto-circuito 1Ф-terra em % Plan1 Natureza do curto-circuito em % 3Ф 2Ф 2Ф-Terra 1Ф-Terra 6 15 16 63 Curto-circuito 1Ф-terra em % Permanente Temporário 4 96 Plan1 0 0 Curto-circuito 1Ф-terra em % Plan2 Plan3 Plan1 TRECHO CARGAS CONDUTOR QUEDA DE TENSÃO Desig. Comprimento Distribuída no Trecho Acumulada no Final do Trecho Total Unitária No Trecho Total A B C D E F G H I /100m KVA KVA (C/2 +D)*B mm² % (constante do cabo) % (G*E) % AM25M 0.52700000000000002 AM25 8.7999999999999995E-2 AM50 0.05 AM95 2.7E-2 AM150 1.9E-2 CM16M 0.55700000000000005 CM16 9.4E-2 CM35 4.3999999999999997E-2 CM70 2.4E-2 CM95 1.7999999999999999E-2 Plan1 TRECHO CARGAS CONDUTOR QUEDA DE TENSÃO Desig. Comprimento Distribuída no Trecho Acumulada no Final do Trecho Total Unitária No Trecho Total A B C D E F G H I /100m KVA KVA (C/2 +D)*B mm² % (constante do cabo) % (G*E) % AM25M 0.52700000000000002 AM25 8.7999999999999995E-2 AM50 0.05 AM95 2.7E-2 AM150 1.9E-2 CM16M 0.55700000000000005 CM16 9.4E-2 CM35 4.3999999999999997E-2 CM70 2.4E-2 CM95 1.7999999999999999E-2 Plan1 TRECHO CARGAS CONDUTOR QUEDA DE TENSÃO Desig. Comprimento Distribuída no Trecho Acumulada no Final do Trecho Total Unitária No Trecho Total A B C D E F G H I /100m KVA KVA (C/2 +D)*B mm² % (constante do cabo) % (G*E) % AM25M 0.52700000000000002 AM25 8.7999999999999995E-2 AM50 0.05 AM95 2.7E-2 AM150 1.9E-2 CM16M 0.55700000000000005 CM16 9.4E-2 CM35 4.3999999999999997E-2 CM70 2.4E-2 CM95 1.7999999999999999E-2
Compartilhar