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Transmissão e Distribuição

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1 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER 
EDUARDO CONCEIÇÃO DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALTAMIRA – PA 
2020 
2 
EDUARDO CONCEIÇÃO DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA 
 
Verificar os sistemas de transmissão e 
distribuição de energia, da região onde o 
aluno se encontra. Conhecer sobre as 
características destes sistemas. CENTRO 
UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL 
UNINTER, ENGENHARIA ELÉTRICA. 
VIVIANA ZURRO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALTAMIRA – PA 
2020 
3 
Sumário 
 RESUMO .............................................................................................................. 4 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 5 
2. LINHA DE TRANSMISSÃO ........................................................................... 5 
2.1.1. SUBESTAÇÕES ..................................................................................... 9 
3. DISTRIBUIÇÃO ............................................................................................. 13 
3.1.1. REDE SECUNDÁRIA ........................................................................... 15 
4. CONSUMIDOR FINAL .................................................................................. 16 
5. CONCLUSÃO ................................................................................................ 18 
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA 
 
Autor: EDUARDO CONCEIÇÃO DOS SANTOS. 
ORIENTADOR: VIVIANA ZURRO. 
 
RESUMO 
 
O engenheiro eletricista na modalidade eletrotécnica tem a responsabilidade de 
garantir que a energia produzida, transmitida e distribuída possa chegar ao consumidor 
final com qualidade e segurança. Antes desta, energia chegar ao consumidor final é 
necessário que haja uma linha de transmissão, subestação e redes de distribuição ao 
longo das ruas, onde tenha maior concentração de cargas. O propósito deste trabalho é 
conhecer as características, estruturas e funcionamento dos sistemas de transmissão e 
distribuição de energia. 
Palavras-chave: Transmissão, Consumidor, Energia elétrica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Graduando do Curso de: Engenharia Elétrica da UNINTER 
EDUARDO CONCEIÇÃO DOS SANTOS, eduzinho474@gmail.com 
5 
1. INTRODUÇÃO 
 
 O engenheiro eletricista deve conhecer sobre os materiais, estruturas e 
equipamentos que fazem parte da área de transmissão e distribuição de energia elétrica. 
Não menos importante saber sobre os diferentes tipos de consumidores para um 
dimensionamento correto da instalação elétrica. O Sistema Elétrico de Potência é 
extremamente complexo, visto que vários sistemas são interligados (SIN). O engenheiro 
eletricista deve saber como diferenciar uma rede primária de uma rede secundária de 
distribuição de energia. Definir o traçado dos alimentadores que saem da subestação 
abaixadora até o transformador de distribuição de energia. A temperatura pode aumentar 
ou diminuir a flecha dos cabos das linhas de transmissão. 
 
2. LINHA DE TRANSMISSÃO 
 
A capital do estado do Pará vai finalmente ter uma linha de transmissão em 500 
KV. Está linha também terá uma tensão de 230 KV. A nova linha vai garantir mais 
segurança, estabilidade e suprimento para cargas futuras. Para isso uma nova subestação 
será construída e duas antigas serão ampliadas (Grupo Equatorial Energia, 2019). 
 
 
Figura 1: Linha 230 KV, Tramoeste 1 e 2. 
Fonte: (Grupo Equatorial Energia, 2019). 
 
6 
Na figura 1, podemos ver a flecha que passa de uma para outra torre 
sucessivamente. Como já foi explicado nas aulas teóricas, a flecha pode aumentar ou 
diminuir dependendo da temperatura da região. Na região norte do país o calor é 
predominante é com isso a flecha tende a dilatar (aumentar) e a tração diminuir. Este 
parâmetro deve ser levado em conta na hora de se projetar uma linha de transmissão. Os 
isoladores são de vidro (disco) é cada um suporta 10 KV. Neste tipo de torre temos os 
isoladores formando um V no centro. Pode ter 1 ou 2 cabos condutores por fase. Uma 
torre com uma tensão maior pode ter até 4 cabos condutores por fase (Pinto, 2013). 
No estado do Pará podemos encontrar os seguintes tipos de torres de linhas de 
transmissão. 
a) Tipo Delta. 
b) Tipo Estaiada. 
c) Tipo Pirâmide. 
d) Tipo Triangular. 
 
 
Figura 2: Tipos de torres de Linhas de Transmissão. 
Fonte: (Votoraço, 2018). 
 
As estruturas mais utilizadas para produção das torres de energia são as 
estruturas metálicas, feitas de cantoneiras metálicas (Votoraço, 2018). A escolha da 
estrutura da torre depende destes fatores: 
- Espaçamento máximo e mínimo entre fases, Configuração dos isoladores, Ângulo de 
proteção do cabo para-raios, Flecha dos condutores, Número de circuitos, Altura de 
segurança. 
 
 
7 
As torres de energia são classificadas de acordo com sua função de operação. 
Elas podem ser classificadas como: 
. Estrutura de suspensão: mais simples e econômicas, sua função é apoiar os cabos 
condutores e para-raios, deixando afastado do solo. 
. Estrutura de ancoragem ou amarração: as linhas servem como ponto de reforço e 
abertura em algumas situações. 
. Estrutura de ângulo: utilizada quando necessita de uma derivação em algum ponto da 
linha. 
. Estrutura de transposição: função de facilitar a operação das transposições em linhas 
de transmissão. 
 
As fundações que terão maior eficaz para determinada torre de transmissão 
depende de fatores como tamanho das cargas, condições do subsolo, topografia, 
materiais e logística para sua construção (Votoraço, 2018). Os quatro tipos de fundações 
mais utilizados para instalações das torres são: (i) Estacas – solos fracos; (ii) Sapatas – 
solos bons, mas com lençol freático; (iii) Grelhas – solo bom, mas sem lençol freático; e 
(iv) Tubulações – solos bons, com estrutura que sofre altos carregamentos (Pinto, 2013). 
As torres de transmissão são classificadas de acordo com: 
1. Disposição dos condutores: Triangular, Vertical e Horizontal; 
2. Quanto ao número de circuitos: Simples ou Duplo. 
Os cabos para-raios ficam acima das torres, eles são condutores aterrados. Sua 
função é proteger os equipamentos contra descargas atmosféricas. Quando ocorre uma 
descarga atmosférica em algum ponto da linha, será induzida corrente nos condutores 
fase e o para-raios irá transportar essa corrente para o solo por meio do condutor de 
aterramento da torre (Pinto, 2013). 
Os tipos de cabos para-raios mais utilizados em linhas de transmissão são: 
a) Aço galvanizado – formado por condutores de aço galvanizado, revestidos 
com zinco e pode ser de alta ou extra-alta resistência; 
b) Alumoweld – formado por condutores de aço com um revestimento em 
alumínio; 
c) ACSR – tem a mesma construção dos cabos condutores. 
Os condutores tem a função de conduzir a energia elétrica em uma linha de 
transmissão. 
 
 
8 
Os materiais dos condutores mais utilizados em linhas de transmissão são o 
cobre e o alumínio. O cabo de alumínio é mais barato se comparado com o de cobre. Os 
fatores que deve ser pensado na hora de escolher os cabos condutores: custo benefício, 
perdas, níveis de isolamento, projeto mecânico e segurança (Pinto, 2013). 
 Tipos de cabos condutores mais empregados em linhas de transmissão: 
a) AAC (all aluminium conductor): constituído por diversos condutores de 
alumínio encordoados; 
b) AAAC (all aluminium alloy conductor): constituído por ligas de alumínio de 
alta resistência. Tem o menor peso-carga de ruptura e as menores flechas.Cabo com maior resistência elétrica que os outros; 
c) ACSR (aluminium conductor steel-reinforced): constituído com camadas 
concêntricas de alumínio sobre uma alma de aço, podendo ter um ou mais 
condutores. A alma de aço dá mais resistência mecânica ao cabo; 
d) ACAR (aluminium conductor, aluminium alloy reinforced): mesma 
composição que o cabo ACSR, a única grande diferença neste cabo condutor 
é a utilização da alma de alumínio de alta resistência. Com isso, a relação 
peso-carga de ruptura se torna maior em relação ao cabo ACSR. 
 
No Brasil, temos uma maior utilização dos cabos ACSR nas linhas de 
transmissão de alta tensão e extra-alta tensão (superior a 230 KV). Os cabos ACSR, têm 
o núcleo feito de aço galvanizado e uma camada externa formada de alumínio. Também 
são conhecidos como cabos CAA (Pinto, 2013). 
 
 
Figura 3: Cabo ACSR nu com alma de aço. 
Fonte: (Judyscabo, 2018). 
 
 
9 
2.1.1 SUBESTAÇÕES 
 
Subestação de energia (SE) formada por vários equipamentos de manobra 
utilizados para dirigir o fluxo de energia no SEP, possibilitando mudanças nas rotas. Os 
dispositivos de proteção instalados nas subestações conseguem detectar as diferentes 
falhas que ocorrem no sistema e isolar os trechos que estão falhando (Lorencini, 2015). 
 
 
Figura 4: Subestação Vila do Conde 525 KV. 
Fonte: (Elecnor, 2018). 
 
Podemos ver na figura 4, uma subestação elevadora localizada no estado do 
Pará. As subestações tem o papel de interligar a linha de transmissão com as redes de 
distribuição. A subestação elevadora fica localizada perto das usinas geradoras e recebe 
a tensão que sai destas mesmas usinas, elevando os níveis de tensão que irão percorrer a 
linha de transmissão (Lorencini, 2015). 
No estado do Pará, temos uma predominância do tipo de subestações externas, 
tanto elevadora quanto abaixadora. Na subestação externa os equipamentos ficam 
expostos ao ar livre, podendo danificar mais rápido os materiais (Lorencini, 2015). 
 
 
10 
 
Figura 5: Subestação 69 KV dentro da UHE Belo Monte. 
Fonte: (Norte Energia, 2019). 
 
As subestações são muito importante dentro do setor elétrico brasileiro, por isso, 
os profissionais desta área devem sempre estar se atualizando. Um dos tipos de 
subestações empregadas no Brasil, são as subestações blindadas, que são utilizadas em 
hidrelétricas. Algumas hidrelétricas utilizam as subestações blindadas - SF6, que ocupa 
um espaço reduzido se comparado a SE convencional, baixa manutenção e operação 
segura, além de suportar níveis de tensão de até 500 KV. Como tudo na vida ela tem 
suas desvantagens, que são: os profissionais devem ter treinamento especializado e a 
operação de manobra não pode ser visualizada. 
Os tipos de arranjos de barramentos em uma SE: 
. Arranjo de Barramento Simples: subestação com apenas uma barra de AT e/ou BT. 
Utilizados em pequenas subestações e possui baixa confiabilidade. Se o barramento 
tiver algum problema ocasiona na perda total do sistema; 
. Arranjo de Barramento Principal e Transferência: parecido com o barramento simples, 
mas este arranjo permite maior flexibilidade na operação e manutenção. Exige poucos 
componentes; 
. Arranjo de Barra Dupla (Disjuntor Simples): dois barramentos principais ligados a 
cada uma das duas linhas de transmissão de entrada. Falhas em um barramento não 
afetam o outro, possibilitando uma manutenção mais confiável; 
 
 
11 
. Arranjo de Barra Dupla (Disjuntor e Meio): Alta confiabilidade já que possui dois 
barramentos. Uma falha simples isola apenas um circuito. Demanda uma área um pouco 
maior em relação aos outros arranjos. 
Os barramentos de uma subestação geram maior flexibilidade de operação e 
manutenção. 
 
 
Figura 6: Tipos de Barramentos. 
Fonte: (edisciplinas.usp, 2018). 
 
O arranjo Disjuntor e Meio é predominante no Brasil, para subestações a céu 
aberto com tensões entre 525 KV e 750 KV. No estado do Pará, temos o exemplo da SE 
Vila do Conde que opera com tensão de 525 KV. Onde o seu arranjo é do tipo Disjuntor 
e Meio, com dois barramentos facilitando a operação, supervisão e manutenção. Este 
tipo de arranjo é uma evolução do Disjuntor Duplo, que é o arranjo com mais custo de 
implantação e operação (Docsity, 2010). 
Na subestação HVDC (High Voltage Direct Current) localizada na cidade de 
Anapu/PA, o arranjo utilizado também é o Disjuntor e Meio. Nesta SE a classe de 
tensão é 800 KV, do tipo a céu aberto, com diversos equipamentos instalados neste 
mega empreendimento (State Grid, 2019). 
 
 
 
12 
Equipamentos que formam uma subestação convencional: 
. Chave seccionadora: interruptor principal para a manobra de circuitos elétricos. Sua 
abertura pode ser vertical, horizontal e diagonal; 
. Transformador de Potencial (TP): faz a medição dos valores de tensão, para que essa 
tensão possa ser suportada pelos equipamentos. Pode ser utilizado tanto para baixa 
tensão quanto para alta tensão; 
. Transformador de corrente (TC): utilizado para abaixar a corrente elétrica da rede para 
alimentar dispositivos eletrônicos que não suportam valores altos de corrente; 
. Disjuntor: dispositivo de segurança que protege diferentes tipos de instalações elétricas 
contra curto-circuitos e sobrecargas elétricas; 
. Relé: interruptor eletromecânico. Quando uma corrente circula pelas bobinas do relé, 
temos a criação de um campo magnético que atrai a alavanca responsável pela mudança 
de estado dos contatos. Resumindo é um comutador de contatos elétricos; 
. Barramento: pode ser de cobre ou alumínio, utilizado para condução de energia dentro 
de um quadro de distribuição de energia elétrica, subestações e aparelhos elétricos; 
. Compensador Síncrono: parecido com um motor síncrono, onde o seu eixo não está 
conectado à nenhuma carga, mas consegue girar livremente. Sua função principal é 
estabilizar a tensão e fazer a correção do fator de potência. 
 
As grandes subestações no Brasil, são formadas por estruturas metálicas 
treliçadas. Quando alguma subestação tem a cabine primária à estrutura dessa cabine é 
constituída por alvenaria. As normas vigentes desta área delimitam a distância mínima e 
máxima que a subestação deve ficar das rodovias, ferrovias e águas pluviais. 
 Subestação abaixadora – recebe a tensão que vem da SE subtransmissora (69 
KV), abaixa está tensão para níveis de distribuição entre 34,5 KV ou 13,8 KV. 
Localizada perto dos grandes centros de carga ou de uma indústria, no fim de um 
sistema de transmissão de energia (Lorencini, 2015). 
Um ponto muito importante que deve ser levado em consideração na hora do 
projeto de uma subestação é o aterramento. A geometria de malha de aterramento deve 
ser compatível com a resistividade do solo local. Uma resistência baixa não garante um 
projeto seguro e uma alta resistência de aterramento, não significa um projeto inseguro 
(NBR-15751, 2013). 
 
 
 
13 
3. DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA 
 
O fornecimento de energia elétrica é realizado com média tensão com valores 
entre 34,5 KV ou 13,8 KV. Sempre seguindo as normas vigentes da ANEEL para a 
distribuição de energia. Os alimentadores saem da subestação abaixadora e chegam aos 
transformadores de distribuição, caracterizando uma rede primária (AT) de distribuição 
de energia elétrica. A rede primária pode abastecer diretamente uma indústria sem 
precisar do transformador de distribuição, pois está indústria possui uma cabine 
primária (Subestação), que realiza este papel (Benjamim Ferreira, 2014). 
 
 
Figura 7: Rede primária e secundária de distribuição. 
Fonte: (Grupo Equatorial Energia, 2015). 
 
A manutenção da iluminação pública fica a cargo das prefeituras municipais. 
São utilizadas lâmpadas de vapor de sódio com coloração amarelo-laranja. A 
iluminação pública é abastecida com a rede secundária (Benjamim Ferreira, 2014). 
 
 
14 
Como podemos perceber na figura 7, o tipo de poste escolhido para a realização 
dadistribuição foi o poste duplo T. A estrutura do poste é constituída por concreto 
armado, com vários buracos na lateral para passagem do cabo condutor terra. Os para-
raios são instalados para proteger à rede contra descargas atmosféricas. As chaves 
fusíveis tem a função de proteger o transformador contra curto-circuito, sobrecargas e 
picos (Grupo Equatorial Energia, 2015). 
Tanto a rede primária quanto a secundária são ligadas em configuração 
trifásicas. O transformador é ligado em triângulo no primário e estrela no secundário 
(saída). Assim, a tensão entre fase e neutro é igual à tensão entre fase e fase dividido por 
raiz de três. Os transformadores de distribuição trifásicos alimentam diversos 
consumidores dentro de um perímetro, respeitando a distância entre o trafo e o último 
consumidor para que não ocorra uma queda de tensão (Benjamim Ferreira, 2014). 
Os três fios condutores na parte de cima do poste apoiados sobre a cruzeta são 
considerados os fios de Alta, Média tensão que formam a rede primária de distribuição. 
O valor da rede de alta tensão da figura 7, denominada de rede primária é 13,8 KV. Um 
valor muito elevado para ser utilizado em residências, por isso, o transformador 
abaixador deve ser utilizado (Benjamim Ferreira, 2014). 
Conforme a figura 7, podemos verificar que se trata de uma rede de distribuição 
aérea convencional. Os cabos da rede primária são cabos condutores de alumínio nus 
(sem isolação) e os cabos da rede secundária são cabos condutores revestidos (capa de 
material plástico). Nesta rede é mais fácil de acontecer problemas de curto-circuito, 
quando os condutores elétricos entram em contato com galhos de árvores ou quando 
ocorre uma queda de árvores devido as fortes chuvas (Benjamim Ferreira, 2014). 
Os cabos condutores devem ficar a uma distância de 3m do solo. Aumentando a 
segurança e a eficaz do sistema de distribuição. O vão não deve ultrapassar o 
comprimento de 40m, conforme determina o projeto da concessionária de energia do 
estado. A temperatura nos dispositivos e estruturas é algo que deve ser levado em conta 
na hora de se projetar uma nova rede de distribuição, assim, como nas redes já 
existentes (Grupo Equatorial Energia, 2015). 
 
 
 
 
 
 
 
15 
3.1.1 REDE SECUNDÁRIA 
 
O transformador de distribuição abaixa a tensão da rede primária (13,8 KV) 
deixando em classes de tensão com valores entre 380/220 V ou 220/127 V. 
Denominamos está baixa tensão como rede secundária de distribuição de energia. Os 
aparelhos eletrodomésticos não trabalham com altos níveis de tensão e por questões de 
segurança é mais viável utilizar baixa tensão na grande maioria das instalações. A rede 
secundária é formada por 4 fios; neutro, fase R, fase S e fase T. Depois dos cabos 
condutores, fica disponível uma certa quantidade de cabos para telecomunicações 
(Benjamim Ferreira, 2014). 
 
 
Figura 8: Padrão de entrada e ponto de entrega. 
Fonte: (Grupo Equatorial Energia, 2015). 
 
Aquela caixa azul logo abaixo da rede secundária da figura 8, significa que está 
sendo utilizado um dos espaços reservados para as telecomunicações. As lâmpadas de 
vapor de sódio também são beneficiadas pela rede secundária de distribuição. 
 
 
16 
Todas as parte metálicas não energizadas são ligadas ao terra, incluindo o neutro 
da rede e da instalação. Os postes auxiliares são constituídos por estruturas de concreto 
armado. Nestes postes serão instalados os padrões de entrada, que são formados pelo 
medidor, disjuntor geral, ramais de ligação e entrada, eletrodutos e fio condutor de 
aterramento (Grupo Equatorial Energia, 2015). 
A malha de aterramento é formada por eletrodos de aterramento interligados por 
condutores nus. A caixa de medição tem a função de abrigar o medidor e disjuntor 
geral. O medidor é fornecido e instalado pela Concessionária, com o objetivo de medir e 
registrar o consumo mensal de cada consumidor. Os condutores do ramal de entrada 
devem ser de cobre, singelos, com tensão de isolamento de 0,6/1KV para 380/22V e 
220/127V e 13,8KV até 34,5KV. A isolação deve ser em XLPE 90◦ ou EPR 90◦, e com 
proteção anti-UV (Grupo Equatorial Energia, 2015). 
Os cabos condutores devem ficar a uma distância conforme as normas vigentes 
desta área determinam. Tanto os cabos condutores da rede primária, secundária, ramal 
de ligação e ramal de entrada. Como já foi dito anteriormente, os cabos condutores da 
rede secundária de distribuição são revestidos com material de plástico. A rede 
secundária acaba atraindo algumas aves, que por sua vez, acabam levando choque ao 
entrar em contato com duas fases diferentes. Além de ocasionar um curto-circuito na 
rede elétrica (Benjamim Ferreira, 2014). 
 
4. CONSUMIDOR FINAL 
 
Temos diferentes tipos de consumidores em todo o território brasileiro. Podemos 
dizer que se trata de uma demanda diversificada. A grande maioria são consumidores 
com baixa demanda de consumo. O Brasil ainda tem diversas instalações irregulares 
tanto na distribuição secundária, quanto a instalação residencial fora dos padrões da 
NBR 5410:2004. Demanda é a média das potências ativas ou reativas, solicitadas ao 
sistema elétrico pela parcela da carga instalada em operação na unidade consumidora, 
durante um intervalo de tempo, expressas em (KW e KVAr). A demanda é um fator de 
extrema importância (Grupo Equatorial Energia, 2015). 
Nas zonas rurais, o fornecimento é feito baseado em uma demanda baixa que 
pode ser suprida com a instalação de um transformador de distribuição bifásico 
(254/127 V) para abastecer este tipo de consumidor. A potência total dos equipamentos 
deve ficar entre 12000 watts até 25000 watts. No sistema bifásico rural temos a 
utilização de 3 fios; fase, fase e neutro. (Benjamim Ferreira, 2014). 
 
 
17 
Quando se trata da zona urbana podemos ter dois tipos de instalação dependendo 
da quantidade de cargas do consumidor. Para uma instalação com potência inferior ou 
igual a 8000 watts, podemos utilizar o transformador de distribuição monofásico (127V) 
com dois fios; fase e neutro. Este tipo de ligação tem diversas desvantagens em relação 
à trifásica. Indústrias, shopping centers, hospitais e diversos consumidores conectados 
ao mesmo transformador em uma rua utilizam as ligações em sistemas trifásicos 
(380/220V) ou (220/127V). 
O transformador de distribuição trifásico é ligado por 4 fios; fase R, fase S, fase 
T e um neutro. A potência total dos equipamentos ligados à rede deve ficar entre 25000 
até 75000 watts. Os sistemas trifásicos precisam de menores quantidades de cobre e 
alumínio para oferecer a mesma potência que um monofásico. Vários dispositivos 
podem ser ligados ao mesmo tempo sem ocorrer quedas de energia importunas 
(Benjamim Ferreira, 2014). 
No estado do Pará, a tensão trifásica utilizada é 127 V para os consumidores 
residenciais e 220 V para hospitais, aeroportos e indústrias. Os quatro fios da rede 
secundária são revestidos de material plástico. Diversos consumidores em uma 
determinada rua são conectados ao transformador de distribuição trifásico. Trata-se de 
uma demanda diversificada (Grupo Equatorial Energia, 2015). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
5. CONCLUSÃO 
 
 Podemos concluir que cada tipo de consumidor deve ser levado em conta para o 
correto dimensionamento e escolha do transformador de distribuição de energia elétrica. 
As cargas especiais como motores, máquinas de solda, aparelhos de raio x podem 
causar perturbações ao suprimento normal de energia aos demais consumidores. A 
operação e manutenção da rede de distribuição, é de total responsabilidade da 
distribuidora local. Os cabos condutores da rede primária (Média Tensão) de 
fornecimento não são revestidos por que não seria economicamente viável. 
A flecha dos condutores em uma linha de transmissão pode dilatar ou contrair 
dependendo da temperatura da região onde será instalada. As classesde subtransmissão 
(138/69KV), são uma alternativa mais econômica em relação às classes de alta tensão. 
Os barramento do tipo disjuntor e meio são os mais utilizados para subestações 
elevadoras. O sistema de transmissão de energia tem o papel de unir a usina geradora 
com o consumidor final, por meio, das subestações e redes de distribuição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
REFERÊNCIAS 
 
Internet 
Arranjos Físicos de Subestações. DOCSITY, 2010. Disponível em: http://www.docsity.com/pt/arranjos-
fisicos-de-subestacoes/4721796. Acesso em: 30 de mar. de 2020. 
Subestações Elétricas. USP, 2018. Disponível em: 
http://www.edisciplina.usp.br/pluginfile.php/130058/mod_resource/content/1/Subestacoes-eletricas-1.pdf. 
Acesso em: 30 de mar. de 2020. 
ELECNOR. ELECNOR.COM: Imagens, 2018. 
Disponível em: http://www.elecnor.com.br/br/comunicacao/multimidia/imagens. 
Acesso em: 28 de mar. de 2020. 
Grupo Equatorial Energia. EQUATORIALENERGIA.COM: 2015. Disponível em: 
http://www.pa.equatorialenergia.com.br. Acesso em: 2 de abr. de 2020. 
Cabo ACSR. JUDYSCABO, 2018. Disponível em: http://www.judyscabo.com.br/produto/cabo-al-nu-
caaacsr-calma-de-aco-2-awg-cod-igo-sparrow-rkg. Acesso em: 27 de mar. de 2020. 
O que é uma subestação de energia e como funciona. LORENCINI, 2015. Disponível em: 
http://www.lorencini.com.br/o-que-e-uma-subestacao-de-energia-e-como-funciona. Acesso em: 28 de 
mar. de 2020. 
Subestação. NORTE ENERGIA, 2019. Disponível em: http://www.norteenergiasa.com.br/pt-br. Acesso 
em: 28 de mar. de 2020. 
Subestação HVDC. STATEGRID.COM: 2019. Disponível em: http://www.stategrid.com.br/pagina-
inicial. Acesso em: 28 de mar. de 2020. 
Como as torres de transmissão são feitas. VOTORAÇO, 2018. Disponível em: 
http://www.votoraço.com.br/como-as-torres-de-transmissao-sao-feitas. Acesso em: 27 de mar. de 2020. 
Sistema de aterramento de subestações. ABNT NBR-15751, 2013. Disponível em: 
http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=258760. Acesso em: 29 de mar. de 2020. 
Livros 
Pinto, M. O. Energia Elétrica: Geração, Transmissão e Sistemas Interligados. 1. ed. Rio de Janeiro: 
LTC, 2013. 
Ferreira, B.; Borelli, R.; Gedra, R. L. Geração, Transmissão, Distribuição e Consumo de Energia 
Elétrica. 1. ed. Rio de Janeiro: Érica, 2014.

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