Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER EDUARDO CONCEIÇÃO DOS SANTOS SISTEMAS DE TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ALTAMIRA – PA 2020 2 EDUARDO CONCEIÇÃO DOS SANTOS SISTEMAS DE TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA Verificar os sistemas de transmissão e distribuição de energia, da região onde o aluno se encontra. Conhecer sobre as características destes sistemas. CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER, ENGENHARIA ELÉTRICA. VIVIANA ZURRO. ALTAMIRA – PA 2020 3 Sumário RESUMO .............................................................................................................. 4 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 5 2. LINHA DE TRANSMISSÃO ........................................................................... 5 2.1.1. SUBESTAÇÕES ..................................................................................... 9 3. DISTRIBUIÇÃO ............................................................................................. 13 3.1.1. REDE SECUNDÁRIA ........................................................................... 15 4. CONSUMIDOR FINAL .................................................................................. 16 5. CONCLUSÃO ................................................................................................ 18 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 19 4 SISTEMAS DE TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA Autor: EDUARDO CONCEIÇÃO DOS SANTOS. ORIENTADOR: VIVIANA ZURRO. RESUMO O engenheiro eletricista na modalidade eletrotécnica tem a responsabilidade de garantir que a energia produzida, transmitida e distribuída possa chegar ao consumidor final com qualidade e segurança. Antes desta, energia chegar ao consumidor final é necessário que haja uma linha de transmissão, subestação e redes de distribuição ao longo das ruas, onde tenha maior concentração de cargas. O propósito deste trabalho é conhecer as características, estruturas e funcionamento dos sistemas de transmissão e distribuição de energia. Palavras-chave: Transmissão, Consumidor, Energia elétrica. Graduando do Curso de: Engenharia Elétrica da UNINTER EDUARDO CONCEIÇÃO DOS SANTOS, eduzinho474@gmail.com 5 1. INTRODUÇÃO O engenheiro eletricista deve conhecer sobre os materiais, estruturas e equipamentos que fazem parte da área de transmissão e distribuição de energia elétrica. Não menos importante saber sobre os diferentes tipos de consumidores para um dimensionamento correto da instalação elétrica. O Sistema Elétrico de Potência é extremamente complexo, visto que vários sistemas são interligados (SIN). O engenheiro eletricista deve saber como diferenciar uma rede primária de uma rede secundária de distribuição de energia. Definir o traçado dos alimentadores que saem da subestação abaixadora até o transformador de distribuição de energia. A temperatura pode aumentar ou diminuir a flecha dos cabos das linhas de transmissão. 2. LINHA DE TRANSMISSÃO A capital do estado do Pará vai finalmente ter uma linha de transmissão em 500 KV. Está linha também terá uma tensão de 230 KV. A nova linha vai garantir mais segurança, estabilidade e suprimento para cargas futuras. Para isso uma nova subestação será construída e duas antigas serão ampliadas (Grupo Equatorial Energia, 2019). Figura 1: Linha 230 KV, Tramoeste 1 e 2. Fonte: (Grupo Equatorial Energia, 2019). 6 Na figura 1, podemos ver a flecha que passa de uma para outra torre sucessivamente. Como já foi explicado nas aulas teóricas, a flecha pode aumentar ou diminuir dependendo da temperatura da região. Na região norte do país o calor é predominante é com isso a flecha tende a dilatar (aumentar) e a tração diminuir. Este parâmetro deve ser levado em conta na hora de se projetar uma linha de transmissão. Os isoladores são de vidro (disco) é cada um suporta 10 KV. Neste tipo de torre temos os isoladores formando um V no centro. Pode ter 1 ou 2 cabos condutores por fase. Uma torre com uma tensão maior pode ter até 4 cabos condutores por fase (Pinto, 2013). No estado do Pará podemos encontrar os seguintes tipos de torres de linhas de transmissão. a) Tipo Delta. b) Tipo Estaiada. c) Tipo Pirâmide. d) Tipo Triangular. Figura 2: Tipos de torres de Linhas de Transmissão. Fonte: (Votoraço, 2018). As estruturas mais utilizadas para produção das torres de energia são as estruturas metálicas, feitas de cantoneiras metálicas (Votoraço, 2018). A escolha da estrutura da torre depende destes fatores: - Espaçamento máximo e mínimo entre fases, Configuração dos isoladores, Ângulo de proteção do cabo para-raios, Flecha dos condutores, Número de circuitos, Altura de segurança. 7 As torres de energia são classificadas de acordo com sua função de operação. Elas podem ser classificadas como: . Estrutura de suspensão: mais simples e econômicas, sua função é apoiar os cabos condutores e para-raios, deixando afastado do solo. . Estrutura de ancoragem ou amarração: as linhas servem como ponto de reforço e abertura em algumas situações. . Estrutura de ângulo: utilizada quando necessita de uma derivação em algum ponto da linha. . Estrutura de transposição: função de facilitar a operação das transposições em linhas de transmissão. As fundações que terão maior eficaz para determinada torre de transmissão depende de fatores como tamanho das cargas, condições do subsolo, topografia, materiais e logística para sua construção (Votoraço, 2018). Os quatro tipos de fundações mais utilizados para instalações das torres são: (i) Estacas – solos fracos; (ii) Sapatas – solos bons, mas com lençol freático; (iii) Grelhas – solo bom, mas sem lençol freático; e (iv) Tubulações – solos bons, com estrutura que sofre altos carregamentos (Pinto, 2013). As torres de transmissão são classificadas de acordo com: 1. Disposição dos condutores: Triangular, Vertical e Horizontal; 2. Quanto ao número de circuitos: Simples ou Duplo. Os cabos para-raios ficam acima das torres, eles são condutores aterrados. Sua função é proteger os equipamentos contra descargas atmosféricas. Quando ocorre uma descarga atmosférica em algum ponto da linha, será induzida corrente nos condutores fase e o para-raios irá transportar essa corrente para o solo por meio do condutor de aterramento da torre (Pinto, 2013). Os tipos de cabos para-raios mais utilizados em linhas de transmissão são: a) Aço galvanizado – formado por condutores de aço galvanizado, revestidos com zinco e pode ser de alta ou extra-alta resistência; b) Alumoweld – formado por condutores de aço com um revestimento em alumínio; c) ACSR – tem a mesma construção dos cabos condutores. Os condutores tem a função de conduzir a energia elétrica em uma linha de transmissão. 8 Os materiais dos condutores mais utilizados em linhas de transmissão são o cobre e o alumínio. O cabo de alumínio é mais barato se comparado com o de cobre. Os fatores que deve ser pensado na hora de escolher os cabos condutores: custo benefício, perdas, níveis de isolamento, projeto mecânico e segurança (Pinto, 2013). Tipos de cabos condutores mais empregados em linhas de transmissão: a) AAC (all aluminium conductor): constituído por diversos condutores de alumínio encordoados; b) AAAC (all aluminium alloy conductor): constituído por ligas de alumínio de alta resistência. Tem o menor peso-carga de ruptura e as menores flechas.Cabo com maior resistência elétrica que os outros; c) ACSR (aluminium conductor steel-reinforced): constituído com camadas concêntricas de alumínio sobre uma alma de aço, podendo ter um ou mais condutores. A alma de aço dá mais resistência mecânica ao cabo; d) ACAR (aluminium conductor, aluminium alloy reinforced): mesma composição que o cabo ACSR, a única grande diferença neste cabo condutor é a utilização da alma de alumínio de alta resistência. Com isso, a relação peso-carga de ruptura se torna maior em relação ao cabo ACSR. No Brasil, temos uma maior utilização dos cabos ACSR nas linhas de transmissão de alta tensão e extra-alta tensão (superior a 230 KV). Os cabos ACSR, têm o núcleo feito de aço galvanizado e uma camada externa formada de alumínio. Também são conhecidos como cabos CAA (Pinto, 2013). Figura 3: Cabo ACSR nu com alma de aço. Fonte: (Judyscabo, 2018). 9 2.1.1 SUBESTAÇÕES Subestação de energia (SE) formada por vários equipamentos de manobra utilizados para dirigir o fluxo de energia no SEP, possibilitando mudanças nas rotas. Os dispositivos de proteção instalados nas subestações conseguem detectar as diferentes falhas que ocorrem no sistema e isolar os trechos que estão falhando (Lorencini, 2015). Figura 4: Subestação Vila do Conde 525 KV. Fonte: (Elecnor, 2018). Podemos ver na figura 4, uma subestação elevadora localizada no estado do Pará. As subestações tem o papel de interligar a linha de transmissão com as redes de distribuição. A subestação elevadora fica localizada perto das usinas geradoras e recebe a tensão que sai destas mesmas usinas, elevando os níveis de tensão que irão percorrer a linha de transmissão (Lorencini, 2015). No estado do Pará, temos uma predominância do tipo de subestações externas, tanto elevadora quanto abaixadora. Na subestação externa os equipamentos ficam expostos ao ar livre, podendo danificar mais rápido os materiais (Lorencini, 2015). 10 Figura 5: Subestação 69 KV dentro da UHE Belo Monte. Fonte: (Norte Energia, 2019). As subestações são muito importante dentro do setor elétrico brasileiro, por isso, os profissionais desta área devem sempre estar se atualizando. Um dos tipos de subestações empregadas no Brasil, são as subestações blindadas, que são utilizadas em hidrelétricas. Algumas hidrelétricas utilizam as subestações blindadas - SF6, que ocupa um espaço reduzido se comparado a SE convencional, baixa manutenção e operação segura, além de suportar níveis de tensão de até 500 KV. Como tudo na vida ela tem suas desvantagens, que são: os profissionais devem ter treinamento especializado e a operação de manobra não pode ser visualizada. Os tipos de arranjos de barramentos em uma SE: . Arranjo de Barramento Simples: subestação com apenas uma barra de AT e/ou BT. Utilizados em pequenas subestações e possui baixa confiabilidade. Se o barramento tiver algum problema ocasiona na perda total do sistema; . Arranjo de Barramento Principal e Transferência: parecido com o barramento simples, mas este arranjo permite maior flexibilidade na operação e manutenção. Exige poucos componentes; . Arranjo de Barra Dupla (Disjuntor Simples): dois barramentos principais ligados a cada uma das duas linhas de transmissão de entrada. Falhas em um barramento não afetam o outro, possibilitando uma manutenção mais confiável; 11 . Arranjo de Barra Dupla (Disjuntor e Meio): Alta confiabilidade já que possui dois barramentos. Uma falha simples isola apenas um circuito. Demanda uma área um pouco maior em relação aos outros arranjos. Os barramentos de uma subestação geram maior flexibilidade de operação e manutenção. Figura 6: Tipos de Barramentos. Fonte: (edisciplinas.usp, 2018). O arranjo Disjuntor e Meio é predominante no Brasil, para subestações a céu aberto com tensões entre 525 KV e 750 KV. No estado do Pará, temos o exemplo da SE Vila do Conde que opera com tensão de 525 KV. Onde o seu arranjo é do tipo Disjuntor e Meio, com dois barramentos facilitando a operação, supervisão e manutenção. Este tipo de arranjo é uma evolução do Disjuntor Duplo, que é o arranjo com mais custo de implantação e operação (Docsity, 2010). Na subestação HVDC (High Voltage Direct Current) localizada na cidade de Anapu/PA, o arranjo utilizado também é o Disjuntor e Meio. Nesta SE a classe de tensão é 800 KV, do tipo a céu aberto, com diversos equipamentos instalados neste mega empreendimento (State Grid, 2019). 12 Equipamentos que formam uma subestação convencional: . Chave seccionadora: interruptor principal para a manobra de circuitos elétricos. Sua abertura pode ser vertical, horizontal e diagonal; . Transformador de Potencial (TP): faz a medição dos valores de tensão, para que essa tensão possa ser suportada pelos equipamentos. Pode ser utilizado tanto para baixa tensão quanto para alta tensão; . Transformador de corrente (TC): utilizado para abaixar a corrente elétrica da rede para alimentar dispositivos eletrônicos que não suportam valores altos de corrente; . Disjuntor: dispositivo de segurança que protege diferentes tipos de instalações elétricas contra curto-circuitos e sobrecargas elétricas; . Relé: interruptor eletromecânico. Quando uma corrente circula pelas bobinas do relé, temos a criação de um campo magnético que atrai a alavanca responsável pela mudança de estado dos contatos. Resumindo é um comutador de contatos elétricos; . Barramento: pode ser de cobre ou alumínio, utilizado para condução de energia dentro de um quadro de distribuição de energia elétrica, subestações e aparelhos elétricos; . Compensador Síncrono: parecido com um motor síncrono, onde o seu eixo não está conectado à nenhuma carga, mas consegue girar livremente. Sua função principal é estabilizar a tensão e fazer a correção do fator de potência. As grandes subestações no Brasil, são formadas por estruturas metálicas treliçadas. Quando alguma subestação tem a cabine primária à estrutura dessa cabine é constituída por alvenaria. As normas vigentes desta área delimitam a distância mínima e máxima que a subestação deve ficar das rodovias, ferrovias e águas pluviais. Subestação abaixadora – recebe a tensão que vem da SE subtransmissora (69 KV), abaixa está tensão para níveis de distribuição entre 34,5 KV ou 13,8 KV. Localizada perto dos grandes centros de carga ou de uma indústria, no fim de um sistema de transmissão de energia (Lorencini, 2015). Um ponto muito importante que deve ser levado em consideração na hora do projeto de uma subestação é o aterramento. A geometria de malha de aterramento deve ser compatível com a resistividade do solo local. Uma resistência baixa não garante um projeto seguro e uma alta resistência de aterramento, não significa um projeto inseguro (NBR-15751, 2013). 13 3. DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA O fornecimento de energia elétrica é realizado com média tensão com valores entre 34,5 KV ou 13,8 KV. Sempre seguindo as normas vigentes da ANEEL para a distribuição de energia. Os alimentadores saem da subestação abaixadora e chegam aos transformadores de distribuição, caracterizando uma rede primária (AT) de distribuição de energia elétrica. A rede primária pode abastecer diretamente uma indústria sem precisar do transformador de distribuição, pois está indústria possui uma cabine primária (Subestação), que realiza este papel (Benjamim Ferreira, 2014). Figura 7: Rede primária e secundária de distribuição. Fonte: (Grupo Equatorial Energia, 2015). A manutenção da iluminação pública fica a cargo das prefeituras municipais. São utilizadas lâmpadas de vapor de sódio com coloração amarelo-laranja. A iluminação pública é abastecida com a rede secundária (Benjamim Ferreira, 2014). 14 Como podemos perceber na figura 7, o tipo de poste escolhido para a realização dadistribuição foi o poste duplo T. A estrutura do poste é constituída por concreto armado, com vários buracos na lateral para passagem do cabo condutor terra. Os para- raios são instalados para proteger à rede contra descargas atmosféricas. As chaves fusíveis tem a função de proteger o transformador contra curto-circuito, sobrecargas e picos (Grupo Equatorial Energia, 2015). Tanto a rede primária quanto a secundária são ligadas em configuração trifásicas. O transformador é ligado em triângulo no primário e estrela no secundário (saída). Assim, a tensão entre fase e neutro é igual à tensão entre fase e fase dividido por raiz de três. Os transformadores de distribuição trifásicos alimentam diversos consumidores dentro de um perímetro, respeitando a distância entre o trafo e o último consumidor para que não ocorra uma queda de tensão (Benjamim Ferreira, 2014). Os três fios condutores na parte de cima do poste apoiados sobre a cruzeta são considerados os fios de Alta, Média tensão que formam a rede primária de distribuição. O valor da rede de alta tensão da figura 7, denominada de rede primária é 13,8 KV. Um valor muito elevado para ser utilizado em residências, por isso, o transformador abaixador deve ser utilizado (Benjamim Ferreira, 2014). Conforme a figura 7, podemos verificar que se trata de uma rede de distribuição aérea convencional. Os cabos da rede primária são cabos condutores de alumínio nus (sem isolação) e os cabos da rede secundária são cabos condutores revestidos (capa de material plástico). Nesta rede é mais fácil de acontecer problemas de curto-circuito, quando os condutores elétricos entram em contato com galhos de árvores ou quando ocorre uma queda de árvores devido as fortes chuvas (Benjamim Ferreira, 2014). Os cabos condutores devem ficar a uma distância de 3m do solo. Aumentando a segurança e a eficaz do sistema de distribuição. O vão não deve ultrapassar o comprimento de 40m, conforme determina o projeto da concessionária de energia do estado. A temperatura nos dispositivos e estruturas é algo que deve ser levado em conta na hora de se projetar uma nova rede de distribuição, assim, como nas redes já existentes (Grupo Equatorial Energia, 2015). 15 3.1.1 REDE SECUNDÁRIA O transformador de distribuição abaixa a tensão da rede primária (13,8 KV) deixando em classes de tensão com valores entre 380/220 V ou 220/127 V. Denominamos está baixa tensão como rede secundária de distribuição de energia. Os aparelhos eletrodomésticos não trabalham com altos níveis de tensão e por questões de segurança é mais viável utilizar baixa tensão na grande maioria das instalações. A rede secundária é formada por 4 fios; neutro, fase R, fase S e fase T. Depois dos cabos condutores, fica disponível uma certa quantidade de cabos para telecomunicações (Benjamim Ferreira, 2014). Figura 8: Padrão de entrada e ponto de entrega. Fonte: (Grupo Equatorial Energia, 2015). Aquela caixa azul logo abaixo da rede secundária da figura 8, significa que está sendo utilizado um dos espaços reservados para as telecomunicações. As lâmpadas de vapor de sódio também são beneficiadas pela rede secundária de distribuição. 16 Todas as parte metálicas não energizadas são ligadas ao terra, incluindo o neutro da rede e da instalação. Os postes auxiliares são constituídos por estruturas de concreto armado. Nestes postes serão instalados os padrões de entrada, que são formados pelo medidor, disjuntor geral, ramais de ligação e entrada, eletrodutos e fio condutor de aterramento (Grupo Equatorial Energia, 2015). A malha de aterramento é formada por eletrodos de aterramento interligados por condutores nus. A caixa de medição tem a função de abrigar o medidor e disjuntor geral. O medidor é fornecido e instalado pela Concessionária, com o objetivo de medir e registrar o consumo mensal de cada consumidor. Os condutores do ramal de entrada devem ser de cobre, singelos, com tensão de isolamento de 0,6/1KV para 380/22V e 220/127V e 13,8KV até 34,5KV. A isolação deve ser em XLPE 90◦ ou EPR 90◦, e com proteção anti-UV (Grupo Equatorial Energia, 2015). Os cabos condutores devem ficar a uma distância conforme as normas vigentes desta área determinam. Tanto os cabos condutores da rede primária, secundária, ramal de ligação e ramal de entrada. Como já foi dito anteriormente, os cabos condutores da rede secundária de distribuição são revestidos com material de plástico. A rede secundária acaba atraindo algumas aves, que por sua vez, acabam levando choque ao entrar em contato com duas fases diferentes. Além de ocasionar um curto-circuito na rede elétrica (Benjamim Ferreira, 2014). 4. CONSUMIDOR FINAL Temos diferentes tipos de consumidores em todo o território brasileiro. Podemos dizer que se trata de uma demanda diversificada. A grande maioria são consumidores com baixa demanda de consumo. O Brasil ainda tem diversas instalações irregulares tanto na distribuição secundária, quanto a instalação residencial fora dos padrões da NBR 5410:2004. Demanda é a média das potências ativas ou reativas, solicitadas ao sistema elétrico pela parcela da carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um intervalo de tempo, expressas em (KW e KVAr). A demanda é um fator de extrema importância (Grupo Equatorial Energia, 2015). Nas zonas rurais, o fornecimento é feito baseado em uma demanda baixa que pode ser suprida com a instalação de um transformador de distribuição bifásico (254/127 V) para abastecer este tipo de consumidor. A potência total dos equipamentos deve ficar entre 12000 watts até 25000 watts. No sistema bifásico rural temos a utilização de 3 fios; fase, fase e neutro. (Benjamim Ferreira, 2014). 17 Quando se trata da zona urbana podemos ter dois tipos de instalação dependendo da quantidade de cargas do consumidor. Para uma instalação com potência inferior ou igual a 8000 watts, podemos utilizar o transformador de distribuição monofásico (127V) com dois fios; fase e neutro. Este tipo de ligação tem diversas desvantagens em relação à trifásica. Indústrias, shopping centers, hospitais e diversos consumidores conectados ao mesmo transformador em uma rua utilizam as ligações em sistemas trifásicos (380/220V) ou (220/127V). O transformador de distribuição trifásico é ligado por 4 fios; fase R, fase S, fase T e um neutro. A potência total dos equipamentos ligados à rede deve ficar entre 25000 até 75000 watts. Os sistemas trifásicos precisam de menores quantidades de cobre e alumínio para oferecer a mesma potência que um monofásico. Vários dispositivos podem ser ligados ao mesmo tempo sem ocorrer quedas de energia importunas (Benjamim Ferreira, 2014). No estado do Pará, a tensão trifásica utilizada é 127 V para os consumidores residenciais e 220 V para hospitais, aeroportos e indústrias. Os quatro fios da rede secundária são revestidos de material plástico. Diversos consumidores em uma determinada rua são conectados ao transformador de distribuição trifásico. Trata-se de uma demanda diversificada (Grupo Equatorial Energia, 2015). 18 5. CONCLUSÃO Podemos concluir que cada tipo de consumidor deve ser levado em conta para o correto dimensionamento e escolha do transformador de distribuição de energia elétrica. As cargas especiais como motores, máquinas de solda, aparelhos de raio x podem causar perturbações ao suprimento normal de energia aos demais consumidores. A operação e manutenção da rede de distribuição, é de total responsabilidade da distribuidora local. Os cabos condutores da rede primária (Média Tensão) de fornecimento não são revestidos por que não seria economicamente viável. A flecha dos condutores em uma linha de transmissão pode dilatar ou contrair dependendo da temperatura da região onde será instalada. As classesde subtransmissão (138/69KV), são uma alternativa mais econômica em relação às classes de alta tensão. Os barramento do tipo disjuntor e meio são os mais utilizados para subestações elevadoras. O sistema de transmissão de energia tem o papel de unir a usina geradora com o consumidor final, por meio, das subestações e redes de distribuição. 19 REFERÊNCIAS Internet Arranjos Físicos de Subestações. DOCSITY, 2010. Disponível em: http://www.docsity.com/pt/arranjos- fisicos-de-subestacoes/4721796. Acesso em: 30 de mar. de 2020. Subestações Elétricas. USP, 2018. Disponível em: http://www.edisciplina.usp.br/pluginfile.php/130058/mod_resource/content/1/Subestacoes-eletricas-1.pdf. Acesso em: 30 de mar. de 2020. ELECNOR. ELECNOR.COM: Imagens, 2018. Disponível em: http://www.elecnor.com.br/br/comunicacao/multimidia/imagens. Acesso em: 28 de mar. de 2020. Grupo Equatorial Energia. EQUATORIALENERGIA.COM: 2015. Disponível em: http://www.pa.equatorialenergia.com.br. Acesso em: 2 de abr. de 2020. Cabo ACSR. JUDYSCABO, 2018. Disponível em: http://www.judyscabo.com.br/produto/cabo-al-nu- caaacsr-calma-de-aco-2-awg-cod-igo-sparrow-rkg. Acesso em: 27 de mar. de 2020. O que é uma subestação de energia e como funciona. LORENCINI, 2015. Disponível em: http://www.lorencini.com.br/o-que-e-uma-subestacao-de-energia-e-como-funciona. Acesso em: 28 de mar. de 2020. Subestação. NORTE ENERGIA, 2019. Disponível em: http://www.norteenergiasa.com.br/pt-br. Acesso em: 28 de mar. de 2020. Subestação HVDC. STATEGRID.COM: 2019. Disponível em: http://www.stategrid.com.br/pagina- inicial. Acesso em: 28 de mar. de 2020. Como as torres de transmissão são feitas. VOTORAÇO, 2018. Disponível em: http://www.votoraço.com.br/como-as-torres-de-transmissao-sao-feitas. Acesso em: 27 de mar. de 2020. Sistema de aterramento de subestações. ABNT NBR-15751, 2013. Disponível em: http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=258760. Acesso em: 29 de mar. de 2020. Livros Pinto, M. O. Energia Elétrica: Geração, Transmissão e Sistemas Interligados. 1. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2013. Ferreira, B.; Borelli, R.; Gedra, R. L. Geração, Transmissão, Distribuição e Consumo de Energia Elétrica. 1. ed. Rio de Janeiro: Érica, 2014.
Compartilhar