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Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 A água é o principal componente químico em organismos vivos. Suas propriedades físicas únicas, as quais incluem a capacidade de solvatar uma grande quantidade de moléculas, tanto orgânicas quanto inorgânicas, deriva da sua estrutura dipolar e da sua capacidade de formar pontes de hidrogênio. A molécula de água é um tetraedro, com um átomo de oxigênio no seu centro. Os dois hidrogênios e os elétrons não compartilhados da hibridização 2sp³ ocupam os “cantos” do tetraedro. A água é um dipolo, uma molécula com cargas elétricas distribuídas assimetricamente ao redor de sua estrutura. A forte eletronegatividade do átomo de oxigênio puxa os elétrons do núcleo do hidrogênio, deixando-os com uma carga positiva, enquanto seus dois pares não compartilhados de elétrons constituem uma região de carga negativa. *Pontes de Hidrogênio Pontes hidrogênio são ligações formadas entre um átomo de hidrogênio de uma molécula com um par de elétrons não compartilhados de um átomo de flúor, oxigênio ou nitrogênio de outra molécula (o famoso H-FON dos cursinhos). Como as moléculas de água contêm esse pré-requisito, elas podem interagir entre si. As pontes de hidrogênio permitem que a água dissolva muitas moléculas orgânicas as quais contenham grupos funcionais que possam participar na formação de pontes hidrogênio. Os átomos de oxigênio de aldeídos, cetonas, amidas e carboxilas disponibilizam pares de elétrons que podem servir como aceptores de hidrogênio. As aminas e os alcoóis servem tanto como aceptores de hidrogênio como doadores. Devido a suas características, a molécula de água tem uma alta constante dielétrica, o que a permite reduzir a tensão eletrostática entre duas cargas separadas por uma substância dielétrica (dissociação do NaCl, por exemplo). A maioria das moléculas orgânicas é anfipática, ou seja, possuem tanto uma região com carga, ou um grupo polar, quanto uma área hidrofóbica. Em meio aquoso, as proteínas tendem a se dobrar, mantendo as cadeias laterais hidrofóbicas dos aminoácidos no seu interior. Os aminoácidos com cadeias laterais carregadas ou polares (hidrofílicas), como a arginina, o glutamato e a serina, geralmente, ocorrem na superfície que fica em contato com a água. Primeira aula- Propriedades Físicas e Químicas da Água Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 *Principais tipos de ligações e suas forças *Conceitos de Ácido- Base -Arrhenius: ácido é a substância que, sofrendo ionização em meio aquoso, produz íons H+. base é a substância que, sofrendo ionização em meio aquoso, produz íons OH - . HCl H + + Cl - NaOH Na + + OH - -Brønsted-Lowry: ácido é a substância próton-doadora. base é a substância próton-receptora. HCl + H2O Cl - + H3O + Onde HCl é ácido e Cl - é sua base conjugada e a água é uma base e o hidrônio é seu ácido conjugado. - Lewis: ácido é a substância receptora de pares de elétrons base a substância doadora de pares de elétrons. *Autoionização da água H2O + H2O H3O + + OH - Considerando-se que em meio neutro as concentrações de H3O + e OH - sejam iguais a 10 -7 M, e que a constante de ionização da água é: Kw= [H3O + ].[OH -] Kw= 10 -14 *Medidas de pH e pOH pH = log 1 = - log [H3O + ] [H3O + ] pOH = log 1 [OH - ] Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 *Constante de Ionização de um Ácido A constante (Ka) é dada pela equação: Ka = [H3O + ] . [A - ] [HA] A qual, depois de inverter, logaritmar e multiplicar por -1 tem-se a equação de Henderson- Hasselbalch: pH = pK + log [A - ] [HA] Esta equação indica que o pK de um ácido é numericamente igual ao pH de uma solução quando as concentrações molares do ácido e de sua base conjugada são iguais. *Tamponamento Soluções contendo ácidos ou bases fracas e seus conjugados atuam como tampões, ou seja, têm a capacidade de resistir à alteração do pH decorrente da adição de ácidos ou bases fortes. A manutenção de um pH constante envolve o tamponamento por fosfato, bicarbonato e proteínas, sendo o fosfato o principal tampão inorgânico intracelular. As soluções resistem a alterações do Ph mais eficazmente em valores de pH mais próximos do pKa ± 1(unidade de pH). H3PO4 H2PO4 - HPO4 2- PO4 3- pKa: 2,1 6,7 12,3 logo, o fosfato será um melhor tampão quando o pH da solução estiver entre os valores: 2,1; 6,7; 12,3 OBS: quanto mais forte o ácido, menor o seu valor de pKa, já que é uma constante proveniente de um logaritmo. O pKa é o pH no qual a concentração do ácido iguala-se à concentração da base. Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 *Aminoácidos e Peptídeos Proteínas contêm apenas L- -aminoácidos (aminoácido de carbono levógiro). Esses e seus derivados participam de diversas funções como transmissão nervosa e biossíntese de compostos. Polímeros de aminoácidos curtos, chamados peptídeo, desempenham papéis no sistema neuroendócrino, fatores de liberação hormonal, neuromoduladores e neurotransmissores. D-Aminoácidos ocorrem em peptídeos antibióticos. Açúcares naturais são todos de série D. Dez dos dezenove L- -aminoácidos comuns não podem ser sintetizados pelos seres humanos, devendo ser ingeridos na dieta. Aminoácido é uma molécula que contem um grupo funcional amina e um ácido carboxílico ligados no primeiro carbono da cadeia (este será o carbono- . Com exceção da glicina, todos os carbonos- são quirais (quatro ligantes diferentes), possuindo, portanto, isomeria óptica. **“R” represenda a Cadeia Lateral. *Comportamento dos Aminoácidos em diferentes meios de pH No pH fisiológico [7,4, os grupos carboxila (R- COOH)] existem, quase que inteiramente, como R-COO - e os grupos amino (R-NH3) estão, predominantemente, como R- NH3 + . Como é possível ver, essa molécula possui um número igual de grupos ionizáveis de carga oposta e que, portanto, não têm nenhuma carga final, sendo chamada de ZWITTERÍONS. -Aminoácido encontrado em um meio ácido. Grupo amino e grupo carboxila protonados -Aminoácido encontrado em meio alcalino. Grupo amino e grupo carboxila não protonados. Lembrar que, em soluções ácidas, a alta [H + ] no meio dificulta a ionização das substâncias, enquanto que em meio alcalino, a baixa [H + ] favorece. Essa estrutura não existe em solução aquosa, porque em qualquer pH suficientemente baixo para protonar o grupo carboxila, o grupo amino seria também protonado. Da mesma forma, em qualquer pH suficientemente alto para que predomine um grupo amino não protonado, o grupo carboxila também estará presente sem seu próton, ou seja, como R-COO - .Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 *Divisão dos aminoácidos de acordo com a sua cadeia lateral (side chain). Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 *pH Isoelétrico (pI) A espécie química isoelétrica é aquela com um número igual de cargas positivas e negativas e, desse modo, eletricamente neutra. O pH isoelétrico é a média entre os valores de pKa de cada lado da espécie isoelétrica. Ex: O primeiro pKa da glicina é 2,34 e o segundo é 9,6. Logo, o pI será 2,34+9,6/2 =5,97 - Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 -As porcentagens se referem à quantidade de moléculas que vão se encontrar naquele estado elétrico. -Aminoácidos Básicos (carga +): Lisina (K); Arginina (R); Histidina (H). Esses três aminoácidos possuem grupos amino carregados positivamente em suas cadeias laterais e, por esse motivo, se comportam como bases. -Aminoácidos Ácidos (carga -): Ácidos Aspártico (D); Ácido Glutâmico (E). Em suas cadeias laterais, esses dois aminoácidos de comportamento ácido possuem um segundo grupo carboxila. -Aminoácidos Polares Neutros: Serina (S); Treonina (T); Asparagina (N);Glutamina (Q). Esses aminoácidos contêm grupamentos que fazem ligações de hidrogênio com a água; são, assim, hidrofílicos. Serina e Treonina possuem hidroxila; a Cisteína é o outro aminoácido que possui enxofre. -Aminoácidos Apolares: Alanina (A); Valina (V); Isoleucina (I); Leucina (L); Metionina (M); Fenilalanina (F); Tirosina (Y); Triptofano (W). A Metionina é um dos dois aminoácidos que possuem enxofre, entretanto, não pode fazer ligações dissulfeto, pois não tem grupo sulfidrila. Em geral, os aminoácidos não-polares e alifáticos se comportam como hidrofóbicos, de modo que os que possuem menor cadeia lateral ou enxofre são menos hidrofóbicos que os demais. -Aminoácidos “Especiais”: Cisteína (C); Glicina (G). -Iminoácido: Prolina (P) -Os grupos R carregados dos aminoácidos básicos e ácidos estabilizam conformações protéicas específicas por meio de interações iônicas ou pontes salinas. -Cisteína é capaz de formar pontes de enxofre. A presença de pontes dissulfeto intrapolipeptídicas intensifica ainda mais a estabilidade da conformação dobrada de um peptídeo, ao passo que as pontes dissulfeto interpolipeptídicas estabilizam a estrutura quaternária de certas proteínas. *Ligações Peptídicas É a união de um grupo carboxila de um aminoácido com um grupo amina de outro aminoácido, formando o produto mais água. O número e a ordem de todos os aminoácidos em um polipeptídeo constituem a sua estrutura primária. Os aminoácidos presentes nos peptídeos são chamados de resíduos. Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 *Diferenças entre Procariontes e Eucariontes -não acho que ele vá cobrar, mas...- - No núcleo do eucarionte encontra-se o genoma, que se constitui na informação genética total armazenada no DNA de uma célula. - Gene: um gene pode ser definido como um segmento de DNA necessário e suficiente para a síntese de um polipeptídeo ou de uma molécula de RNA estável. Cada gene possui uma região codificadora e uma seqüência reguladora da transcrição. Segunda aula: Síntese e Endereçamento de Proteínas Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 - A informação genética contida na seqüência de nucleotídeos do DNA é transcrita, no núcleo, para uma seqüência específica de nucleotídeos de RNA, sendo essa seqüência de RNA complementar à seqüência de nucleotídeos da cadeia molde do seu gene. - Nos eucariontes, o transcrito primário é muito maior que o RNAm maduro. Os grandes precursores do RNAm contêm as regiões codificantes (éxons), que irão formar o RNAm maduro, e longas cadeias intermitentes (íntrons), que separam os éxons, e representam nada. - O RNAm é processado dentro do núcleo, onde os éxons são separados dos íntrons (através de um processo chamado “splicing”), para então serem reencaixados, formando o RNA maduro, que é transportado para o citoplasma, onde será traduzido em proteína. *como se pode ver, o DNA possui regiões codificantes e não codificantes, e, dentro das codificantes, há os éxons e os íntrons. *Replicação -É um processo altamente Complexo -A replicação é Semi-conservativa -A síntese ocorre sempre na direção 5’-3’ -Fragmentos de Okazaki: segmentos de DNA fixados ao RNA iniciador. Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 -O processo é Bidirecional -Forquilha de replicação -Origem de replicação *A interação específica de uma proteína (O) na origem da replicação (ori) resulta no desenrolamento local do DNA em uma região adjacente rica em A+T. O DNA dessa área é mantido na conformação de fita simples pelas proteínas de ligação de fita simples (SSB). Isso permite que várias proteínas se liguem e iniciem a síntese de DNA. A forquilha de replicação aumenta à medida que a síntese do DNA ocorre continuamente (seta longa azul) na fita principal e descontinuamente (setas curtas pretas) na fita descontinua. OBS: a forquilha de replicação consiste em quatro componentes que se formam na seguinte sequência 1: a DNA helicase desenrola um segmento curto do DNA dupla hélice 2: uma primase inicia a síntese de e uma molécula de RNAm, essencial à iniciação da síntese do DNA 3: a DNA polimerase inicia a síntese da fita descendente nascente. 4: as SSB ligam-se aos DNA descontínuos. . -Na fita condutora (anterógrada), o DNA é sintetizado continuamente. Na fita descontinua (retrógrada), o DNA é sintetizado em fragmentos curtos, conhecidos como fragmentos de Okazaki. Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 *Transcrição A transcrição é um processo mais seletivo que a replicação, pois apenas genes ou grupos de genes específicos são transcritos em um certo tempo e algumas porções do genoma nunca são transcritas. A transcrição do DNA produz uma cadeia polinucleotídica (single-stranded=uma fita) de RNA que é complementar a uma das fitas do DNA fita dupla. O processo de síntese de RNA (transcrição), que progride de 5’ para 3’, determina a orientação do gene. Assim sendo, cada gene está orientado de 5’ para 3’, considerando a orientação da fita de DNA cuja seqüência estará representada no RNA (fita codificadora). A outra fita de DNA com orientação de 3’ para 5’ é denominada a fita molde. Portanto, o RNA transcrito tem a “mesma” seqüência e orientação da fita codificadora correspondente. *Diferenças entre Replicação e Transcrição 1: na síntese de RNA empregam-se ribonucleotídeos em vez de desoxirribonucleotídeos. 2: no RNA, a uracila (U) substitui a timina (T) como base complementar à adenina (A). 3: na síntese do RNA, não há uma molécula preparadora (primer). 4: apenas uma parte do genoma é transcrito. 5: durante a transcrição do RNA não há nenhum processo de revisão. Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 *Tradução A tradução é oprocesso completo pelo qual o mRNA é usado para ordenar e unir os aminoácidos sob a forma de uma cadeia polipeptídica. O código genético é dito degenerado, pois muitos aminoácidos são especificados por mais de 1 códon. Códons especiais: iniciação (AUG, Metionina) e terminação (UAA, UAG, UGA). As proteínas são traduzidas nos ribossomos e são esses que se movimentam durante o processo. Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 *Endereçamento de proteínas Os ribossomos livres que estão no citosol sintetizam principalmente proteínas solúveis e mitocondriais. Já os ribossomos ligados ao retículo endoplasmático produzem proteínas de membrana e proteínas destinadas à secreção, ao interior do RE e aos lisossomos. As proteínas devem ser entregues continua e precisamente às organelas, seja para secreção, reposição de proteínas degradadas ou formação das organelas na célula em crescimento. Isso é feito através de um: #Peptídeo sinal: Peptídeo sinal é o elemento mais importante nas vias de endereçamento, direcionando a proteína para sua localização apropriada na célula e é removida durante o transporte ou depois que a proteína tiver alcançado seu destino final. Características do Peptídeo Sinal: 1)Normalmente encontrado no grupo amino-terminal. 2)A metionina é, normalmente, o aminoácido amino-terminal. 3)Núcleo hidrofóbico precedido por resíduos básicos. Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 C H C C H H O O - C O N C H C CH3 O OH H *Funções As proteínas exercem papéis cruciais em todos os processos biológicos. Sua importância e notável gama de atividade são exemplificadas nas seguintes funções. -Catálise Enzimática -Transporte e Armazenamento -Movimento Coordenado -Sustentação Mecânica -Proteção Imunitária -Geração e Transmissão de Impulsos Nervosos *Ligações que determinam a forma de uma proteína: -Ligações Peptídicas: são as ligações que ocorrem entre aminoácidos. Não dependem da cadeia lateral. As ligações exibem um caráter de dupla ligação parcial, impossibilitando, assim, que haja uma rotação em torno da ligação entre o carbono carboxílico e o nitrogênio de uma ligação peptídica. NH3 + -Pontes de Enxofre (pontes dissulfeto): Ligações entre átomos de enxofre entre cadeias distintas. -Ligações não Covalentes: auxiliam na estrutura proteica a)Interações Hidrofóbicas: como as que ocorrem entre aminoácidos apolares. Terceira aula: Estrutura de Proteínas Caráter de dupla ligação dos peptídeos Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 O N H Como o nitrogênio da ligação peptídica da prolina carece de um átomo de hidrogênio necessário para fazer a ponte de hidrogênio, a prolina pode apenas acomodar-se estavelmente na primeira volta de uma alfa hélice. Quando presente em outro lugar, a prolina rompe a conformação hélice, produzindo uma dobra. Por causa de seu pequeno tamanho, a glicina também induz dobras nas hélices. *Organização Estrutural Protéica 1) Configuração: refere-se às relações geométricas de um determinado conjunto de átomos, por exemplo, as que distinguem os L-aminoácidos dos D-aminoácidos. A mudança de uma configuração requer a quebra de ligações covalentes. 2) Conformação: refere-se à relação espacial de todos os átomos de uma molécula. A conversão entre confôrmeros ocorre sem ruptura de ligações covalentes, mantém a configuração e se dá tipicamente mediante a rotação em torno das ligações simples. 3) Estrutura Primária: é a seqüência de aminoácidos em uma cadeia polipeptídica. Este é o nível estrutural mais simples e mais importante, pois dele deriva todo o arranjo espacial da molécula. 4) Estrutura Secundária: é o dobramento de segmentos curtos e contínuos dos polipeptídio em unidades geometricamente ordenadas. A alfa-hélice, alças e fita beta são elementos da estrutura secundária. 4.1) As rotações livres são apenas possíveis entre o carbono-α e o carbono carboxílico (formam um ângulo chamado psi, ψ); e entre o carbono-α e o nitrogênio (formam um ângulo chamado fi, φ). A rotação da prolina é ainda mais restrita, pois não há o fi. 4.2) Alfa-hélices: suas cadeias laterais apontam para fora e são representados, esquematicamente, como cilindros. A estabilidade de uma alfa-hélice resulta, principalmente, das pontes de hidrogênio, formadas entre o oxigênio carboxílico de uma ligação peptídica e o átomo de hidrogênio do nitrogênio da ligação peptídica do quarto resíduo, e das forças de Van der Waals, presentes no cerne dessa estrutura. 4.3) Folhas β: Os resíduos de aminoácidos na folha β formam um padrão em ziguezague ou pregueado no qual os grupos R (cadeias laterias) dos resíduos adjacentes apontam em direções opostas. As folhas β derivam muito de sua estabilidade de pontes de hidrogênio formadas entres os oxigênios carboxílicos e os hidrogênios amídicos das ligações peptídicas. Entretanto, essas ligações formam-se entre segmentos adjacentes da folha β. Folhas β em interações podem arranjar-se para formar folhas β paralelas, nas quais os segmentos adjacentes da cadeia polipeptídica dispõem-se no mesmo sentido em relação às extremidades amino e carboxílica, ou folhas β antiparalelas, nas quais esses segmentos dispõem-se em sentidos opostos. Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 4.4) Alças e Dobras: Voltas e dobras referem-se a curtos segmentos de aminoácidos ligando duas unidades de estrutura secundária, como dois filamentos adjacentes de uma folha β antiparalela. Alças são regiões contendo resíduos em número superior ao mínimo necessário para conectar regiões adjacentes da estrutura secundária. Possuem estrutura flexível e são encontrados, normalmente, na superfície de proteínas globulares, é freqüente o iminoácido (prolina). As alças são estabilizadas por pontes de hidrogênio, pontes salinas e interações hidrofóbicas com outras porções da proteína. 5) Estrutura Terciária: é a montagem dessas unidades estruturais secundárias em unidades funcionais maiores sob a forma de um polipeptídio maduro com os domínios que o compõe. Um domínio é uma seção da estrutura protéica suficientemente grande para realizar uma determinada tarefa química ou física particular. -Observar as interações das estruturas secundárias, formando uma estrutura terciária. A associação de diferentes estruturas secundarias em uma cadeia terciaria se dá o nome de motivo, o conjunto de motivos compactos em uma proteína são chamados de domínio, se eles são suficientemente complexos pra exercer uma função. 6) Estrutura Quaternária: define o modo como uma proteína é composta pelos polipeptídios e, para uma proteína oligomérica, as relações espaciais entre as suas subunidades. Proteínas monoméricas consistem em uma únicacadeia polipeptídica. Proteínas diméricas contêm duas cadeias polipeptídicas. Os homodímeros contêm duas cópias de uma mesma cadeia polipeptídica, enquanto nos heterodímeros os polipeptídios diferem. Esta estrutura é mantida pelas mesmas forças que determinam as estruturas secundárias e terciárias. Volta de folha β antiparalela. O pontilhado indica ponte de hidrogênio. Nessas voltas, há, normalmente, prolina e glicina (responsáveis pela quebra). Alça Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 *Fatores que estabilizam as estruturas terciárias e quaternárias Ordens mais altas da estrutura das proteínas (terciária e quaternária) são estabilizadas, principalmente – e muitas vezes exclusivamente- por interações não covalentes. Entre essas, são importantes as interações hidrofóbicas que impulsionam a maior parte das cadeias laterais hidrofóbicas dos aminoácidos para o interior da proteína, abrigando-as da água. Outros importantes contribuidores incluem as pontes de hidrogênio e as pontes salinas formadas entre os carboxilatos do ácido aspártico e glutâmico (cargars +) e as cadeias laterais de cargas opostas dos resíduos lisil, arginil e histidil (cargas -) protonados. A presença de pontes dissulfeto intrapolipeptídicas intensifica ainda mais a estabilidade da conformação dobrada de um peptídio, ao passo que as pontes dissulfeto interpolipeptídicas estabilizam a estrutura quaternária de certas proteínas oligoméricas. *Cristalografia Para ter suas estruturas reveladas por cristalografia por raios X, a proteína é primeiro precipitada em condições apropriadas à formação de cristais grandes e bem ordenados. Para estabelecer essas condições, os ensaios de cristalização usam uns poucos microlitros da solução da proteína e uma matriz de variáveis (pH, presença de sais ou de solutos orgânicos) para estabelecer as condições ótimas para a formação de cristal. Os cristais de proteína são, então, congelados em nitrogênio líquido. Os padrões de difração, que se formam à medida que os átomos desviam os raios X, são registrados em uma chapa fotográfica, ou em seu equivalente computadorizado, como um padrão circular de focos de intensidade variável. Os dados relativos a esses focos são então analisados mediante uma abordagem matemática chamada síntese de Fourier, que soma funções de onda. Finalmente, os resultados do faseamento e das somas de Fourier fornecem um perfil da densidade eletrônica ou um mapa tridimensional de como os átomos ligam-se ou relacionam-se uns com os outros. *Proteínas Filamentosas (fibrosas) e Globulares -Estrutura de Super Hélice de α-queratina (fibrosa): Tem forma de um espiral enrolada. Ela é uma proteína mecanicamente durável e quimicamente não reativa, sendo o principal compenente da camada externa da epiderme. A montagem é chamada de super-hélice (cada uma das hélices segue uma forma helicoidal). A conformação de α-hélice da queratina é conseqüência da sua estrutura primaria, pois o segmento central possui uma pseudo-repetição de 7 resíduos de AA, a-b-c-d-e-f-g, com resíduos apolares predominantes nas posições a e d (alinham-se ao longo de cada α-hélice, formando ligações hidrofóbicas). A α-queratina é rica em resíduos de Cístinas (Cys), as quais formam pontes dissulfeto, responsáveis pela ligação cruzada entre as cadeias polipeptídicas adjacentes. -Estrutura do Colágeno (fibrosa): Proteína fibrosa abundante em vertebrados. É uma tripla hélice. Mamíferos possuem pelo menos 33 cadeias polipeptídicas, que formam pelo menos 20 tipos de colágeno, distribuídos nos diferentes tecidos. O colágeno do tipo I é dos mais comuns. 1/3 dos AA do colágeno são Gly, 15 a 20 % são Pro. As três cadeias polipeptídicas estão encaixadas de forma que os resíduos de Glicina, de cada uma das três cadeias apareçam no mesmo nível ao longo do eixo da hélice tripla. Os grupos peptídicos são orientados de forma que o N-H de cada Gly faça uma forte ligação de H com o O carboxílico de um resíduo de uma Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 cadeia vizinha. Os resíduos Pro e Hys, volumosos e relativamente inflexíveis, conferem rigidez ao arranjo completo. *Desnaturação de Proteínas A desnaturação de uma proteína é a desorganização das estruturas quaternárias, terciárias e secundárias. -Agentes desnaturantes: 1) Agentes físicos (calor, radiações UV, alta pressão e ultra som): a maioria das proteínas apresenta pontos de fusão bem inferiores a 100 o C. 2) Agentes químicos (ácidos fortes, bases fortes, metais pesados e uréia): as variações de pH alteram o estado iônico das cadeias laterais de aminoácidos ocasionando precipitação da proteína. -A proteína desnaturada apresenta as seguintes alterações: 1) Físicas: Aumento da viscosidade; não podem ser cristalizadas ou auto-organizadas; 2) Químicas: Maior reatividade: devido a exposição de grupos químicos que estavam encobertos por estruturas e diminuição da solubilidade e conseqüente precipitação. 4) Biológicas: perda de suas propriedades enzimáticas, antigênicas e hormonais; Proteína Nativa Proteína Desnaturada Os detergentes associam-se aos resíduos AA apolares, interferindo com as interações hidrofóbicas Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 *Conceitos Gerais As enzimas são polímeros biológicos que catalisam as reações químicas. Com exceção das ribozimas, moléculas catalíticas formadas por RNA, as enzimas são proteínas. As enzimas catalisam a conversão de um ou mais compostos (substratos) em outro ou outros compostos diferentes (produtos) mediante a aceleração da velocidade da reação. Como todos os catalisadores, as enzimas não se consomem nem se alteram permanentemente em conseqüência de sua participação na reação. Além de altamente eficazes, as enzimas são, também, catalisadores extremamente seletivos. Diferentemente da maior parte dos catalisadores usados na química sintética, as enzimas são especificas para o tipo de ração a ser catalisada e para um determinado substrato, ou para um pequeno conjunto de substratos proximamente relacionados. Como se ligam ao substrato por pelo menos “três pontos de fixação”, as enzimas podem até mesmo converter substratos não quirais em produtos quirais. As enzimas operam em condições ótimas de temperatura, pressão e pH, e podem ser altamente reguladas através de fatores extrínsecos à reação, tanto por ativadores como por inibidores. A atividade catalítica das enzimas depende da integridade da sua conformação nativa. *Os grupos Prostéticos (Íons Metálicos e Coenzimas) e Co-fatores Muitas enzimas contêm pequenas moléculas não protéicas e íons metálicos que participam diretamente da ligação ou da catálise do substrato. Denominados grupos prostéticos, estendem o repertório de possibilidades catalíticas além das fornecidas pelo número limitado de grupos funcionais existentes nas cadeias laterais dos aminoacil peptídeos. Os grupos prostéticos distinguem-se pela sua estreita e estável incorporação, por forças covalentes e não covalentes, à estrutura da proteína. Os metais são os grupos prostéticos mais comuns (Co, Cu, Mg, Mn e Zn). As enzimas que contêm íons metálicos são chamadas de metaloenzimas. Os íons metálicos formam complexos com grupos prostéticos, como o heme. Os metaispodem também facilitar a ligação e a orientação dos substratos, a formação de ligações covalentes, ou interagir com substratos para torná-los mais eletrofílicos ou nucleofílicos. Os Co-fatores cumprem funções similares aos dos grupos prostéticos, mas se ligam de forma dissociável e transitória quer à enzimas, quer a um substrato, como o ATP. Por terem essa fraca ligação, os co-fatores devem estar presentes no meio que circunda a enzima para que a catálise ocorra. Os co-fatores mais comuns são também íons metálicos. As co-enzimas servem como “leva-e-traz” recicláveis, transportando muitos substratos, desde o seu ponto de produção, até seu ponto de utilização. *As enzimas são classificadas segundo os compostos nos quais elas agem: Quarta aula: Enzimas •lipases: atuam nas gorduras decompondo-as em glicerol e ácidos graxos; •amilases: decompõem os amidos em açúcares mais simples; •proteases: decompõem as proteínas; •celulases: decompõem a celulose; •pectinases: decompõem a pectina; Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 *Catálise -Catalisador diminui a barreira energética, criando percursos alternativos da reação para formação do estado de transição. E+S----ES----P+E E=Enzima S=Substrato ES=Complexo intermediário P=Produto -Fatores que permitem que a catálise enzimática seja mais eficiente: 1) Aumento da concentração dos reagentes na superfície da enzima (interação com a enzima). 2) Orientação correta dos reagentes (substratos): parte da energia de ativação representa o posicionamento adequado dos reagentes para que haja contato entre os átomos corretos. 3) Aumento da reatividade dos reagentes: as cadeias laterais (R) dos aminoácidos da enzima ou co-fatores e coenzimas podem interagir diretamente com os substratos, dando-lhes carga elétrica ou polarizando-os, tornando-os quimicamente mais reativos, ou ainda cedendo ou transferindo certas funções químicas. 4) Indução de deformação física no substrato, por contato com as cadeias laterais (R) dos aminoácidos das enzimas, que desestabilizam a molécula do substrato e facilitam o rompimento de laços covalentes *Sítio Ativo A extrema especificidade para os substratos e a alta eficiência catalítica das enzimas só é possível devido à existência de um ambiente adequado para a ocorrência das ligações. Esse ambiente é chamado de sítio ativo, que geralmente toma a forma de uma fenda ou bolso. Os sitos ativos, freqüentemente, empregam resíduos de mais dos monômeros que constituem a enzima. Os substratos se ligam ao sítio ativo em uma região complementar à porção do substrato que não sofrerá alteração química durante a reação. Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 *Quimiotripsina A catálise pela quimiotripsina, uma serino-protease, envolve a formação prévia de um intermediário, acil-enzima covalente. Um resíduo seril, altamente reativo, participa de uma rede de revezamento de cargas com a histidina e o aspartato. Bem separados na estrutura primária, esses resíduos estão, no sítio ativo, a uma distância pequena o suficiente para permitir a formação de ligações entre eles. Alinhados na ordem Asp-His-Ser, constituem uma “rede de revezamento de cargas” que funciona como um “leva-e-traz de prótons”. 1) O sistema de revezamento de cargas move um próton da Ser 195, transformando-a em um nucleófilo mais forte. 2) A Ser 195 ativada ataca a ligação peptídica, formando um intermediário transitório. 3) A liberação do peptídeo aminoterminal é facilitada pela doação de um próton ao grupo amino formado pela His 57, dando origem a um intermediário acil-Ser 195. 4) A His 57 e a Asp 102 colaboram para ativar uma molécula de água, que ataca a acil-Ser 195, formando um segundo intermediário 5) O sistema de revezamento de cargas doa um próton para a Ser 195, facilitando a degradação do intermediário para liberar o peptídeo carboxiterminal (6). Na quimotripsina, o bolsão é rodeado por resíduos de Gly, determinando a especificidade da enzima por resíduos aromáticos (região hidrofóbica). Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 *Regulação da atividade enzimática A regulação de toda uma via metabólica pode ser feita controlando uma enzima que catalise uma reação limitante da velocidade. A enzima ideal à intervenção reguladora é aquela cujo grau de eficiência catalítica faz a reação por ela catalisada ser lenta em relação a todas as outras etapas da reação. Assim, diminuir a quantidade ou a eficiência catalítica do catalisador responsável pela reação limitante reduz o fluxo metabólico ao longo de toda a via. A acetil- CoA carboxilase, por exemplo, catalisa a síntese de malonil-CoA, a primeira etapa da síntese dos ácidos graxos. Quando se inibe a síntese de malonil-CoA, cessam as reações susbsequentes da síntese dos ácidos graxos devido à falta de substratos. A regulação da atividade enzimática proporciona a coordenação dos processos metabólicos, resposta da célula às mudanças no seu ambiente, crescer e se diferenciar de uma maneira organizada. -Regulação por disponibilidade: A capacidade catalítica pode ser influenciada tanto pela alteração da quantidade de enzima presente quanto pela alteração de sua eficiência catalítica intrínseca. As proteínas se encontram em um estado de “equilíbrio dinâmico”, no qual são continuamente sintetizadas e degradadas. A quantidade absoluta de uma enzima reflete o equilíbrio final entra a velocidade da sua síntese e a velocidade da sua degradação. -Controle Alostérico: A atividade catalítica de uma enzima pode ser controlada por meio da variação da afinidade pela ligação ao substrato. E essa afinidade pode variar devido à ligação de uma molécula efetora seja ela estimulatória ou inibitória. A falta de similaridade estrutural entre um inibidor por retroalimentação e o substrato da enzima cuja atividade ele regula sugere que tais efetores não sejam isostéricos com o substrato, mas alostérico (“ocupam outro espaço”). As enzimas alostéricas são aquelas cuja atividade no sítio ativo pode ser modulada pela presença de efetores em um sítio alostérico. Na inibição por retroalimentação, entende-se que a inibição de uma enzima presente em uma via biossintética é feita pelo produto final daquela via. Por exemplo: Altas concentrações de D inibem a conversão de A em B. A inibição não resulta do “represamento” de intermediários, mas sim da capacidade que D tem de se ligar e inibir a Enz1. Tipicamente, D liga-se a um sítio alostérico, espacialmente distinto do sítio catalítico da enzima-alvo. Por isso, os inibidores por retroalimentação são efetores alostéricos, que tem pouca ou nenhuma similaridade estrutural com os substratos das enzimas que inibem. Nesse caso é um efetor alostérico negativo. Os inibidores por retroalimentação inibem, normalmente, o primeiro passo de determinada via biossintética. A aspartato transcarbamoilase é um exemplo de enzima alostérica inibida por retroalimentação pelo trifosfato de citidina (CTP). Nas enzimas alostéricas da série K, a cinética de saturação com o substrato é competitiva no sentido de que a elevação de Km não tem efeito sobre Vmáx.. Para as enzimas alostéricas da série V (não-competitivas), o inibidor alostéricodiminui Vmáx sem afetar Km. As alterações de Km e Vmáx provavelmente resultam de modificações conformacionais no sítio catalítico, induzidas pela ligação de um efetor alostérico ao sítio alostérico. Para uma enzima alostérica da séria K, essa alteração conformacional pode enfraquecer as ligações entre o substrato e os resíduos destinados à ligação ao substrato. Para uma enzima alostérica da série V, o efeito primário pode ser a alteração da orientação ou da carga dos resíduos catalíticos, diminuindo Vmáx. Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 Pepsina •polipeptídica com 325 aminoácidos •sítio catalítico: dois resíduos de Asp •existem 8 isoenzimas em mamíferos formando 2 grupos sorológicos Pepsinogênio •extensão N-terminal de 44 aminoácidos •produzido nas células principais do estômago e secretado juntamente com HCl •ativação ocorre em pH < 4, quando o fragmento N-terminal se desdobra e é clivado pelo sítio ativo da própria enzima Enzimas homotrópicas: o próprio substrato da enzima é o modulador da atividade enzimática. A ligação do substrato causa mudanças conformacionais na enzima que afetam outros sítios na proteína. Nessas enzimas, o sítio regulatório e o sítio ativo são os mesmo. -Regulação por modificações covalentes: As células carecem da capacidade de unir novamente dois fragmentos protéicos produzidos pela hidrólise de uma ligação peptídica, a proteólise, portanto, constitui uma modificação irreversível. Diferentemente da fosforilação que é um processo reversível, mas que também pode ser covalente. *Zimogênios Certas proteínas são sintetizadas e secretadas como proteínas precursoras inativas, conhecidas como proproteínas. As proproteínas das enzimas são denominadas proenzimas, ou zimogênios. Entre proproteínas então (pepsinogênio, tripsinogênio e quimotripsinogênio, além de vários fatores da cascata de coagulação sanguínea). -As enzimas intermitentes e rapidamente necessárias são, com frequência, secretadas sob a forma inicialmente inativa, já que o processo completo de secreção ou de síntese das proteínas necessárias poderia não ser suficientemente rápido para dar resposta a demanda fisiopatológica. -A proteólise seletiva envolve uma ou mais clivagens proteolíticas específicas. A proteólise seletiva freqüentemente resulta em alterações conformacionais que “criam” o sítio catalítico de uma enzima. -A conversão do zimogênio também pode resultar de alterações do pH ou temperatura do meio, ou ainda, da adsorção da protease à uma superfície negativa, resultando em mudança conformacional e auto-hidrólise pela própria protease. Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 *Modificações Covalentes Reversíveis Regulam Enzimas! Modificações (covalentes) como a glicosilação, hidroxilação introduzem, em proteínas sintetizadas recentemente, características estruturais. Entre as modificações covalentes que regulam a função da proteína, a mais comum é, de longe, a fosforilação- desfoforilação. Proteinocinases (ou só cinases) fosforilam proteínas catalisando a transferência de grupos fosforila terminais do ATP para os grupos hidroxila de resíduos seril, tironil e treonil (contêm OH nas cadeias laterais). Fosfatases catalisam a remoção, por hidrólise, dos grupos fosforila. A fosforilação-desfosforilação permite que as propriedades funcionais da enzima afetada sejam alteradas apenas enquanto ela serve a uma necessidade específica, para depois voltarem ao seu estado original. A fosforilação também pode mudar quimicamente uma enzima, tornando-a suscetível a formação de pontes salinas com resíduos de arginil, o que pode mudar a estrutura a e função da proteína. A função enzimática mais comumente afetada pela fosforilação é a eficiência catalítica. Entretanto, a fosforilação também pode alterar a localização da enzima dentro da célula, alterar sua suscetibilidade à degradação proteolítica. Em determinadas proteínas, a fosforilação pode aumentar a eficiência catalítica da enzima, convertendo-as na sua forma ativa, enquanto que a forforilaçao de outras as converte em suas formas inativas, ou ineficientes. Pepsina Aminopeptidase intestinal e dipeptidase Carboxipeptidase, tripsina, quimiotripsina Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 *Cascatas Enzimáticas Série de reações químicas onde os produtos formados são consumidos na reação seguinte. Cascata enzimática: Reações em seqüência, amplificação de sinal. O mediador final na cascata tem a sua concentração aumentada em milhares de vezes. Ex.: Fator VII ---> Fator X ----> Trombina -----> Fibrinogênio. 0,5mg/L 20mg/L 150mg/L 3000mg/L -Do sinalizador ao efetor, a concentração plasmática é muito ampliada. É necessária uma pequena concentração de proteínas sinalizadora para a produção de um grande efeito final. Coagulação: Havendo lesão na parede do vaso, o sangue entra em contato com muitas substâncias normalmente “escondidas” pelo endotélio: como o colágeno e o fator tissular. Ao primeiro, aderem-se muitas plaquetas, e, ao segundo, o fator VII, que se torna ativo, catalisando os fatores IX e X. O fator X, ativado, age no fator V formando o complexo do fator tissular ou complexo de iniciação (Fator tissular +f VIIa + fXa + fVa ), o qual age sobre a protrombina formando trombina (pouca quantidade). Porém, essa pequena quantidade formada já é suficiente para alterar a conformação das plaquetas aderidas ao colágeno, as quais passam para a conformação de uma esfera repleta de pseudópodes. Plaquetas ativadas atraem os fatores fXI, fV, fvW(Willenbrad)\fVIII + trombina ativadas. Esse conjunto inteiro libera substâncias, como o tromboxano A2, ativando outras plaquetas, as quais se aderem formando um agregado no local da lesão (tampão plaquetário). No tampão plaquetário ocorre a formação de dois outros fatores: o complexo tenase extrínsico (fIXa + fVIIIa) que ativa fator X em grandes quantidades, e o complexo protrombinase (fXa + fVa), o qual age sobre a protrombina formando trombina em grandes quantidades. Essa, finalmente, age sobre o fibrinogênio, formando fibrina, a qual atua prendendo as plaquetas no local lesionado, formando um coágulo estável. Antitrombina III: é um inibidor de trombina presente no plasma, atuando sobre o sítio ativo e depende de heparina. É uma inibição irreversível. Serpina: Inibidor de Serinoproteases. Hemofilias: Hemofilia A – deficiência em fator VIII Hemofilia B – deficiência em fator IX Hemofilia C – deficiência em fator XI Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 *Cinética Enzimática Descreve o mecanismo de uma reação catalisada através da determinação da velocidade da reação e como a reação se altera em função de alguns parâmetros experimentais, como concentração do substrato, pH, temperatura e inibição. Todas as enzimas aceleram a velocidade das reações pela criação de estados de transição cuja formação requer menos energia para ocorrer. Embora possam sofrer modificações transitórias, as enzimas emergem inalteradas ao término da reação. Portanto, a presença de uma enzima não tem nenhum efeito sobre a constante de equilíbrio da reação. S+E ESP+E A constante de Michaelis (Km) é a concentração de substrato na qual a Vi é a metade da máxima velocidade (Vmáx/2) possível em determinada concentração enzimática. Ex: Em uma reação em que a velocidade máxima é 100, a concentração de substrato [S] necessária para se atingir a metade da Vmáx (50) é a Km. Logo, quanto maior for Km, mais substrato é necessário para se atinger a metade da Vmáx, refletindo uma afinidade menor da enzima pelo substrato, ou vice-versa. Na constante de Michaelis, exatamente a metade das moléculas se encontram na forma enzima+substrato (ES). Cinética de Primeira ordem: ocorre quando a taxa de reação enzimática é proporcional a concentração de substrato; ocorre usualmente quando a [S] é baixa. Cinética de ordem Zero (endpoint): ocorre quando a taxa de reação enzimática é independente da concentração do substrato; ocorre usualmente com altas [S]. Para uma enzima típica, à medida que a concentração de substrato aumenta, Vi se eleva até alcançar um valor máximo. Quando aumentos adicionais na concentração de substrato já não elevam mais Vi, diz-se que a enzima está saturada pelo substrato (ponto C). O aumento da temperatura aumenta a atividade enzimática, pois há um aumento das possibilidades de choque e da agitação das moléculas. O aumento da temperatura é benéfico até certo ponto, pois em altas temperaturas há desnaturação protéica (no corpo humano 1ª ordem Ordem Zero Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 a curva começa a cair quando a temperatura ultrapassa 40ºC). Cada enzima terá seu máximo de atividade em determinado valor pH, chamado de pH ótimo da enzima. *A plotagem de Lineweaver-Burk É um gráfico que representa o inverso da equação de Michaelis –Menten e que permite relacionar Vmáx com Km. Gráfico representando uma inibição competitiva, em que há variação de Km, mas não há mudanças em Vmáx. Os efeitos dos inibidores competitivos podem ser sobrepujados pela elevação da [S]. Mais freqüentemente, na inibição competitiva, o inibidor (I) liga-se à porção de ligação do substrato no sítio ativo da enzima e bloqueia o acesso do substrato. Um inibidor competitivo age pela redução do número de moléculas de enzimas livres disponíveis. Enzimas alostéricas da séria K fazem inibição competitiva. Gráfico representando uma inibição não competitiva, em que há variação da Vmáx, mas não há mudanças de Km. Nessa inibição, a ligação do inibidor não afeta a ligação do substrato. Por isso, é possível a formação de ambos os complexos, EI e EIS. Entretanto, a eficiência na transformação do substrato em produto no caso de EIS é menor (reflexo na Vmáx). Enzimas alostéricas da série V fazem essa inibição. Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 *Catálise Enzimática Pode ser: 1. Catálise por proximidade: Quando uma enzima liga moléculas do substrato ao seu sítio ativo, cria-se uma região de alta concentração local de substrato. Esse ambiente também orienta espacialmente as moléculas do substrato, colocando-as em posição ideal para interagirem. 2. Catálise ácido-básica (transferência de prótons): Os grupos ionizáveis das cadeias laterais aminoacil e dos grupos prostéticos contribuem para a catálise agindo como ácidos ou bases. Existe a específica (responde a prótons ou íons hidroxila) e geral ( responde a todos os ácidos ou bases presentes). 3. Catálise por estiramento (interações iônicas ou intermediárias de reações de oxi-redução): As enzimas que catalisam reações líticas (de quebra) envolvendo a quebra de uma ligação unem-se tipicamente aos substratos em uma conformação desfavorável à manutenção da ligação que sofrerá clivagem. A distensão resultante estira ou distorce a ligação-alvo, enfraquecendo-a e tornando-a mais vulnerável à clivagem. 4. Catálise covalente (ligação covalente transitória): Formação de uma ligação covalente entre a enzima e um ou mais substratos. A enzima modificada torna-se, então, um reagente. A catálise covalente oferece à reação uma nova via cuja energia de ativação é mais baixa - e, portanto, mais rápida – que a da via da reação em solução homogênea. Entretanto, a modificação química da enzima é transitória. Ao término da reação a enzima retorna ao seu estado original. É comum em reações de transferência de grupos, com participação de resíduos da cisteína, serina e histidina. Ex. Quimiotripsina. Gráfico representando uma inibição acompetitiva, em que há variação da Vmáx e de Km. Nessa situação, o inibidor liga- se diretamente ao complexo ES, sem se ligar com a enzima livre. Gráfico representando uma inibição irreversível, em que há variação apenas de Vmáx. Nessa situação, o inibidor age irreversivelmente, modificando quimicamente a enzima. Estas modificações geralmente envolvem a formação ou ruptura de ligações covalentes em resíduos aminiacil essenciais à ligação com o substrato, à catálise ou à manutenção da conformação funcional da enzima. Exemplo de inibidor irreversível: átomos de metais pesados, reagente acilantes, haletos orgânicos e organofosforados (inseticidas). Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 * Evolução de Proteínas As estruturas primárias de uma dada proteína de espécies relacionadas e, mesmo entre proteínas de um mesmo organismo, são muito parecidas umas com as outras. Supondo que, de acordo com a teoria evolucionária, espécies relacionadas evoluíram a partir de um ancestral comum, então se conclui que cada uma das proteínas deve, da mesma maneira, ter evoluído a partir da proteína correspondente daquele ancestral comum. Ex: Citocromo C *Capacidade de mutação *Mecanismo de Evolução Proteica As células têm mecanismos genéticos que permitem aos genes serem duplicados e modificados por mutações pontuais no curso da evolução. Uma vez que surge uma proteína com propriedades superficiais importantes, a sua estrutura básica pode ser incorporada a muitas outras proteínas. Acredita-se que as famílias de muitas proteínas evoluíram de um único gene ancestral comum que se duplicou ao longo da evolução para originar outros genes, nos quais mutações foram gradualmente acumuladas, para produzir proteínas relacionadas com novas funções. Duplicação gênica: permite o surgimento de múltiplas cópias do mesmo gene, sendo que cada uma evolui independentemente. Isso explica porque proteínas com funções tão diferentes possuem estruturas similares. No processo de duplicação gênica um cromossomo adquire ambas as copias do gene primordial. É uma forma eficiente de evolução porque o gene pode desenvolver uma nova função por meio da seleção natural, ao passo que a sua outra copia continua a promover a síntese da proteína original. Genes resultantes desse processo são chamados de parálogos. Quinta aula: Evolução de Proteínas e Cascata Enzimática É possível visualizar, pelo gráfico, que certas proteínas sofrem/aceitam mais mutações que outras. A histona H4, por exemplo, se manteve praticamente a mesma ao longo dos anos, enquanto que a hemoglobina teve seus aminoácidos modificados ao longo do tempo. Uma explicação para isso seria que certas mudanças protéicas são incompatíveis com a vida.Como no caso da Histona H4, mudanças de aminoácidos não são aceitas, levando a degeneração da proteína. Ao passo que a hemoglobina, apesar de ter seus aminoácidos modificados, mantém sua função, sendo, portanto, viável. Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 *Semelhanças das Serino Proteases: (quimiotripsinogênio, Tripsinogênio e elastase). Círculos pretos representam aminoácidos idênticos nas três proteínas. Cerca de 40 % das posições em suas seqüências de aminoácidos são ocupadas pelo mesmo minoácidos. A maioria das enzimas da coagulação são serino-proteases, e cada uma possui uma função específica no processo de coagulação sanguínea. Provavelmente todas foram originadas a partir de um ancestral comum, pois apresentam domínios estruturais conservados em suas estruturas. Serinoproteases representam 1/3 de todas as proteases e são fundamentais na: hemostasia, na inflamação, na digestão, na sinalização celular e no processamento de proteínas. Ex: a quimiotripsina cliva ligações peptídicas no lado carboxiterminal dos grandes aminoácidos hidrofóbicos. Enquanto que a tripsina cliva ligações peptídicas no lado carboxiterminal dos aminoácidos básicos Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 *Tipos de Mudanças Mudança deletéria: a troca de um aminoácido acarreta em perda de função. Esse aminoácido é chamado de resíduo invariante, pois é necessário para a função da proteína. Mudança Conservativa: as alterações não acarretam perda de função por se tratar de AA com características físicas e químicas parecidas, como polaridade e carga. Resíduos conservativamente substituíveis. Mudança neutra/ silenciosa: alterações por aminoácidos bem diferentes, mas que não alteram a função da proteína, uma vez que não causam mudanças estruturais nela. Esses AA são chamados de resíduos hipervariáveis. *Warfarina É um raticida que provoca hemorragias; sendo que a vitamina K é usada no tratamento de envenenamento por warfarina. Na cascata de coagulação é necessário que alguns fatores assentem-se sobre a membrana. A vitamina K contribui para a formação de resíduos Gla (reação dependente da formação conjunta da vitamina K), que assentam fatores na membrana plasmática (fazem pontes com o cálcio). A warfarina inibe a reciclagem da vitamina K, ligando- se a enzima responsável por esse processo, causando sangramento. Ocorre a inibição da formação dos resíduos Gla, impedindo o assentamento de fatores na membrana plasmática, e conseqüentemente a coagulação. Com o uso de vitamina K em grandes quantidades, a warfarina se desliga da enzima e tudo começa a ocorrer normalmente. Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 *Geral A maioria dos exames é feito a partir do sangue recolhido do paciente, pois nele podemos encontrar proteínas que são encontrados normalmente em estado fisiológico e também proteínas que geralmente são encontradas em estado patológico (lesão tecidual, proliferação anormal,...). Proteínas produzidas por órgão, quando encontradas em níveis elevados no plasma sanguineo, é indicativo, por exemplo, de pancreatite, caso a proteína seja a lípase ou amilase, colecistite, caso a proteína encontrada seja bilirrubinas diretas ou fosfatase alcalina. A detecção de proteínas teciduais ou intracelulares no plasma por ser indicativo de infarto, ou de cirrose. *Dosagem No caso de enzimas, coloca-se o substrato, para depois avaliar o produto. Determina-se sua atividade em UI/L. UI= unidade internacional, mensura a quantidade de enzima ativa que converte 1micromol por minuto. Já as proteínas, pode-se quantificá-las separando-as das demais. Determina sua concentração em g/L. *Albumina Compreende ao redor de 60% das proteínas presentes no plasma humano. É importante para a regulação osmótica (contribuindo com 75-80% desse efeito), para transporte e armazenamento de ácidos graxos e esteróides e transporte de bilirrubina e fármacos. *Fosfatase Alcalina Sua forma predominante no soro provém do fígado e dos ossos. Parece estar associada com o transporte lipídico no intestino e com os processos de calcificação óssea. *Transaminases Também chamadas de aminotransferases (ALT e AST-80% encontrada nas mitocôndrias, alanina e aspartato transferase). Exercem papel central na síntese e degradação de aminoácidos e interconversão de aminoácidos a piruvato ou ácidos dicarboxílicos. *Gama-GT Catalisa a transferência de um grupo gama-glutamil de um peptídeo para outro peptídeo (envolvido no transporte de proteínas nas membranas plasmáticas). *Lactato Desidrogenase (LDH) É uma oxiredutase participante na interconversão do piruvato em lactato. Possui 5 isoenzimas (renal, cardíaca, hepática, muscular e neuronal). Um aumento de sua concentração no plasma pode indicar rompimento celular. *Creatinocinase (CK) Catalisa a formação da creatina fosfato (composto rico em energia, armazenado principalmente nas células musculares) *Hemoglobina Glicada (Hb A1c) Tipo de hemoglobina formada a partir de reações espontâneas não-enzimáticas e irreversíveis entre a hemoglobina e a glicose. A glicose reage com as cadeias β da hemoglobina. A meia vida da hemácia é de aproximadamente 120 dias. Esse exame é útil no diagnóstico do Diabetes descompensada por longos períodos, excluindo fatores episódicos como, por exemplo, o estresse. Sexta aula: Proteínas e Enzimas de interesse em diagnósticos Nícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 * Membros da família Bcl-2 Fazem parte desse grupo o Bcl-2, Bax, Bid, Bik,... Atuam tanto inibindo a apoptose, quanto induzindo a apoptose. A apoptose é a morte celular programada (hoje sabe-se que essa morte pode ser evitada e suprimida por outros estímulos) e um processo importante no desenvolvimento animal, servindo para: a) Escultura de estruturas; b) Deleção de estruturas desnecessárias; c) Controle do número de células; d) Eliminação de células anormais, deslocadas, não funcionais ou células potencialmente nocivas. Necrose Apoptose Estudos genéticos em nematelmintos revelaram a existência de 4 genes envolvidos na apoptose: a) Ced-3 b) Ced-4 c) Ced-9 d) EGL-1 -Por essa tabela, é possivel perceber que quando o ced-9 é modificado/inibido [ced-9 (PF)], há morte celular excessiva, logo, ced-9 deve ser um fator que bloqueia a apoptose: *Caspases São cisteíno-proteases responsáveis pelas modificações morfológicas características da apoptose. Atuam clivando ligações peptídicas após resíduos de aspartato. Sétima aula: Apoptose versus Necrose -Ocorre no desenvolvimento animal, homeostase tecidual e em algumas patologias. -As células se contraem e se condensam -Mantém a integridade da membrana e das organelas (são digeridas posteriormente) -Corpos apotóticos são fagocitados rapidamente -Não induz resposta inflamatória -Ocorre em lesões, como trauma ou isquemia -As células incham e se rompem -Ocorre extravasamento do conteúdo celular -Há indução de resposta inflamatóriaNícolas Bioni Stefano ATM 2015/2 Vias extrínsecas: - Células apresentam um "receptor de morte" na membrana (na forma monomérica) ligado a uma proteína adaptadora (FAD) que, por sua vez, está ligada a pro-caspase (forma inativa). Quando o receptor se liga a um sinalizador de morte, se trimeriza aproximando 3 pro-caspases 8 de forma que elas viram caspase 8 e caem no citosol. Essas caspases 8 ativam pro-cascapases 3,6 e 7 (também ativam-se ao reconhecer aspartatos). As caspases 3, 6 e 7 desencadeiam a apoptose. - Uma outra via é promovida por células T-citotóxicas. Essas células, sob regulação do sistema imunológico, têm a capacidade de liberar para o meio citotoxinas (proteínas tóxicas) como a porforina que forma um poro por onde entra a granzima B que, por sua vez ativa diretamente as caspases executoras (3, 6 e 7) Via intrínseca/mitocondrial: - Bcl-2 está regulando a saída do citocromo C (localizado no espaço intermembrana da mitocôndria). Qualquer dano ou interação da bcL-2 com proteínas pró-apoptóticas (que a inibe), provoca a saída do citocromo C e sua complexação com a Apaf-1 e pró-caspase 9. Várias pro- caspases 9 se aproximam e são ativadas. A caspase 9 ativa as caspases executoras 3,6 e 9. Além disso a caspase 8 ativa a Bid tBid que inibe a atividade da Bcl-2
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