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Direito Tributário p XIX Exame de Ordem OAB 8

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Aula 08
Direito Tributário p/ XIX Exame de Ordem - OAB
Professor: Fábio Dutra
Direito Tributário para XIX Exame da OAB 
Curso de Teoria e Questões 
Prof. Fábio Dutra- Aula 08 
 
Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 35 
AULA 08: Crédito Tributário e Lançamento; 
Modalidades de Lançamento e Hipóteses de 
Alteração 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
Observações sobre a aula 01 
Crédito Tributário 02 
Lançamento 03 
Alteração do Lançamento 12 
Modalidades de Lançamento 20 
Lista das Questões Comentadas em Aula 30 
Gabarito das Questões Comentadas em Aula 35 
 
Observações sobre a Aula 
 
 
 Olá, amigo(a). Tudo bem? 
 1HVVD� DXOD�� YDPRV� HVWXGDU� RV� WHPDV� ³&UpGLWR� 7ULEXWiULR´� H�
³/DQoDPHQWR´��EHP�Fomo os assuntos a eles relativos. 
 Avaliamos todas as questões da FGV e constatamos que, embora seja o 
assunto que mais cai nas provas da OAB, os temas que iremos abordar nesta 
aula ainda não foram cobrados. Mesmo assim, o estudo desta aula é essencial 
para a compreensão do crédito tributário! 
 Nosso objetivo é fazer uma preparação forte, para chegar na prova com 
tranquilidade! 
 Vamos começar? 
 
 
 
 
 
 
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Direito Tributário para XIX Exame da OAB 
Curso de Teoria e Questões 
Prof. Fábio Dutra- Aula 08 
 
Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 35 
1 ± CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 9RFr�Mi�RXYLX�IDODU�UHSHWLGDV�YH]HV�VREUH�R�³FUpGLWR�WULEXWiULR´�GXUDQWH�R�
nosso curso. Até o presente momento, você foi capaz de definir o que vem a 
ser crédito tributário? 
 Veremos isso a partir de agora! 
 2�WHUPR�³FUpGLWR�WULEXWiULR´�GHYH�VHU�OHPEUDGR�FRPR�crédito do Fisco e 
dívida do contribuinte. Logo, o Estado tem o direito ao recebimento do 
valor, e o contribuinte tem o dever de pagar o valor exigido pelo Fisco. 
 Ademais, deve-se destacar que o crédito tributário não se refere 
unicamente a tributo, mas também às dívidas decorrentes de multas 
tributárias. Isso se dá porque o crédito tributário decorre da obrigação 
tributária principal, e, como você já aprendeu em outra aula, esta tem por 
objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária (CTN, art. 113, 
§ 1º). 
 Nesse sentido, o art. 139 do CTN estabelece o seguinte: 
Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a 
mesma natureza desta. 
 É válido ressaltar que, embora o crédito tributário decorra da obrigação 
tributária, as circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão 
ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que 
excluem sua exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe deu 
origem (CTN, art. 140). 
Observação: Por mais que você não entenda tudo o que foi dito, no 
momento, é importante que você guarde que as modificações no crédito 
tributário não afetam a obrigação tributária. 
 Assim, relembrando a linha do tempo que já estudamos, quando o fato 
gerador ocorre, surge a obrigação principal, consistente no dever de pagar 
tributo ou penalidade pecuniária (multa). Contudo, para que a dívida se 
torne exigível (guarde essa palavra), é necessário que a autoridade 
administrativa realize o lançamento. 
 
O lançamento confere liquidez (quanto ao valor) e 
certeza (quanto à existência) à obrigação tributária 
principal, além de torná-la exigível. 
 
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Curso de Teoria e Questões 
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2 ± LANÇAMENTO 
 Para explicarmos melhor o que vem a ser o lançamento, nada melhor do 
que transcrevermos o art. 142 do CTN: 
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa 
constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o 
procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do 
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria 
tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o 
sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade 
cabível. 
 Com o surgimento da obrigação tributária, é necessário que alguém (a 
autoridade administrativa) com conhecimento da legislação aplicável defina o 
valor exato a ser pago de tributo ou multa, apurando a base de cálculo e 
aplicando sobre ela a alíquota vigente. Além disso, deve-se verificar quem é o 
sujeito passivo (contribuinte ou responsável) que possui o dever legal de pagar 
o montante devido. A esse procedimento, denominamos lançamento. 
 Para memorizar todo o procedimento de lançamento, guarde o seguinte 
mnemônico: 
 
 
 
 
 
 
 
 
A função do lançamento não é fazer nascer a dívida, mas 
sim torná-la exigível. 
 Embora o próprio art. 142 do CTN mencione que o lançamento é 
considerado um procedimento administrativo, o entendimento da doutrina 
é o de que se trata de um ato administrativo. 
V 
D 
C 
I 
P Propor aplicação da penalidade cabível (se for o caso) 
Determinar a matéria tributável 
Calcular o montante do tributo devido 
Identificar o sujeito passivo 
Verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária 
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 Ao estudar Direito Administrativo, você verá que os atos administrativos 
possuem certos requisitos para que se tornem válidos. Além disso, há também 
determinadas características ou atributos típicos dos atos administrativos. Com 
base nos conceitos oriundos do Direito Administrativo, é possível concluir 
que de fato o lançamento é um ato administrativo. 
 Para resolver as questões, o que você deve ter em mente é o seguinte: 
¾ O lançamento é um procedimento administrativo (se a questão não fizer 
ressalvas); 
¾ O lançamento é um ato administrativo, embora resulte de um 
procedimento, por possuir determinados requisitos de validade e 
características inerentes aos atos administrativos (se a questão se 
aprofundar na discussão, o que normalmente não ocorre). 
 Outro ponto de discussão seria a natureza do lançamento. 
Novamente, em vez de nos prolongarmos nos comentários, vou ensinar como 
o tema deve ser levado para a prova: o lançamento declara a obrigação 
tributária (verifica a ocorrência do fato gerador) já existente e constitui o 
crédito tributário (previsto no início do caput do art. 142). Portanto, pode-se 
dizer que o lançamento possui natureza jurídica mista. 
 
Lançamento = Natureza jurídica mista 
x Declara obrigação tributária; e 
x Constitui crédito tributário. 
2.1 ± Competência para lançar 
 O caput do art. 142, do CTN, apenas estabelece que compete 
privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo 
lançamento. Quem seria essa autoridade administrativa? Cabe ao legislador 
de cada ente federativo determinar. 
 
A rigor, a competência é exclusiva da autoridade 
determinada pelo legislador. 
Por conseguinte, não há possibilidade de delegação ou 
avocação. 
 
 
 
 
 
 
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Observação: 
Delegação: Ocorre quando uma pessoa delega a outra o exercício de uma 
atribuição. 
Avocação: Ocorre quando o superior hierárquico exerce temporariamente a 
competência de um subordinado. 
 A título de exemplo,em relação aos tributos de competência da União, 
cabe privativamente ao Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil o 
lançamento. Nos Estados ou Municípios, cabe ao Auditor-Fiscal Estadual ou 
Municipal, ou denominação equivalente. 
 Como decorrência disso, nem mesmo o juiz tem competência para 
realizar o procedimento previsto no art. 142 do CTN, culminando no 
lançamento. 
 Por fim, cabe ressaltar que, de acordo com o par. único do art. 142, do 
CTN, a atividade administrativa do lançamento é vinculada e obrigatória, sob 
pena de responsabilidade funcional. Isso significa que não há 
discricionariedade por parte da autoridade competente quanto ao lançamento, 
em decorrência do princípio da indisponibilidade do interesse público, 
visto em nossa aula inicial. 
 Aliás, nós vimos, quando do estudo do conceito de tributo (CTN, art. 3º), 
que a atividade de cobrança é plenamente vinculada. Como o lançamento é 
o procedimento para tornar a obrigação exigível, a atividade de 
lançamento também é vinculada. 
2.2 ± Legislação aplicável ao lançamento 
 Ao realizar o lançamento, a autoridade fiscal deve considerar a legislação 
material e a legislação formal. O que seria isso? 
 A legislação material (ou legislação substantiva) diz respeito, 
obviamente, aos aspectos materiais do lançamento, ou seja, refere-se à 
estrutura da obrigação tributária. Como exemplo, podemos citar a lei que 
define os fatos geradores, as bases de cálculo e alíquotas, o sujeito passivo da 
obrigação (contribuintes e responsáveis) etc. 
 A legislação formal (ou legislação adjetiva), por seu turno, trata dos 
procedimentos, dos aspectos formais, a serem levados a cabo pela 
autoridade administrativa no momento do lançamento. A título de exemplo, 
temos os poderes que possuem as autoridades lançadoras, os prazos para 
início e conclusão das atividades relativas ao lançamento, o modo de 
notificação ao contribuinte etc. 
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Aspectos materiais = Compõem a estrutura da 
obrigação tributária 
Aspectos formais = Relacionados aos procedimentos 
do lançamento 
 Essa distinção deve ser feita, pois o CTN estabeleceu critérios 
diferenciados para aplicação de cada uma. Vamos, então, ver quais foram os 
critérios definidos pelo legislador. 
2.2.1 ± Legislação aplicável em relação aos aspectos materiais 
 Vimos que, além de constituir o crédito tributário, o lançamento tem 
natureza declaratória, ou seja, declara a existência da obrigação tributária. 
Logo, quando a autoridade administrativa vai realizar o lançamento de 
determinado tributo, deve levar em consideração a legislação substantiva 
que se deve aplicar é a que estava em vigor na data da ocorrência do 
fato gerador (quando surgiu a obrigação tributária): 
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato 
gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que 
posteriormente modificada ou revogada. 
 Com isso, podemos dizer que o lançamento possui efeitos ex tunc, ou 
seja, efeitos retroativos. 
Observação: Lembre-se de que quando a lei já tenha sido revogada (não 
esteja mais vigente), ainda assim, neste caso específico, pode produzir 
efeitos futuros, fato que se denomina ultratividade da lei tributária. 
 Por exemplo, imagine que tenha ocorrido no mês de Janeiro de 2014 o 
fato gerador de um imposto, cuja alíquota era de 20%. No mês de março, uma 
nova lei alterou a alíquota do imposto para 30%. Digamos que em Janeiro de 
2015, a autoridade administrativa realizou o lançamento. Qual será a alíquota 
aplicada? Certamente, será 20% (alíquota vigente na data de ocorrência do 
fato gerador). 
 Perceba que a alíquota de 30% somente será aplicada aos fatos 
geradores que surgirem a partir do momento em que a lei que a 
alterou começar a produzir efeitos (não se confunde com a data de 
vigência, em respeito aos princípios da anterioridade e noventena). Logo, 
pode-se concluir que a legislação substantiva somente se aplica a fatos 
geradores futuros. 
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Não confunda: 
A legislação material somente se aplica aos fatos 
geradores futuros, pois ela deve estar vigente e 
produzindo efeitos no momento da ocorrência do fato 
gerador. Cumpre-se, assim, o princípio da 
irretroatividade tributária. 
Sob outra ótica, quando for realizado o lançamento, 
deve-se levar em consideração a legislação material 
vigente na data do fato gerador, ainda que já tenha sido 
revogada. 
 Cabe destacar que, de acordo com o § 2º do próprio art. 144, não se 
aplica o que acabamos de ver aos impostos lançados por períodos certos de 
tempo (IPVA e IPTU, por exemplo), desde que a lei fixe expressamente a 
data em que o fato gerador se considera ocorrido. 
 Vamos entender o que o legislador quis dizer com isso. O que vimos até 
agora foi que o lançamento deve utilizar como base a legislação vigente na 
data da ocorrência do fato gerador, correto? 
 Em relação aos impostos lançados por períodos certos de tempo, isso 
não se aplica se a lei fixar a data em que o fato gerador se considera ocorrido. 
Na prática, a situação não muda muito, já que, quando a lei fixar um momento 
em que o imposto se considera ocorrido, aplica-se a legislação que estiver em 
vigor nesse momento. 
 A título de exemplo, se o fato gerador do IPVA ocorre no dia 1º de 
Janeiro de cada ano, aplica-se ao lançamento a legislação que estiver em vigor 
nessa data. 
 Assim, na essência, a regra do § 2º do art. 144 não é uma exceção, mas 
deve ser memorizada para fins de prova! 
2.2.2 ± Legislação aplicável em relação aos aspectos formais 
 Além dos aspectos materiais, no momento do lançamento a autoridade 
deve respeitar regras formais. Para entender qual será a legislação aplicável 
em cada caso, vamos ver o que o legislador estabeleceu no § 1º do art. 144: 
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à 
ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos 
critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os 
poderes de investigação das autoridades administrativas, ou 
outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, 
neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade 
tributária a terceiros. 
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 Como já foi explicado, os aspectos formais dizem respeito aos 
procedimentos, não se relacionando com a estrutura da obrigação 
tributária. Por esse motivo, o legislador optou pela aplicação das regras 
formais vigentes na data do lançamento, ainda que tenham sido 
alteradas após a ocorrência do fato gerador. 
 Na redação desse parágrafo, percebe-se que os aspectos procedimentais 
estão relacionados a procedimentos de fiscalização, poderes de investigação e 
até mesmo maiores garantias e privilégios ao crédito tributário. 
Observação: 
Garantias do crédito tributário: tornam mais efetiva a atividade de 
cobrança dos tributos. 
 
Privilégios do crédito tributário: regras que outorgam prioridade de 
pagamento aos tributos, em detrimento de outras dívidas, quando há 
pluralidade de credores contra o devedor. 
 
x Nós estudaremos em momento oportuno as garantias e privilégios do 
crédito tributário. 
 Novamente, vamos analisara situação sobre outra ótica: se a autoridade 
administrativa deve aplicar a legislação formal em vigor no momento do 
lançamento, como este ocorre em data posterior ao fato gerador, pode-se 
dizer que a legislação alcança fatos geradores passados (anteriores a 
ela), mas que estão sendo objeto de apuração pela autoridade fiscal no 
momento do lançamento. 
 Imagine, como ocorrido exemplo anterior, que no mês de Janeiro de 
2014 ocorra o fato gerador de um imposto. A legislação que regulava os 
procedimentos formais a serem adotados pela autoridade administrativa era a 
/HL� ³$´�� (P� -XOKR� GH� ������ D� /HL� ³%´� UHYRJRX� D� /HL� ³$´�� DOWHUDQGR� RV�
procedimentos aplicáveis ao lançamento do referido imposto. Aí eu te 
pergunto: qual lei deve ser aplicada ao lançamento, realizado em Janeiro de 
����"�&HUWDPHQWH��p�D�/HL�³%´� 
 Veja que no momento do lançamento a autoridade fiscal aplicou a 
legislação em vigor nessa data (em obediência ao § 1º do art. 144). 
Analisando a situação sob outro ângulo, você será capaz de perceber também 
que D�/HL�³%´�DWLQJLX�IDWRV�JHUDGRUHV�SDVVDGRV��HP�FXMR�PRPHQWR�HVWDYD�HP�
vigor outra legislação formal �$�/HL�³$´�. Entendido? 
 
Não confunda! 
A legislação formal se aplica aos fatos geradores 
passados, pois o que importa é a legislação vigente na 
data do lançamento (pode ter havido alteração após o 
fato gerador). 
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 Contudo, há uma exceção: não pode ser aplicada a legislação que 
posteriormente à data da ocorrência do fato gerador da obrigação tenha 
atribuído responsabilidade tributária a terceiros. 
 Vamos entender a lógica dessa exceção. Nós aprendemos que o sujeito 
passivo da obrigação tributária é um aspecto material a ser levado em 
consideração no momento do lançamento. Sendo assim, não faz sentido 
inserir no pólo passivo da obrigação uma pessoa que, na data da 
ocorrência do fato gerador, não era obrigada a cumpri-la. Entendido? 
2.3 - Taxa de câmbio aplicável ao lançamento 
 Deve ser ressaltado também que, em alguns casos, o valor da base de 
cálculo do tributo é expresso em moeda estrangeira. Isso é comum nos 
tributos aduaneiros, sobretudo no imposto de importação. 
 Como a taxa de câmbio se altera diariamente, é necessário saber, no 
momento de realizar o lançamento, qual a taxa de câmbio a ser utilizada. 
 Como a taxa de câmbio influencia no valor do tributo devido (um aspecto 
material), o legislador do CTN optou por manter a mesma lógica da legislação 
relativa aos aspectos materiais: a data de ocorrência do fato gerador, 
lembrando que isso foi determinado ³VDOYR�GLVSRVLomR�GH�OHL�HP�FRQWUiULR´, 
conforme preceitua o art. 143 do CTN: 
 Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor 
 tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-
 se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da 
 ocorrência do fato gerador da obrigação. 
 Vamos esquematizar isso de forma bastante simples: 
 
 
 
 
 
 
 
Legislação vigente na data do fato gerador Aspectos Materiais 
Aspectos Formais Legislação vigente na data do lançamento 
Taxa de Câmbio Data do fato gerador 
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Questão 01 ± FGV/XVIII Exame de Ordem Unificado/2015 
 
Antônio, prestador de serviço de manutenção e reparo de instrumentos 
musicais, sujeito à incidência do Imposto Sobre Serviços (ISS), deixou de 
recolher o tributo incidente sobre fato gerador consumado em janeiro de 2013 
(quando a alíquota do ISS era de 5% sobre o total auferido pelos serviços 
prestados e a multa pelo inadimplemento do tributo era de 25% sobre o ISS 
devido e não recolhido). Em 30 de agosto de 2013, o Município credor aprovou 
lei que: 
(a) reduziu para 2% a alíquota do ISS sobre a atividade de manutenção e 
reparo de instrumentos musicais; e 
(b) reduziu a multa pelo inadimplemento do imposto incidente nessa mesma 
atividade, que passou a ser de 10% sobre o ISS devido e não recolhido. 
 
Em fevereiro de 2014, o Município X promoveu o lançamento do imposto, 
exigindo do contribuinte o montante de R$ 25.000,00 ± sendo R$ 20.000,00 
de imposto (5% sobre R$ 400.000,00, valor dos serviços prestados) e R$ 
5.000,00 a título de multa pela falta de pagamento (25% do imposto devido). 
Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. 
A) O lançamento está correto em relação ao imposto e à multa. 
B) O lançamento está incorreto tanto em relação ao imposto (que deveria 
observar a nova alíquota de 2%) quanto em relação à multa (que deveria ser 
de 10% sobre o ISS devido e não recolhido). 
C) O lançamento está correto em relação à multa, mas incorreto em relação ao 
imposto (que deveria observar a nova alíquota de 2%). 
D) O lançamento está correto em relação ao imposto, mas incorreto em 
relação à multa (que deveria ser de 10% sobre o ISS devido e não recolhido). 
 
Comentário: O Código Tributário Nacional estabelece que o lançamento 
reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei 
então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. Portanto, a 
alíquota aplicável ao ISS deve ser aquela que estava vigente na data do fato 
gerador, isto é, 5%. 
 
Quanto à aplicação da penalidade aplicável sobre o ISS devido e não recolhido, 
deve-se aplicar retroativamente a lei que reduzir o valor da penalidade, em 
UD]mR�GR�SUHYLVWR�QR�DUW�������,,��³F´��GR�&71��$VVLP�VHQGR��DSOLFD-se a multa 
de 10%, e não 25%. 
 
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Dessa forma, O lançamento está correto em relação ao imposto, mas incorreto 
em relação à multa (que deveria ser de 10% sobre o ISS devido e não 
recolhido). 
 
Gabarito: Letra D 
 
Questão 02 ± FGV/AFRE-RJ/2010 
 
Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato 
gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou 
processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades 
administrativas ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, 
exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária 
a terceiros. 
 
Comentário: Conforme estudamos, os aspectos formais dizem respeito aos 
procedimentos, não se relacionando com a estrutura da obrigação tributária. 
Por esse motivo, o legislador optou pela aplicação das regras formais vigentes 
na data do lançamento, ainda que tenham sido alteradas após a ocorrência do 
fato gerador. Questão correta. 
 
Questão 03 ± FGV/AFRE-RJ/2011 
 
A respeito do lançamento, é correto afirmar que por força de previsão legal, a 
autoridade administrativa tem o poder de delegar o lançamento tributário às 
entidades da administração pública indireta que sejam pessoas jurídicas de 
direito público. Nesse caso, são aplicáveis as disposições do CTN referentes à 
constituição do crédito tributário, que inclui, entre outras, a responsabilidade 
funcional do servidor público pelas informações prestadas ao fisco. 
 
Comentário: O caput do art. 142 assevera que compete privativamente à 
autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento. 
Sendo assim, o lançamento não é uma atividade que pode ser objeto de 
delegação. Questão errada.Questão 04 ± FGV/AFRE-RJ/2011 
 
A respeito do lançamento, é correto afirmar que se reporta à data de 
ocorrência do fato gerador e é regido pela lei então vigente, exceto se esta for 
posteriormente modificada ou revogada. Nesse caso, por força do princípio da 
supremacia do interesse público, ainda que a lei nova venha a prejudicar o 
contribuinte ou responsável pelo pagamento do tributo, ela será aplicável de 
imediato se entrar em vigor entre a data de ocorrência do fato gerador e a 
data do lançamento. 
 
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Comentário: O art. 144 do CTN preceitua que o lançamento reporta-se à data 
da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, 
ainda que posteriormente modificada ou revogada. Questão errada. 
 
Questão 05 ± FGV/CGE-MA-Auditor/2014 
 
Quanto ao lançamento, analise as afirmativas a seguir. 
 
I. É declaratório da obrigação tributária e constitutivo do crédito tributário. 
II. Pode ser revisto pela autoridade tributária, desde que haja erro de direito. 
III. É constitutivo da obrigação tributária e declaratório do crédito tributário. 
IV. É revisto de ofício pela autoridade administrativa quando determinado em 
lei. 
Assinale: 
a) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
b) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas. 
c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
e) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas. 
 
Comentário: 
 
Item I: O lançamento possui natureza jurídica mista, ou seja, declara a 
obrigação tributária e constitui o crédito tributário. Item correto. 
 
Item II: De acordo com o art. 146 do CTN, o lançamento não pode ser revisto 
por ter havido erro de direito. Item errado. 
 
Item III: Na verdade, o lançamento declara a obrigação tributária e constitui 
o crédito tributário. Item errado. 
 
Item IV: Conforme prevê o art. 149, I, do CTN, o lançamento é revisto de 
ofício quando a lei assim o determine. Item correto. 
 
Gabarito: Letra B 
 
Questão 06 ± CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011 
 
Em regra, caso o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, a 
conversão em moeda nacional deverá ser feita ao câmbio do dia do efetivo 
pagamento do tributo. 
 
Comentário: A conversão deve ser feita com base na taxa de câmbio da data 
do fato gerador da obrigação tributária. Questão errada. 
 
 
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Questão 07 ± CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011 
 
O crédito tributário surge com a ocorrência do fato gerador do tributo. 
 
Comentário: Na verdade, é a obrigação tributária que surge com a ocorrência 
do fato gerador do tributo. O crédito tributário é constituído pelo lançamento. 
Questão errada. 
 
Questão 08 ± CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012 
 
Considere que determinado crédito tributário tenha sido anulado por vício da 
notificação de lançamento. Nesse caso, a obrigação tributária, por estar 
vinculada ao referido crédito fiscal, é automaticamente declarada nula. 
 
Comentário: Nos termos do art. 140 do CTN, as circunstâncias que venham 
modificar o crédito tributário não afetam a obrigação tributária que lhe deu 
origem. Portanto, a questão está errada. 
 
Questão 09 ± CESPE/PROMOTOR-MP-ES/2010 
 
Se uma nova lei for publicada após a ocorrência do fato gerador de imposto 
não lançado por período certo de tempo, ampliando os poderes de investigação 
das autoridades administrativas, o lançamento será regido pela lei em vigor na 
data 
a) mais favorável ao sujeito passivo. 
b) de pagamento do tributo. 
c) da feitura do lançamento. 
d) da ocorrência do fato gerador. 
e) da cobrança do tributo. 
 
Comentário: A questão trata da legislação formal. O examinador tentou 
confundir o aluno, tentando inserir a informação de que o tributo é lançado 
³SRU� SHUtRGR� FHUWR� GH� WHPSR´�� 'H� TXDOTXHU� PRGR�� D� OHJLVODomo formal a ser 
aplicada ao lançamento é a que estiver em vigor na data deste. Portanto, a 
resposta é a Letra C. 
 
3 ± ALTERAÇÃO DO LANÇAMENTO 
 Após a conclusão do lançamento, para que este possa produzir efeitos 
em relação ao sujeito passivo, é necessário que haja a notificação do 
lançamento. Trata-se de comunicação oficial feita ao devedor por meio de 
notificação de lançamento ou mesmo por carnê de cobrança. 
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 Ao ser notificado, o contribuinte terá duas opções: quitar a obrigação 
ou impugnar o lançamento contra ele realizado. Obviamente, ele terá um 
prazo para agir diante da notificação. Portanto, antes de o contribuinte ser 
notificado da existência do crédito tributário, o lançamento não produz 
qualquer efeito (contagem do prazo para impugnação, por exemplo). 
 É por esse motivo que, antes da comunicação oficial, a autoridade 
administrativa pode alterar o lançamento para corrigir informações ou 
valores, já que o contribuinte ainda não foi informado da dívida tributária. 
Podemos dizer, então, que nesse período o lançamento é revisível. 
 
Até a notificação, a revisibilidade do lançamento é 
absoluta. 
 Com a notificação, a situação muda totalmente. A partir deste 
momento, a regra é a vedação da alteração do lançamento efetuado. 
Dizemos, neste caso, que o lançamento é presumidamente definitivo. 
 Contudo, tal presunção é relativa, já que o art. 145 do CTN, seguindo 
a lógica do que acabamos de ver, previu situações excepcionais que permitem 
a alteração do lançamento regularmente notificado. Senão, vejamos: 
Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só 
pode ser alterado em virtude de: 
I - impugnação do sujeito passivo; 
II - recurso de ofício; 
III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos 
previstos no artigo 149. 
 Vamos estudar cada uma dessas hipóteses de alteração do lançamento. 
Antes disso, seria interessante que você entendesse a seguinte dica de prova: 
DICA DE PROVA: Fique atento quando a questão mencionar o lançamento, 
afirmando que é definitivo. Ele é apenas presumidamente definitivo, pois 
pode ser alterado nas hipóteses do art. 145 do CTN. Como consequência, o 
crédito tributário também não está definitivamente constituído com o 
lançamento. 
 
 
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3.1 ± Impugnação do sujeito passivo (Art. 145, I) 
 Acabamos de estudar que, após ser notificado do lançamento efetuado, o 
sujeito passivo tem basicamente duas opções: pagar ou impugnar o 
lançamento. 
 Quando o sujeito passivo não concorda com o lançamento realizado, tem 
o direito de contestar, dentro de determinado prazo fixado na legislação 
tributária de cada ente, o lançamento por meio da impugnação. Instaura-
se, então, a fase litigiosa (ou contenciosa) do lançamento. 
 Se a decisão administrativa proferida for desfavorável ao sujeito passivo, 
tem ele a oportunidade de pagar e desistir do processo ou recorrer de forma 
voluntária ao órgão de segunda instância (recurso voluntário). 
Observação: Ainda que obtenha decisão desfavorávelna esfera 
administrativa, o contribuinte sempre pode se socorrer no âmbito do Poder 
Judiciário. 
 Veja que o art. 145 do CTN apenas citou a impugnação. Contudo, como 
acaba de se analisar, o sujeito passivo pode obter a alteração do 
lançamento tanto na impugnação como no recurso voluntário. 
 Para tornar a explicação mais clara, entenda que a impugnação se 
refere à contestação do lançamento efetuado e o recurso ocorre quando a 
decisão da autoridade julgadora é atacada. 
 
Deve-se destacar que, ao impugnar o lançamento ou ao 
oferecer o recurso voluntário, é possível que o valor do 
crédito tributário seja alterado, inclusive para 
maior, se for detectado erro no lançamento. 
3.2 ± Recurso de ofício (Art. 145, II) 
 Se a decisão administrativa proferida na primeira instância for 
desfavorável ao Fisco, fica sujeita ao recurso de ofício. Isso significa que o 
processo é encaminhado ao órgão de segunda instância para novo julgamento. 
 Nessa instância, o julgamento pode ser a favor do sujeito passivo 
novamente (em desfavor da Fazenda Pública) ou a favor do Fisco, hipótese 
em que ocorre alteração do lançamento. 
Observação: O recurso de ofício também pode vir em prova com a 
denominação reexame necessário, remessa necessária ou duplo grau 
obrigatório. 
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3.3 ± Iniciativa de ofício da autoridade fiscal (Art. 145, III) 
 As duas formas de alteração do lançamento estudadas acima decorrem 
da manifestação do sujeito passivo. A que vamos estudar neste tópico diz 
respeito à atuação da própria autoridade administrativa que efetuou o 
lançamento ou seu superior hierárquico. 
 Essa modalidade de alteração do lançamento está fundada no princípio 
da legalidade, segundo o qual a Administração Pública deve tomar as 
medidas necessárias para o fiel cumprimento da lei. Assim, se for 
constatada alguma ilegalidade no lançamento, a autoridade administrativa 
deve promover a alteração a fim de corrigi-lo, independentemente de 
provocação do sujeito passivo. 
 Nesse caso, deve ser ressaltado que a alteração ocorre de ofício. Isso 
significa que, caso se faça necessário, em cumprimento ao art. 145, III, a 
autoridade deve promover o lançamento de ofício. 
Observação: Nós já vimos em outra aula que existem três modalidades de 
lançamento, sendo a de ofício uma delas. Nesta aula, estudaremos todas 
elas detalhadamente. 
 Portanto, sempre que ocorrer alguma das situações previstas no art. 149 
do CTN, a autoridade deve fazer a alteração do lançamento de ofício, 
mesmo que o tributo tenha sido originariamente lançado por meio de outra 
modalidade de lançamento. 
 
Todo tributo pode ser lançado de ofício, caso ocorra 
alguma das hipóteses do art. 149 do CTN. 
 Destaque-se que tais alterações somente podem ser efetuadas, 
enquanto não estiver extinto o direito da Fazenda Pública pela 
decadência. 
 Por fim, uma dica para guardar as hipóteses previstas no art. 149 é, 
além de fazer reiteradas leituras como recomendado na aula inicial do curso, 
entender que quase todas as hipóteses representam algum vício no 
lançamento. A exceção é o inciso I, que estabelece a alteração quando a lei 
determinar. 
 Para facilitar a memorização, lembre-se das palavras-chave descritas a 
seguir (só irá funcionar se você ler a lei): 
x Quando a lei determinar (óbvio); 
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x Quando a declaração for entregue fora do prazo ou na forma prevista na 
legislação; 
x Deixar de atender pedido de esclarecimento da autoridade administrativa; 
x Falsidade, erro, inexatidão ou omissão; 
x Ação ou omissão que resulte em penalidade pecuniária (multas); 
x Dolo, fraude ou simulação; 
x Fato não conhecido ou não provado; 
x Fraude ou falta funcional da autoridade lançadora. 
Observação: O lançamento de multas é realizado pela lavratura de 
auto de infração, uma das formas de lançamento de ofício (art. 149, 
VI). Fique ligado, pois a questão da prova pode se referir à constituição do 
crédito tributário, citando o auto de infração. 
 Agora é com você! Leia o art. 149 e veja como tudo ficou mais fácil de 
ser compreendido e armazenado na memória. 
 Esquematizando: 
 
 
 
 
3.4 ± Alteração do Lançamento decorrente de erro de direito e erro de 
fato 
 Vejamos, inicialmente, o que diz o art. 146 do CTN: 
Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em conseqüência de 
decisão administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela 
autoridade administrativa no exercício do lançamento somente 
pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, 
quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução. 
 4XDQGR�R�OHJLVODGRU�IDOD�HP�³FULWpULRV�MXUtGLFRV´�DGRWDGRV�SHOD�DXWRULGDGH�
no lançamento, está se referindo à interpretação da legislação tributária 
aos casos concretos. 
 A interpretação de determinada norma pode ser alterada com o decorrer 
do tempo, já que a tecnologia, a sociedade e a economia, por exemplo, são 
fatores que se alteram, podendo resultar em outro modo de entender a lei 
tributária. Essa modificação nos critérios jurídicos é denominada erro de 
direito. 
Alteração de lançamento 
notificado 
Impugnação do sujeito passivo 
Recurso de ofício 
Iniciativa de ofício (CTN, art. 149) 
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 O dispositivo em análise tem por objetivo proteger a alteração do 
lançamento efetuado, com base em erro de direito, prestigiando a boa-fé do 
contribuinte que, ao fazer acontecer o fato gerador, tinha por base a 
interpretação anterior da lei tributária. 
 Portanto, as alterações nos critérios jurídicos, ou melhor, na 
interpretação da lei só pode ser feita, em relação ao mesmo sujeito passivo, 
quanto aos fatos geradores que vierem a ocorrer após a mudança na 
interpretação. 
 
A mudança nos critérios jurídicos possui efeitos ex nunc, 
aplicando-se apenas aos fatos geradores futuros. 
 Nesse sentido, o aluno deve memorizar que não cabe alteração de 
lançamento com base em erro de direito. 
 Vejamos o entendimento do STJ sobre o assunto: 
TRIBUTÁRIO - IMPORTAÇÃO - REVISÃO DE LANÇAMENTO POR ERRO DE 
DIREITO - SÚMULA 227/TFR. 
1. Em havendo na declaração do contribuinte erro de direito não 
detectado pelo Fisco, que a aceita integralmente, a mudança de 
entendimento constitui-se em alteração de critério vedada pelo CTN. 
2. Só a falsidade, o erro ou a omissão são capazes de provocar a 
revisão do lançamento com a conseqüente autuação do contribuinte. 
(STJ, REsp 171.119/SP, Segunda Turma, Rel. Min. Eliana Calmon, 
Julgamento em 07/08/2001) 
 Por outro lado, R� ³HUUR� GH� IDWR´�� TXDQGR� RFRUULGR�� GHYH� VHU�
indubitavelmente alterado, com base no art. 149 do CTN, respeitando, é 
claro, o prazo decadencial, conforme a regra prevista no par. único do mesmo 
artigo. 
 O erro de fato ocorre quando algum fato relevante deixa de ser levado 
em consideração no momento do lançamento ou mesmo quando as 
informações tomadas como base para o lançamento não correspondem à 
realidade. Como exemplo, imagine que o IPVA referente a um carro foi 
calculado sobre uma base de cálculo incorreta. Nesse caso, o lançamento deve 
ser alterado de ofício com base no art.149, VIII, do CTN. 
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Questão 10 ± FGV/SEAD-AP-Auditor/2010 
 
Em relação à revisão do lançamento regularmente notificado ao contribuinte, 
não é correto afirmar que: 
a) é possível quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a 
qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração 
obrigatória 
b) é possível nas hipóteses de erro de fato e desde que iniciada enquanto não 
extinto o direito da Fazenda Pública promover o lançamento. 
c) pode se dar em razão de impugnação do sujeito passivo. 
d) pode ser feita a qualquer tempo, sempre que caracterizado erro de direito. 
e) é cabível quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em 
benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação. 
 
Comentário: Preste atenção, pois o que se pede é a alternativa errada, ok? 
Vamos comentar cada uma delas: 
 
Alternativa A: Conforme prevê o art. 149, IV, do CTN, trata-se de hipótese de 
que permite a realização de lançamento ou revisão de ofício. Item correto. 
 
Alternativa B: O erro de fato, quando ocorrido, deve ser alterado, com base 
no art. 149 do CTN, respeitando, é claro, o prazo decadencial, conforme a 
regra prevista no par. único do mesmo artigo. Item correto. 
 
Alternativa C: A impugnação do sujeito passivo, nos termos do art. 145, I, do 
CTN, é uma das hipóteses que justificam a alteração de lançamento 
regularmente notificado ao contribuinte. Item correto. 
 
Alternativa D: De acordo com o art. 146, do CTN, não é possível alterar o 
lançamento efetuado, com base em erro de direito. Item errado. 
 
Alternativa E: De fato, cabe lançamento de ofício na hipótese aventada, nos 
termos do art. 149, VII, do CTN. Item correto. 
 
Gabarito: Letra D 
 
Questão 11 ± FGV/AFRE-RJ/2010 
 
O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo pode ser alterado a 
qualquer tempo em virtude da caracterização de erro de direito. 
 
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Comentário: Não se admite alteração de lançamento com base em erro de 
direito. É o que se depreende da redação do art. 146 do CTN. Questão errada. 
 
 
Questão 12 ± FCC/DPE-SP/2009 
 
A modificação dos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa 
no lançamento pode ser aplicada a todos os fatos geradores anteriores, que 
não foram objeto de lançamento, por constituir somente modificação 
interpretativa da lei. 
 
Comentário: A modificação dos critérios jurídicos adotados pela autoridade 
administrativa só pode ser aplicada em relação aos fatos geradores ocorridos 
após tal modificação. Trata-se do erro de direito. Questão errada. 
 
Questão 13 ± CESPE/JUIZ-TJ-PA/2012 
 
O lançamento não pode ser objeto de revisão. 
 
Comentário: O lançamento ainda não notificado pode ser revisado, sem 
restrições. No entanto, a partir da notificação ao sujeito passivo, o lançamento 
só pode ser alterado nos casos previstos no art. 145, I, II e III, do CTN. 
Questão errada. 
 
Questão 14 ± CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012 
 
O lançamento não poderá ser revisto de ofício pela autoridade administrativa 
caso a declaração não seja prestada por quem de direito, no prazo e na forma 
da legislação tributária. 
 
Comentário: De acordo com o art. 145, III, do CTN, o lançamento é revisto 
de ofício pela autoridade administrativa, nos casos previstos no art. 149. Nós 
vimos que o fato de a declaração não ser entregue no prazo e na forma (preste 
atenção nessas palavras-chave) faz com que o lançamento seja revisto de 
ofício. Questão errada. 
 
Questão 15 ± FGV/AFRE-RJ/2011 
 
A respeito do lançamento, é correto afirmar que quando o lançamento é 
regularmente notificado ao sujeito passivo, ele só pode ser alterado pela 
impugnação do sujeito passivo, por recurso de ofício, ou por iniciativa de ofício 
da autoridade administrativa, nos casos previstos expressamente no CTN. Não 
se pode esquecer que a revisão do lançamento somente pode ser iniciada 
enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública. 
 
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Comentário: A questão está perfeita. Vale lembrar que a revisão do 
lançamento, conforme disposto no par. único do art. 149, do CTN, só pode ser 
feita enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública. Questão correta. 
 
4 ± MODALIDADES DE LANÇAMENTO 
 Já sabemos que existem três, e apenas três, modalidades de 
lançamento. São elas: de ofício, por declaração e por homologação. 
 No CTN, eles foram disciplinados nos seguintes dispositivos: 
x Lançamento de ofício: Art. 149 
x Lançamento por declaração: Art. 147 
x Lançamento por homologação: Art. 150 
 
É a lei quem determina a modalidade de lançamento 
pela qual o tributo será lançado. 
 Vamos estudar cada uma delas a seguir. Vamos lá! 
4.1 ± Lançamento de ofício 
 No lançamento de ofício, o fisco possui dados suficientes para realizar o 
lançamento sem a participação do contribuinte. Assim, todo aquele 
procedimento (VDCIP) que compõe o lançamento é realizado pela autoridade 
administrativa. 
Observação: O lançamento de ofício também é denominado ex officio ou 
direto. 
 O art. 149 do CTN estabelece as situações que justificam a realização do 
lançamento ou sua revisão. Vimos isso quando estudamos as formas de 
alteração do lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo. 
 Pela leitura do art. 149 do CTN, nota-se que, mesmo quando o 
lançamento inicial tenha sido efetuado por outra modalidade (por declaração 
ou por homologação), pode haver revisão de ofício. Portanto, vale frisar que 
todo tributo, havendo alguma das irregularidades previstas no art. 
149, pode vir a ser lançado de ofício. 
 O que pode suscitar dúvida é que você estudou que alguns impostos 
estão sujeitos ao lançamento de ofício, mesmo não havendo irregularidade. 
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Isso é feito com base no art. 149, I, segundo o qual o lançamento é 
efetuado de ofício quando a lei determinar. 
 Como naquele momento nós vimos apenas os impostos que são lançados 
de ofício, vamos ampliar o nosso rol de exemplos. São lançados de ofício, entre 
outros, os seguintes tributos: 
x IPTU; 
x IPVA; 
x Taxas; 
x Contribuição de Melhoria; 
x Contribuições Corporativas (de interesse das categorias profissionais ou 
econômicas); 
x Contribuição de Iluminação Pública. 
 
Não há nenhuma norma geral que determine quais os 
tributos que devem ser lançados de ofício. O art. 149, I, 
permite que a lei de cada ente federativo venha 
definir se será ou não de ofício. 
4.2 ± Lançamento por declaração 
 Na sistemática do lançamento por declaração (ou misto), o sujeito 
passivo atua mais intensamente, auxiliando a autoridade administrativa 
com as informações necessárias para efetuar o lançamento. 
 Nessa modalidade lançamento, o contribuinte fica obrigado a prestar 
declaração com informações sobre a matéria de fato (valor, data de 
ocorrência do fato gerador, informações pessoais etc.). Com base nas 
informações fornecidas pelo contribuinte, a autoridadeprovidencia o 
lançamento, notificando-o para pagamento. 
 
A entrega de declaração constitui típica obrigação 
acessória. 
 Um aspecto pertinente a essa modalidade de lançamento é a retificação 
da declaração, quando provocada pelo próprio declarante. Vamos ver o que o 
CTN estabelece sobre o assunto: 
Art. 147: 
 (...) 
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§ 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, 
quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível 
mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de 
notificado o lançamento. 
§ 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão 
retificados de ofício pela autoridade administrativa a que 
competir a revisão daquela. 
 Portanto, prestada a declaração pelo sujeito passivo, só pode ser feita 
alteração, com o intuito de reduzir ou excluir tributo, antes da notificação. 
Além disso, o contribuinte deve provar que a declaração realmente 
continha erros. 
Observação: Veja que para aumentar tributo (embora isso seja difícil de 
ocorrer na prática) não há tal restrição. 
 Caso a declaração contenha erros, e o contribuinte não consiga 
retificá-la por já ter sido notificado, poderá apresentar impugnação, 
conforme estudamos no art. 145, I, do CTN. 
 Pode acontecer também de a autoridade administrativa, ao analisar a 
declaração prestada pelo contribuinte, detectar erros. Nesse caso, a retificação 
ocorrerá de ofício, com base no § 2º do art. 147, do CTN. 
 Por fim, como exemplo de lançamento por declaração temos o ITBI. 
4.2.1 ± A técnica do arbitramento 
 O art. 148 do CTN prevê a possibilidade de se realizar o lançamento por 
arbitramento nas seguintes hipóteses: 
Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em 
consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos 
jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular, 
arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou 
não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os 
documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente 
obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação 
contraditória, administrativa ou judicial. 
 Portanto, sempre que o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou 
atos jurídicos fornecidos pelo contribuinte por meio das declarações não 
merecerem ou forem omissos, a autoridade administrativa deverá realizar 
o arbitramento. 
 Um exemplo prático seria o de um contribuinte que adquire imóvel de 
luxo, por um preço de R$ 2.000.000,00, declarando ao fisco que a operação foi 
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de R$ 100.000,00, para escapar da tributação do ITBI. O fisco, ao detectar que 
a declaração do sujeito passivo não merece fé, arbitrará o valor mais próximo 
da realidade. 
 
O arbitramento não é considerado como uma modalidade 
de lançamento, mas sim como técnica para definição 
da base de cálculo. 
 Uma das maneiras de efetuar o arbitramento é por meio das pautas 
fiscais, sendo esta semelhante a uma tabela dos valores aproximados dos 
produtos, utilizada para definir a base de cálculo do tributo. 
 Contudo, o uso da pauta fiscal é restrito às hipóteses previstas no art. 
148 do CTN, não podendo ser utilizada como presunção absoluta de 
valor, ou seja, quando for possível apurar o valor real da base de cálculo, isso 
deve ser feito. 
 Nesse sentido, como já foi citado em outra aula, o STJ já decidiu o 
seguinte: 
Súmula STJ 431 - É ilegal a cobrança de ICMS com base no valor da 
mercadoria submetido ao regime de pauta fiscal. 
 Na verdade, o que o STJ considerou ilegal foi o uso indiscriminado dessa 
técnica para apuração da base de cálculo do ICMS. 
DICA DE PROVA: Se uma questão transcrever a Súmula 431 do STJ, você 
pode considerar correta, sem pestanejar. 
 Deve ser destacado, em tempo, que o lançamento por arbitramento 
não possui natureza punitiva, embora seja utilizado em situações em que o 
contribuinte seja inidôneo ou omisso. 
 Por fim, não cometa o equívoco de imaginar que o imposto de renda das 
pessoas físicas (IRPF) é lançado por declaração, pelo fato de haver aquela 
famosa declaração a ser entregue à Receita Federal. 
 Repare a diferença: no lançamento por declaração, o contribuinte presta 
as informações e aguarda o lançamento da autoridade fiscal bem como a 
notificação para pagamento. Por outro lado, no caso do IRPF, o contribuinte 
prepara a declaração, antecipa o pagamento sem prévio exame da autoridade 
administrativa, e esta apenas faz a posterior conferência, homologando o 
procedimento. Trata-se, pois, de lançamento por homologação, estudado 
no tópico a seguir. 
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No lançamento por declaração, a atividade do 
contribuinte consiste em informar a autoridade. 
No lançamento por homologação, a atividade do 
contribuinte consiste em antecipar o pagamento. 
4.3 ± Lançamento por homologação 
 O lançamento por homologação, também denominado 
³autolançamento´� WHP� FRPR� FDUDFWHUtVWLFD� LQWUtQVHFD� D� LQWHQVD� DWXDomR� GR�
sujeito passivo no procedimento. Vejamos o que diz o caput do art. 150: 
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos 
tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de 
antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade 
administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, 
tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo 
obrigado, expressamente a homologa. 
 Como já foi visto, no lançamento por homologação o sujeito passivo 
antecipa o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, sendo 
que esta, ao conferir a exatidão dos valores recolhidos, realiza a 
homologação do pagamento. 
 
Ainda que o contribuinte participe intensamente desse 
procedimento, guarde que o lançamento por 
homologação continua sendo privativo da 
autoridade administrativa. 
 No § 1º do art. 150, o legislador afirmou que o pagamento 
antecipado extingue o crédito tributário, sob condição resolutória da 
ulterior homologação. Na realidade, a redação foi imprecisa, pois nós 
aprendemos que a condição resolutória, caso seja implementada, desfaz os 
efeitos de algo. 
 Em vez de afirmar que a homologação do pagamento desfaz os efeitos 
da extinção do pagamento (na prática, ela não desfaz, mas torna os efeitos 
GHILQLWLYRV��� GHYHULD� WHU� GLWR� TXH� ³VRE� FRQGLomR� UHVROXWyULD� GD� QmR�
KRPRORJDomR´� 
Observação: É importante que você entenda a essência, mas nunca se 
esqueça que em prova, se vier literal, está correto! 
 Nesse contexto, fortalecendo a tese por nós estudada, o § 2º do mesmo 
artigo 150 estabeleceu que quaisquer atos praticados pelo sujeito passivo ou 
terceiro, anteriores à homologação, com o objetivo de extinguir total ou 
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parcialmente o crédito, não influem sobre a obrigação tributária. O que 
isso significa? A obrigação continua existindo! 
 Nessa esteira, se a autoridadeadministrativa detectar que os valores 
declarados e pagos não condizem com o montante devido, cabe a ela lançar 
a diferença de ofício, com base no art. 149, V, do CTN. Dissemos que deve 
ser lançada apenas a diferença, pois o § 3º assegura que o que foi pago deve 
ser pago na apuração do saldo devido, inclusive para fins de aplicação de 
penalidades. 
 Ainda sobre a homologação do pagamento, deve-se destacar que pode 
ser expressa ou tácita. Para ficar mais claro, vamos ver o que estabelece o § 
4º do art. 150, do CTN: 
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco 
anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo 
sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se 
homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, 
salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. 
 A que se refere esse prazo de 5 anos? Você se lembra da decadência? 
Esse é o prazo decadencial para o fisco verificar o que foi pago e, sendo o 
caso, lançar de ofício eventuais diferenças. 
 Sendo assim, se decorrer o prazo quinqüenal, o lançamento é 
considerado homologado tacitamente, não havendo possibilidade de se 
constituir as diferenças porventura cabíveis. 
 Como o assunto se refere ao instituto da decadência, vamos deixar para 
aprofundar o tema no momento certo, a fim de evitar confusões. 
 Por hora, é apenas necessário que você saiba que a homologação é 
expressa, se for feita dentro do prazo de cinco anos, contado da ocorrência 
do fato gerador, ou tácita, caso não ocorra dentro do referido prazo. 
 Deve ser guardado, ainda, que tal prazo não se aplica se for 
comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. 
 É importante dizer também que o CTN permita que outra lei venha fixar 
o prazo para homologação. Como vimos, trata-se de prazo decadencial. Sendo 
assim, a referida lei deve ser complementar, seguindo o comando previsto 
no art. 146, III, b, da CF/88. 
 Antes de encerrar o estudo do lançamento por homologação, cabe 
destacar que o entendimento do STJ é que a entrega de declaração (obrigação 
acessória criada para tributos sujeitos a esta modalidade de lançamento) pelo 
contribuinte constitui o crédito tributário. Vejamos o que diz a Súmula 436: 
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Súmula STJ 436 - A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo 
débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra 
providência por parte do fisco. 
 Portanto, ao entregar a declaração, o contribuinte reconhece a dívida 
que tem com o fisco. A consequência disso, para o STJ, é de que cessa a 
contagem do prazo decadencial. 
 Vamos esquematizar as modalidades de lançamento, conforme o grau de 
participação do sujeito passivo no procedimento: 
 
 
 
 
 
 
Questão 16 ± FGV/AFRE-RJ/2010 
 
De acordo com a redação do CTN o lançamento por homologação é aquele 
efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um 
ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa 
informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. 
 
Comentário: Trata-se, na verdade, do lançamento por declaração. A questão 
abordou o art. 147 do CTN. Questão errada. 
 
Questão 17 ± FGV/AFRE-RJ/2011 
 
A respeito do lançamento, é correto afirmar que um dos casos em que o 
lançamento é considerado de declaração ocorre quando se comprove falsidade, 
erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária 
como sendo de declaração obrigatória. 
 
Comentário: Trata-se de hipótese de lançamento de ofício, nos termos do art. 
149, IV, do CTN. Questão errada. 
 
Modalidades de 
Lançamento 
De ofício 
Por homologação 
Por declaração 
Participação do 
sujeito passivo 
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Questão 18 ± CESPE/JUIZ FEDERAL-2ª REGIÃO/2011 
 
Supondo que um contribuinte faça à Receita Federal do Brasil uma declaração 
para efeitos de cálculo de determinado imposto, assinale a opção correta. 
a) O tributo será, obrigatoriamente lançado por homologação. 
b) Se a declaração não atender à forma prevista na legislação tributária, o 
lançamento deverá ser feito por homologação, após a devida correção formal 
da declaração. 
c) Sendo o tributo lançado por homologação, se a Receita Federal verificar que 
o tributo está subdimensionado, deverá cobrar a diferença por meio de um 
lançamento de ofício. 
d) O tributo será, obrigatoriamente, lançado por declaração. 
e) O tributo poderá ser lançado por declaração ou por homologação, à escolha 
da Receita Federal. 
 
Comentário: 
 
Alternativa A: A questão não traz informações suficientes para afirmar a 
modalidade de lançamento. Poderia ser, por exemplo, por declaração ou até 
mesmo de ofício, caso a declaração esteja inexata. Item errado. 
 
Alternativa B: Lembre-se das palavras-chave. Se a declaração não atender à 
forma prevista na legislação tributária (CTN, art. 149, II), deve-se efetuar o 
lançamento de ofício. Item errado. 
 
Alternativa C: Como vimos, as eventuais diferenças constadas (CTN, art. 149, 
V) pela autoridade administrativa devem ser lançadas de ofício. Item correto. 
 
Alternativa D: Da mesma forma que comentamos na Alternativa A, não se 
pode afirmar qual a modalidade de lançamento que deve ser aplicada ao caso 
apresentado. Item errado. 
 
Alternativa E: Quem define a modalidade de lançamento a ser adotada é a 
lei, e não a RFB. Item errado. 
 
Gabarito: Letra C 
 
Questão 19 ± CESPE/JUIZ-TJ-PA/2012 
 
A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui 
o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco. 
 
Comentário: A questão transcreve a literalidade da Súmula 436 do STJ. 
Questão correta. 
 
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Questão 20 ± CESPE/JUIZ-TJ-PA/2012 
 
A iniciativa do lançamento por declaração é da autoridade administrativa e 
independe de qualquer colaboração do sujeito passivo. 
 
Comentário: O lançamento que independe da colaboração do sujeito passivo 
é o lançamento de ofício. No lançamento por declaração, como o próprio nome 
diz, o sujeito passivo deve prestar declarações ao fisco, de forma a subsidiar o 
lançamento. Questão errada. 
 
Questão 21 ± FGV/AFRE-RJ/2011 
 
A respeito do lançamento, é correto afirmar que o lançamento do Imposto de 
Renda é tido como lançamento por declaração. Nesse tipo de lançamento, o 
sujeito passivo tem o dever de, se for o caso, antecipar o pagamento sem o 
prévio exame da autoridade administrativa. Esse pagamento extingue o crédito 
tributário, sob condição de posterior homologação do lançamento pela 
autoridade fazendária, que tem 5 (cinco) anos para tanto, caso a lei não fixe 
prazo determinado. 
 
Comentário: Está tudo correto na questão, com exceção da modalidade do 
lançamento, que neste caso é por homologação. Repare que o aluno nem 
precisava saber na prática como funciona o IR. Bastava lembrar que, se há 
antecipação de pagamento, trata-se de lançamento por homologação. Questão 
errada. 
 
Por hoje é só, colega! 
 
Estude bastante a aula de hoje, pois o conhecimento desta será essencial para 
a próxima! 
 
Um abraço, 
 
Prof. FábioDutra 
Email: fabiodutra08@gmail.com 
Facebook: http://www.facebook.com/ProfFabioDutra 
 
 
 
 
 
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6 ± LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA 
 
Questão 01 ± FGV/XVIII Exame de Ordem Unificado/2015 
 
Antônio, prestador de serviço de manutenção e reparo de instrumentos 
musicais, sujeito à incidência do Imposto Sobre Serviços (ISS), deixou de 
recolher o tributo incidente sobre fato gerador consumado em janeiro de 2013 
(quando a alíquota do ISS era de 5% sobre o total auferido pelos serviços 
prestados e a multa pelo inadimplemento do tributo era de 25% sobre o ISS 
devido e não recolhido). Em 30 de agosto de 2013, o Município credor aprovou 
lei que: 
(a) reduziu para 2% a alíquota do ISS sobre a atividade de manutenção e 
reparo de instrumentos musicais; e 
(b) reduziu a multa pelo inadimplemento do imposto incidente nessa mesma 
atividade, que passou a ser de 10% sobre o ISS devido e não recolhido. 
 
Em fevereiro de 2014, o Município X promoveu o lançamento do imposto, 
exigindo do contribuinte o montante de R$ 25.000,00 ± sendo R$ 20.000,00 
de imposto (5% sobre R$ 400.000,00, valor dos serviços prestados) e R$ 
5.000,00 a título de multa pela falta de pagamento (25% do imposto devido). 
Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. 
A) O lançamento está correto em relação ao imposto e à multa. 
B) O lançamento está incorreto tanto em relação ao imposto (que deveria 
observar a nova alíquota de 2%) quanto em relação à multa (que deveria ser 
de 10% sobre o ISS devido e não recolhido). 
C) O lançamento está correto em relação à multa, mas incorreto em relação ao 
imposto (que deveria observar a nova alíquota de 2%). 
D) O lançamento está correto em relação ao imposto, mas incorreto em 
relação à multa (que deveria ser de 10% sobre o ISS devido e não recolhido). 
 
Questão 02 ± FGV/AFRE-RJ/2010 
 
Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato 
gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou 
processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades 
administrativas ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, 
exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária 
a terceiros. 
 
Questão 03 ± FGV/AFRE-RJ/2011 
 
A respeito do lançamento, é correto afirmar que por força de previsão legal, a 
autoridade administrativa tem o poder de delegar o lançamento tributário às 
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entidades da administração pública indireta que sejam pessoas jurídicas de 
direito público. Nesse caso, são aplicáveis as disposições do CTN referentes à 
constituição do crédito tributário, que inclui, entre outras, a responsabilidade 
funcional do servidor público pelas informações prestadas ao fisco. 
 
Questão 04 ± FGV/AFRE-RJ/2011 
 
A respeito do lançamento, é correto afirmar que se reporta à data de 
ocorrência do fato gerador e é regido pela lei então vigente, exceto se esta for 
posteriormente modificada ou revogada. Nesse caso, por força do princípio da 
supremacia do interesse público, ainda que a lei nova venha a prejudicar o 
contribuinte ou responsável pelo pagamento do tributo, ela será aplicável de 
imediato se entrar em vigor entre a data de ocorrência do fato gerador e a 
data do lançamento. 
 
Questão 05 ± FGV/CGE-MA-Auditor/2014 
 
Quanto ao lançamento, analise as afirmativas a seguir. 
 
I. É declaratório da obrigação tributária e constitutivo do crédito tributário. 
II. Pode ser revisto pela autoridade tributária, desde que haja erro de direito. 
III. É constitutivo da obrigação tributária e declaratório do crédito tributário. 
IV. É revisto de ofício pela autoridade administrativa quando determinado em 
lei. 
Assinale: 
a) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
b) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas. 
c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
e) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas. 
 
Questão 06 ± CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011 
 
Em regra, caso o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, a 
conversão em moeda nacional deverá ser feita ao câmbio do dia do efetivo 
pagamento do tributo. 
 
Questão 07 ± CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011 
 
O crédito tributário surge com a ocorrência do fato gerador do tributo. 
 
 
 
 
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Questão 08 ± CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012 
 
Considere que determinado crédito tributário tenha sido anulado por vício da 
notificação de lançamento. Nesse caso, a obrigação tributária, por estar 
vinculada ao referido crédito fiscal, é automaticamente declarada nula. 
 
Questão 09 ± CESPE/PROMOTOR-MP-ES/2010 
 
Se uma nova lei for publicada após a ocorrência do fato gerador de imposto 
não lançado por período certo de tempo, ampliando os poderes de investigação 
das autoridades administrativas, o lançamento será regido pela lei em vigor na 
data 
a) mais favorável ao sujeito passivo. 
b) de pagamento do tributo. 
c) da feitura do lançamento. 
d) da ocorrência do fato gerador. 
e) da cobrança do tributo. 
 
Questão 10 ± FGV/SEAD-AP-Auditor/2010 
 
Em relação à revisão do lançamento regularmente notificado ao contribuinte, 
não é correto afirmar que: 
a) é possível quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a 
qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração 
obrigatória 
b) é possível nas hipóteses de erro de fato e desde que iniciada enquanto não 
extinto o direito da Fazenda Pública promover o lançamento. 
c) pode se dar em razão de impugnação do sujeito passivo. 
d) pode ser feita a qualquer tempo, sempre que caracterizado erro de direito. 
e) é cabível quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em 
benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação. 
 
Questão 11 ± FGV/AFRE-RJ/2010 
 
O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo pode ser alterado a 
qualquer tempo em virtude da caracterização de erro de direito. 
 
Questão 12 ± FCC/DPE-SP/2009 
 
A modificação dos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa 
no lançamento pode ser aplicada a todos os fatos geradores anteriores, que 
não foram objeto de lançamento, por constituir somente modificação 
interpretativa da lei. 
 
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Questão 13 ± CESPE/JUIZ-TJ-PA/2012 
 
O lançamento não pode ser objeto de revisão. 
 
Questão 14 ± CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012 
 
O lançamento não poderá ser revisto de ofício pela autoridade administrativa 
caso a declaração não seja prestada por quem de direito, no prazo e na forma 
da legislação tributária. 
 
Questão 15 ± FGV/AFRE-RJ/2011 
 
A respeito do lançamento, é correto afirmar que quando o lançamento é 
regularmente notificado ao sujeito passivo, ele só pode ser alterado pela 
impugnação do sujeito passivo, por recurso de ofício, ou por iniciativa de ofícioda autoridade administrativa, nos casos previstos expressamente no CTN. Não 
se pode esquecer que a revisão do lançamento somente pode ser iniciada 
enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública. 
 
Questão 16 ± FGV/AFRE-RJ/2010 
 
De acordo com a redação do CTN o lançamento por homologação é aquele 
efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um 
ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa 
informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. 
 
Questão 17 ± FGV/AFRE-RJ/2011 
 
A respeito do lançamento, é correto afirmar que um dos casos em que o 
lançamento é considerado de declaração ocorre quando se comprove falsidade, 
erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária 
como sendo de declaração obrigatória. 
 
Questão 18 ± CESPE/JUIZ FEDERAL-2ª REGIÃO/2011 
 
Supondo que um contribuinte faça à Receita Federal do Brasil uma declaração 
para efeitos de cálculo de determinado imposto, assinale a opção correta. 
a) O tributo será, obrigatoriamente lançado por homologação. 
b) Se a declaração não atender à forma prevista na legislação tributária, o 
lançamento deverá ser feito por homologação, após a devida correção formal 
da declaração. 
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c) Sendo o tributo lançado por homologação, se a Receita Federal verificar que 
o tributo está subdimensionado, deverá cobrar a diferença por meio de um 
lançamento de ofício. 
d) O tributo será, obrigatoriamente, lançado por declaração. 
e) O tributo poderá ser lançado por declaração ou por homologação, à escolha 
da Receita Federal. 
 
Questão 19 ± CESPE/JUIZ-TJ-PA/2012 
 
A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui 
o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco. 
 
Questão 20 ± CESPE/JUIZ-TJ-PA/2012 
 
A iniciativa do lançamento por declaração é da autoridade administrativa e 
independe de qualquer colaboração do sujeito passivo. 
 
Questão 21 ± FGV/AFRE-RJ/2011 
 
A respeito do lançamento, é correto afirmar que o lançamento do Imposto de 
Renda é tido como lançamento por declaração. Nesse tipo de lançamento, o 
sujeito passivo tem o dever de, se for o caso, antecipar o pagamento sem o 
prévio exame da autoridade administrativa. Esse pagamento extingue o crédito 
tributário, sob condição de posterior homologação do lançamento pela 
autoridade fazendária, que tem 5 (cinco) anos para tanto, caso a lei não fixe 
prazo determinado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6 ± GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA 
 
 
 
 
1 LETRA D 8 ERRADA 15 CORRETA 
2 CORRETA 9 LETRA C 16 ERRADA 
3 ERRADA 10 LETRA D 17 ERRADA 
4 ERRADA 11 ERRADA 18 LETRA C 
5 LETRA B 12 ERRADA 19 CORRETA 
6 ERRADA 13 ERRADA 20 ERRADA 
7 ERRADA 14 ERRADA 21 ERRADA 
 
 
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