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Sistema locomotor - ossos João Chrysostomo de Resende Júnior 2015 - 1 1. Introdução ao estudo do esqueleto 1.1. Considerações gerais Conceito : O esqueleto compreende o conjunto de ossos e cartilagens que se unem para formar o arcabouço de sustentação do corpo animal Na grande maioria dos vertebrados, as peças rígidas do esqueleto situam-se mais ou menos profundamente no corpo, constituindo um típico endo-esqueleto. Em alguns animais, porém, estruturas ósseas são também encontradas revestindo externamente partes do corpo, formando assim um exo-esqueleto. 1.2. Funções Armazenamento de Cálcio e Fósforo Alavancas, nas quais se prendem os músculos e esses, ao se contraírem, provocam deslocamento destas peças, resultando isto em movimentos de partes do corpo. Sustentação Proteção de órgãos vitais, como encéfalo, medula espinhal, coração e pulmões. Hemocitopoiese, que significa produção de células do sangue. 1.3. Divisão do esqueleto 1.3.1. Esqueleto axial: Compreende os ossos do crânio, coluna vertebral, costelas e esterno. 1.3. Divisão do esqueleto 1.3.2. Esqueleto apendicular: Compreende os ossos dos membros torácicos e pelvinos. A união entre o esqueleto apendicular e o esqueleto axial é feita por meio das chamadas cinturas: cintura escapular (ombro) para o membro torácico e cintura pelvina (quadril) para o membro pelvino. 1.3. Divisão do esqueleto 1.3.3. Esqueleto Visceral: Compreende os ossos que se desenvolvem no interior de determinadas vísceras, como o osso do coração do bovino e o osso do pênis do cão. 1.4. Número de ossos Dentro de uma mesma espécie, o número de ossos do esqueleto varia de acordo com a idade. Assim é que no feto e no animal jovem o número de ossos é sempre maior que no adulto, pois neste último alguns ossos tendem a se fundir. Mesmo em animais adultos, o número de ossos também pode variar, a exemplo do que ocorre no ovino, em que o número de vértebras lombares pode ser seis ou sete. Um outro exemplo é o número de vértebras coccígeas (da cauda), é também bastante variável entre um indivíduo e outro da mesma espécie. As variações acentuadas no número de ossos são verificadas entre diferentes espécies domésticas. 1.5. Tipos de ossos Os ossos podem ser classificados, quanto à sua forma, nos seguintes tipos: ossos longos, ossos curtos, ossos planos e ossos irregulares. A estes acrescenta-se um tipo especial, representado pelos ossos pneumáticos. 1.5.1. Ossos longos São aqueles em que o comprimento predomina sobre a largura e a espessura. Estes ossos têm, em geral, forma cilíndrica ou colunar e ocorrem tipicamente nos membros. Os ossos longos do membro torácico são o úmero, o rádio, o metacarpo e as falanges proximal e média. No membro pelvino, são ossos longos o fêmur, a tíbia, o metatarso e as falanges proximal e média. Estrutura do osso longo Em um osso longo distinguem-se uma parte média - o corpo ou diáfise - e duas extremidades mais dilatadas - as epífises. Nos animais adultos, a diáfise é contínua com as epífises. Porém, nos animais jovens, ainda em fase de crescimento, esta continuidade não ocorre, estando a diáfise separada de cada epífise por um disco de cartilagem hialina, denominada cartilagem epifisal. É a partir desta cartilagem que os ossos longos crescem longitudinalmente. A região da diáfise adjacente à cartilagem epifisal é mais larga e denomina-se metáfise. Epífise proximal Epífise distal Diáfise A parede da diáfise é formada principalmente por uma camada espessa de osso compacto (substância compacta), que delimita uma cavidade alongada, denominada cavidade medular. Esta cavidade contém a medula óssea, a qual, dependendo da idade do animal, pode ser vermelha (de função hemocitopoiética), amarela (rica em tecido adiposo) ou uma mistura de ambas. As epífises e metáfises são constituídas internamente por osso esponjoso (substância esponjosa), sob a forma de malha de trabéculas ósseas interligadas e orientadas segundo as linhas de força que passam pelo osso. Seus espaços são também preenchidos por medula óssea. Cavidade O osso esponjoso das epífises e metáfises apresenta-se envolvido por uma delgada camada de osso compacto, camada esta denominada substância cortical. Em suas superfícies articulares, o osso longo é ainda revestido por uma fina camada de cartilagem hialina, denominada cartilagem articular. 1.5.2. Ossos curtos SÃO AQUELES EM QUE AS PRINCIPAIS DIMENSÕES (COMPRIMENTO, LARGURA E ESPESSURA) SÃO MAIS OU MENOS EQUIVALENTES. NÃO TÊM CAVIDADE MEDULAR E SEU CENTRO É FORMADO POR OSSO ESPONJOSO; SUAS SUPERFÍCIES ARTICULARES SÃO TAMBÉM REVESTIDAS POR CARTILAGEM HIALINA. COMO EXEMPLOS DE OSSOS CURTOS, CITAM-SE OS OSSOS DO CARPO, DO TARSO E TAMBÉM OS OSSOS SESAMÓIDES. ESTES ÚLTIMOS SÃO PEQUENOS OSSOS CURTOS ENCONTRADOS PRÓXIMO À INSERÇÃO DE DETERMINADOS MÚSCULOS E QUE SERVEM PARA MODIFICAR A DIREÇÃO DOS TENDÕES DESSES MÚSCULOS. 1.5.3. Ossos planos São aqueles em que a largura e o comprimento predominam sobre a espessura. Eles são constituídos por duas camadas de osso compacto, separadas por uma fina camada de osso esponjoso contendo medula óssea. O osso esponjoso de ossos planos do crânio recebe a denominação especial de díploe. A escápula, o esterno e muitos dos ossos do crânio são do tipo plano. Alguns desses ossos são tão finos que apresentam em sua estrutura apenas uma camada de osso compacto. 1.5.4. Ossos irregulares Como o nome indica, são ossos de forma tal que não se enquadram nos tipos anteriores. O osso do quadril, as vértebras e alguns ossos do crânio são considerados como ossos irregulares. Sua estrutura é variável. Podem ser constituídos por osso esponjoso envolvido por osso compacto ou ainda, dependendo da parte do osso considerada, por osso compacto apenas. 1.5.5. Ossos pneumáticos Alguns ossos do crânio possuem em seu interior cavidades revestidas por mucosa e cheias de ar. Por esta razão, são classificados como ossos pneumáticos e suas cavidades são denominadas seios (seios paranasais). 1.6. Contornos e acidentes ósseos A superfície dos ossos não é uniforme, apresentando áreas planas , saliências e depressões. Estes acidentes são melhor vistos em ossos preparados, dos quais foram removidas as estruturas moles que os envolvem. Os acidentes dos ossos servem, na maioria das vezes, como superfícies de articulação com ossos vizinhos, como pontos de inserção de tendões e ligamentos ou ainda são impressões deixadas pelo contato com outras estruturas 2. IDENTIFICAÇÃO DOS OSSOS DOS MAMÍFEROS DOMÉSTICOSS Falange proximal Falange distal Falange média Sesamóides proximais Sesamóide distal Costela Osso do quadril Falange média Sesamóides proximais Falange proximal Falange distal Sesamóide distal Costela Osso do quadril Costela Osso do quadril Costela Osso do quadril Costela Osso do quadril
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