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BIODIESEL - ESCRITO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA 
CAMPUS DIADEMA 
 
SEMINÁRIO DE PROCESSOS 
 
 
 
Biodiesel 
 
 
UC: Processos Químicos Industriais 
Professor: Patrícia 
 
 
Equipe: Cássio Alves 
Guilherme Nunes 
Lucas Cayres 
Rodrigo Ribeiro 
Thiago Martins 
 
Diadema – SP 
04/2012 
 
 
 
Sumário 
1. Introdução ......................................................................................................................... 1 
1.1. Definição ................................................................................................................... 1 
1.2. Histórico do Biodiesel ................................................................................................ 1 
1.3. Vantagens e Desvantagens ......................................................................................... 3 
2. Rotas reacionais para produção do biodiesel ..................................................................... 4 
2.1. Transesterificação ...................................................................................................... 5 
2.2. Esterificação .............................................................................................................. 8 
2.3. Craqueamento ............................................................................................................ 9 
2.4. Catalisadores ........................................................................................................... 10 
2.4.1. Homogêneos alcalinos ...................................................................................... 10 
2.4.2. Homogêneos ácidos .......................................................................................... 10 
2.4.3. Heterogêneos .................................................................................................... 11 
2.4.4. Enzimáticos ...................................................................................................... 11 
2.4.5. Fluido supercrítico ............................................................................................ 11 
3. Produção do Biodiesel .................................................................................................... 11 
3.1. Preparação da Matéria- Prima .................................................................................. 14 
3.2. Neutralização, centrifugação e lavagem do óleo ....................................................... 17 
3.3. Secagem do óleo ...................................................................................................... 17 
3.4. Preparação do catalisador ......................................................................................... 18 
3.5. Transesterificação do óleo ........................................................................................ 19 
3.6. Decantação e Recuperação do Excesso de álcool ..................................................... 20 
3.7. Lavagem do biodiesel .............................................................................................. 21 
3.8. Centrifugação e Secagem ......................................................................................... 21 
3.9. Balanço de massa ..................................................................................................... 22 
 
 
4. Controle da Qualidade .................................................................................................... 24 
5. Mercado do Biodiesel ..................................................................................................... 27 
5.1. Dados internacionais do biodiesel ............................................................................ 27 
5.1.1. Matéria-prima ................................................................................................... 30 
5.2. Dados nacionais do biodiesel ................................................................................... 31 
5.2.1. Matéria-prima ................................................................................................... 32 
5.2.2. Custos do processo ........................................................................................... 34 
5.2.3. Produção ........................................................................................................... 35 
5.3. Mercado nacional x mercado internacional ............................................................... 36 
6. Bibliografia ..................................................................................................................... 37 
 
 
 
 
Índice de figuras 
Figura 1: Cientista alemão Rudolph Diesel. ..................................................................................... 1 
Figura 2: Diagrama para os prazos para utilização do B2 e B5. (Cronograma de implantação 
do Governo) .................................................................................................................................... 3 
Figura 3: Reação de transesterificação. ............................................................................................ 5 
Figura 4: Mecanismo de reação de transesterificação. ..................................................................... 6 
Figura 5: Separação de fases na reação de transesterificação. .......................................................... 7 
Figura 6: Reação de esterificação. ................................................................................................... 8 
Figura 7: Mecanismo de reação da esterificação. ............................................................................. 9 
Figura 8: Reação de craqueamento. ............................................................................................... 10 
Figura 9: Fluxograma da produção do biodiesel ............................................................................ 13 
Figura 10: Tanques de matéria-prima ( (Biodiesel no Brasil Blog, 2010) ....................................... 14 
Figura 11: Secador Rotativo. (Sinuelo, Genética & Tecnologia Agropecuária) .............................. 15 
Figura 12: Prensa acoplada a um cozinhador. (Sinuelo, Genética & Tecnologia Agropecuária) ..... 15 
Figura 13: Decantadores. (Biodiesel no Brasil Blog, 2010) ............................................................ 16 
Figura 14: Filtro. (Biodiesel no Brasil Blog, 2010) ........................................................................ 16 
Figura 15: Reator 1. (Biodiesel no Brasil Blog, 2010) ................................................................... 17 
Figura 16: Processo de neutrallização do óleo vehetal. (Silva Filho, 2008) .................................... 17 
Figura 17: Processo de secagem do óleo vegetal. (Silva Filho, 2008) ............................................ 18 
Figura 18: Tanques . (Biodiesel no Brasil Blog, 2010) .................................................................. 19 
Figura 19: Reator Continuous Stirred tank Reactor (CSTR). (The MathWorks Inc., 2012) ............ 20 
Figura 20: Etapa de Transesterificação do óleo. (Silva Filho, 2008)............................................... 20 
Figura 21: Decantadores. (Solumed) ............................................................................................. 20 
Figura 22: Trocador de calor. (Lepam Equipamentos, 2008) ......................................................... 21 
Figura 23: Processo de Lavagem do biodiesel. (Silva Filho, 2008) ................................................ 21 
Figura 24: Condensador evaporador. (CITROTEC) ....................................................................... 22 
Figura 25: Diagrama do processo. (Silva Filho, 2008) ...................................................................22 
Figura 26: Balanço de Massa do Reator de transesterificação. (GRAESER, MACAN, SILVA, 
ZAGONEL3, & VECHIATTO3) .................................................................................................. 24 
Figura 27: Quadro de não-conformidades apresentadas pelos combustíveis. .................................. 25 
Figura 28: Parâmetros de análise do biodiesel ............................................................................... 26 
Figura 29: Países produtores de biodiesel. 
(Plateforme Biocarburants)
 ........................................................ 27 
 
 
Figura 30: Países europeus produtores de biodiesel. 
(Plateforme Biocarburants)
 ......................................... 28 
Figura 31: Dados do biodiesel para países europeus ...................................................................... 29 
Figura 32: Cinco maiores produtores mundiais de biodiesel. ......................................................... 29 
Figura 33: Matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel. ................................................... 30 
Figura 34: Distribuição das usinas nacionais responsáveis pela produção de biodiesel. 
(ADN Bio)
 ..... 31 
Figura 35: Principais fontes oleaginosas utilizadas na produção de biodiesel. 
(ADN Bio)
 ................... 32 
Figura 36: Matérias-primas utilizadas para a produção de biodiesel (produção regional). 
(Agência 
Nacional do Petróleo e Gás Natural e Biocombustível)
 ............................................................................................. 33 
Figura 37: Produtividade média e o rendimento em óleo por hectare. (Embrapa) ........................... 34 
Figura 38: Dados anuais da produção nacional de biodiesel. (Agência Nacional do Petróleo e 
Gás Natural e Biocombustível) ...................................................................................................... 36 
 
 
 
Índice de tabelas 
 
Tabela 1: Vantagens e desvantagens do uso do biodiesel ................................................................. 4 
Tabela 2: Quadro comparativo entre o uso de metanol e etanol........................................................ 6 
 
1 
1. Introdução 
Nesta seção serão abordadas a definição de biodiesel, um breve histórico do biodiesel e suas 
principais vantagens e desvantagens. 
1.1. Definição 
O biodiesel poderia se definido simplesmente por um combustível apto a ser usado em motores 
do ciclo diesel elaborado a partir de matéria-prima renovável, proveniente da biomassa. A 
constituição brasileira, na lei n° 11.097, de 13/01/2005, que ficou conhecida como a lei do 
biodiesel, uma vez que ela regulamenta as normas para a utilização do biodiesel na matriz do diesel 
comercial, define biodiesel como: “Biocombustível derivado de biomassa renovável para uso em 
motores a combustão interna com ignição por compressão ou, conforme regulamento, para a 
geração de outro tipo de energia, que possa substituir parcial ou totalmente combustíveis de origem 
fóssil.” 
Quimicamente, o biodiesel trata-se de éteres etílicos e metílicos produzidos a partir de ácido 
graxos. Ele pode ser produzido a partir três maneiras diferentes: a esterificação, craqueamento e a 
transestericação. Esta última é a mais utilizada no Brasil e como subproduto da reação há uma 
síntese de enormes quantidades de glicerina. 
1.2. Histórico do Biodiesel 
A história do Biodiesel começa em 1900 quando Rudolph Diesel 
apresentou, na Exposição Universal de Paris, um protótipo de motor que 
foi acionado com óleo de amendoim. No entanto, a abundância da oferta 
de petróleo e o seu preço accessível, determinaram que, nos anos 
seguintes, os derivados do petróleo fossem os combustíveis preferidos, 
reservando os óleos vegetais fossem para outros usos. 
Por outro lado, estes óleos vegetais devido à sua elevada 
viscosidade apresentavam dificuldades para se obter uma boa 
combustão, uma vez que este deixava depósitos de carbono nos cilindros e nos injetores, o que 
impedia uma adequada injeção nos motores, requerendo uma manutenção intensiva. Foi então que, 
por meio de pesquisas realizadas para resolver esses problemas, G. Chavanne, um cientista belga, 
conduziu à descoberta da transesterificação, que é a quebra da molécula do óleo, com a separação 
Figura 1: Cientista alemão 
Rudolph Diesel. 
 
2 
da glicerina e a recombinação dos ácidos graxos com álcool. Este tratamento permitiu superar as 
dificuldades com a combustão, e foi patenteado em 1937. (Knothe & Steidley, 2005) 
Na década de 30, o governo francês incentivava as experiências com o óleo de amendoim 
visando a conquistar a independência energética (Knothe & Steidley, 2005). Inclusive, durante a II 
Guerra Mundial, o combustível de origem vegetal foi utilizado extensamente em vários países, 
incluindo a China, a Índia e, obviamente, a Bélgica. 
Porém, com o abastecimento de petróleo reestabelecido, o desenvolvimento dos combustíveis 
de origem vegetal foi praticamente abandonado no final da Guerra, pois devido à abundância de 
petróleo importado, especialmente do Oriente Médio, por preços muito accessíveis, desestimulava a 
utilização de combustíveis alternativos. 
A utilização de combustíveis líquidos obtidos de vegetais cultivados foi novamente lembrada 
como alternativa interessante para o Brasil, com oportunidade das crises do petróleo, de 1973 a 74, 
devido à guerra do Yom Kippur, elevando o preço do barril de US$ 2,90 para US$ 11,65 em apenas 
três meses e, especialmente, de 1979 a 80, em consequência à revolução islâmica, elevando o preço 
médio do barril ao equivalente a US$ 80 atuais. Assim em 1975, a procura de combustíveis 
alternativos foi intensificada e foi proposto o uso energético de óleos vegetais no Brasil originando 
o Pró-óleo (Plano de Produção de Óleos Vegetais para Fins Energéticos), juntamente com 
PROÁLCOOL, (programa do álcool), o qual obteve a prioridade política. 
Em 1980, a PROERG, em uma iniciativa da Petrobrás e o Ministério da Aeronáutica, criou o 
pro-diesel, tido como o primeiro biodiesel produzido no Brasil. No entanto, após a normalização 
dos preços do petróleo, em 1984, a ideia do pro-diesel foi abandonada, por falta de interesse das 
autoridades energéticas. 
Em consequência de uma onda de palestras, congressos e convenções pró- meio-ambiente, o 
biodiesel começa a ganhar mais força, já que ele provém de fontes renováveis e sua combustão 
produz menos gases estufas que o diesel fóssil, e, em 1988, na Áustria e Alemanha ressurgi a ideia 
do biodiesel. Essas convenções culminaram no Protocolo de Kyoto, que foi assinado em 1997, 
reduzindo as emissões de gases estufa na atmosfera. Devido ao protocolo, em 1998, o Brasil retoma 
a ideia de biodiesel. 
Quatro anos mais tarde, o Brasil lança o PROBIODIESEL, Programa Brasileiro de 
Desenvolvimento Tecnológico de Biodiesel, com o intuito de promover o desenvolvimento 
científico e tecnológico de biodiesel, a partir de ésteres etílicos de óleos vegetais puros e/ou 
residuais. Até quem em 2005, com a lei do biodiesel ficaram estipulados prazos para que houvesse 
 
3 
um percentual mínimo obrigatório de adição de biodiesel ao óleo diesel comercializado ao 
consumidor final. Segundo a figura abaixo. 
 
Figura 2: Diagrama para os prazos para utilização do B2 e B5. (Cronograma de implantação do 
Governo) 
1.3. Vantagens e Desvantagens 
O Biodiesel vem ganhando força no cenário nacional devido à lei de obrigatoriedade do uso 
deste, em composições especificas, no uso do diesel comercial, tendo em vista, principalmente, o 
aspecto ambiental. A Tabela 1 apresenta a principais vantagens e desvantagens do biodiesel. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
Tabela1: Vantagens e desvantagens do uso do biodiesel 
Vantagens Desvantagens 
 É energia proveniente de uma fonte renovável. 
 O biodiesel é um ótimo lubrificante e pode 
aumentar a vida útil do motor. 
 O biodiesel tem risco de explosão baixo. E 
conseguinte fácil transporte e fácil 
armazenamento. 
 Baixa emissão de partículas de carvão e gases 
estufas durante sua combustão, que é completa 
devido a sua oxigenação. 
 Para a utilização do diesel com até 5% de 
Biodiesel, não é necessária nenhuma 
adaptação em motores. 
 O calor produzido por litro é quase igual ao do 
diesel. 
 Os óleos vegetais usados na produção do 
biodiesel podem ser obtidos de qualquer 
oleaginosa. 
 Aumento de gases do tipo NOx 
 Pode ser mais caro do que o diesel regular 
dependendo da área e da matéria-prima 
utilizada; 
 Em baixas temperaturas viscosidade 
aumenta e pode haver formação de cristais 
 Necessita de uma vasta área para a 
produção de matéria-prima. 
 Produção de grandes volumes de glicerina 
que só poderão ter mercado, 
principalmente farmacêutico e de 
cosméticos, a preços muito inferiores aos 
atuais, assim todo o mercado poderá ser 
afetado. 
Pode-se ressaltar que o biodiesel é muito vantajoso ambientalmente, uma vez que sua 
combustão e completa e há emissões menores de partículas de carvão e gases estufas e é produzido 
a partir de uma fonte de energia renovável. No entanto, a produção de glicerina como subproduto da 
reação, pode danificar todo mercado farmacêutico e de cosméticos, pois devido a grande produção e 
relativa baixa procura, seu preço ficaria baixo, assim podendo sucumbir o mercado. 
2. Rotas reacionais para produção do biodiesel 
O biodiesel pode ser produzido por três métodos: transesterificação, esterificação e 
craqueamento. A sua produção é econômica e ambientalmente viável devido à utilização de matéria 
prima renovável e catalisadores de diversos tipos. 
 
5 
2.1. Transesterificação 
A transesterificação é a reação de um triglicerídeo com três moléculas de álcool na presença de 
um catalisador, formando éster e glicerol. Esta reação é representada pela Figura 3: 
 
Figura 3: Reação de transesterificação. 
Geralmente os triglicerídeos usados são óleos vegetais ou gordura animal, os álcoois são 
metílicos ou etílicos, os catalisadores básicos são o hidróxido de sódio ou potássio e o ácido é o 
ácido sulfúrico. 
A Figura 4 representa o mecanismo da reação de transesterificação: 
 
6 
 
Figura 4: Mecanismo de reação de transesterificação. 
É possível observar que, apesar de a estequiometria ser de três álcoois para cada triglicerídeo, a 
reação se dá pela interação de um álcool por vez com cada cadeia do triglicerídeo. 
A seguir, segue a Tabela 2 comparando as vantagens e desvantagens do uso do metanol ou do 
etanol na produção do biodiesel: 
Tabela 2: Quadro comparativo entre o uso de metanol e etanol. 
Metanol Etanol 
Maior custo Menor custo 
Fácil separação da glicerina Complexa separação da glicerina 
Tóxico Não tóxico 
Importador Produção nacional 
Reação mais rápida Reação mais lenta 
 
7 
Analisando as vantagens e desvantagens é difícil decidir qual o melhor álcool a ser utilizado, 
porém deve-se levar em conta que o etanol é produzido em escala nacional e de uma fonte 
renovável. 
A Figura 5 mostra de forma simplificada a formação de duas fases após a reação: 
 
Figura 5: Separação de fases na reação de transesterificação. 
A fase menos densa é rica em biodiesel, contendo também álcool e impurezas. Já a fase mais 
densa é rica em glicerina, álcool e impurezas. 
No Brasil, o Governo Federal definiu que, a partir de 2008, o biodiesel seja obrigatoriamente 
adicionado ao diesel do petróleo num percentual de 2%, o chamado B2. A partir de 2013 este 
percentual se elevará para 5%, o chamado B5. Estas ações colocam nosso país na vanguarda do uso 
de combustíveis alternativos no planeta e pode se constituir em uma excelente oportunidade de 
desenvolvimento científico e tecnológico, com óbvias consequências econômicas. Para cada 90m
3
 
de biodiesel produzido pela reação de transesterificação de óleos vegetais são gerados 10m
3
 de 
glicerina. Estima-se que a partir de 2008, com a introdução do B2, haverá um excedente de 
glicerina da ordem de 80 mil ton/ano no mercado brasileiro, muito além da produção atual, na faixa 
 
8 
de 30 mil ton/ano onde a principal aplicação é nas indústrias de cosméticos, saboaria e fármacos As 
previsões para 2013, com a introdução do B5, são de um excedente de 150 mil ton/ano de glicerina. 
Estes cenários indicam que a viabilização comercial do biodiesel passa pelo consumo deste volume 
extra de glicerina, com essa grande demanda grande pelo processo de transesterificação, outros 
processos de obtenção, estão perdendo espaço no mercado. Com a introdução de um grande volume 
de glicerina no país é imperioso que sejam desenvolvidas novas aplicações para este produto, 
visando sua aplicação no Brasil e até mesmo no mercado internacional. 
Recentemente surgiram novas aplicações para a glicerina. Na construção civil, a glicerina 
funciona como um plastificante de alto valor, aplicado na tubulação para o concreto deslizar, 
acelerando os trabalhos e com praticidade. Na nutrição animal, a glicerina serve como fonte 
energética para aves e suínos, substituindo itens caros como o óleo de frango e óleo de soja. 
Muitos estudos ainda estão sendo realizados a respeito do destino da glicerina derivada do 
processo de transesterificação para obtenção do biodiesel, A UFRJ está desenvolvendo um derivado 
de glicerina para usar como aditivo na gasolina. A UniAmérica Brásil prevê a utilização de alguns 
éster da glicerina em produtos usados nas perfurações de poços de petróleo, além do que, a glicerina 
passa por um processo de bidestilação tornando-se útil para diversos fins industriais de tintas, 
vernizes e têxtil. 
2.2. Esterificação 
A esterificação é a reação de um ácido graxo com um álcool, na presença de um catalisador 
ácido, formando ésteres (biodiesel) e água. A Figura 6 representa a reação de esterificação: 
 
Figura 6: Reação de esterificação. 
É possível observar que, enquanto na transesterificação utilizam-se três moléculas de álcool 
para cada triglicerídeo, a esterificação obedece a uma estequiometria de um álcool para cada mol de 
ácido graxo. Outro fato importante é que a água como subproduto representa uma vantagem 
ambiental, comparado a transesterificação que gera glicerina. 
A esterificação é geralmente realizada na presença de catalisadores ácidos que serão 
apresentados mais detalhadamente no tópico catalisador acido: 
 
9 
A Figura 7 representa o mecanismo de reação da esterificação: 
 
Figura 7: Mecanismo de reação da esterificação. 
2.3. Craqueamento 
O craqueamento é o método de produção de biodiesel que ocorre pelo aquecimento a altas 
temperaturas, gerando um produto com características semelhantes às do diesel do petróleo. Em 
algumas situações o processo pode ser auxiliado por um catalisador, como o óxido de silício (SiO2) 
ou de alumínio (Al2O3), com o intuito de gerar moléculas menores. 
A matéria prima é submetida a temperaturas de superiores a 450 ºC, quebrando as ligações 
envolvendo os grupos funcionais éster e as cadeias carbônicas, formando hidrocarbonetos e 
compostos oxigenados, como mostra a Figura 8: 
 
10 
 
Figura 8: Reação de craqueamento. 
Embora seja considerado um processo simples, o craqueamento apresenta desvantagens como a 
obtenção de subprodutos levemente ácidos (CO, CO2) que podem corroer o motor e ser liberados 
para a atmosfera. 
2.4. Catalisadores 
Os catalisadores utilizados na produçãode biodiesel podem ser divididos em: homogêneos, 
heterogêneos, enzimáticos e fluidos supercríticos. Estes têm a função de aumentar a velocidade de 
reação, otimizando não só a produção do biodiesel, como também diversas outros tipos de 
indústrias. 
2.4.1. Homogêneos alcalinos 
A catálise alcalina é a mais empregada comercialmente devido à sua alta taxa de conversão, 
rapidez e baixo custo. As bases mais utilizadas são o hidróxido de sódio (NaOH) e de potássio 
(KOH). Todavia, ela também possui suas desvantagens como complexa separação do catalisador ao 
fim da reação, necessidade de tratamento da água alcalina residual e baixa acidez do óleo vegetal 
usado. 
A saponificação é uma reação paralela que pode ocorrer na presença de água, formando sabões 
que podem consumir o catalisador e formar emulsificações, dificultando na separação do glicerol. 
2.4.2. Homogêneos ácidos 
A catálise ácida é a mais utilizada na reação de esterificação e, embora seja mais lenta que a 
alcalina, ela é melhor quando o óleo possui altos teores de ácidos graxos. Os principais ácidos 
usados são o ácido sulfúrico (H2SO4), fosfórico (H3PO4) e sulfônico. 
 
11 
2.4.3. Heterogêneos 
A utilização da catálise heterogênea possibilita a recuperação e reutilização dos catalisadores, a 
condução da reação em processo contínuo e possui maior facilidade na separação dos produtos ao 
fim da reação. Outra vantagem é que esta técnica não favorece a reação de saponificação, citada na 
catálise alcalina, e nem a corrosão. Entretanto, em geral, possuem rendimentos inferiores aos 
catalisadores homogêneos. Alguns exemplos de catalisadores heterogêneos são óxido de magnésio 
(MgO) e carbonato de potássio (K2CO3). 
2.4.4. Enzimáticos 
Na transesterificação, a catálise alcalina utilizando NaOH oferece diversas desvantagens como 
a necessidade de neutralização e lavagem para reduzir o teor de produtos indesejados, além de não 
permitir a recuperação e reutilização do catalisador. Para contornar estes problemas, a utilização da 
lipase é a mais promissora na produção de biodiesel por transesterificação. 
Apesar de ocorrer em velocidades menores que os outros tipos de catálises, as lipases podem 
ser recuperadas e reutilizadas, além de não ser necessária a neutralização e lavagem do biodiesel, 
facilitando a separação da glicerina. 
2.4.5. Fluido supercrítico 
Estudos foram feitos para a produção de biodiesel em metanol supercrítico, resultando em 
ésteres metílicos idênticos aos da catálise alcalina, porém com maior taxa de conversão. Outra 
vantagem observada foi a fácil separação dos produtos, entretanto também apresenta desvantagens 
como a necessidade da manutenção de altas temperaturas (350 ºC) e pressões (45MPa), que 
dificultam a aplicação em escala industrial. 
3. Produção do Biodiesel 
O principal processo para a produção de biodiesel é a transesterificação, na qual reagem 
triacilglicerois, com metanol e etanol, em meio alcalino fornecem glicerina e ésteres de ácidos 
graxos, assim, no presente trabalho, esse tipo de processo será utilizado para a avaliação da 
produção. (Silva Filho, 2008) 
A primeira etapa para a produção do biodiesel é a escolha da matéria-prima, as quais podem ter 
as seguintes origens: óleos vegetais, gorduras de animais e óleos e gorduras residuais. Para a 
 
12 
utilização dos primeiros, óleos vegetais, eles devem ser do tipo óleo fixo ou triglicerídeos, como por 
exemplo, semente de girassol, grãos de amendoim, semente de maracujá, não sendo possível a 
utilização de óleos vegetais do tipo essenciais, pois estes são voláteis e possuem em sua constituição 
terpenos, fenóis e substâncias aromáticas. As plantas oleaginosas, isto e, aquelas das quais se 
extraem os óleos vegetais, devem conter frutos ou sementes com grande quantidade de óleo, 
naturalmente. A mamona, por exemplo, possui entre 35% e 55% de óleo em massa. As gorduras 
animais, como banha de porco e sebo bovino, também podem ser utilizadas, uma vez que as suas 
estruturas químicas também são triglicerídeas de ácidos graxos, diferenciando-se quanto a tipo e 
distribuição de ácidos graxos combinados com glicerol. Já os últimos provêm de processamentos 
domésticos, comerciais e industriais; eles podem ser óleos de fritura de alimentos, nata 
sobrenadante de esgotos, muito rica em matéria graxa e águas residuais das indústrias de couro, de 
alimentos e de pescados. É importante citar que, sob o ponto de vista brasileiro, a soja, apesar de 
conter mais proteína do que óleo é uma importante fonte de matéria-prima juntamente com o 
girassol; o primeiro devido a sua oferta grande no mercado e o segundo devido ao seu ciclo de vida 
rápido. (Parente, 2003) 
Feitas as escolhas de matéria-prima e reação de transesterificação, apresenta-se o fluxograma 
com as etapas operacionais a partir de uma matéria prima qualquer. Como se observa na Figura 9, 
as etapas do processo industrial pode ser segmentado em algumas etapas, sendo elas: (Parente, 
2003) 
 
13 
 
Figura 9: Fluxograma da produção do biodiesel 
1. Preparação da matéria-prima oleaginosa 
2. Preparação do catalisador 
3. Neutralização 
4. Secagem do óleo 
5. Transesterificação do óleo 
6. Recuperação do excesso de álcool 
7. Lavagem do biodiesel 
8. Secagem do biodiesel 
9. Purificação da glicerina 
Desta forma, detalhar-se-á cada uma das etapas quanto a procedimentos e equipamentos 
envolvidos. 
 
14 
3.1. Preparação da Matéria- Prima 
A preparação da matéria-prima relaciona-se muito com a qualidade final do biodiesel, pois tem 
como objetivo melhorar as condições do reagente para uma maior taxa de conversão da reação de 
transesterificação (Figura 10). Nesta etapa, há redução do mínimo possível de umidade e acidez. 
 
Figura 10: Tanques de matéria-prima ( (Biodiesel no Brasil Blog, 2010) 
Esta etapa de preparação da matéria-prima também pode ser fragmentada, conforme os tópicos 
abaixo: 
a) Secagem: é um estágio preliminar que reduz a umidade da matéria-prima, 
aumentando o seu valor calorífico, o que facilita a queima direta, além de reduzir custos de 
transporte e estocagem. Essa operação pode ser feita por meio de um secador rotativo Figura 11, o 
qual possui aletas que fazem o material passar pela fonte quente do secador enquanto ele gira a uma 
velocidade constante. (Lippel, 2012) 
 
15 
 
Figura 11: Secador Rotativo. (Sinuelo, Genética & Tecnologia Agropecuária) 
b) Cozimento: para o caso do uso de sementes, elas devem ser cozidas a cerca de 100 
°C para facilitar a extração do óleo, já que há uma diminuição da viscosidade do óleo e de sua 
tensão superficial, desnaturação parcial de substâncias proteicas, inativação de enzimas lipolíticas, 
aumento da permeabilidade das membranas celulares e diminuição da afinidade do óleo com 
partículas sólidas. Há várias técnicas para tanto, sendo a mais comum é a utilização de vapor por 
meio de um cozinhador. Este equipamento é constituído por chapas de aço carbono e o aquecimento 
ocorre de modo indireto por meio da aplicação de vapor saturado em câmaras ou pratos. Esta etapa 
também facilita a extração do óleo. (Sinuelo, Genética & Tecnologia Agropecuária) 
c) Prensagem: aqui, o material ainda quente, passa por uma prensa, separando a parte 
sólida, chamada de torta, e a parte líquida, o óleo vegetal in natura (sem processamento), o qual 
escorre através das aberturas do equipamento (Figura 12). A qualidade e a produtividade do óleo 
depende diretamente desta etapa em conjunto com a temperatura de aquecimento. (Instituto de 
Desenvolvimento Sustentável e Energias Renováveis (IDER)) 
 
Figura 12: Prensa acoplada a um cozinhador. (Sinuelo, Genética & Tecnologia Agropecuária) 
 
16 
d) Decantação:o óleo extraído na prensagem passa pelo decantador, separando 
impurezas. Esse processo pode levar até três dias. (Instituto de Desenvolvimento Sustentável e 
Energias Renováveis (IDER)) 
 
Figura 13: Decantadores. (Biodiesel no Brasil Blog, 2010) 
e) Filtração: para ser filtrado, o óleo extraído deve ser aquecido mais uma vez por 
meio de um filtro-prensa, no qual o óleo passa por serpentinas contendo vapor. (Instituto de 
Desenvolvimento Sustentável e Energias Renováveis (IDER)) 
 
Figura 14: Filtro. (Biodiesel no Brasil Blog, 2010) 
f) Degomagem: processo de refino necessário para retirada de gomas ou fosfolipídios e 
outras substâncias presentes por meio de aquecimento, aumentando a solubilidade das gomas, 
seguido da adição de água em 4% em volume, agitação constante de cerca de 300rpm e de 
separação por centrifugação e decantação das gomas. Este processo melhora a queima do biodiesel 
dentro dos motores, evitando o desgaste do mesmo. O óleo degomado obtido possui cor de vinho 
branco. Este processo ocorre no reator 1 (). (Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Energias 
Renováveis (IDER)) 
 
17 
 
Figura 15: Reator 1. (Biodiesel no Brasil Blog, 2010) 
3.2. Neutralização, centrifugação e lavagem do óleo 
A neutralização é necessária para retirada de corantes e proteínas, que representam impurezas, 
realizando-se, no reator 1, a temperatura alta, por meio da mistura de óleo vegetal com solução 
alcalina de soda cáustica ou hidróxido de potássio. Esta solução básica, promove a saponificação 
dos ácidos graxos livres. Em seguida, executam-se a centrifugação e a lavagem com água quente 
para remoção de sabões residuais (Figura 16). (Silva Filho, 2008) 
 
Figura 16: Processo de neutralização do óleo vegetal. (Silva Filho, 2008) 
3.3. Secagem do óleo 
Em seguida, ocorre a operação de secagem ou desumidificação do óleo sob vácuo, pois se 
houver umidade, há formação de sabão por transesterificação básica. Esta etapa ocorre a alta 
temperatura e baixa pressão para a evaporação da água. Na próxima etapa, o óleo é bombeado para 
o reator 2 onde sofrerá a reação de transesterificação, transformando-se em biodiesel (Figura 17). 
(Silva Filho, 2008) 
 
18 
 
Figura 17: Processo de secagem do óleo vegetal. (Silva Filho, 2008) 
3.4. Preparação do catalisador 
Como dito anteriormente, os catalisadores podem ser hidróxidos ou alcoolatos. O primeiro 
precisa ser preparado localmente previamente por meio da adição do hidróxido com álcool, gerando 
alcoolato e água, sendo o tipo de catalisador mais utilizado devido ao menor custo –embora no 
catálogo da BASF, cuja referência é feita ao final deste parágrafo diga o contrário, afirmando que a 
preparação gera maiores custos com Mao de obra, por exemplo, e redução da qualidade do 
biodiesel. O segundo tipo é fornecido pronto para o uso; são soluções etílicas ou metílicas quase 
sem água Assim, prepara-se em um tanque (Figura 18) próximo ao reator de transesterificação o 
catalisador por meio de duas correntes de alimentação: uma de hidróxido e outra de álcool anidro. 
(BASF, The Chemical COmpany) 
 
19 
 
Figura 18: Tanques . (Biodiesel no Brasil Blog, 2010) 
3.5. Transesterificação do óleo 
No reator 2, ocorre a reação de transesterificação, possuindo três correntes de alimentação: óleo 
vegetal, álcool de cadeia curta (geralmente, etanol ou metanol) e o catalisador (geralmente 
hidróxidos de sódio ou potássio). Nesta etapa, a temperatura, velocidade de agitação e o tempo de 
reação devem ser bem controlados e monitorados para melhor qualidade do biodiesel produzido. O 
álcool adicionado deve ser colocado em excesso, pois como a reação de transesterificação é 
reversível, o excesso de álcool, pelo Princípio de Le Chattelier, deslocará a reação no sentido da 
formação dos ésteres metílicos ou etílicos e glicerol. 
O reator de transesterificação apresenta como principais tipos os seguintes reatores: Batch 
Stirred Tank Reactor (BSTR), Plug Flow reactor (PFR), Fixed Bed Reactor (FBR) e Continuous 
Stirred tank Reactor (CSTR) (Figura 19), sendo este último o mais utilizado. 
 
 
20 
Figura 19: Reator Continuous Stirred tank Reactor (CSTR). (The MathWorks Inc., 2012) 
Este reator, a fim de aumentar a transferência de massa e aumentar a eficiência do processo, 
possui um agitador mecânico, com movimento rotatório. 
O reator e batelada ou contínuo depende do tamanho da planta. EM plantas menores, os 
reatores em batelada e as plantas de grande escala usam processos contínuos, os quais são mais 
comuns, utilizando o reator CSTR. Os processos descontínuos possuem como vantagem maior 
controle operacional e maior possibilidade de acertos pós reacionais, contudo a produtividade é 
menor. Já os processos contínuos possuem maior produtividade, mas maior necessidade de 
instrumentação e controle. A escolha do tipo de processo varia com a necessidade de cada usina. 
Ao final da reação, obtêm-se o biodiesel e glicerina. Essa mistura é bombeada para 
decantadores (Figura 20). (Silva Filho, 2008) 
 
Figura 20: Etapa de Transesterificação do óleo. (Silva Filho, 2008) 
3.6. Decantação e Recuperação do Excesso de álcool 
Nos decantadores (Figura 21), a glicerina e impurezas são separadas do biodiesel. As 
impurezas representam os subprodutos, os quais devem ser purificados para a recuperação do 
excesso de álcool utilizado, que será fonte da corrente de reciclo de álcool. 
 
Figura 21: Decantadores. (Solumed) 
 
21 
A purificação ocorre por meio de trocadores de calor acoplados a condensadores. O fluido 
escoa continuamente pelo evaporador e pelo condensador, fazendo com que o álcool, cujo ponto de 
ebulição é menor que o do biodiesel, evapore, seja condensado e seja recuperado com reciclo para a 
etapa de remoção de umidade do óleo in natura. 
 
Figura 22: Trocador de calor. (Lepam Equipamentos, 2008) 
3.7. Lavagem do biodiesel 
Como o biodiesel ainda pode conter impurezas, executam-se duas lavagens do biodiesel. A 
primeira lavagem realiza-se com água levemente acidificada pra neutralizar impurezas como sabão 
e catalisador residual. Já a segunda lavagem é feita com água pura. (Silva Filho, 2008) 
 
Figura 23: Processo de Lavagem do biodiesel. (Silva Filho, 2008) 
3.8. Centrifugação e Secagem 
Após as lavagens, a mistura formada do biodiesel águas de lavagem e impurezas são 
bombeadas para uma centrífuga, separando-se água e sabões do biodiesel. 
 
22 
Em seguida, o biodiesel sai por uma corrente na parte de cima da centrífuga e é bombeado para 
o conjunto evaporador-condensador, no qual ele é purificado ao evaporar e seco, sendo então 
transportado para tanques de armazenamento. (Silva Filho, 2008) 
 
Figura 24: Condensador evaporador. (CITROTEC) 
O processo pode ser representado no fluxograma da Figura 25, onde se colocam os 
equipamentos, tubulações e válvulas simplificadas. 
 
Figura 25: Diagrama do processo. (Silva Filho, 2008) 
3.9. Balanço de massa 
O estudo dos balanços de massa foi feito pela análise dos balanços de uma operação da Usina 
Piloto de Produção de Biodiesel do Instituto Tecnológico do Paraná (TECPAR), o qual fora 
 
23 
instalada para atender o Programa Paranaense de Bioenergia, cujas características são: capacidade 
nominal é de 100 L/h, o processo foi realizado em batelada de transesterificação por rotas metílicas 
ou e etílicas –embora o objetivo da usina seja operar em processo contínuo-, separação de fases por 
decantação no reator, purificação do Ester por evaporação do álcool e lavagens aquosas, 
desumidificação e filtração. Os ensaios foram realizados com 200 litros de óleo de girassol já 
degomado, 100% de excesso molar de álcool, 1% em massa de catalisador comercialde metilato de 
sódio em metanol, e a temperatura de reação de transesterificação foi de 60 °C. 
Os balanços de massa são apresentados nas planilhas a seguir com divisão para cada corrente, 
as frações mássicas e massas individuais, massa e volume para cada fase, assim como, dados como 
densidade, temperatura e pressão. Neste trabalho, restringiu-se a análise de balanço de massa ao 
balanço do reator de transesterificação. 
Segundo análises de Figura 26, com a separação, após a reação, a maior parte do álcool 
permaneceu na fase éster em torno de 72%, cerca de 27% de toda a massa de glicerina estava 
dispersa na fase éster (quanto maior este valor, mais difícil a purificação do Ester 
posteriormente),não foi encontrado catalisador nas fases Ester, e a quantidade de sabão na fase Ester 
após a reação foi de 33%. Estes dados de subprodutos na fase do produto desejado justificam as 
etapas seguintes da reação de transesterificação no reator para purificar o biodiesel. É importante 
ressaltar que a porcentagem de glicerina na fase éster é concordante com dados da literatura e a 
ausência do catalisador nesta fase provavelmente se deva a imprecisões na análise de alcalinidade 
livre, que o detecta. (GRAESER, MACAN, SILVA, ZAGONEL3, & VECHIATTO3) 
 
24 
 
Figura 26: Balanço de Massa do Reator de transesterificação. (GRAESER, MACAN, SILVA, 
ZAGONEL3, & VECHIATTO3) 
4. Controle da Qualidade 
Consiste em ações de garantia da qualidade que proporcionem meios para controlar e medir as 
características de um item, processo ou instalação de acordo com requisitos estabelecidos. 
Desde que a Lei nº 11.097, publicada em 13 de janeiro de 2005, introduziu o biodiesel na 
matriz energética brasileira, a ANP passou a denominar-se Agência Nacional do Petróleo, Gás 
Natural e Biocombustíveis e adquiriu as funções de estabelecer as normas regulatórias dos 
biocombustíveis, assim como garantir a sua qualidade. (ANP) 
Estima-se que por mês sejam coletadas mais de 21 mil amostras de gasolina, etanol hidratado 
combustível e diesel em postos revendedores, que são escolhidos por sorteio. As amostras são 
analisadas no Centro de Pesquisas e Análises Tecnológicas da ANP, o CPT, ou em um dos 
laboratórios de universidades e instituições de pesquisa contratadas pela Agência. (ANP) 
Como resultado do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis Líquidos feito 
pela Agência – o PMQC – os índices de não-conformidades vêm caindo, como mostra o quadro 
abaixo: 
 
25 
 
Figura 27: Quadro de não-conformidades apresentadas pelos combustíveis. (ANP) 
Para determinar a qualidade de um produto são considerados aspectos como: desempenho, 
durabilidade do equipamento e impactos ambientais causados pelo uso do combustível. (IAPAR) 
Alguns dos parâmetros importantes na determinação da qualidade do biodiesel são 
apresentados na Figura 28. A conformidade desses parâmetros visa garantir, por exemplo, que a 
quantidade de enxofre presente no combustível seja mínima, já que a emissão de SO2 é prejudicial 
ao meio ambiente. A quantidade de metais alcalinos (normalmente traços de catalisadores da reação 
de transesterificação) também deve ser controlada, pois estes podem causar danos ao motor e 
entupimento de injetores. 
 
26 
 
Figura 28: Parâmetros de análise do biodiesel (IAPAR) 
Os equipamentos e ensaios para análise de qualidade do biodiesel necessitam de grandes 
investimentos. Um ensaio completo, em geral, custa mais de R$ 1500,00. A análise do produto é 
realizada segundo métodos ABNT NBR 14883 – Petróleo e Produtos de Petróleo; amostragem 
manual ou ASTM D4057 – Prática para amostragem de petróleo e produtos líquidos de petróleo – 
ou ISO 5555. (ANP) (IAPAR) 
Dentre as técnicas aplicadas nos métodos de análise encontram-se: cromatografia em fase 
gasosa de alta resolução (CGAR), cromatografia em fase líquida de alta eficiência (CLAE), 
cromatografia em camada delgada (CCD), eletroforese capilar (CE), espectroscopia na região do 
visível e na região do infravermelho, entre outras. (de Quadros, Chaves, Silva, Teixeira, Curtius, & 
Pereira, 2001) 
 
27 
5. Mercado do Biodiesel 
5.1. Dados internacionais do biodiesel 
Os países que integram a União Europeia e os Estados Unidos são os maiores produtores e 
consumidores de biodiesel no mundo. Países como Austrália, Argentina e Japão também 
contribuem de modo significativo para a produção destes biocombustíveis. 
A Figura 29 traz a distribuição mundial de fontes oleaginosas, onde os países com maior 
produção estão em destaque. 
 
Figura 29: Países produtores de biodiesel. 
(Plateforme Biocarburants) 
A Figura 29 mostra países americanos, europeus e asiáticos detentores de biodiesel. Dentre os 
primeiros destacam-se os Estados Unidos que tem como principal fonte de produção a soja. 
A produção dos biocombustíveis nos EUA aumentou de maneira bastante significativa. A 
Comissão Nacional para o biodiesel revelou que a produção deste combustível chegou aos 75 
milhões de galões (280 milhões de litros) em 2005, face aos 25 milhões de galões (93 milhões de 
litros) refinados no ano anterior. 
A União Europeia, também sinalizada na Figura 29, produz anualmente mais de 1,35 milhões 
de toneladas de biodiesel, em cerca de 40 unidades de produção. Isso corresponde a 90% da 
produção mundial de biodiesel. O governo garante incentivo fiscal aos produtores, além de 
promover leis específicas para o produto, visando melhoria das condições ambientais através da 
 
28 
utilização de fontes de energia mais limpas. A tributação dos combustíveis de petróleo na Europa, 
inclusive do óleo diesel mineral, é extremamente alta, garantindo a competitividade do biodiesel no 
mercado. 
(Biodiesel Brasil)
 A Figura 31 mostra a distribuição dos países produtores na União Europeia. 
 
Figura 30: Países europeus produtores de biodiesel. 
(Plateforme Biocarburants)
 
A Figura 31 aponta que dentre os países europeus, a Alemanha se destaca por ser o maior 
produtor de biodiesel. Atualmente sua produção corresponde a 19% da produção mundial. O óleo 
extraído no país é comercializado sem aditivos a cerca de 1700 postos locais. A figura abaixo 
mostra as principais características relacionadas à produção de biodiesel para os demais países da 
União Europeia e EUA com produção significativa de biodiesel. 
 
29 
 
 
Como mostra a Figura 31, a produção de biodiesel europeia é derivada principalmente dos óleos de 
girassol e colza. Os óleos de soja e palma participam com restrições na cadeia de biodiesel. 
Para analisar a melhor a produção mundial, selecionou-se os cinco maiores produtores 
mundiais conforme ilustra a Figura 34. 
 
Figura 32: Cinco maiores produtores mundiais de biodiesel. 
Figura 31: Dados do biodiesel para países europeus 
 
 
30 
A França foi pioneira nos estudos com biodiesel e dominou a produção mundial até meados de 
2001.Com os incentivos fiscais oferecidos pelo país, a Alemanha a supera no chamada “boom do 
diesel”, e, segundo o gráfico da Figura 32, entre 2003 e 2006 supera a produção dos demais países. 
Todavia, com o aumento do custo de produção e valor agregado, o biodiesel sofre uma crise e em 
2007 e é substituído por fontes não-renováveis de combustíveis como gasolina neste país. A 
situação se assemelha nos EUA onde também houveram incentivos fiscais seguido de crise devido 
ao alto valor do biodiesel. 
Já para o Brasil e Argentina, a situação começa a alavancar com o inicio dos estudos e aumento 
da produção por volta de 2006 e 2007. 
5.1.1. Matéria-prima 
Os recursos utilizados para a obtenção de biodiesel nos diversos países produtores são 
mostrados na Figura 33. 
 
Figura 33: Matérias-primas utilizadas naprodução de biodiesel. 
O mapa mostra que nos países americanos há o predomínio de biodiesel a partir de óleo de soja. 
O México é caracterizado pela produção a partir de sebo animal e Japão e China por reciclagem de 
óleo de cozinha. No Canadá, Austrália e Japão destaca-se o uso de óleo de canola. 
Vale a pena ressaltar que na África utiliza-se o pinhão-manso que é uma fonte importante, pois 
não dispõe do uso de terras destinadas a produção de alimentos e também não serve como uma 
fonte primária de consumo. Sendo assim, ela não interfere na produção para fins alimentícios. 
 
31 
5.2. Dados nacionais do biodiesel 
O Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNDB) foi criado em 2003 com o 
intuito de viabilizar a estruturação do processamento de biodiesel no Brasil a partir de diferentes 
fontes oleaginosas, implementando um programa sustentável, promovendo inclusão social. Além 
disso, o projeto tem como objetivo garantir preços competitivos, qualidade e suprimento
 (PNPB)
. 
Porém, foi apenas em 2005 que ele entrou em vigor, por meio da Lei 11.097, e assim o governo 
federal, de fato, organizou a cadeia produtiva, definiu as linhas de financiamento e estruturou a base 
tecnológica do novo combustível. 
A Lei 11.097 prevê a mistura obrigatória de 2% do combustível renovável ao diesel a partir de 
2008, formando o chamado B2, e o aumento desse percentual para 5% (B5). A comercialização do 
tipo B2 foi responsável pela criação de uma demanda anual estimada em cerca de um bilhão de 
litros de biodiesel puro, denominado B100. A partir de 2012, com o aumento do percentual para 
5%, a produção de biodiesel puro passará para algo em torno de 2,5 bilhões de litros anuais. 
(Revista 
Sustentável, 2012) 
A Figura 36 mostra as localidades das usinas brasileiras que possuem licença para produção de 
biodiesel no Brasil. 
 
Figura 34: Distribuição das usinas nacionais responsáveis pela produção de biodiesel. 
(ADN Bio) 
 
32 
5.2.1. Matéria-prima 
O biodiesel é um combustível produzido a partir de óleos vegetais ou de gorduras animais as 
quais foram apresentadas na Figura 36. 
 
Figura 35: Principais fontes oleaginosas utilizadas na produção de biodiesel. 
(ADN Bio) 
Para cada região brasileira há uma matéria-prima em destaque como mostram os gráficos da 
Figura 36, referente ao mês de janeiro de 2012. 
 
 
33 
 
Figura 36: Matérias-primas utilizadas para a produção de biodiesel (produção regional). 
(ANP)
 
Os gráficos mostram que para as regiões norte, sul e centro-oeste há um predomínio de óleo de 
soja, representando mais de cinquenta por cento da matéria-prima utilizada. Já para as regiões 
nordeste e sudeste, embora também haja presença desta matéria-prima, há forte presença de óleo de 
algodão e gordura bovina, respectivamente. 
A gordura animal, amplamente utilizada na região sudeste, tem como característica 
fundamental o baixo custo em sua produção gerando alto valor agregado. A produção de sebo 
também é benéfica, pois não gera competição na produção alimentícia visto que apenas uma 
minoria a utiliza como fonte de alimentação. 
A produção de biodiesel a partir do sebo foi trazida para o Brasil por uma empresa italiana e 
hoje é produzida Dedini e Bioverde. Essa última dedica-se a produção de sebo em conjunto com 
óleos de plantas tornando-o um aditivo ao biodiesel produzindo em elevadas temperaturas. 
 Assim, a Figura 36 mostra que a soja está presente em todas as regiões revelando um aspecto 
positivo desta matéria-prima: sua produção é viável em todo território nacional. Portanto, a soja 
apresenta tem fácil capacidade de adaptação em solos distintos, alto grau de reprodutibilidade e 
estabilidade frente a diferentes condições climáticas. 
A figura tal quantifica o rendimento e a produtividade de algumas espécies oleaginosas da 
Figura 36. 
 
34 
 
Figura 37: Produtividade média e o rendimento em óleo por hectare. (Embrapa) 
Apesar das vantagens citadas para a soja, a Figura 37 mostra que ela não é a espécie mais 
produtiva. Porém, ainda sim ela é amplamente utilizada no Brasil, pois apesar de apresentar baixo 
rendimento e baixa produtividade ela é economicamente vantajosa porque se apresenta é produzida 
apenas por seis países em todo o mundo (Brasil, EUA, Argentina, China, Índia e Paraguai). 
5.2.2. Custos do processo 
Como o biodiesel é mais caro que o diesel foi adotado um modelo de estruturação do novo 
mercado que evitasse que o seu funcionamento fosse regido, estritamente, pelas regras 
convencionais de mercado, em que os preços do diesel e do biodiesel determinassem a viabilidade 
do produto. Assim, os leilões de biodiesel criados pela ANP funcionam como balizadores de preços 
e garantem a oferta desse produto. No último leilão realizado, o preço de referência foi de 2,35 reais 
por litro e o preço médio ponderado foi de 2,33 reais. A análise dos números fornecidos pela ANP 
relativos aos preços médios dos cinco últimos leilões verifica-se que esses valores não sofreram 
alterações sensíveis. 
Hoje, o custo do biodiesel depende de alguns fatores: 
1 Transporte: a ausência de manutenção nas rodovias nacionais encarecem o frete e 
consequentemente o produto final. 
2 Matéria-prima: alto custo de produção e extração destes óleos revela que a matéria-prima é 
responsável por setenta por cento do custo total do processo. 
3 Processo: por ser um processo relativamente novo, os rendimentos ainda são pequenos e 
dependendo da rota reacional requerida há uma elevação do custo para adequação dos produtos as 
normas do país. 
 
35 
4 Impostos: taxas, impostos sobre o produto. São inexistentes para produções familiares e 
para produção específica de óleos de mamona ou palma. 
Estudos indicam que o biodiesel produzido a partir do caroço de algodão, no Nordeste, é o mais 
barato do Brasil. O trabalho do Cepea conclui que essa constatação reforça a hipótese de que a 
produção de biodiesel pode ter base econômica mais consistente se baseada em subprodutos, como 
o caroço de algodão (subproduto da pluma), ou óleos residuais do dendê, da soja, do amendoim, do 
girassol e da própria mamona. 
Em segundo lugar, quanto ao menor custo, está o B100 extraído da soja na região Centro-
Oeste. Em uma planta de 100 mil toneladas/ano, um litro de biodiesel teria o custo mínimo de R$ 
0,83. Trata-se de um valor 63% menor do que o preço médio do óleo diesel derivado do petróleo 
nas refinarias, atualmente em R$ 1,32. 
Quanto ao biodiesel obtido a partir da soja, o menor valor calculado foi na região Centro-Oeste, 
considerando a obtenção de matéria- prima a custo de produção agrícola, em usina de 100 mil 
toneladas anuais de biodiesel. Neste caso, o custo mínimo do litro foi de R$ 0,83, bem próximo ao 
R$ 0,85 por litro registrado na região Norte – também de soja, mas com a aquisição do grão a preço 
de mercado. 
A análise da estrutura integrada desde a agricultura feita pelo Cepea mostra que o Sudeste é 
viável para soja e amendoim, o Centro-Oeste para soja, o Nordeste apenas para mamona, e o Norte 
apenas para o dendê. Levando em conta efetivamente a matéria-prima a custo de produção, o menor 
custo é o biodiesel a partir de soja na região Centro-Oeste. Numa planta de 100 mil toneladas/ano, 
um litro de biodiesel teria o valor mínimo de venda de R$ 0,83, considerados os custos e receitas 
dos subprodutos. 
5.2.3. Produção 
A ANP estima que a atual produção brasileira de biodiesel seja, em média, da ordem de 176 
milhões de litros anuais, sendo que apenas 10 empresas têm autorização para produzir 
comercialmente (ANP): Soyminas (Cássia/MG); Brasil Biodiesel (Floriano e Teresina/PI); 
Agropalma (Belém/PA); Biolix (Rolândia/PR); NUTEC (Fortaleza/CE); Fertibom(Catanduva/SP); 
Biocapital (Charqueada/SP); Renobras (Dom Aquino/MT); IBR (Simões Filho/BA); e Granol 
(Campinas/SP e Anápolis/GO) – e cinco estão em processo de solicitação de autorização - Adequim 
(Dom Aquino/MT); Cebracom (São Paulo/SP); ECOMAT (Cuiabá/MT); Biodiesel Sul (Içara/SC); 
e Petrobras (Guamaré/RN). 
 
36 
A produção nacional, atualizada no mês de fevereiro deste ano pela ANP, tem capacidade para 
19.397,95 m³/dia representando 65 plantas autorizadas para produção. Destas, apenas 61 possuem 
autorização para a comercialização o que significa uma produção completamente legalizada de 
18.470,25 m³/dia. A região campeã na produção de biodiesel é a Centro-oeste, responsável por 64% 
da produção nacional. 
Atualmente o Brasil importa 10% do diesel que consome. Este, por seu uso em transportes de 
cargas e passageiros, é o combustível mais utilizado no País, 57,7% dos combustíveis líquidos, o 
que representa um consumo anual de 38,2 bilhões de litros. (ANP) 
A Figura 38 mostra graficamente os valores de produção, consumo e capacidade da produção 
nacional nos últimos seis anos. 
 
Figura 38: Dados anuais da produção nacional de biodiesel. (ANP) 
A Figura 38 aponta valores crescentes para as três variáveis analisadas. Neste gráfico é possível 
notar que a partir de 2008 houve aumento da demanda, pois houve a aprovação da lei B2 a qual 
decidia o uso de 2% do biodiesel em combustíveis. A partir de então, capacidade e produção 
também se elevaram para suprir a demanda exigida pela B2 e B5. 
5.3. Mercado nacional x mercado internacional 
O biodiesel é utilizado no mercado nacional como aditivo aos combustíveis fósseis entre 2% a 
5% do volume total. Como a produção brasileira ainda é recente, o país importa cerca de 9% de 
biodiesel de outros países para atender sua própria demanda. (ANP) Porém, se manter a produção 
atual e as licitações das instalações que aguardam aprovação do governo federal de fato ocorrerem, 
 
37 
a previsão é que até 2014 o Brasil se torne completamente autossuficiente e a partir de 2015 consiga 
exportar para países de pequeno porte. 
Todavia, que o biodiesel nacional seja de fato exportado, é necessário que ele se adeque as 
normas internacionais o que é extremamente complicado. Como o Brasil possui grande potencial na 
produção de biodiesel, o mercado internacional tende a impor restrições cada vez mais severas na 
tentativa de impedir a concorrência do produto brasileiro. Sendo assim, dificilmente o biodiesel 
nacional ganhará espaço em grandes países se não houver um amplo investimento governamental 
no setor produtivo. 
6. Bibliografia 
Revista Sustentável. (2012). Acesso em 09 de Janeiro de 2013, disponível em 
http://www.tnsustentavel.com.br/biodiesel 
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http://www.biodieseladn.blogspot.com.br/ 
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Gás Natural e Biocombustível: http://www.anp.gov.br/?id=472 
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de Janeiro de 2013, disponível em www.trilux.com.br/?on=artigos&download=file&id=16 
Biodiesel Brasil. (s.d.). Acesso em 09 de Janeiro de 2013, disponível em biodieselbr.com: 
http://www.biodieselbr.com/biodiesel/mundo/biodiesel-no-mundo.htm 
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CITROTEC. (s.d.). Acesso em 07 de Janeiro de 2013, disponível em 
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-produto-citrico-evaporador-de-nevoa-turbulenta-
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Cronograma de implantação do Governo. (s.d.). Acesso em 07 de Janeiro de 2013, disponível em 
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384. 
Embrapa. (s.d.). Acesso em 09 de Janeiro de 2013, disponível em Embrapa: 
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