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Universidade Federal da Integração Latino Americana Laboratório de Mecânica dos Fluidos – Engenharia de Energias Renováveis Pratica Experimental: “VAZÃO E EQUAÇÃO DE BERNOULLI” Professor: Luis Evelio Acevedo Alunos Envolvidos: Martin Eduardo Acosta – Cristhian Dominguez Fernando Céspedes – Yasmine Fialho Linhares – Gerhard Egewatrh Resumo. Neste experimento realizou-se o estudo da vazão mássica e velcidade de fluido(ar) dentro de um sistema de tubo acoplado a um venturi. Após realizar as medidas e diferenças de pressão em duas regiões de seção transversal com areas diferentes foi possível determinar a vazão volumetrica de ar, que junto com a densidade do ar, nos permitiu encontrar a vazão mássica e velocidade do ar dentro do tubo, a través da análise e tratamento da equação de Bernoulli de Conservação da Energia Mecánica. Palavras chave: vazão, conservação, equação de Bernoulli. Introdução A equação de Bernoulli faz um balanço das energias ao longo de uma linha de corrente de um escoamento, ou seja, apresenta a relação entre as energias presentes num escoamento sem atrito, nomeadamente a energia cinética (velocidade), energia interna (pressão) e energia potencial (elevação do fluído).Todos os fluídos são viscosos e como tal apresentam algum atrito. Por consequência no uso da equação de Bernoulli deve-se restringi-la a regiões de escoamento com atrito desprezável. Desprezando a força de atrito as forças que atuam no fluido devem-se à pressão e à gravidade, que origina o escoamento. Então a equação de Bernoulli para o caso geral dum escoamento sem atrito, não permanente ao longo de uma linha de corrente é: Diversos são os métodos e os instrumentos utilizados para medição de vazão em condutos sob pressão e canais artificiais ou naturais, dentre os quais destacam-se os tubos de Pitot, Plandtl, Darcy, Darcy-Cole e Recknagel e os molinetes e micro-molinetes. Com o desenvolvimento tecnológico dos transdutores de pressão e dos sistemas informatizados de aquisição e tratamento de dados, está se buscando desenvolver um instrumento que conectado ao sistema de aquisição possibilita a medição de vazão através da determinação da velocidade do escoamento mediante a aquisição, em tempo quase real, das pressões totais e estáticas do escoamento em diversas seções do conduto ou canal. Condições para o uso da equação de Bernoulli Escoamento estacionário (permanente); Escoamento sem atrito; Escoamento incompressível; Escoamento ao longo de uma única linha de corrente Escoamento sem trabalho de eixo (bombas/turbinas); Escoamento sem trocas de calor (adiabático). Resumindo, a equação de Bernoulli é válida no núcleo do escoamento do túnel, mas não nas camadas limite das paredes do túnel, nas camadas-limite da superfície do modelo, nem na esteira do modelo, regiões essas todas com grande atrito. Procedimento Experimental Para o desenvolvimento da prática experimental, inicialmente foram verificados os equipamentos a serem utilizados e sua correta instalação, representados na Fig 1, isto é, o circuito por onde o ar tem de atravessar deve estar conectado de modo que em um dos extremos possa ser conectado o ventilador e no outro fique uma saída livre para a atmosfera. O circuito deverá ter logo após a entrada, o tubo Venturi, e finalmente a obstrução, que para o nosso caso foi colocada na etapa final do experimento, que será explicada mais abaixo. Os manômetros são colocados de tal forma que possam medir a diferença de pressão em cada dispositivo que gere uma perda. Fig. 1. Montagem da Prática de Laboratório Iniciamos as medições, primeiramente selecionando três velocidades para a velocidade do ar escoando ao longo do circuito de estudo, onde o software utilizado (Pasco Capstone) tinha a tarefa de coletar os dados das pressões entre a entrada e saída do Venturi e entre os pontos selecionados para achar as cargas de elevação (diferencias de pressões) entre cotas especificadas no tubo do próprio circuito, para assim aplicar a equação de Bernoulli ao longo de uma linha de corrente (Eq. 1), e obter o fluxo mássico e as perdas de carga ao longo da tubulação entre tais referências assignadas. g𝑦 1 + 𝑣1 2/2 + 𝑝 1 / ρ = g𝑦 2 + 𝑣2 2/2 + 𝑝 2 / ρ Eq. 1 Isto foi dividido em três estágios, sendo a primeira, adotando a velocidade 1 (um), que corresponde á menor velocidade ajustável para o equipamento fornecedor do ar, período no qual, antes de tomar as medidas, e logo de ligar o aparelho, o sistema foi deixado entrar em regime permanente, e a partir disto, dando a ordem de gravar o dados, o software fornecia as tabelas com os respectivos dados numéricos y gráficos coletados, o qual foi guardado para seu respetivo análise (apresentado mais abaixo). Tal processo foi repetido exatamente da mesma forma, mais com a diferença da mudança para a velocidade 3 (velocidade média do escoamento de ar), e a velocidade 6 (correspondente á máxima velocidade que o instrumento fornece), coletando todos os dados como foi feito anteriormente. Já para a última etapa do experimento, foi inserido uma obstrução (folha de papel), entre os pontos de medição das perdas de cargas para as cotas selecionadas, para o qual o tubo Venturi não foi considerado em tal processo. Assim, o objetivo era comparar os valores das perdas de carga geradas a partir de tal restrição colocada, comparando assim de alguma forma com os escoamentos reais que apresentam dissipação de energia mecânica, por causa do atrito viscoso, e possuem a propriedade de aderência do fluido ás superfícies sólidas, condição de não escorregamento. Uma vez após colocada a obstrução no trajeto do escoamento do ar dentro do tubo, entre os pontos selecionados, a etapa de medição foi realizada pelo software, adotando desta vez, as velocidades 1 (mínima) e 5 (quase máxima), para a comparação dos valores obtidos, apresentados nas tabelas abaixo, na análise de resultados. Com os dados obtidos, e usando a eq. (1) foi possível calcular o fluxo mássico do ar escoando e a velocidade do ar dentro do tubo. Partindo da equação de Bernoulli, começámos a analise do experimento: 𝑔𝑦1 + 𝑉1 2 2 + 𝑃1 𝜌 = 𝑔𝑦2 + 𝑉2 2 2 + 𝑃2 𝜌 = 𝑐𝑡𝑒. Como 𝑔𝑦1 = 𝑔𝑦1 => 𝐷𝑒𝑠𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑣𝑒𝑙. O que simplifica a equação para: 𝑉1 2 2 + 𝑃1 𝜌 = 𝑉2 2 2 + 𝑃2 𝜌 Isolando de um lado da equação os termos de Volume e do outro lado os termos de Pressão obtemos: 𝑉1 2 2 + 𝑉2 2 2 = 𝑃1 𝜌 + 𝑃2 𝜌 => 𝑉1 2 + 𝑉2 2 = 2 𝑃1 + 𝑃2 𝜌 Sabemos que a vazão é Ԛ’ = v A => v = Q′ 𝐴 , onde v é a velocidade do fluido e A a área de seção transversal do tubo. Substituindo essa relação na equação anterior chegamos a: Q′1 2 𝐴1 2 + Q′2 2 𝐴2 2 = 2 𝑃1 + 𝑃2 𝜌 => Q′1 2 = Q′2 2 => Q′2 ( 1 𝐴1 2 + 1 𝐴2 2 ) = 2 𝑃1 + 𝑃2 𝜌 Finalmente isolando o termo de Vazão a um lado e tirando a raiz, obtemos a equação: Q’ = √ (2 𝑃1− 𝑃2 𝜌 ) ( 1 𝐴1 2 + 1 𝐴2 2) ⁄ => Vazão dentro do Tubo [ 𝑚 3 𝑠⁄ ] Uma vez obtido Q’, voltando a v = Q′ 𝐴 achamos a velocidade do escoamento do ar dentro do tubo. Agora, fazendo o produtoda vazão volumetrica com a densidade encontramos a Vazão mássica (Q), que nos da a quantidade de massa que escoa no tubo em relação ao tempo. Q = Q’ ρ [ 𝐾𝑔 𝑠𝑒𝑔⁄ ] Também¸ uma vez obtido Q’, voltando a v = Q′ 𝐴 podemos encontrar a velocidade do escoamento do ar dentro do tubo na seção transversal 𝐴1 𝑒 𝐴2 a partir da relação: v = Q′ 𝐴 [ 𝑚 𝑠𝑒𝑔⁄ ] Com essas equações mostradas acima, encontraremos as vazões e velocidade do ar dentro do VENTURI, uma vez que conhecemos os seguintes dados: Áreas de seção transversal o Venturi: 𝐴1 = 3, 44. 10 −4 𝑚2. 𝐴2 = 1, 24. 10 −4 𝑚2. Densidade do ar (25°C): 𝜌 = 1,184 𝐾𝑔 𝑚3 ⁄ . É calculada a vazão de ar para tres velocidades distintas fornecidas pelo compressor: CASO I (𝑽𝟏): 𝑄1’ = √ (2 100,72 𝑘𝑃𝑎−99,84 𝑘𝑃𝑎 1,184 𝐾𝑔 𝑚3 ⁄ ) 1 (3,44.10−4 𝑚2)2 + 1 (1,24.10−4 𝑚2) 2 ⁄ 𝑄1’ = 1,42 . 10 −4 𝑚 3 𝑠⁄ . => Vazão volumetrica para Velocidade 1 𝑄1 = 1,42 . 10 −4 𝑚 3 𝑠⁄ . 1,184 𝐾𝑔 𝑚3 ⁄ => 𝑄1 = 1,684 . 10 −4 𝐾𝑔 𝑠𝑒𝑔⁄ =>Vazão Mássica 𝑣1 = Q1′ 𝐴1 = 1,42 .10−4 𝑚 3 𝑠⁄ 3,44.10−4 𝑚2 => 𝑣1 = 4,13 . 10 −1 𝑚 𝑠𝑒𝑔⁄ => Velocidade do ar na Secção A1. 𝑣2 = Q1′ 𝐴2 = 1,42 .10−4 𝑚 3 𝑠⁄ 1,24.10−4 𝑚2 => 𝑣2 = 1,145 𝑚 𝑠𝑒𝑔⁄ => Velocidade do ar na Seção A2. CASO II (𝑽𝟐) 𝑄2’ = √ (2 100,9 𝑘𝑃𝑎−99,91 𝑘𝑃𝑎 1,184 𝐾𝑔 𝑚3 ⁄ ) 1 (3,44.10−4 𝑚2)2 + 1 (1,24.10−4 𝑚2) 2 ⁄ 𝑄2’ = 1,508 . 10 −4 𝑚 3 𝑠⁄ . => Vazão volumetrica para Velocidade 2 𝑄2 = 1,508 . 10 −4 𝑚3 𝑠⁄ . 1,184 𝐾𝑔 𝑚3 ⁄ => 𝑄2 = 1,786 . 10 −4 𝐾𝑔 𝑠𝑒𝑔⁄ => Vazão Mássica 𝑣1 = Q1′ 𝐴1 = 1,508 .10−4 𝑚 3 𝑠⁄ 3,44.10−4 𝑚2 => 𝑣1 = 4,387 . 10 −1 𝑚 𝑠𝑒𝑔⁄ => Velocidade do ar na Secção A1. 𝑣2 = Q1′ 𝐴2 = 1,508 .10−4 𝑚 3 𝑠⁄ 1,24.10−4 𝑚2 => 𝑣2 = 1,216 𝑚 𝑠𝑒𝑔⁄ => Velocidade do ar na Secção A2. CASO III (𝑽𝟑) 𝑄3’ = √ (2 101,63 𝑘𝑃𝑎−99,84 𝑘𝑃𝑎 1,184 𝐾𝑔 𝑚3 ⁄ ) 1 (3,44.10−4 𝑚2)2 + 1 (1,24.10−4 𝑚2) 2 ⁄ 𝑄3’ = 2,028 . 10 −4 𝑚 3 𝑠⁄ . => Vazão volumetrica para Velocidade 2 𝑄3 = 2,028 . 10 −4 𝑚 3 𝑠⁄ . 1,184 𝐾𝑔 𝑚3 ⁄ => 𝑄3 = 2,402 . 10 −4 𝐾𝑔 𝑠𝑒𝑔⁄ => Vazão Mássica 𝑣1 = Q1′ 𝐴1 = 2,028 .10−4 𝑚 3 𝑠⁄ 3,44.10−4 𝑚2 => 𝑣1 = 5,896 . 10 −1 𝑚 𝑠𝑒𝑔⁄ => Velocidade do ar na Secção A1 𝑣2 = Q1′ 𝐴2 = 2,028 .10−4 𝑚 3 𝑠⁄ 1,24.10−4 𝑚2 => 𝑣2 = 1,635 𝑚 𝑠𝑒𝑔⁄ => Velocidade do ar na Secção A2
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