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SEMINÁRIO TEMÁTICO DE POLÍTICAS SOCIAIS 02

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SEMINÁRIO TEMÁTICO DE POLÍTICAS SOCIAIS
Fichamento do texto: Natureza e Desenvolvimento das Políticas Sociais no Brasil.
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O Estado, por causa das forças sociais e políticas estão sempre mudando, já passou por Getulio, pelo golpe militar, ditadura, implantação da CF/88, as reformas neoliberais dos anos 90 e o capitalismo, que ate hoje, influencia em nosso meio. Os modelos de política-econômico-social transformam-se segundo a necessidade dos cidadãos brasileiros, então,surgem os meios de "ajudas" comunitárias cedida pelo governo, é o exemplo da política de seguro social ou da criação da Legião Brasileira de Assistência (LBA), em 1942. 
Os modelos de política social tiveram ponto de partida nos anos 30, período em que se vivenciou a primeira crise estrutural de tais políticas caracterizada pela recessão econômica. 
Nos Estados Unidos, diante da crise o Estado implementou políticas assistenciais e mesmo assim a crise se agravou, houve uma pressão das políticas sociais onde milhões de idosos saíram as ruas pedindo aposentadoria e uma política social de combate ao desemprego, o que resultou num acordo feito pelo Estado com a classe trabalhadora. Vigorou o chamado "modelo Bismarkiano" , que era um seguro social, onde se pagava antes para mais tarde ter acesso à assistência. A proteção social vai se dá devido ao seguro social. 
	Na Suécia, em decorrência da crise dos anos 30 surge em 1938 um pacto unindo, Estado, igreja e trabalhadores. Houve a busca de um sistema de emprego mais amplo por parte dos trabalhadores. 
Na Inglaterra o mentor do modelo será Beveridge que adotou um sistema de proteção social para todas as eventualidades de perda de renda, pois ele tem caráter universal. Segundo ele as crises econômicas eram coisas passageiras. Com essa idéia ele cria o "modelo Beveridgiano" de seguridade social.
No Brasil, dos anos 30 aos 60 a repercussão dessa conjuntura de crise condicionou o governo brasileiro, representado por Getúlio Vargas, a implementar encargos, como a construção de estradas e de indústrias, além de incentivar o desenvolvimento de instituições de política social tendo em vista a administrar a questão do trabalho. Com a formação do capitalismo monopolista, Getúlio Vargas muda o bloco de poder, abandona as políticas ligadas a oligarquia agrária, dá uma dinâmica nova a política, busca pessoas ligadas a indústria, mantém as dependências com países centrais. As políticas sociais não favoreceram ao trabalhador. 
O agravamento das políticas sociais vai se estabelecer de forma mais objetiva nos governos seguintes. As propostas neoliberais interrompidas na gestão Collor pelo impeachment vão se concretizar por juros altos com repercussões na elevação da recessão e do desemprego e pela sua programática política. 
No contexto da reforma do Estado dos anos 90, a política social brasileira se apresenta inteiramente sintonizada e dependente da orientação macroeconômica, se afastando da dimensão universalista adquirida com a Constituição de 1988. Assim, o governo FHC eliminou as possibilidades de consolidação de um modelo de política social pública na sociedade brasileira, dando uma condição de subalternidade assumida pelas políticas sociais e violando a CF/88.
Por causa da "desresponsabilização" do Estado com as políticas sociais, a falta de comprometimento e de assistência é que tem destaque as organizações públicas não-estatais, que passam a se encarregar em promover a assistência social, inspirada no modelo do programa Comunidade Solidária. 
Assim, na sociedade brasileira, a cidadania não teve existência real, tendo em vista as conjunturas políticas serem caracterizadas, sobretudo por uma proteção social, e não pela implementação de políticas sociais plenas, mesmo com a existência constitucional de um sistema de seguridade social. Daí a situação de anomalia, apatia, da cidadania, em sua convivência com políticas sociais residuais.
Dessa forma, a incompatibilidade que, á primeira vista se mostra inconciliável é manipulado pelo Estado e pelas classes dominantes através de vários instrumentos, entre eles os serviços sociais, para que haja certo controle de classes e dos conflitos existentes entre elas. O Estado, representado pela burguesia, é quem comanda nosso país.

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