separam as cúspides vestibulares das linguais, enquanto que os sulcos principais ocluso- vestibulares e ocluso-linguais separam cúspides vestibulares ou linguais entre si. Os sulcos principais mésio-distais não são rigorosamente retilíneos, mas apresentam sinuosidades e, por vezes, até mesmo interrupções em seu trajeto, como veremos no primeiro molar superior. Seu posicionamento no sentido vestíbulo-lingual também é variável, o que explica diferenças volumétricas entre cúspides vestibulares e linguais. Nos dentes inferiores, os sulcos principais mésio-distais apresentam-se deslocados para lingual. Nos dentes superiores, apresentam-se deslocados para lingual no primeiro pré-molar, centralizados no segundo pré-molar e deslocados para vestibular nos molares. SULCOS SECUNDÁRIOS: Situados sobre as cúspides, partem de fossetas secundárias para delimitar bordas marginais ou lóbulos. São menos profundos que os primários. São depressões que entalham as vertentes das cúspides, com trajeto curvilíneo em relação a aresta transversal. São mais profundos e estreitos próximo ao sulco principal mésio-distal aresta Aresta longitudinal Aresta transversal Sulcos do 1º molar inferior - 36 1- Sulco principal mésio-distal 2- Sulco ocluso-lingual 3- Sulco ocluso vestibular M D de onde partem e mais rasos e largos a medida que se distanciam dele. Facilitam o escoamento de alimentos e o deslize de cúspides durante a função mastigatória. seta vermelha – sulco secundário CRISTA OBLÍQUA – PONTE DE ESMALTE: A ponte de esmalte é uma saliência de esmalte que une as cúspides disto-vestibular e mésio-lingual no primeiro molar superior, interrompendo o trajeto do sulco principal mésio-distal. Também é considerada uma área de reforço da coroa dental. O primeiro pré-molar inferior também apresenta uma ponte de esmalte unindo sua cúspide vestibular à cúspide lingual, porém de forma retilínea e não oblíqua. TUBÉRCULO: Elevação arredondada situada algumas vezes, em faces dentárias. Ocorre devido a maior deposito de esmalte nessa área. Destacam-se: 1° Molar superior permanente - Tubérculo de CARABELI (tubérculo anômalo), na mésio-lingual, outros exemplos são os prolongamentos de cíngulos de caninos e incisivos. Seu tamanho é variável, desde um pequeno sulco até ao nível da face oclusal, de onde está separado por um sulco profundo. - Tubérculo de ZUCKERKANDL – Encontrado no 1º molar decíduo na região cervical. Tubérculo de carabelli FOSSETAS: Fóssetas são depressões de profundidade variável encontradas na face oclusal de PM e M, no trajeto do sulco principal mésio-distal e em sua intersecção com outros sulcos principais ou secundários De acordo com sua localização na face oclusal, são M D V L Cúspide disto-vestibular Cúspide mésio-lingual V L denominadas mesial, central ou distal. Podem também estar localizadas ao final dos sulcos principais ocluso-vestibulares dos molares, junto ao 1/3 médio. FOSSETA PRINCIPAL: É formada pela união de sulcos principais. FOSSETA SECUNDÁRIA: É formada pela intersecção de um sulco principal e/ou 2 secundários. São menos amplos e profundos. dente 37 FACE OCLUSAL ANATÔMICA: Nos dentes posteriores, as estruturas de maior interesse se localizam nas faces oclusais. A face oclusal pode ser classificada em anatômica e funcional. Entende-se por face oclusal anatômica a região contida entre as arestas longitudinais das cúspides e as arestas das cristas marginais transversais. Durante a fisiologia mastigatória não é apenas a face oclusal anatômica que participa do processo de trituração dos alimentos. Portanto, a face oclusal funcional corresponde à face oclusal anatômica acrescida dos terços oclusais das faces lingual e vestibular que atuam aumentando essa superfície mastigatória. Face oclusal funcional dente 37 Face oclusal anatômica SULCO INTERDENTAL: Sulco interdental (ou interproximal): é o espaço que parte da área de contato em direção incisal/oclusal. Nos dentes posteriores, é o espaço que se estende da área de contato até a aresta das cristas marginais transversais, sendo formado pela vertentes externas de duas cristas marginais vizinhas (crista marginal transversal mesial de um dente e distal de seu adjacente). Nos dentes anteriores, esse sulco é formado a partir do contato interproximal até o ângulo inciso-proximal. 1- SULCO INTERDENTAL Fóssula principal Fóssula secundária distal M D L M D ESPAÇO INTERDENTAL: é o espaço existente a partir da área de contato interproximal em direção à porção cervical da coroa. Este espaço situa-se entre as faces proximais de dentes vizinhos de mesmo arco, e normalmente é preenchido pela papila gengival interdentária. Tanto o espaço interdental quanto o sulco interproximal podem ser observados em uma vista vestibular e lingual, sendo normalmente de formato triangular. Nesses dois casos, a bases dos triângulos são virtuais ( base cervical e base oclusal, respectivamente). 2- ESPAÇO INTERDENTAL AMEIA: Ao observarmos a relação interproximal por uma vista oclusal, teremos a formação de outras duas áreas: AMEIA VESTIBULAR: é um espaço de formato triangular que parte da área de contato em direção à vestibular. AMEIA LINGUAL: é um espaço de formato triangular que parte da área de contato em direção à lingual. As ameias linguais são maiores que as ameias vestibulares devido à própria posição da área de contato (terço vestibular), já que as faces linguais de todos os dentes são menores que as faces vestibulares, com exceção do 1 molar superior. As paredes das ameias são formadas pelas faces proximais dos dentes e a base desse triângulo (vestibular ou lingual) é virtual . 3- AMEIA VESTIBULAR 4- AMEIA LINGUAL