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Pressupostos processuais do juiz

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Pressupostos processuais do juiz:
Investidura legal
Imparcialidade
Competência
- Principio do juiz natural (doutrinário) expressa que o juiz de uma causa deve ser: LEGALMENTE INVESTIDO, IMPARCIAL E COMPETENTE, logo este principio RESUME OS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS.
O juiz natural em sua concepção universal (DIREITOS HUMANOS) é o juiz legal e previamente investido na função jurisdicional. EVITAR TRIBUNAIS DE EXCEÇÃO. CONSTITUIDO ANTES DO FATO QUE IRÁ JULGAR. NOSSO ORDENAMENTO NÃO ACOLHEU O PREVIAMENTE, POIS SERIA ILÓGICO, UMA VEZ QUE O JUIZ QUE ASSUMISSE O CARGO NÃO PODERIA JULGAR OS FATOS PRETÉRITOS.
O juiz de uma causa deve ser imparcial, como consta na Declaração dos Direitos Humanos. Fundamento: Art. 5º incisos: XXXVII (“não haverá juízo ou tribunal de exceção”), LIII(“ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente”). A imparcialidade NÃO ESTÁ EXPRESSA NA CONSTITUIÇÃO E SIM NO ARTIGO 7º, INCISO I DO PACTO DE SAN JOSE DA COSTA RICA!
Não pode se excepcionado por lei infraconstitucional.
INVESTIDURA LEGAL: ou do juiz natural, raízes nos direito humanos, evitando tribunais de exceção “ad hoc” (para esta finalidade), ou fórum privilegiado (distinto de fórum especial, ou fórum de prerrogativa de função). A constituição proíbe fórum privilegiado, não de prerrogativa.
Formas de investidura legal: É UM ATO ADMINISTRATIVO:
Concurso público: provas e títulos
Os ministros são investidos nos cargos mediante indicação do Presidente, aprovado pelo Senado e nomeação do Presidente.
Quinto constitucional: EXCETO O STF. 1/5 ou 20% dos membros do MP ou da advocacia que estão no fim da carreira. Inscrição na OAB local, escolhe-se uma lista sêxtupla, pode ser naturalizado, a escolha efetuada pelo CONSELHO DA ORDERM OU DO MP é uma escolha politica. A lista passa a ser tríplice e o chefe de estado escolhe.
Da imparcialidade do juiz:
- principio da imparcialidade(ne procedat iudex ex officio).
Uma das maiores garantias é a garantia pela inércia da jurisdição, o juiz não atua de ofício, o juiz que se auto provoca se torna psicologicamente ligado a causa. É provocado através da demanda, não tem iniciativa de ação. 
A imparcialidade é principio constitucional, pois está previsto no Pacto de San Jose da Costa Rica, foram recepcionado no âmbito da constituição, no artigo 5º, §2, não estando expresso, principio constitucional.
O código do processo trata nos artigos 134 e 135, juiz imparcial é juiz não impedido e não suspeição. O processo estará nulo se houver impedimento ou suspeição.
Causas de impedimento do juiz: Art. 135, CPC: 
Se a PARTE FOR: juiz, cônjuge ou parente.
Se o ADVOGADO FOR: juiz, cônjuge ou parente.
Se o JUIZ FOR: parte, advogado, juiz, MP, testemunha, perito, serventuário.
Causas de suspeição do juiz: Art. 135, CPC:
Amigo intimo, inimigo capital, devedor, herdeiro, donatário ou empregado da parte.
Tiver recebido dádivas, aconselhado, interesse no julgamento. 
Foro intimo.
O juiz não pode atuar como tal em sua própria causa, ou ainda aquela que envolva parentes (linha colateral até 3º grau). Não é que ele não possa ser parte, somente não poderá atuar em causa própria, substituição automática.
O juiz não poderá julgar causas nas quais anteriormente era advogado, também não pode julgar causas em que parentes (até 2º grau) são advogados da parte.
Obs.: AS CAUSAS DE IMPEDIMENTO SÃO CIRCUNSTÂNCIAS OBJETIVAS, HÁ UMA PRESUNÇÃO LEGAL DE PARCIALIDADE. (PRESUNÇÃO LEGAL= PRESUNÇÃO “JURE ET DE JURE”, NÃO ADMITE PROVA EM CONTRÁRIO).
AS CAUSAS DE SUSPEIÇÃO SÃO CIRCUNSTANCIAS SUBJETIVAS, HÁ UMA PRESUNÇÃO RELATIVA DE PARCIALIDADE (PRESUNÇÃO SUBJETIVA= PRESUNÇÃO “JURIS TANTUM”, ADMITE PROVA EM CONTRÁRIO).
O impedimento deve ser reconhecido de oficio pelo juiz, a qualquer tempo, sob pena de nulidade absoluta do processo, o vicio não é sanado, mesmo com transito em julgado, após isso cabe ação rescisória.
A suspeição pode ser reconhecida de oficio, a nulidade é relativa, se não for reconhecida pelo juiz, nem pela parte, o vicio é sanável, convalesce, não cabe ação rescisória.
EXCEÇÃO DE IMPEDIMENTO E DE SUSPEIÇÃO: tanto o autor como o réu, suspende o processo. ARTIGO 265, III, CPC. Julgada pelo tribunal (julga procedente ou improcedente). Se procedente, os autos serão remitidos ao juiz substituto automático e o juiz será obrigado a pagar pessoalmente aas custas e os honorários. A exceção por impedimento deve ser elaborada por petição em separado, e dirigida ao magistrado responsável pela demanda. Deve ser juntado os todos os documentos e demais elementos aptos a comprovar o impedimento do juiz. O magistrado não tem a possibilidade de indeferir de plano a exceção por impedimento, como faz na exceção por incompetência, e assim, o processo principal será suspenso até que a exceção seja decidida. 
O magistrado, então, poderá se comportar de duas maneiras: se entender que a exceção é cabível, determinará que o processo seja remetido ao seu substituto legal; já, se entender que não são pertinentes os argumentos trazidos pelo excipiente, rejeitará a exceção, mediante a exposição das razões pelas quais a exceção não deve ser acatada, no prazo de 10 (dez) dias. (art. 313 do CPC). A partir dessa rejeição, o processo será remetido ao tribunal para que seja julgado. Se a exceção for acolhida, o tribunal determinará que o processo seja remetido ao substituto legal do magistrado impedido. Este, por sua vez, será condenado ao pagamento das custas por ter resistido às alegações do excipiente. Já, se a exceção não for aceita, o tribunal determinará que seja arquivada, e o processo principal terá seu curso normalizado. É o que determina o art. 314 do CPC. Observação: nessa modalidade de exceção, o magistrado assume a posição do exceto, haja vista que não há, sequer, oportunidade da outra parte da relação processual, se manifestar nos autos.  NÃO HÁ RECURSO CABIVEL.
JURISDIÇÃO E COMPETENCIA:
Jurisdição: traduz a ideia de ação de dizer o direito. Atividade, função e poder.
Pressuposto processual é a competência, mas para entendê-la é necessário entender a jurisdição. Jurisdição é dizer o direito. Cabe ao juiz. É a atividade, função e poder. Como a atividade, do juiz no processo, jurisdiciona, exprime a tarefa do juiz. Como a função é jurisdicionar, diz o direito. Como poder, 1/3 do poder soberano do Estado, poder impor sua vontade, imperatividade.
A sentença cria direito? A doutrina está desatualizada ao dizer que a sentença declara direito. SÚMULAS VINCULANTES (STF). OITO ministros devem aprova-las, deve ter caráter normativo, ela não vincula o poder legislativo, somente o PJ e Executivo, é genérica e tem efeito erga omnes, não é lei, tradição do common law. Não apenas declara o direito, mas também o cria.
O judiciário legisla, jurisdiciona, e administra. A jurisdição não é exclusiva.
Poder inquisitivo: investigar, busca de elementos de prova. Não há, compromete a imparcialidade. Poder inquisitório: busca da prova de oficio, artigo 130(“Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias”), provas necessárias.
COMPETENCIA: é a divisão da jurisdição. Critérios ou espécies:
Competência internacional (CPC, arts. 88 a 90). Absoluta
Competência material (“Ratione materiae”): leva em conta a natureza da lide (critério para fixação da justiça competente)-CF. Absoluta
Competência territorial (“ratione loci”): leva em conta o foro de domicilio do Réu, (critério para a fixação de foro)- CPC, art. 94 a 100. Relativa
Competência material: critério para a fixação da vara ou juízo competente- CPC e leis de organização judiciária. Absoluta
Competência de valor da causa: critério para a fixação da competência dos Juizados especiais cíveis. Relativa
Competência Funcional: leva em conta a atividade do órgão jurisdicional no processo, (critério para fixação da competência dos tribunais). Recursal (regimento interno+ CPC) e Originária(“ratione materiae” e “Ratione Personae”-competência por prerrogativa de função). Absoluta.
Competência Absoluta: inobservância da regra acarreta nulidade absoluta. Deve ser reconhecida de ofício, pelo juiz ou tribunal, a qualquer tempo ou mediante requerimento formulado pelas partes, independentemente da demonstração de prejuízo. Citado, o réu, se houver de suscitar o vício deve fazê-lo em preliminar de contestação, ou depois.
Competência relativa: inobservância da regra acarreta nulidade relativa. STJ, Súmula 33: “a incompetência relativa NÃO pode ser declarada de ofício”. Depende de provocação. A parte interessada deve alegá-la mediante exceção de incompetência relativa. Se não o fizer, o vício convalesce. Após o trânsito em julgado, não cabe ação rescisória.
Exceções: a parte deve alegá-la.
Competência Internacional: CPC arts 88 a 90.
Regras previstas no CPC. Definem a competência do Brasil. Acarreta nulidade absoluta.
Concorrente: Significa que o Brasil é competente, SEM exclusão da competência judiciária estrangeira. A ação pode ser proposta aqui ou no estrangeiro. Uma vez proposta no estrangeiro, o Brasil homologará a sentença estrangeira (STJ). Cuida-se de ação originária (matéria Cível). Condição de eficácia (CF+ moral e os bons costumes), não há rejulgamento da causa. Pressupostos: Réu domiciliado no Brasil; se a obrigação houver de ser cumprida no Brasil; fato ocorrido ou ato ilícito praticado no Brasil.
Exclusiva: significa que somente o Brasil é competente, não há homologação de sentença. Pressupostos: ações relativas a imóveis situados no Brasil; inventário e partilha de bens imóveis situados no Brasil.
Há litispendência? Artigo 90: A ação intentada perante tribunal estrangeiro não induz litispendência, nem obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que Ihe são conexas. Só se aplica em competência concorrente. Não há litispendência, pode-se propor a ação tanto aqui como lá. A ratio é o tempo do processo, a que sair primeiro. A CF vedou propor ação no estrangeiro e obtendo um resultado desfavorável, propô-la novamente no Brasil, buscando um resultado diverso.
O réu deverá promover ação de homologação de sentença estrangeira, alegando assim coisa julgada nacional (sentença homologada).
COMPETÊNCIA MATERIAL: 
A Constituição Federal dividiu a jurisdição “ratione materiae”, isto é, em razão da matéria (ou da natureza da lide) entre as diversas justiças que criou.
As regras de competência material presentes na CF são cogentes(“ius cogens”), ditadas em interesse público. Por isso, a violação desses princípios acarreta nulidade absoluta. Diz-se que a competência material é competência absoluta. São 5 tribunais superiores: STF, STJ, TSE, TST e STM. 
A justiça do trabalho só exerce competência cível. Julga os dissídios individuais e coletivos entre os empregados e trabalhadores. Todas as lides decorrentes das relações de trabalho (não julga crimes).
A justiça militar (federal e estadual), diferentemente, só exerce competência penal. Processa e julga os crimes militares definidos em lei (CMP).
A justiça eleitoral exerce competência penal e civil. Processa e julga todas as lides de natureza eleitoral, inclusive os crimes eleitorais definidos no CE.
Justiça Federal: Autor, Réu, interventora. Artigo 109, I, CF. a União, empresa pública federal, comum, autarquia federal (INSS) e fundação federal. 
COMPETÊNCIA TERRITORIAL: 
Regra Geral: CPC, artigo 94, “caput”: A ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real sobre bens móveis serão propostas, em regra, no foro do domicílio do réu.
§ 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles.
§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele será demandado onde for encontrado ou no foro do domicílio do autor.
§ 3o Quando o réu não tiver domicílio nem residência no Brasil, a ação será proposta no foro do domicílio do autor. Se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.
§ 4o Havendo dois ou mais réus, com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor.
Cuida-se de competência Relativa. Exceções: nulidade absoluta: Ações reais imobiliárias, foro do domicílio do réu; nulidade da cláusula de eleição de foro nos contratos de adesão.
Competência Material(absoluta) –competência de vara ou de juízo.
Critério: A matéria, a natureza da lide. Fundamento legal: leis de Organização judiciária e CPC.
Competência por distribuição: presta-se à identificação da vara ou juízo competente naqueles foros em que houver mais que uma vara ou juízo com a mesma competência material.
Competência funcional: leva em conta a atividade do órgão jurisdicional no processo.
Competência funcional (competência absoluta): Horizontal (por fases do processo; por objeto da lide). Vertical: Recursal(CF, CPC, Regimentos Internos) e Originária( em razão da matéria/ por prerrogativa de função/ crimes praticados por determinadas autoridades/). A competência Originária dos tribunais para o processo e julgamento de determinadas ações, que são julgadas em única instância pelos tribunais.
Súmula 33, STJ: o Juiz não pode reconhecer de oficio a competência territorial.
Ações que envolvem imóveis somente podem ser ajuizadas no domicílio da situação do imóvel. (artigo 95, CPC).
Justiça comum Federal- sempre no foro de domicilio do autor e réu. A justiça comum estadual pode julgar a matéria de justiça Federal, por não apresentar a vara.

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