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PROCESSO CIVIL I
Av I: 05.04.2019 (2º chamada: 13.04)
Av II: 07.06.2019 (2º chamada 15.06)
Email: priscilla_sjesus@hotmail.com
COMPETÊNCIA:
1. Conceito: a jurisdição é uma e se exerce em todo o território nacional. Como o Brasil é muito grande, para mais bem administrar a justiça, vários setores do poder judiciário foram especializados, criando os órgão jurisdicionais e para órgão desse foi dirigida uma atribuição definida em lei, com isso já se diz que a competência é o resultado da distribuição de atribuições a órgãos jurisdicionais para que eles possam exercer jurisdição nos termos da lei. 
A competência é o resultado da distribuição das atribuições para os vários órgãos jurisdicionais. Âmbito no quais se pode exercer jurisdição nos termos da lei, é quantidade de jurisdição; medida de jurisdição. É a lei quem diz qual a medida dessa jurisdição distribuída a cada juiz. Ex: existe o bolo completo e a fatia do bolo. A fatia será a competência e o bolo será a jurisdição. 
A competência é uma noção de IED, tanto que se fala em competência legislativa, administrativa e jurisdicional 
2. Distribuição e perpetuação da jurisdição: a distribuição da competência é feita pela lei e decorre de normas gerais e abstratas. Essas normas podem ser extraídas da CF, das const. Estaduais, das leis infraconstitucionais, dos regimentos internos dos tribunais e de negócios jurídicos processuais. 
Art 44 CPC: Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição Federal, a competência é determinada pelas normas previstas neste Código ou em legislação especial, pelas normas de organização judiciária e, ainda, no que couber, pelas constituições dos Estados. 
Não basta conhecer as normas gerais e abstratas sobre competência, deve-se conhecer em concreto qual o juízo competente para julgar um caso especifico. O que irá determinar essa concretude é:
Art. 43.  Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
Haverá registro da petição inicial quando na localidade houver uma única vara responsável. 
Haverá distribuição da petição inicial quando na localidade houverem várias varas responsáveis. A distribuição é feita através de um sorteio imediato (após o protocolo), alternado (para não haver acumulo de trabalho) e aleatório (para não haver escolhas de juízos e para se respeitar o juiz natural). Essas regras são cogentes, de observância obrigatória, que não pode ser descumprida, pois visa preservar o juiz natural. 
O art 43 diz que uma vez fixada a competência ela permanecera a mesma ate o fim do processo, sendo que, qualquer modificação fática (mudança de endereço) ou jurídica ocorrida posteriormente não mudara a competência. Essa é a regra da perpetuação da jurisdição.
Existem dois fatos, previstos em lei, que permitem a quebra da perpetuação da jurisdição:
· Extinção de órgão jurisdicional (comarca/vara)
· Alteração de regra de competência absoluta ocorrida até antes da prolação da sentença. Sumula 361 STJ 
E existem fatos doutrinários que também permitiriam a quebra dessa perpetuação: 
· O desmembramento de comarcas, desde que desse desmembramento tenham advindo alterações de competência absoluta
· Nas ações que envolvem crianças e adolescentes, poderá haver essa quebra quando acontecer qualquer modificação fática ( como mudança de domicilio), mas só pode acontecer se for para melhor interesse da criança e adolescente. 
3. Princípios e regras: há 2 principios. 
1º: indisponibilidade – as regras de competência previstas nas CF atribuem competência aos órgãos judiciais federais, sendo que essa competência não pode ser atribuída a outros órgãos através de atos infraconstitucionais
2º tipicidade – as regras de competência dos órgãos constitucionais federais têm previsão expressa na CF.
Além desses princípios podem ser citadas duas regras: 
1º não existe vácuo de competência – ainda que não haja previsão de lei, existira um órgão competente para julgar e processar uma demanda. Pode ser extraída implicitamente, há aqui uma competência implícita “ implied power”. Casos dos embargos de declaração, que são julgados pelos próprios órgãos que os proferiram.
2º: regra da kompetenzkompetenz – todo órgão jurisdicional tem uma competência mínima para pelo menos dizer que não é competente para julgar e processar a causa. (competência da competência) 
4. Fórum shopping e fórum non conveniens: existem casos em que a lei prever mais de um foro para julgar e processar a mesma demanda, quando isso acontece, está diante dos foros concorrentes. (ação coletiva com danos em vários lugares, ação contra a união). Nessas hipóteses, haverá um fato da vida ( a existência de mais de uma foro) no qual o autor da ação escolherá o local no qual a ação será ajuizada, exercendo um direito potestativo. A essa situação de escolha, dá-se o nome de fórum shopping. A escolha é feita levando em consideração o foro que o autor considere mais adequado para o processamento da ação, geralmente o mais benéfico. A escolha deve respeita a boa fe objetiva, sem abuso do direito potestativo. O controle desse uso do direito é feito pelo órgão jurisdicional que se vale da teoria do fórum non conveniens, que fará uma análise da escolha. Valendo-se dessa teoria, o órgão que recebe a ação, ou seja, que foi escolhido, pode se negar a receber a ação, caso ele entenda que exista um foro mais adequado para tal processamento. Os critérios utilizados para a identificação do foro mais adequado vão variar entre os juízes e as partes, o que causa muitos problemas, mas ações. Decisão do STJ contra essas ideias (OLHAR). 
5. Classificação: 
· competência do foro – o foro é localidade, unidade territorial. Primeiro se escolhe o foro a partir das regras do CPC
· competência do juízo – unidade administrativa. Cartório, vara, secretaria... é definido após de já definido do foro, com base nas leis de organização judiciaria.
· Competência originaria – aquela atribuída ao órgão jurisdicional que vai conhecer da causa pela primeira vez. Em regra, essa competência é atribuída ao juiz de 1º grau, excepcionalmente, com tudo, essa competência pode ser atribuída ao tribunal (mandado de segurança contra um ato de governador do estado, presidente...)
· Competência derivada – atribuída ao órgão jurisdicional que ira rever uma decisão já proferida em um processo, em regra, ela é atribuída ao tribunal, excepcionalmente é atribuída a um juiz de 1º grau (casos de julgamento de embargos infringentes de alçada) 
AULA DIA 15/02
Continuação de classificação: 
· Competência absoluta X relativa : existem algumas diferenças e algumas semelhanças entre competência absoluta e relativa. 
As diferenças são: 
 1º a absoluta tem fundamento no interesse público, quanto a relativa tem fundamento no interesse particular, ou seja, a relativa é fixada com base no interesse da parte. 
2º: a incompetência absoluta pode ser alegada no processo a qualquer tempo, em qualquer grau de jurisdição e pode ser reconhecida de oficio pelo juiz; o réu pode apresentar uma petição simples para alegar a incompetência absoluta, de um processo, assim como o MP pode alegar a incompetência absoluta (seja ele parte ou fiscal da lei). Essa incompetência é tão grave que pode ser alegado até mesmo depois do transito em julgado, com o prazo de 2 anos, para tanto. Já a relativa, só pode ser alegada pelo réu na primeira oportunidade que tem de falar nos autos, sob pena de preclusão (o réu perde o direito de manifestar esse vício em outro momento), geralmente, o réu fala em sua contestação. A relativa não pode ser reconhecida pelo juiz de ofício. 
Há quem diga que o MP, quando atuar como fiscal pode alegar a incompetência relativa. 
3º: a competência absoluta não pode ser modificada por vontade das partes, enquanto a relativa pode. Tanto isso é verdade que as partes podem escolher o foro (território) que uma ação será ajuizada.
4º: a conexãoe a continência podem modificar a competência relativa, mas não modificam a competência absoluta. (OBS: vide aula de conexão e continência)
5º: a alteração superveniente de regra de competência absoluta quebra a perpetuação da jurisdição, enquanto a alteração superveniente de regra da competência relativa não quebra essa perpetuação. 
As semelhanças são: 
1º: a incompetência absoluta e relativa não enseja, em regra, a extinção do processo sem exame de mérito, ensejam sim a remessa do processo para o juízo competente. Nos juizados especiais, a incompetência enseja a extinção sem exame de mérito (previsão expressa). Ao longo do processo podem ser iniciados alguns incidentes, como por exemplo a reconvenção (ação do reu contra o autor, no mesmo processo ajuizado pelo autor), o juízo deve ter competência para a ação principal e para as demais ações que apareçam. Caso o juízo não tenha competência para os incidentes, a consequência será, em regra, a inadmissão do incidente no processo.
2º: as incompetências absolutas e relativas serão conhecidas pelo juízo após manifestação das partes sobre essa característica. Quando o juízo for reconhecer sua incompetência, ele deve permitir que as partes se manifestem previamente.
3º: o reconhecimento das incompetências não enseja automaticamente a invalidação dos atos até então proferido pelo juízo reconhecido incompetente, esses atos até então proferidos continuam validos e eficazes ate que se manifeste o novo juízo competente. o novo juízo tem total liberdade sobre os atos já proferidos (Novidade do CPC) 
4º: os efeitos decorrentes da citação e do despacho da citação, subsistem ainda que ajam o reconhecimento das incompetências do juízo.
5º: os efeitos decorrentes do ajuizamento da ação pelo autor subsistem ainda que ajam o reconhecimento das incompetências (litispendência e litigio do bem). 
Exemplos de competência: 
· absoluta – razão da pessoa, razão da matéria, funcional 
· Relativa – valor da causa, territorial 
 
6. Passo a passo para a delimitação de competência: é algo muito importante no processo que deve ser feita de for correta, uma das primeiras coisas que se faz quando se ajuíza uma ação ou quando se acompanha uma ação é saber sobre a competência dessa ação. Isso pode mudar a opinião da parte sobre ajuizar ou não a ação. 
Passo a passo de Nelson Nery e Rosa Maria de Andrade: em primeiro lugar deve-se avaliar se a causa é de competência da jurisdição brasileira ou de tribunal estrangeiro; em segunda lugar, sendo a competência da jurisdição brasileira deve-se analisar se a competência é de algum tribunal ou de algum órgão jurisdicional atípico; em terceiro lugar, não sendo a competência de um tribunal ou de um órgão atípico, deve-se avaliar se a competência é de alguma justiça especializada ( MILITAR, ELEITORAL E TRABALHISTA); em quarto lugar, se a justiça não for especializada, deve-se avaliar se a competência é da justiça comum federal; em quinto lugar, se não for da comum federal será residual da justiça comum estadual. 
É preciso que se defina o foro, a unidade territorial que a ação será ajuizada. Com base nas regras do CPC, definido o foro, é preciso que defina o juízo, com base nas leis de organização judiciaria.
 
7. Competência internacional: todo estado soberano pode pretender julgar qualquer causa, mas nem todo estado soberano poderá proferir decisões em qualquer causa com aptidão para produzir efeitos em todos lugares, por conta da soberania dos demais estados. A competência internacional tem como objetivo analisar o âmbito dentro do qual a jurisdição brasileira poderá atuar, exclusivamente ou em concorrência com outros estados soberanos, onde o estado atuará proferindo decisões capazes de produzir efeitos. Essa competência não trata de cortes internacionais. Ela pode ser exclusiva ( quando apenas a jurisdição brasileira pode julgar a causa, e se essa for julgada por tribunal estrangeiro não poderá produzir efeitos nem ser homologada no STJ art23 .) ou (concorrente - arts. 21 e 22 do CPC (quando tribunais brasileiros e estrangeiros podem julgar uma causa). Para que a decisão estrangeira produza efeitos aqui ela deve ser homologada pelo STJ, para que isso aconteça deve-se observar alguns requisitos previstos no CPC e no regimento interno do STJ. Que são: a decisão precisa ser proferida por uma autoridade competente lá fora; ela tem que ser capaz de produzir efeitos no exterior; ela não pode ofender a coisa julgada nacional nem a ordem pública brasileira e deve estar acompanhada de tradução oficial).
Hipóteses de competência internacional concorrente: 
Quando o réu da ação tiver domicilio no Brasil, independentemente de sua nacionalidade. Quando a pessoa jurídica ré tiver sede, filial, agencia no brasil, também será concorrente. 
Quando a obrigação discutida na ação tiver que ser cumprida no Brasil
Quando o ato ou o fato discutido na ação tiver ocorrido no Brasil 
Quando na ação de alimentos o credor tiver domicilio ou residência no brasil ou o devedor tiver algum vínculo patrimonial no país. (INSS, imóveis alugados...)
Quando nas ações de consumo, o consumidor tiver domicilio ou residência no Brasil
Quando as partes assim optarem expressa ou tacitamente 
Hipóteses de competência internacional exclusiva: 
Quando a ação disser respeito a imóveis situados no Brasil
Quando a ação envolver matéria sucessória havendo bens situados no brasil a serem partilhados.
Quando em ação de divórcio e ação de dissolução de união estável existirem bens no brasil a serem partilhados. Sentença homologatória de divórcio consensual, proferida no exterior, produz efeitos no brasil independentemente de homologação do STJ. Art.961, §5º (o dispositivo deve ser interpretado em conjunto com o 23, a sentença que homologa o divórcio no que se refere a bens situados no Brasil, não poderá produzir efeitos aqui e nem ser homologada pelo STJ). O fato de tramitar uma causa na jurisdição estrangeira não impede que a mesma causa transmite aqui no Brasil, ou seja a pendencia de ação no estrangeiro não induz litispendência no Brasil. Se houver coisa julgada no exterior sendo a decisão homologada pelo STJ a ação que tramita no brasil é extinta sem analise de mérito, o mesmo vale para coisas formadas brasileiras que são formadas em primeiro lugar. 
 
8. Critérios para definição de competência: em regras esses critérios são considerados nos atos normativos para definição de competência, as vezes, porém, o critério territorial é desconsiderado (competências das cortes e tribunais superiores) 
8.1 Objetivos: leva em consideração os elementos da demanda (pedido, causa de pedir e partes), adotando-se esse critério pode-se falar em competência em razão da pessoa, da matéria e do valor da causa. 
A competência em razão da pessoa leva em conta os elementos subjetivos da demanda: as partes e é definida levando em consideração o sujeito que figura como parte (competência das varas de fazenda pública).
A competência em razão da matéria leva em consideração o elemento objetivo causa de pedir, é esse elemento que delimita a situação discutida na ação. (Competência das varas cíveis, de consumo, de família) nada impede que os critérios objetivos sejam cumulados, ou seja, a competência pode ser definida em razão da pessoa e da matéria. (varas da fazenda publica que só julgam questões tributarias) 
Em razão da pessoa e da matéria são de competência absoluta. 
A competência em razão do valor da causa, leva em consideração o elemento pedido que, em regra, reflete o interesse econômico da causa e é aí que se define o seu valor, (Competência dos juizados especiais). 
Quando o valor da causa ficar abaixo do teto legal utilizado para fins de delimitações de competência, a competência será relativa. A parte pode ajuizar a ação nos juizados especiais ou na justiça comum. Se o valor da causa superar o teto legal utilizado para a delimitação de competência, a competência será absoluta. A competência do juizado especial federal e do juizado especial da fazenda públicaé uma competência absoluta, embora seja delimitado em razão do valor da causa. Há quem questione a constitucionalidade disso. 
8.2 Territorial: esse critério leva em consideração o lugar em que a ação pode ser exercida, aplicando-se esse critério fala-se na competência territorial. Em regra, essa competência é relativa, ou seja, se pode abrir mão, porem em algumas situações a competência territorial é absoluta. 
AULA DIA 22.02.2019
 8.2.2: continuação da territorial: Existem várias regras de competência territorial, mas aqui vai se tratar das mais comuns, de competência absoluta. 
1º bloco de regras gerais de competência territorial – as ações pessoais e reis mobiliárias são de competência do foro do domicilio do réu. Se o réu possuir mais de um domicilio as ações podem ser propostas nos foros de qualquer um dos domicílios. Se o réu tiver domicilio incerto ou desconhecido, as ações devem ser propostas no domicilio do autor ou no lugar em que o réu for encontrado. Se o réu residir fora do país, a ação será proposta no foro de domicilio do autor; se o autor também residir fora do brasil, a ação pode ser ajuizada em qualquer foro do Brasil. Se houver mais de um reu na ação e cada um possuir um domicilio em lugar diferente, a ação será de competência do foro de qualquer domicilio de qualquer um dos réus.
2º bloco de regras gerais de competência territorial: as ações reais imobiliárias serão de competência do foro da situação da coisa (local onde está situada a coisa/o bem). Essas ações também são de competência do foro de eleição e do foro de domicilio do réu. Situação em que há foros concorrentes. Quando a ação versar sobre propriedade, posse, direito de vizinhança, servidão, nunciação de obra nova e sobre divisão e demarcação de terras, essa ação será de competência do foro da situação da coisa e essa regra de competência territorial fica absoluta.
Há ainda outras regras de competência territorial para ações especificas. A ação de inventario e partilha é uma ação de competência do foro do último domicilio do autor da herança. Se o domicilio for incerto ou desconhecido o foro competente será o do local dos bens imóveis do falecido; se ele não possuir bens imóveis, o foro será o local que estiver qualquer bem. São relativas, ou seja, as partes podem abrir mão dessas regras. 
Nas ações em que é ré o ausente o foro competente é o do seu último domicilio.
Nas ações ajuizadas contra a União é competente o foro do domicilio do autor, o foro do local do ato ou fato da ação, o foro da situação da coisa ou o DF. Regra semelhante para estados e DF, nas ações ajuizadas contra esses entes, é competente o foro e domicilio do autor, o foro do local do ato ou fato da ação, o foro da situação da coisa e a capital do ente federado.
Se a união, estado ou DF forem autores da ação, o foro competente será o domicílio do réu.
As ações de divórcio e de dissolução de união estável soa de competência do foro do domicilio do guardião do filho incapaz. Se não houver filhos, a competência será do foro do último domicilio do casal. A doutrina diz que o legislador, quis estabelecer uma ordem preferencial de foro, pelo melhor interesse da criança/adolescente. 
Para as ações de consumo, o autor da ação terá foro privilegiado e será em seu domicilio. 
Ações contra pessoas jurídicas, o foro competente é o do local da sua sede. Se a ação versa sobre uma obrigação contraída com uma filial, o foro será do local em que se encontra a filial.
Ações em que se discutam direitos decorrentes do estatuto do idoso são de competência do foro do domicilio do idoso. Nesse caso, quando a ação for individual a regra de competência será relativa, se a ação for coletiva a regra de competência será absoluta. 
Lei de ação civil pública, diz que nas ações coletivas o foro será o local em que os danos ocorreram – será uma regra absoluta 
LER ARTS. 46 A 53 CPC 
8.3 Funcional: leva em consideração as funções exercidas pelos órgãos jurisdicionais. É uma competência absoluta. Vicente Greco Filho, levando em conta esse critério, classifica a competência funcional em: 
Razão do grau de jurisdição, - pode ser originaria ou derivada 
Em razão da fase do processo, - será para a fase de conhecimento (busca-se o reconhecimento de um direito) e para fase executiva (busca-se a efetivação de um direito). 
e em razão do objeto discutido – alguns órgãos jurisdicionais específicos tem competência para julgar questões de grande relevância e repercussão social. O que acontece na assunção de competência, nessa assunção, o tribunal manda o caso para o órgão especial para que se forme um precedente obrigatório. 
8.4 Territorial funcional? É possível se falar nesse critério? Aplicando o critério territorial, tem-se a competência relativa. O funcional, por outro lado, leva em consideração funções exercidas pelos órgãos jurisdicionais e quando se aplica, há uma competência absoluta. A doutrina analisando o art. 2º da lei de ação civil pública, questionou-se sobre essa competência por conta da redação desse art., que diz que a ação coletiva será de competência do foro do local do dano que terá competência funcional. Ou seja, adota-se o lugar como foro e fala que a competência será funcional. Na verdade esse critério não existe, o que aconteceu nesse art, foi um equívoco do legislador que ao invés de se falar em competência absoluta ele falou de funcional. Em diplomas legais posteriores o legislador já corrigiu esse erro.
As justiças são divididas em unidades territoriais, as comarcas equivalem ao território de uma cidade, na justiça estadual. E elas podem ser subdivididas em foros distritais. A justiça federal é dívida em seção judiciarias e essas seções equivalem ao território de um estado e podem ser dividas em subseções judiciarias e essas equivalem ao território de uma cidade. A competência territorial dessas subdivisões seria uma competência territorial absoluta, para parte da doutrina. Porém, o STF não entende assim porque há a sumula 689 que diz: “O segurado pode ajuizar ação contra a instituição previdenciária perante o Juízo Federal do seu domicílio ou nas Varas Federais da capital do Estado-membro. ” O segurado o INSS poderá ajuizar a ação contra o INSS na capital do estado, ainda que no foro do seu município tenha uma subseção. 
9.0 modificações de competência: é a atribuição de competência a um órgão jurisdicional que originariamente não a possuía. É também chamada de prorrogação de competência. Apenas a competência relativa pode sofrer essa prorrogação. Existem algumas causas para a modificação das competências: 
Causas voluntarias (não alegação da incompetência relativa) e causas legais (conexão e continência) 
9.1. Não alegação de incompetência relativa: a incompetência relativa deve ser suscitada pelo réu na primeira oportunidade que ele tiver para falar, sobre pena de preclusão- ou seja, não pode alegar a sua incompetência relativa em outro momento. 
Se o réu não suscitar a incompetência no primeiro momento que ele tiver para falar, haverá preclusão e haverá prorrogação de competência, ou seja, o juízo que não tinha competência passa a ter. 
Diz-se que esse é um exemplo de negócio jurídico processual por omissão – Ao não dizer nada, o réu manifestou uma vontade de manter a causa naquele juízo. 
9.2 foro de eleição: o foro de eleição é um NJ processual por meio do qual as partes escolhem o foro (localidade e não juízo) onde as ações serão ajuizadas. É um NJ que deve ser escrito e deve constar ou fazer menção a um outro NJ; geralmente é uma clausula dentro de um NJ maior. Nada impede que no mesmo NJ haja mais de um foro de eleição, se isso acontecer é preciso que se indique as ações que serão ajuizadas em cada foro. É possível que o mesmo NJ contenha foro de eleição e convenção de arbitragem, essa convenção também é um NJ processual por meio do qual as partes submetem um litigio a um juízo arbitral, abrindo mão da jurisdição estatal. Isso é possível porque antes da arbitragem podem surgir problemas (como de quemserá o arbitro) e isso necessita da interferência estatal. E a sentença arbitral deve ser executada na jurisdição estatal. 
o alcance do foro de eleição: o autor Moniz de Aragão diz que serão ajuizadas no foro de eleição todas as ações que decorram do NJ em que inserido o foro de eleição. Ele diz que toda ação cuja a causa de pedir seja extraível do NJ em que inserido o foro de eleição, poderá ela tramitar em seu foro, ações com causas de pedir externas ao NJ não poderão tramitar no foro de eleição e sim nos foros do CPC.
CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE DOIS ARMARIOS com clausula de pagamento feito em 2 parcelas – uma no momento da compra e a outra 30 dias depois. A primeira parcela é paga e a segunda não, pode então o vendedor ajuizar uma ação de cobrança que terá como fundamento o inadimplemento do contrato devido a clausula contratual. Por isso, por ser parte do contrato, essa causa tramitará no foro de eleição. 
Contrato celebrado e uma das partes foi coagida a assinar o contrato, o que representa um vício na manifestação da vontade que gera uma anulação do contrato. Nesse caso, se a parte coagida se sentir prejudicada poderá ajuizar ação anulatória do contrato, o que seria causa externa e por isso tramitaria no foro geral do CPC. 
Para o STJ, no foro de eleição poderão tramitar toda e qualquer ação referente ao NJ em que inserido o foro de eleição. Alcance maior para as partes, Priscila entende como melhor. 
O foro de eleição pode ser considerado abusivo. Isso acontecerá quando: 
1º - no momento de sua celebração a parte não tinha condições de compreender a repercussão de sua escolha. 
2º - o foro escolhido impuser óbice de acesso a justiça ou quando dificultar o contraditório
3º - quando inserido nos contratos de obrigatória adesão (aquele dos quais é parte 1 único fornecedor de um serviço ou produto) 
A abusividade do foro pode acontecer em qualquer contrato. Em um processo, o juiz poderá reconhecer de oficio a abusividade do foro de eleição até a contestação do réu; após a contestação o juiz não poderá reconhecer de oficio a abusividade do foro de eleição. Esse reconhecimento gera uma incompetência territorial e por isso há uma remessa do processo para o foro competente, conforme as regras do CPC. 
9.3 conexão e continência: causas legais de modificação de competência. 
Conexão: é vinculo de semelhanças entre causas, apto a gerar alguns efeitos. As causas conexas não são iguais, são semelhantes ou com alguma afinidade, esse vínculo é estipulado pela lei. O principal efeito da conexão é a reunião dessas causas para um julgamento conjunto, com a ideia de garantia da eficiência e para evitar a prolação de decisões contraditórias. As causas conexas serão reunidas perante juízo prevento – juízo que primeiro recebeu uma das causas conexas (pelo registro ou distribuição da petição inicial).
 Em alguns casos as causas conexas não poderão ser reunidas, como nos casos de: 
1º - for de competência material e por tanto absoluta de juízos distintos. (Inventario e cobrança contra o espolio) 
2º- quando as causas tramitarem sobre procedimentos distintos não conversíveis para o procedimento comum. (ação de interdição e prestação de contas dessa ação)
3º - se uma das causas conexas já tiver sido sentenciada.
Falar do 2 efeito da conexão 
Continência: 
Continência: é uma espécie de conexão. Haverá continência quando duas ou mais causas tiverem as mesmas partes; a mesma causa de pedir, mas o pedido de uma é maior, mais abrangente e engloba o pedido da outra.
Litispendência é diferente de continência, a litispendência é quando há a mesma causa de pedir, mesmas partes e o mesmo pedido, há tríplice identidade. A consequência da litispendência é a extinção sem resolução de mérito, aquela ajuizada por último. Na continência as partes são as mesmas, as causas de pedir são as mesmas mas o pedido é diferente, diferentes no sentido de um pedido ser maior, mais abrangente do que o de outra ação, acabando por englobar o pedido de outra. 
Tendo sido a ação maior ajuizada antes, e a ação menos depois, a ação menor ajuizada depois deverá ser extinta sem resolução de mérito por falta de interesse de agir – utilidade/necessidade. 
Se a ação menor for ajuizada antes, e a ação maior depois, haverá continência e as ações serão reunidas para julgamento em conjunto, não haverá extinção sem resolução de mérito da ação menor, pois a ação menor torna prevento o juizo, princípio do juiz natural. 
A conexão e a continência pode ser alegada pelas partes pelo autor e pelo réu. O autor geralmente alega conexão e continência na petição inicial, logo no início do processo. O réu geralmente alega conexão e continência na sua contestação. O juiz também pode conhecer de ofício da conexão e a continência, sem provocação, pois havendo uma delas, surge para o juiz prevento uma competência absoluta para julgar as causas conexas reunidas, tornando o juiz absolutamente competente. 
Conexão das causas repetitivas: são causas que versam sobre a mesma questão jurídica, que se multiplicam no âmbito do poder judiciário em várias ações. Entende-se que essas causas repetitivas são causas conexas. O regramento da conexão de causas repetitivas é diferente, o efeito será o seguinte:
I- Haverá seleção de uma amostra, amostra essa, composta por algumas causas repetitivas, que serão julgadas pelo judiciário. 
II- Haverá suspensão das outras causas repetitivas não selecionadas. 
III- A tese jurídica fixada no julgamento da amostra, será aplicada as causas repetitivas que ficaram sobrestadas. 
Logo, não haverá reunião das causas perante um único juízo, pois iria trazer grandes problemas na prestação jurisdicional deste juízo. 
1. Conflito de competência
É o fato de dois ou mais juízos alegarem que são competentes ou incompetentes, atribuindo um ao outro a competência para processas e julgar uma ou mais causas.
a) Conflito positivo de competência: quando dois ou mais juizos se alegam competentes para julgar uma ou mais causas, se diz que há um conflito positivo de competência. Geralmente, o conflito de competência positiva existe quando são causas conexas. Quando uma única causa é ajuizada duas vezes em diferentes juízos, pode haver o conflito positivo de competência. Mas em regra, se configura quando há mais de uma causa, na conexão que são causas conexas. 
b) Conflito negativo de competência: quando dois ou mais juizes se declaram incompetentes para julgar a causa, atribuindo um ao outro a competência para julgar a causa, se diz que há um conflito negativo de competência. Não basta a negação de competência, mas atribuir a outro juízo a competência da causa. 
Não haverá conflito de competência quando:
I- Uma das causas já tiver sido julgada;
II- A divergência for estabelecida entre um órgão hierarquicamente superior e a um órgão hierarquicamente inferior, sendo o inferior vinculado ao superior, prevalecendo o que for dito pelo órgão superior.
O conflito de competência pode ser instaurado pelas partes, pelo MP ou de ofício pelo próprio órgão jurisdicional em conflito. 
O conflito de competência será julgado sempre por um Tribunal. O STF por exemplo, possui competência para julgar conflitos entre o STJ e qualquer outro tribunal (STJ x STM), bem como, para julgar conflitos entre os tribunais superiores (STM x TER). Os TJ’s e os TRF’s possuem competência para julgar conflitos de competência instaurados entre juizes de 1º grau à eles vinculados. O STJ possui competência para julgar conflito de competência instaurado entre Tribunais (TJ BA x TJ RJ), entre juizes de 1º grau vinculados a Tribunais distintos (juiz baiano x juiz carioca) e entre juiz de 1º grau e um tribunal a ele não vinculado (juiz baiano x tribunal do rj). 
Há um tempo atrás, se dizia que o STJ tinha competência para julgar conflito de competência instaurado entre juiz federal e o juiz do juizado especial federal. No entanto, hoje, entende-se que a competência para julgar este conflito é do TRF da região dos juizes vinculados. Ex: 17ª Vara Criminal x Vara do JEF,quem julga pe o TRF1. 
Uma vez instaurado o conflito de competência no Tribunal, os autos do processo serão encaminhados ao seu relator. O relator:
I- Intimará os juizos em conflito para que possam se manifestar;
II- Se o conflito tiver sido iniciado por um dos juizos, este juizo não precisará se manifestar novamente;
III- Após o prazo para a manifestação dos juizos em conflito, o relator intimará o MP nos casos em que a intimação do MP for obrigatória;
IV- O relator analisará se ele pode julgar o conflito de competência sozinho, proferindo uma decisão monocrática; ele poderá julgar sozinha quando sua decisão estiver de acordo com súmula do STF, STJ ou Tribunal local, ou ainda, quando sua decisão estiver de acordo com o precedente firmado no julgamento de casos repetitivos ou no incidente de assunção de competência;
V- Se o relator não puder julgar sozinho, o processo será remetido para julgamento em órgão colegiado;
VI- Julgado o conflito de competência, é preciso definir o juizo competente para julgar a causa ou as causas originárias, definido o juizo competente, o processo será remetido a ele. 
É possível que no conflito positivo o relator determine a suspensão do andamento das causas originárias, e é possível também que tanto no conflito positivo quanto conflito negativo, seja nomeado um juizo provisório que decidirá as questões urgentes.
2. Competência da Justiça Federal
Há previsão constitucional, art. 109 da CF. Aqui, o objetivo é estudar as regras de competência da JF voltadas ao processo civil. O art. Prevê regras de competência com relação a pessoa, funcional e em razão da matéria. Copiar o art. 
11.1 Em razão da pessoa:
Art. 109, I da CF: compete à JF processar e julgar causas em que a União, suas autarquias e fundações públicas federais e empresas federais sejam autoras, rés, assistentes ou opoentes sejam partes. 
As sociedades de economia mista federal são julgadas pela justiça comum estadual.
Com relação ao MPF, parte da doutrina entende que o MP pode ser julgado por qualquer justiça, estadual e federal, de acordo com essa doutrina o simples fato do MPF ser parte em uma ação não autoriza o julgamento dessa ação pela JF. A 1ª razão é que o art. 109, I, da CF não fala do MPF; a 2ª razão é que na CF o termo União não abarca o MPF, pois visa demonstrar a independência funcional desses órgãos; o 3º motivo é extraído da lei de ação civil pública e da lei orgânica do MPF que dão a entender que o MP pode litigar em qualquer justiça. Por outro lado, o entendimento acolhido pelos tribunais entndem que o MPF deve ser julgado pela justiça comum federal. Essa discussão serve também por analogia à DPU. 
A União ao fazer intevenção com os amicus curiae, não haverá deslocamento para a JF pois o CPC no art. 138, parágrafo 1ª veda e diz que não é o caso de se aplicar o art. 109, I da CF. 
Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação.
§ 1o A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem autoriza a interposição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a hipótese do § 3o.
EXCEÇÕES: algumas causas não serão de competência da JF, ainda que delas sejam partes a União, suas autarquias e fundações públicas federais e empresas federais. 
I- Ações de falência são de competência da justiça estadual, vide CF (insolvência e recuperação judicial é uma interpretação doutrinária);
II- Ações sobre acidente de trabalho são causas de competência da justiça comum estadual, vide CF; ex: ações de acidente de trabalho contra o INSS, ainda que autarquia federal, não é de competência da JF;
III- Ações eleitorais são de competência da justiça especializada eleitoral, ainda que a União faça parte;
IV- Ações trabalhistas são ações de competência da justiça especializada trabalhista, não da justiça comum federal, ainda que a União faça parte. 
V- 
Somente a JF tem competência para avaliar o interesse jurídico que enseja a intervenção no processo por um dos entes descritos no art. 109, I da CF. Isso significa que tramitando a ação na Justiça Estadual, e havendo intervenção nessa ação da União, autarquia, fundação ou empresa pública federal, essa ação terá que ser remetida imediatamente à Justiça Federal, para que o juiz federal aprecie e avalie o interesse jurídico ensejador de um desse entes. Se o juiz federal permitir a intervenção federal de um desses entes, será julgado na JF. Mas se o juiz federal inadmitir a intervenção o processo retornará para a justiça estadual.
Art, 109, II da CF: compete a JF processar e julgar as causas de que um lado figura estado estrangeiro ou organismo internacional, e de outro município ou pessoa domiciliada ou residente no Brasil. 
Art. 109, VIII da CF: compete a JF processar e julgar mandado de segurança e habeas data impetrado contra ato de autoridade federal. A autoridade federal, ou seja, a autoridade impetrada é todo agente vinculado a toda pessoa física ou jurídica que exerce função pública ainda que sob delegação. Se o MS ou o habeas data for impetrado contra autoridade federal for contra autoridade federal será da justiça comum federal a competência para julgamento, mas existem autoridades federais que são julgadas por tribunais. Mandado de segurança e HD contra ato de presidente da república de mesa do senado ou da câmara dos deputados, ato do TCU, ato do PGR ou ato do próprio STF serão de competência do STF. Compete ao STF julgar mandado de segurança e habeas data impetrados contra atos de ministro de estado, ato de comandante da marinha, do exército e forças armadas e ato do próprio STJ. 
 
AULA 12.03.19
 11.2 Funcional - art. 109, X segunda parte da CF: compete a JF processar e julgar execução de carta rogatória que tenha recebido o chamado exequatur (autorização do STF para a carta produzir efeitos no Brasil) do STJ e também processar e julgar execução de sentença estrangeira homologada pelo STJ. A sentença estrangeira para que produza efeitos no brasil deve ser homologada, após sua homologação ela será executada no juiz federal de 1º grau
  “A execução de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;”
2.3 Em razão da matéria – art 109, III, da CF: compete a JF processar e julgar: 
III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional;
O dispositivo vem sendo interpretado de maneira restritiva pela doutrina pelo fato de tratado internacional poder versar sobre qualquer matéria e por existir vários tratados internacionais que o brasil é parte que trata de vários assuntos, se se admitir que pelo simples fato de uma causa estar fundada em tratado internacional a competência será da JF, essa justiça ficará superlotada de casos. As ações que são pautadas nessa interpretação já são enviadas diretamente a justiça comum e a doutrina entende que compete a JF tratar de causas que tenham como fundamento apenas o tratado que seja parte o brasil. Ex: ações de extravio de bagagens que pode ser disciplinado pela CDC, nesse caso além do tratado há previsão infraconstitucional e por isso se afasta a competência da JF. 
Derramamento de petróleo e alimento internacional são de competência da JF.
Art 109, V-A: compete a JF processar e julgar as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo; 
Não será qualquer causa que será de competência da JF e sim causas que se discuta uma grave violação a direitos humanos, essa violação pode decorrer de qualquer tipo de ilícito: cível, penal, administrativo... se comprovado que a causa versa sobre grave ameaçaaos direitos humanos, o PGR com a finalidade de assegurar o cumprimento de tratado internacional que verse sobre DH, do qual o brasil seja parte, suscitará o chamado incidente de deslocamento de incompetência perante o STJ. Diante desse incidente, alguns aspectos das causas são avaliados; em primeiro lugar se avalia se há mesmo uma grave violação aos DH; em segundo lugar se avalia se há tratado que faz parte o brasil que imponha obrigações de respeito aos DH discutidos; em terceiro lugar se avalia a incapacidade da Justiça estadual de julgar a causa – incapacidade do ponto de vista estrutural, pessoal, técnico, vontade política. 
Como se o legislador entendesse que a JF tivesse mais condições para julgar a causa do que a JE.
Para Leonardo Carneiro da Cunha: o terceiro requisito, após sua análise, levaria a subjetivismos e o STJ poderia entender em um caso que a matéria iria para a JE e em outro para a JF apenas por conveniência.
Art. 109, X, terceira parte: compete a justiça federal processar e julgar: e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;
 Art 109, XI, compete a JF processar e julgar causas sobre: - a disputa sobre direitos indígenas. Porém, vem se entendendo que a JF só tem competência sobre causas que versem sobre direitos coletivos dos índios os individuais são da justiça estadual 
11.4– Territorial: art. 109 da CF:
§ 1º As causas em que a União for autora serão aforadas na seção judiciária onde tiver domicílio a outra parte. Foro de domicilio do réu é competente para julgar essas causas.
§ 2º As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal. Existência de foros concorrentes. 
OBS 1: Quando os § falam em seção judiciaria faz parte também as subseções judiciárias; 
OBS 2: há quem diga que o termo união que aparece nos § pode ser interpretado de forma ampla para abarcar entidades indiretas da administração pública federal. Não é algo pacifico.
AULA DIA 19.03.19
§ 3º Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual.
A CF no § 3 do art. 109, trata da situação em que determinada localidade não há sede da justiça federal. A CF apresenta duas regras a respeito dessa situação:
     De acordo com a primeira regra as ações em que são partes segurado ou beneficiário da instituição providência e a própria previdência poderão ser julgadas perante juízo estadual ou por juízo estadual se na localidade não houver juízo federal.
Nesse caso especifico a justiça estadual estará investida de jurisdição federal se na localidade não houver sede federal. A CF em realidade/verdade prevê uma faculdade para o segurado ou beneficiário do INSS, o segurado do INSS quando ajuíza uma cão contra a instituição e previdência ele poderá optar por ajuizar ação na JF da capital ou na JF da comarca mais próxima, ou ainda em seu domicilio perante um juiz estadual que naquele caso terá jurisdição federal. Se existir sede da JF no domicilio do segurado a ação tem que ser ajuizada na sede da JF, mas não tendo ele tem essas opções. Não há aqui uma obrigação de o segurado litigar ali mesmo, onde a Jurisdição apresenta uma faculdade. O Juiz Estadual só será invetsido de jurisdição federal em caso especifico, quando na localidade não tiver sede do domicilio do segurado. O beneficiário ou segurado não pode ir para a cidade vizinha porque conhecesse o juiz estadual da cidade vizinha – aqui não terá jurisdição federaç, onde somente te jurisdição no domicilio do beneficiário, mas pode ir para comarca vizinha para ajuizar ação em sede federal.
Se o INSS ajuizar uma ação contra o beneficiário não tendo no domicilio do beneficiário sede da JF, essa ação do INSS poderá ser ajuizada na JF da capital? Primeiro foi dito da ação ajuizada pelo beneficiário. Nesse caso sendo o autor o INSS tem que ser ajuizada no foro do domicilio do réu e não havendo JF terá que ser ajuizada na JE que terá naquela hipótese jurisdição federal, aqui é uma regra de competência territorial.
A segunda regra do §3º prevê que a lei infraconstitucional pode atribuir ao juiz estadual jurisdição federal para julgar outras causas. A CF apenas autoriza que a lei atribua a jurisdição ao juiz em qualquer causa, ao invés dela mesmo atribuir. 
3. - Competência do tribunal regional federal : esse tribunal é a segunda instancia da justiça federal. A sua competência tem previsão no art. 108 da CF. Possuindo atribuições originarias e secundarias:
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
I - processar e julgar, originariamente:
a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
julgar ações rescisórias de suas ações, de decisões proferidas por juízes federais e de decisões proferidas por juízes estaduais investidos de jurisdição federal 
b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região;
julgar mandados de segurança impetrados contra atos do próprio tribunal, atos praticados por juiz federal e por atos praticados contra juízes estaduais investidos de jurisdição federal 
c) os mandados de segurança e os habeas data contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal; 
julgar conflitos de competência instaurando entre juízes federais, entre juízes estaduais investidos de jurisdição federal ou entre um juiz federal e um juiz estadual investido de jurisdição federal 
II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição.
Recursos interpostos contra decisão proferida por juízes federais e por juízes estaduais investidos de jurisdição federal.
 
Regional federal 2ª Embora a CF não fale expressamente compete também ao TRF o ED opostos contra suas próprias decisões, ou seja, compete ao TRF.
Ex uma ação tramita na JF e nessa ação foi proferida uma sentença pelo JF essa sentença pode ser um objeto de recurso? Sim apelação que quem julga é o TRF, imagian que no julgamento do recurso o TRF resolve excluir da ação a união que foi o ente que ensejou a competência da JF. Esse recurso se mantém no TRF ou TJ para. Por se tratar de uma sentença proferida pelo Juiz Federal, esse recurso só pode tramitar no TRF, sendo uma competência funcional absoluta, assim o TJ não julga recurso interposto por JF, mesmo que o ente que ensejou a competência da JF sai, o mesmo não ocorreria se não tivesse proferida a sentença por Juiz Federal.
Ex.: Imagine que a ação tramita na JE foi proferida a sentença essa sentença é recorrível por apelação, assim quem julga é o TJ a segunda instancia da JE, a União fez uma intervenção no processo, esse recurso será julgado pelo Tribunal de Justiça mesmo com intervenção da União ou vai para o TRF. O TJ julgara esse recurso mesmo tendo intervenção da União, onde o TJ tem competência funcional absoluta para julgar recurso interposto.
Assim a solução do art. 109, i, CF so se aplica quando não há sentença havendo sentença será questionada pelo recurso e esse recurso será julgada se for por JE , será TJ e no caso de JF será julgada pelo TRF.
 
Sujeitos processuais
1.    Introdução
O processo se apresenta em uma configuração tríplice, nessa configuração se identifica o Juiz, Autor e o Réu da ação. Ela representa apenas um esquema mínimo, porque em realidade o processo é um feixe/conjunto de relações jurídicas travadas por vários outros sujeitosprocessuais, existindo a relação das partes e do perito, parte e intérprete, juiz e MP, juiz e DF, juiz e advocacia pública, que também são sujeitos processuais.
Assim são não sujeitos processuais apenas juiz autor e réu existindo vários outros sujeitos dito em cima.
1. Estado – juiz: o sujeito processual é o estado juiz, porem quando se ajuíza uma ação as partes se deparam com a pessoa física do juiz que representa o estado. O magistrado de primeiro grau é chamado de juiz, na justiça federal o juiz o juiz é chamado de juiz federal e na justiça estadual de juiz de direito. O magistrado dos tribunais ordinários é chamado de desembargador. O magistrado dos tribunais superiores é chamado de ministro. 
 
1.1 Noções iniciais: ler o art. 93 CF – indicação de garantias e ler a lei complementar 35 -1979 lei orgânica da magistratura 
2. Poderes: o juiz é dotado de poderes jurisdicionais e administrativos 
2.1.1 Jurisdicionais: existem 4 espécies de poderes jurisdicionais 
1º - poder jurisdicional ordinatório: no exercício desse poder o juiz atua como se fosse um diretor desse processo, praticando atos que fazem com que o processo avance em suas fases. Não há hierarquia entre juízes, MP e advogados. Nesse poder o juiz deve tratar as partes isonomicamente e deve prezar pela razoável duração do processo, assim como, prevenir ou reprimir atos que violem a boa fe objetiva. O juiz deve tentar estimular a auto composição do litigio – solução amigável. Poderá dilatar prazos processuais, suprir vícios no âmbito de pressupostos processuais. E deverá comunicar ao MP, DF ou a qualquer outro ente de representação coletiva que estão pendentes de julgamento demandas repetitivas para que se for caso, esses entes ajuízem uma ação coletiva. (não é um deslocamento de ações e sim propostas de novas)
2º poder jurisdicional – instrutório: o juiz poderá deferis a produção de prova ou indeferir a produção de provas que entenda inútil ou protelatórias. Em caso de indeferimento ele deve fundamentar sua decisão; pode determinar a produção de prova de oficio. (amplos poderes instrutórios) pode inverter a ordem preferencial da produção das provas indicadas no CPC. 
O poder instrutório e poder ordinatório são chamados de poderes meio por Alexandre câmara. 
3º - poder jurisdicional decisório: 
Art. 140.  O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico.
Vedação do non liquet, o juiz não pode deixar de julgar um caso alegando que o ordenamento é omisso ao fato, pois ele tem o poder-dever de julga-lo. Se a solução não for possível de ser extraída de forma direta e imediata ele deve criar a solução, com base em estudos do ordenamento.
Parágrafo único.  O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.
Julgar com base na equidade é julgar com a proporcionalidade buscando a justiça no caso concreto. O juiz busca isso sempre e por isso esse dispositivo não é bem visto na doutrina – o juiz deve fazer isso sempre e não apenas nos previstos em lei.
AULA DIA 22.03.19
Continuação de poderes jurisdicionais:
Art 141 do CPC também disciplina o poder jurisdiciona decisório.
 O juiz decidira o mérito nos limites propostos pelas partes sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa de parte. Ou seja, não pode julgar fora dos limites do pedido da parte, não pode além ou aquém do quem foi pedido, o juiz deve ficar adstrito ao que foi pedido. Não pode dar mais do que foi pedido, não pode dar coisa diferente do que foi pedido e nem deixar de apreciar o que foi pedido. Se ele não ficar adstrito ao pedido pode se dizer que ele proferiu uma decisão: ultra petita – decisão nula em relação ao excedente (mais do que se pediu), extra petita – decisão totalmente nula (fora do que pediu), citra petita – precisa de complementação (deixa de se apreciar todo o pedido).
É desse art que se extrai o princípio da congruência objetiva ou princípio da adstrição dos limites objetivos do pedido. 
Art. 142.  Convencendo-se, pelas circunstâncias, de que autor e réu se serviram do processo para praticar ato simulado ou conseguir fim vedado por lei, o juiz proferirá decisão que impeça os objetivos das partes, aplicando, de ofício, as penalidades da litigância de má-fé. 
Trata da forma como o juiz deve julgar processos simulados ou fraudulentos. 
Simulados: por meio do qual as partes entre si buscam frustrar interesses legítimos de terceiros.
Fraudulentos: utilizado para se alcançar um fim vetado pela lei. Quando a pessoa tem ciência que o bem é público e mesmo assim e cria uma realidade ilusória que ele poderia ser registrado como particular.
Quando o juiz se depara com esses processos ele deve proferir decisão que impeça os objetivos das partes, aplicando de ofício as penalidades da litigância de má-fé. 
Art. 371.  O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.
Existem dois comandos dirigidos ao juiz nesse artigo, eles devem julgar com base no que está nos autos/provas, nos elementos dos processos e o juiz deve fundamentar sua decisão expondo de que modo chegou a determinado convencimento, com base no que consta no processo. Dizer o valor que ele deu a cada uma das provas do processo. 
Existe um conjunto de art que disciplina esses poderes 294 A 311 do CPC (também disciplinam o decisório) atribuem ao juiz os poderes gerais de antecipação e cautela. 
Antecipação: juiz concede antes do fim do processo uma tutela provisória em situações de urgência ou de evidencia. Essa tutela tem caráter satisfativo, porque a parte, nesses casos não pode esperar até o fim do processo para usufruir do direito. Ex: tratamentos cirúrgicos de emergência. 
Cautela: o juiz concede uma tutela que tem como finalidade uma asseguração/ acautelamento de um direito, evitando que ele pereça. Na antecipação o bem é entregue e na cautela o bem é assegurado, para que em qualquer tempo o réu o utilize.
Poder jurisdicional coercitivo: 139, IV; 536; 538 caput, I 
No exercício desse poder o juiz pode aplicar qualquer medida executiva típica ou atípicas apara efetivar suas decisões: multas coercitivas, prisões civis, busca e apreensão, alienação de bens em leilão judicial. 
Os poderes decisório e coercitivo são chamados de poderes fim por Alexandre Câmara
 2.2.2 – Poderes administrativos: o exercício desse poder o juiz garante a tramitação regular do processo, evitando perturbações no seu curso. Existem algumas manifestações desse poder do juiz, como exigir que se mantenha a ordem e o decoro nas audiências; retirar da sala de audiência qualquer pessoa que se comportar de forma inconveniente, usando para isso força policial; deve tratar a todos com urbanidade e respeito; deve registrar em ata todos os requerimentos formulados/apresentados pelas partes; fiscaliza a atuação dos seus auxiliares e pode aplicar penalidades a eles (multas ao peritos se ele não entregar o laudo no período estipulado); pode aplicar multa administrativa a qualquer sujeito processual que descumpra uma ordem judicial ou cause embaraço ao cumprimento da ordem judicial. O juiz controlará o uso de expressões ofensivas, se elas forem usadas oralmente na presença do juiz, ele advertirá que a sua reiteração ensejará a cassação da palavra, se forem utilizadas por escritas, o juiz mandará que elas sejam riscadas e mandará a expedição de certidões que contenham o inteiro teor dessas palavras e que ficará a disposição das partes. Para que essas tomem as providencias jurídicas. 
 
2.3 – Responsabilidade: todos esses poderes são poderes - deveres do magistrado, e além desses também são impostas ao juiz responsabilidades, em dois casos: responderá pelos prejuízos causados se atuar com dolo ou fraude. E responderá pelos prejuízos causados se retardar, recusar ou omitir providencia que deva adotar de oficio ou a requerimento da parte. Nesse último caso, para que se busque a responsabilização do juiz é preciso que não se obtenha umaresposta do juiz por 10 dias. Entende que essa ação deve ser ajuizada contra o estado por atos praticados pelo juiz – responsabilidade civil objetiva. Uma vez condenado o estado ele pode se voltar contra o estado regressivamente com uma responsabilidade civil subjetiva. 
3. Partes 
3.1 – Conceito: outro sujeito processual. Dois conceitos: mais restritivo e mais ampliativo (melhor conceito). 
Restritivo: parte é aquele que ajuíza uma ação e em face de quem uma ação é ajuizada. (Autor e réu) 
Ampliativo: parte é aquela que atua no processo na defesa de um interesse em contraditório. Integra o conceito de parte, não apenas autor e réu, mas também todo e qualquer terceiro que ingresse no processo por uma modalidade de intervenção (amicus curie, denunciado, assistente simples..)
3.2 – Deveres e Responsabilidade: assumidos pelas partes. Os deveres das partes são chamados de deveres de lealdade e são exemplificativos, extraídos no art 77 e 80 do CPC, são fundados na boa fé objetiva processual. Ex que não está na lei: reter autos do processo. 
Além desses deveres, as partes assumes as responsabilidades do processo, são duas as suas espécies: pelas despesas processuais e pelo dano processual. E na analise dessa responsabilidade é que surge a litigância de ma-fe e o contempt af court.
Art. 77.  Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade;
II - não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento;
III - não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito;
IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação;
V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva;
VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso.
Art. 80.  Considera-se litigante de má-fé aquele que:
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
II - alterar a verdade dos fatos;
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
VI - provocar incidente manifestamente infundado;
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.
 
3.2.1 – Litigância de má-fé: ilícito processual de ma fe que se configura quando se viola quando dever de lealdade. Para que ela seja configurada é preciso que se apure o elemento subjetivo: dolo ou culpa, Jose Carlos Moreira entende que não é necessário essa analise em alguns casos: nas hipóteses do art 80, V,VI e VII: vedam a atuação protelatória, infundada ou temerária da parte – a parte atua apenas para ganhar tempo, já que não tem razão. 
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
VI - provocar incidente manifestamente infundado;
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.
Configurada a litigância de má-fé o juiz pode aplicar multa entre 1 a 10% do valor atualizado da causa, que será revestida para a parte contraria. Se o valor da causa for irrisório, a multa pode ser estipula em até 10 salários mínimos. Além das multas ele pode também condenar o litigante a pagar uma indenização pelos prejuízos sofridos pela parte contraria e honorários advocatícios, essa indenização pode ser objeto de uma execução no mesmo processo que houve litigância de má-fé (rapidez processual). 
3.2.2 – contempt of court: ilícito administrativo, também conhecido como atentado a justiço ou ato atentatório à dignidade da justiça. Haverá esse ato quando houver violação a dois deveres de lealdade específicos: referente ao cumprimento de ordem judicial e a não imposição de embaraço ao cumprimento de ordens judiciais. Também haverá o ato atentatório quando o dever de lealdade de não praticar ato de inovação no estado de ato ou dever litigioso, não for cumprido. Se alguém os infringir, estará cometendo esse ilícito.
Basta que ocorra a ação ou a omissão para que se presuma que o dano a justiça aconteça. Só acontece se a pessoa tem ciência da ordem, tem ciência que deve cumprir e deve ter condições materiais para cumprir. 
3.3 - sucessão 
3.3.1 – Legal 
3.3.2 - Voluntaria

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