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ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
Conselho Seccional do Maranhão
ESCRITÓRIO EXPERIMENTAL
Rua do Alecrim, 176, Centro
___________________________________________________________________________________________
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE SÃO LUÍS.
Assistência Judiciária Gratuita
CLAUDECIR BARROS DA SILVA, brasileira, solteira, estudante, C.I. 96042398-2 SSP/MA, residente e domiciliada nesta cidade, na Rua Deputado José Rios, Casa 100, Bairro de Fátima, por seus advogados in fine assinados (doc. 01), com endereço profissional no Escritório Experimental da OAB/MA, situado nesta cidade à Rua Dr. Pedro Emanuel de Oliveira, n° 01, Calhau, vem respeitosamente, perante Vossa Excelência, requerer a presente 
AÇÃO DE ALIMENTOS
em desfavor de KLEUTON MORAES OLIVEIRA, brasileiro, solteiro, vigilante, com endereço situado na Rua Maceió, n° 112, Bairro de Fátima, pelos fatos e fundamentos que passa a expor: 
DOS FATOS
A requerente (doc. 02) teve um relacionamento de 1 (um) ano e 6 (seis) meses com o requerido, nascendo desta união o menor MATHEUS KLEBER BARROS MORAES, que foi devidamente registrado pelo pai, conforme atesta a certidão de nascimento anexa (doc. 03);
Aduz a requerente, que não trabalha e é sustentada por sua tia, a qual lhe ajuda na mantença de seu filho. Sendo assim, torna-se evidente que esta não tem condições de suprir sozinha, em sua totalidade, as necessidades do menor que ainda nem completou 1 (um) ano de idade, necessitando, desta forma, de alimentação, vestuário, etc.
Logo que nasceu a criança, o requerido ajudava vez ou outra, sendo inconstante, forçando a requerente a cobra-lo com freqüência para que se dispusesse a arcar com a responsabilidade que também assumiu.
Que o Requerido trabalha como vigilante na empresa TITAN, a qual presta serviços para a Eletronorte, recebendo, em média, como contraprestação, a quantia de R$ 500,00 (quinhentos reais).
Com freqüência o pai do menor o visita, mas não ajuda na sua criação, deixando toda a responsabilidade para a requerente, que tem muitas dificuldades para conseguir proporcionar que seu filho cresça dignamente. Válido frisar que o requerido se nega a colocar seu filho em um plano de saúde, o que, nos dias de hoje é essencial para todas as pessoas, especialmente para menores.
DO DIREITO
 Elenca nossa Carta Magna em seu artigo 229 1º parte: 
Art. 229: “Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores(...).”
(grifo nosso)
Diante deste preceito constitucional, podemos observar que o legislador pátrio deixou claro que o dever alimentar é cabível aos pais, ou seja, pai e mãe, não podendo ficar adstrito a apenas um deles. 
Por este entendimento, nossos tribunais são pacíficos sobre a matéria, pelo fato de ser notório que a obrigação alimentar é dever de ambos os pais:
ALIMENTOS – FILHO MENOR – FIXAÇÃO DA PENSÃO ALIMENTÍCIA – OBRIGAÇÃO ALIMENTAR COMUM AOS PAIS – Alimentos. Filho menor. Demonstrada a necessidade do reclamante, filho menor, e a possibilidade do abrigado, seu pai, justa é a fixação dos alimentos em um quarto dos ganhos líquidos deste. Concorre a mãe com parcela expressiva, tendo o menor sob sua guarda e arcando com as despesas que disto decorrem. Irrelevância das circunstâncias em que foi concebido o credor, não podendo o pai eximir-se de sua participação e por decorrência de sua obrigação. Decisão confirmada. (IRP) (TJRJ – AC 4.184/98 – Reg. 280998 – Cód. 98.001.04184 – RJ – 4ª C.Cív. – Rel. Juiz Jair Pontes de Almeida – J. 30.06.1998)
ALIMENTOS – FILHO MENOR – OBRIGAÇÃO ALIMENTAR COMUM AOS PAIS – ART. 400 – CC – Civil. Alimentos. Capacidade do alimentante e necessidade do alimentado. Binômio inafastável. É fundamental na fixação da Pensão Alimentícia a observância do princípio da proporcionalidade (art. 400 do CC), não podendo a obrigação do alimentante ir além de seus recursos, que, no caso, resultaram de meras inferências colocadas no julgado, sem apoio no quadro probatório dos autos, que revela situação de descontrole financeiro, com dívidas pendentes e até título protestado. E repugna admitir que um pai deixe um título ser levado a protesto apenas para reduzir a sua obrigação de prestar alimentos aos filhos. Provimento parcial do apelo. (PLD) (TJRJ – AC 1.982/98 – Reg. 260898 – Cód. 98.001.01982 – RJ – 15ª C.Cív. – Rel. Juiz Paulo Lara – J. 17.06.1998)
Basílio de Oliveira, em sua obra ALIMENTOS: REVISÃO E EXONERAÇÃO na página 26, aduz: 
“Na acepção comumente usada, o termo alimentos significa tudo aquilo que é necessário à nutrição humana. Todavia, na sua terminologia jurídica, seu conceito é muito mais abrangente, atingindo não somente as coisas imprescindíveis à satisfação das necessidades fisiológicas do indivíduo, como também o que se prende à sua qualidade de membro do agrupamento humano, socialmente organizado e civilizado.
A este conceito deve-se acrescentar a idéia de obrigação, imposta a alguém pela lei, de prestá-los a quem deles carece, abrangendo a ajuda e tudo o que é necessário para satisfazer as necessidades vitais de quem não pode provê-los por seus próprios meios.”
DO PEDIDO
Diante do exposto e em conformidade com a Constituição Federal a Lei n.º 5.478/68, requer:
A citação do requerido, para querendo contestar a presente ação, sob pena de revelia e confissão, consoante artigo 282, inciso VII do CPC;
A intimação de Douto Representante do Ministério Público, para acompanhar o feito até decisão final, com fulcro no artigo 82 inciso II do CPC;
Que seja deferido liminarmente a Título de Pensão provisória, e em benefício e de acordo com as necessidades do menor, 30% (trinta por cento) de todos os vencimentos do requerido, sendo, para isso, expedido ofício para a empresa Tintan, no seguinte endereço: Rua Santa Isabel, Quadra F, Casa 11, Sítio Campinas – São Francisco, Tel.: 235-6120.
Que ao final seja convertida a pensão provisória em definitiva, na mesma porcentagem;
Que sejam concedidos os benefícios da Justiça Gratuita em face da comprovada falta de condições da requerente em arcar com as custas processuais necessárias ao bom andamento do feito, consoante o artigo 5º, inciso LXXVI da Constituição Federal e da Lei n.º 1060/50 (docs. 04 e 05).
Pretende provar o alegado por todo o meio de provas admitidas à espécie.
Dá-se à causa o valor de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais) para fins meramente fiscais.
Nestes Termos
Pede e Espera Deferimento
São Luís/MA, 28 de Outubro de 2002.
Vanêssa Portela Ramos			 Alysson Cláudio Moyses Oliveira
 Advogada OAB/MA 5876		 Advogado OAB/MA5882

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