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AO JUÍZO DA TERCEIRA VARA CÍVEL, FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE TRINDADE - ESTADO DE GOIÁS. Autos nº 5460446-30.2020.8.09.0149 PAULO WEVERTON DUARTE PRADO, já qualificado nos autos em epígrafe, vem à presença de V. Exa. , por seu advogado (procuração anexa), com fundamento nos art. 335 a 342 do CPC/15, apresentar CONTESTAÇÃO à ação de guarda e alimentos proposta por HELENA DUARTE LEITE, representada por Caroline José Leite, ambas já qualificadas, com base nos fatos e fundamentos a seguir expostos: I – DA TEMPESTIVIDADE Inicialmente, conforme dispõe o art. 335, do CPC/15, o prazo processual para apresentação da contestação é de 15 dias, cujo termo inicial será a data: Inciso III, art. 335, CPC/15 – prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos. Consta nos autos o mandado de citação nº 210330337, que determina o prazo de 15 dias úteis, contados da juntada do referido mandado, para apresentar resposta à ação. Assim e considerando a presente contestação foi apresentada dentro do citado prazo. II - DAS PRELIMINARES DE MÉRITO - DO PEDIDO DE GRATUIDADE JUDICIAL O art. 5º, LXXIV, da CRFB/88 dispõe expressamente que o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos. O art. 98 do CPC/15 também dispõe que a pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. O tribunal de Justiça do Estado de Goiás tem entendimento pacificado, conforme Súmula n.º 25, de que para fazer jus à gratuidade da justiça, deve-se comprovar a impossibilidade de arcar com as custas e despesas processuais. In casu, verifica-se que o Requerido não possui meios de arcar com essas custas e despesas, uma vez que se encontra diante de situação de desemprego, passando inclusive por dificuldades financeiras. Para tanto, o Requerido junta aos autos Carteira Profissional Trabalho e Declaração de Hipossuficiência, a fim de se comprovar sua impossibilidade de arcar com o valor das custas e despesas processuais. Cabe ressaltar que, não se exige situação de miserabilidade para concessão do benefício da justiça gratuita. Por estes fundamentos, e nos termos dos art. 5º, LXXIV, da CF/88, e art. 98, do CPC/15, o autor requer, desde já, a concessão dos benefícios da gratuidade da justiça. III - DAS PRELIMINARES DE MÉRITO - DA SUPOSTA INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO – DA NECESSIDADE DE VERIFICAÇÃO DE ENDEREÇO DE RESIDÊNCIA O art. 147 do Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe que a competência será determinada pelo domicílio dos pais ou responsável; pelo lugar onde se encontre a criança ou adolescente, à falta dos pais ou responsável. Além disso, O art. 53, II do CPC/15 também dispõe que a ação pode ser ajuizada no foro do domicílio quanto no da residência do alimentando. Ocorre que no presente caso a genitora não apresentou qualquer comprovante de residência e/ou domicílio no seu próprio nome. Portanto, é necessário regularizar e confirmar a real situação em que se encontra o alimentando. O art. 64 do CPC/15 prevê que a alegação de incompetência do juízo pode ser alegada a qualquer momento no decorrer do processo. Contudo, a parte autora alega morar na rua Pedro de Freitas, Residencial Pai Eterno, quadra 01, lote 52, Trindade - GO, CEP 75.380.000. Outrossim, a genitora anexou aos autos comprovantes de endereço em nome de “Abidom José Leite”. Portanto, trata-se de pessoa alheia à demanda processual. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. FORO COMPETENTE. DOMICÍLIO DA ALIMENTANDA. 1. A competência para processar e julgar a ação de de execução de alimentos é do foro do domicílio da alimentanda, consoante dispõe o artigo 100, inciso II, do Código de Processo Civil, uma vez que não está em curso a ação de alimentos, mas, sim, a execução da sentença naquela proferida, hipótese em que não se configura infringência ao princípio da perpetuatio jurisdictionis. 2. CONFLITO JULGADO PROCEDENTE PARA DECLARAR A COMPETÊNCIA DO JUÍZO SUSCITADO. Ausência justificada do Des. Stenka I. Neto e o Des. Walter Carlos Lemes. Presente a ilustre Procuradora de Justiça Dra. Estela de Freitas Rezende. Goiânia, 20 de novembro de 2013. Dr. Maurício Porfírio Rosa Juiz Substituto em Segundo Grau (Relator em Substituição) CC nº 290962- 11.2013.8.09.0000 (201392909627) 7. Dessa maneira, requer-se-á a ratificação do endereço demonstrando a competência legal nos moldes da jurisprudência e legislação adequada. IV - DAS PRELIMINARES DE MÉRITO - DA MINORAÇÃO DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS O artigo 1.694 do CCB/02 dispõe que é devido aos parentes e os cônjuges ou companheiros pedir alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação. Todavia, salienta-se, que, os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada. O alimentando encontra-se desempregado e sem condições de cumprir com o exigido que seria 30% do salário-mínimo. “Agravo de instrumento. Ação de guarda, alimentos e convivência familiar com pedido de tutela provisória de urgência”. (TJGO, AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº5513008-75.2020.8.09.0000, 5ª CÂMARA CÍVEL, RELATOR OLAVO JUNQUEIRA DE ANDRADE, JULGADO EM 14.12.2020, DJE DE 30.11.2020). A presente jurisprudência, demostra toda matéria de minoração no que tange o caso, o alimentando necessita dessa minoração para cumprir com suas incumbências tanto legais, como moral e social. Destarte, para um devido cumprimento legal de sua obrigação a defesa pede uma minoração sobre o valor apresentado pela parte autora, minoração essa que poderá ser provisoriamente. V – DA REALIDADE DOS FATOS Como polo ativo temos Helena Duarte Leite e como polo passivo Paulo Weverton Duarte Prado. Processo movido por Helena Duarte Leite, ora Alimentando, nascida em 10/03/2020 filha de Paulo Weverton Duarte Prado, ora Alimentante, representada por sua genitora, Caroline José Leite, a mesma moveu uma ação contra Paulo Weverton Duarte Prado, foi requerido para realizar o pagamento de pensão alimentícia e o modelo de guarda ser regulamentado deverá ser compartilhada com lar de referência materno. As visitas poderão ser de forma livre a menor mediante comunicação a genitora. Pedindo uma decisão de urgência, a genitora de Helena, Caroline José Leite, por meio da Defensoria Pública do Estado de Goiás, requereu a importância de 30% (trinta por cento) do valor do salário-mínimo para prover os alimentos da criança. Além de auxiliar com 50% (cinquenta por cento) das despesas extraordinárias como vestuário, educação e saúde. Sendo está feita através de deposito em sua conta bancária, agência 1241, operação 013, conta poupança 46770-02, Banco Caixa Econômica Federal. Com base no seu pedido o juiz declara como parcial, fixa pensão alimentícia no valor de 30% e que Paulo pague todo dia 10 de cada mês, ficou definido guarda provisória com Caroline José Leite. E no que diz respeito aos 50% é declarado que será resolvido posteriormente. E assim fica obrigado a cumprir, após sua citação. A parte Autora alega que o Alimentante trabalha em uma loja de materiais de construção e tem renda de R$ 1.300,00 (Um mil e trezentos reais) mensais a título de salário, o que não corresponde com a realidade dos fatos conforme se se vê no registro da carteira de trabalho em anexo, bem como certidões e declarações de imposto de renda, Paulo não dispõe de condições financeiras para arcar com tal valor, pois seu último trabalho formal foi no ano de 2015. Com base nos fatos mencionados, requer a minoração dos fatos para 20% incluindo todas as despesas em relação a vestimenta,educação e saúde, e que a guarda seja compartilhada. Alunos que participaram da produção da peça: Tópicos I e II: Anelysa, Idelma, Jardean e Moisés Tópico III: Gabrielle, João Paulo, Karine e Gustavo Tópico IV: Klebio, Daniel, Jéssica e Gabriel Tópico V: Fernanda Cristina Lopes Santos e Julio César
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