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1 FFAACCUULLDDAADDEE AASSSSIISS GGUURRGGAACCZZ MICROALBUMINÚRIA EM PACIENTES HIPERTENSOS DA CIDADE DE SANTA HELENA – PARANÁ: PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO Cascavel 2013 2 KATIANE LOWE MICROALBUMINÚRIA EM PACIENTES HIPERTENSOS DA CIDADE DE SANTA HELENA – PARANÁ: PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO Trabalho de conclusão de curso apresentado a Faculdade Assis Gurgacz - FAG, Curso de Farmácia. Prof. Orientador: Leyde D. de Peder Prof. Co-orientador: Claudinei M. da Silva. Cascavel 2013 3 KATIANE LOWE MICROALBUMINÚRIA EM PACIENTES HIPERTENSOS DA CIDADE DE SANTA HELENA – PARANÁ: PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO Trabalho apresentado no Curso de Farmácia da FAG, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Farmácia, sob a orientação da Professora Leyde D. de Peder. BANCA EXAMINADORA _______________________________ Leyde D. de Peder Mestre em Ciências - UNIFESP _______________________________ Maria das Graças Hirata Takizawa Mestre _______________________________ Emerson da Silva Machado Especialista Cascavel, 09 de Novembro de 2013. 4 DEDICATÓRIA Eu dedico esse trabalho primeiramente a Deus, meu refúgio quando tudo parecia não dar certo, e aos meus pais, que sempre acreditaram em mim. 5 AGRADECIMENTOS Gostaria de iniciar meus agradecimentos pelo mais importante, minha família. Meu pai Vilson, minha mãe Cleomar e meu irmão André, cada um de alguma forma especial, estiveram sempre ao meu lado me apoiando em todas as decisões que tomei durante esses cinco anos, e sei que serão eles que sempre irão me apoiar em todos os momentos, desde os mais felizes aos mais difíceis, sempre em função de nos tornar mais fortes e corajosos para tomar qualquer decisão, por mais complicada que ela seja, agradeço imensamente. Minha orientadora, Leyde, obrigada por me apoiar e estar sempre presente e disposta durante todo o ano. Você me fez ter calma mesmo nos momentos de maior aflição e me fez acreditar que este trabalho iria dar certo. Ao Dr. Paulo Casimirov Banof, que dividiu seu tempo de trabalho para contribuir com essa pesquisa, fornecendo seus pacientes como voluntários além ter gasto algumas horas me fornecendo preciosas informações sobre diversos assuntos relacionados à pesquisa. Meus mais sinceros agradecimentos. A Claci Sulzler, que me ajudou imensamente para escolha dos pacientes, obrigada pelo apoio e dedicação que demonstrou o tempo todo em me ajudar, meus mais sinceros agradecimentos. Aos meus amigos que o tempo todo acreditaram em mim, e me aguentaram nos momentos de desespero, dizendo para ter calma que ia dar tudo certo, meu muito obrigada, sem vocês me sentiria perdida durante esses dias de tensão. E por ultimo, gostaria de agradecer a todos os voluntários que aceitaram participar da pesquisa, que mostraram muita disposição e boa vontade para que esse trabalho se concretizasse. 6 Sumário 1 - REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................ 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 23 2 - ARTIGO ............................................................................................................... 29 NORMAS DA REVISTA CIENTÍFICA........................................................................42 7 REVISÃO DE LITERATURA HIPERTENSÃO E FATORES QUE AGRAVAM A Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é considerada, ao mesmo tempo, uma doença e um fator de risco que representa um grande desafio para a saúde pública no Brasil, pois as doenças cardiovasculares constituem a primeira causa de mortes no País. A cada ano morrem 7,6 milhões de pessoas em todo o mundo devido à hipertensão, sendo que 80% dessas mortes ocorrem em países em processo de desenvolvimento como o Brasil, outro dado que se tem é que mais da metade das vítimas têm entre 45 e 69 anos (MAGRINI & MARTINI, 2012). No Brasil, dados epidemiológicos demonstram que em 2010 a hipertensão arterial já afetava mais de 30 milhões de brasileiros, destes, 36% dos homens adultos e 30% das mulheres, sendo que é o fator de risco mais relevante para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares, incluindo o AVC e o infarto do miocárdio, que representam as duas maiores causas isoladas de mortes no país (MAGRINI & MARTINI, 2012). A etiologia da hipertensão arterial sistêmica está relacionada a vários fatores, dentre eles os ambientais, nos quais destacam-se, as mudanças associadas ao estilo de vida, se enquadram aqui os hábitos alimentares inadequados, com agravantes tais como a inatividade física, o uso excessivo de álcool e o tabagismo (PINTO et al., 2011). Normalmente, estes fatores estão intrinsecamente relacionados com o desenvolvimento de obesidade, sendo este um fator de destaque como um dos principais preditores da hipertensão arterial. Na atualidade, a obesidade tem sido identificada como uma epidemia global que acomete cada vez mais as pessoas com idades menos avançadas (crianças e adolescentes), nas três últimas décadas, a prevalência da obesidade no Brasil tem crescido em proporções alarmantes. Existem ainda outros estudos que relacionam determinados fatores como a ausência do aleitamento materno bem como o baixo peso da criança ao nascer, como tendo risco para a gênese da hipertensão. É ainda importante saber que os pais devem estar conscientes da importância da praticas de hábitos alimentares adequados para 8 o não desenvolvimento de obesidade bem como as doenças precoces que estão relacionadas a esta, inclusive a hipertensão arterial (PINTO et al., 2011). Em pessoas com idades mais avançadas, a hipertensão pode ser um fator relacionado ao próprio envelhecimento fisiológico associado a cada pessoa, neste caso, ocorre o desenvolvimento de processos ateroscleróticos nos grandes vasos e arteríolas, ocasionando perda da distensibilidade e elasticidade, o que faz com que se perca a velocidade da onda de pulso no bombeamento sanguíneo. A rigidez gerada na parede dos vasos normalmente acarreta em aumento da pressão sistólica e o aumento da velocidade da onda de pulso mantem a pressão arterial diastólica em valores normais, ou diminuindo-a. Isso pode definir como adequados preditores de eventos cardiovasculares no idoso (LONGO et al., 2011). A Hipertensão Arterial é uma doença clínica multifatorial e é caracterizada como síndrome gerada por elevação dos níveis tensoriais, e que podem estar associado a alterações metabólicas e hormonais e a fenômenos tais como hipertrofias cardíaca e vascular (CHAVES et al., 1999). O diagnóstico da Hipertensão Arterial se dá única e exclusivamente a partir de aferições consecutivas da pressão arterial onde se detectam os níveis permanentemente elevados, neste caso acima dos limites considerados de acordo com a normalidade, portanto, a aferição da pressão arterial é um elemento-chave que requer técnica e precisão para se estabelecer um diagnóstico adequado(CHAVES et al., 1999). Para a aferição da pressão arterial, o esfigmomanômetro de coluna de mercúrio tem sido considerado o padrão mais eficaz e assim vem sendo considerado por mais de um século. Além disso, é importante certificar-se de que o paciente não praticou exercícios físicos, não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou fumou até 30 minutos antes da medida. Deixar o paciente descansar por 5 a 10 minutos em ambiente calmo, com temperatura agradável. Normalmente não se recomenda a sua substituição por outros aparelhos, com exceção dos mais modernos que conseguem maior precisão, tendo em vista a toxicidade do mercúrio, os erros humanos e variações individuais relacionados a cada profissional, e a tendência ao aumento da pressão arterial na presença do profissional de saúde. (FAERSTEIN et al., 2006; CHAVES et al., 1999). 9 De acordo com as III Diretrizes para Uso da Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial – monitorização ambulatorial da pressão arterial (2001) os níveis de normalidade para a pressão arterial em determinadas situações são: Para situações de vigília, Pressão Sistólica: Normal, < 135; Intermediário, 135 – 140; e anormal > 140. Para Situações de Sono, Pressão Sistólica: Normal, < 120; Intermediário, 120 – 125; e anormal > 125. E para referência 24 horas, a Pressão Sistólica considera-se: Normal, < 130; Intermediário, 130 – 135; e anormal > 135. Para a pressão Diastólica em condições de vigília Considera-se: Normal, < 85; Intermediário, 85 – 90; e anormal > 90. Para condições de sono, Normal, < 75; Intermediário, 75 – 80; e anormal > 80. E para referência 24 horas, Normal, < 80; Intermediário, 80 – 85; e anormal > 85. A probabilidade de um indivíduo apresentar hipertensão arterial ao longo de sua vida é de aproximadamente 90%. A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, aumentando o risco de desenvolvimento de insuficiência coronária, insuficiência cardíaca, hipertrofia do ventrículo esquerdo, acidente vascular cerebral e insuficiência renal crônica. A hipertensão arterial pode ser classificada segundo sua causa de base (primária ou secundária) e de acordo com os níveis tensionais (Tabela 1). 10 Tabela 1. Classificação da hipertensão arterial para adultos maiores de 18 anos de acordo com os níveis tensionais e recomendação para segmento modificado de acordo com as condições clínicas do paciente Categoria* Pressão Sistólica (mmHg) Pressão diastólica (mmHg) Segmento Recomendado Ideal < 120 < 80 Reavaliar em dois anos Pre-hipertensão 120-139 80-89 Reavaliar em um ano + Hipertensão estagio 1 140-150 90-99 Reavaliar em dois meses + Hipertensão estagio 2 > 160 > 100 Reavaliar em um mês** Fonte: CHOBANTAN et al., 2003 *Quando as pressões sistólica e diastólica estiverem em categorias diferentes, classificar pela maior; **Pacientes com pressão arterial > 180 x 110 mmHg: avaliar tratamento imediato ou em uma semana dependendo do estado clínico e da presença de comorbidades. Considerar intervenção e reavaliação de acordo comorbidades. INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Os rins tendem a receber a cada minuto de 1200 a 1500 ml de sangue que é filtrado pelos glomérulos gerando cerca de 180 ml por minuto de um fluido praticamente livre de células e proteínas (SODRÉ et al., 2007). É um órgão fundamental para o organismo por possuir funções caracterizadas de filtração, reabsorção, além de funções endocrinológicas e metabólicas. Porém sua função primordial é a manutenção da homeostasia, regulando o meio interno principalmente devido à reabsorção de substâncias e íons e a excreção de outras substâncias (SODRÉ et al., 2007). Pesquisas relacionadas à saúde têm demonstrado que o hábito de vida e os padrões comportamentais de cada indivíduo estão diretamente relacionados com o 11 desenvolvimento e exacerbação de doenças, influenciando diretamente na determinação da doença e no seu tratamento. (MIYAZAKY et al, 2001) Ainda segundo Miyazaki (2001), os hábitos e padrões comportamentais tem influência relevante quando se diz respeito a doenças crônicas, pois o portador destas, passa a modificar seus comportamentos e passa a desenvolver habilidades apropriadas às novas contingências determinadas pela doença, visando a manutenção do seu bem estar. Na parte fisiológica, cada rim humano contém cerca de 1 milhão de néfrons, os quais são capazes de produzir urina, estes são constituidos por um tufo de capilares glomerulares, chamado de glomérulo, o qual filtra grandes quantidades de líquidos do sangue. O glomérulo é envolvido pela cápsula de Bowman, onde os líquidos filtrados fluem para dentro dessa cápsula e em seguida para o túbulo proximal. Após o túbulo proximal, o líquido flui para a alça de Henle, passa pela mácula densa e em seguida o líquido penetra no túbulo distal. Por último flui para os ductos coletores para ser eliminada na forma de urina (GUYTON, 2002, p. 267). A urina é formada pela filtração de grandes quantidades de substâncias do plasma, das quais são filtradas livremente dos capilares glomerulares para a cápsula de Bowman, com exceção das proteínas. Em seguida, o líquido deixa a cápsula e segue para os túbulos e à medida que isso ocorre, o liquido filtrado é modificado pela reabsorção de água e solutos específicos para o sangue, ou pela secreção de outras substâncias dos capilares peritubulares para os túbulos. Dessa forma, a intensidade em que diferentes substâncias são excretadas resulta de três fatores: a filtração glomerular, a reabsorção de substâncias dos túbulos renais para o sangue e a secreção de substâncias do sangue para os túbulos renais (GUYTON, 2002, p. 268). Doenças consideradas crônicas implicam em tratamento por longo período de tempo, onde o tratamento tem por objetivo melhorar a qualidade de vida do paciente e não a cura propriamente dita (THOMPSON et al., 1996). Uma das doenças crônicas em questão é Insuficiência Renal Crônica (IRC), De acordo com Romão (2004), surgem pelo menos quatro novos casos desta patologia renal por ano. Leite et al. (2002), definem IRC como uma doença caracterizada pela perda lenta e irreversível das funções renais, compreendendo desde estágios leves até o estágio onde o rim tem sua função normal reduzida a apenas 25%, neste caso o 12 paciente terá de iniciar tratamento por hemodiálise ou em casos mais severos será indicado o transplante renal. De acordo com Bastos (2010), os rins são órgãos fundamentais para a manutenção da homeostase do corpo humano, sendo assim quando há diminuição progressiva da função renal implica em comprometimento de essencialmente todos os outros órgãos, considerando também que a função renal é responsável por toda filtração glomerular, e sua diminuição pode ser observada na Doença Renal Crônica (DRC), associada às perdas das funções regulatórias, desta forma a hipertensão arterial pode ser considerada uma causa frequente de DRC, isso, quando ocorre a transmissão da hipertensão sistêmica para o glomérulo, determinando lesão no capilar glomerular. Proteinúria é um marcador de doença renal e constitui um fator de risco independente para a sua progressão. Aumentos ou decréscimos no valor de proteinúria (ou albuminúria) são importantes marcadores do prognóstico renal do paciente. Dessa forma, em pacientes com doença renal a pesquisa de proteinúria constitui um elemento importante no diagnóstico e no acompanhamento (ALVES, 2004).O mecanismo mais aceitável para o desenvolvimento de lesão glomerular, é devido ao aumento da pressão capilar nos glomérulos, devido a uma vasodilatação pré-glomerular e uma vasoconstrição pós-glomerular. A vasoconstrição é controlada pelo sistema renina-angiotensina, o qual produz angiotensina ll, diminuindo a produção de renina fazendo com que ocorra o aumento da permeabilidade da membrana glomerular, o que juntamente com a hiperfiltração acarreta em aumento na excreção de albumina na urina (ZANELLA, 2006). De acordo com Alves (2004), a quantificação da proteinúria (ou albuminúria) é importante no diagnóstico, indicação terapêutica e prognóstico da doença renal, sendo que quanto maior for a proteinúria mais rápida é a perda de função renal. ALBUMINÚRIA 13 A albumina é uma proteína que possui peso molecular de cerca de 60 mil dáltons, esta não deve ser filtrada e não deve aparecer na urina. O teste para detecção desta proteína na urina é chamado de Microalbuminúria, que é capaz de detectar quantidades muito pequenas de albumina na urina, devendo ser considerado um marcador precoce da lesão glomerular renal (ALMEIDA, 2001). A albumina é sintetizada exclusivamente no fígado, após é transportada para o plasma, onde 30 a 40% ficará no espaço intravascular, e 60 a 70% no espaço extravascular. Dessa absorção 1g é eliminada pelo trato gastrintestinal, 0,4g pelos glomérulos renais e 17 mg são reabsorvidos e acabam eliminados pela urina (SANTOS et al., 2004). Segundo Silva et al. (2007), a taxa normal de excreção de albumina em 24 horas é de 20 mg, onde a taxa persistente 30 a 300 mg/dia é chamada de microalbuminúria (MA). A coleta de urina 24 horas é o método quantitativo padrão para a detecção de microalbuminúria, embora também possa ser detectada na primeira micção do dia, sendo um método qualitativo. (SILVA et al, 2007). Ainda segundo Silva et al (2007), a microalbuminúria representa a manifestação clínica mais precoce da nefropatia, sendo assim sua dosagem passou a ser recomendada para sua avaliação inicial e acompanhamento para pacientes Hipertensos. A principal forma de evitar ou retardar o aparecimento da nefropatias é a prevenção através do teste de microalbuminúria. O filtro glomerular em estado normal filtra somente peptídeos e proteínas com peso molecular de até 60 mil daltons. Como a albumina é uma proteína de alto peso molecular (60 mil daltons), seu aparecimento na urina caracteriza uma lesão glomerular, devendo ser considerado um marcador precoce da lesão glomerular renal. (ALMEIDA, 2001). Quando a doença ainda está no estágio de liberação de albumina em pequena quantidade, ela é considerada uma nefropatia incipiente e é nesta fase que deve ocorrer uma intervenção com terapias, para que a nefropatia franca (macroalbuminúria) não se instale, pois uma vez estabelecida a probabilidade de evoluir para uma doença renal terminal é muito grande. (MURUSSI, 2003) Ainda segundo Silva (2007), há três limitações para a dosagem de microalbuminúria, dentre eles exercícios rigorosos, os quais podem causar aumento 14 transitório na excreção de albumina, pode haver alteração durante o dia entre coleta de uma única micção e a coleta de 24 horas, sendo melhor realizar a coleta no meio da manhã, e em homens caquéticos e em homens muito musculosos a relação albumina/creatinina diminui se a excreção de creatinina for muito diferente do valor estimado. A microalbuminúria em não diabéticos parece ser um sinal dos rins de que a vasculatura, principalmente do endotélio, não está funcionando adequadamente. Esse fato pode ser comprovado pelas seguintes evidências: vasodilatação em resposta a alguns estímulos está reduzida em indivíduos idosos normais com microalbuminúria quando comparados aos que não apresentam microalbuminúria; 2) entre os hipertensos não-diabéticos, aqueles com microalbuminúria apresentaram níveis mais elevados do fator de von Willebrand do que aqueles sem microalbuminúria; como o fator de von Willebrand tem sido associado a trombose oclusiva, o aumento desse fator pode contribuir para o aumento da doença cardiovascular. Entre os hipertensos não diabéticos, a microalbuminúria está associada com maiores níveis de pressão, maiores níveis de colesterol e menores níveis de HDL (SILVA, 2007). A microalbuminúria é considerada um marcador independente de lesões em órgãos-alvo nos pacientes hipertensos e diabéticos. (GROSSLING, 1989). De acordo com Alves (2004), em pacientes com doença renal e proteinúria negativa, deve ser pesquisada e quantificada a albuminúria, e em pacientes com risco de doenças renais, sendo esses diabéticos, hipertensos e aqueles com quadros de doença renal na família, deve ser realizada a pesquisa de albuminúria, sem que haja necessidade de quantificação. Alves (2004), também relata que a albuminúria tem maior prevalência que proteinúria. Na grande maioria dos pacientes adultos com proteinúria a presença de albumina é identificada, porém em mais da metade dos indivíduos com microalbuminúria não se evidencia a presença de proteinúria. A presença de microalbuminúria é fator de risco para o desenvolvimento de doença renal progressiva em pacientes diabéticos e em pacientes hipertensos. (ALVES, 2004). Pouco se conhece sobre o mecanismo que une microalbuminúria e a doença cardiovascular. Entretanto, há um crescente suporte de que a microalbuminúria é um reflexo do processo arterial generalizado, que afeta o glomérulo, a retina e os 15 grandes vasos da íntima, simultaneamente. Sendo assim, o extravasamento de albumina pela membrana glomerular pode ser um marcador de aterosclerose pré- clínica e ocorre devido, ou ao menos em parte, a um aumento na ultrafiltração glomerular de proteínas (CHELLIAH et al., 2002). Mattix et al. (2002) também verificaram em seu estudo que a concentração de creatinina urinária difere entre homens e mulheres e entre diferentes grupos raciais. Dessa forma, a padronização da albumina urinária pela creatinina pode subestimar a microalbuminúria em indivíduos com grande quantidade de massa muscular e certamente em alguns grupos raciais, ou ainda, superestimar em indivíduos com reduzidas quantidades de massa muscular. A microalbuminúria relaciona-se com inúmeras variáveis demográficas e clínicas como idade, sexo, raça, hiperglicemia, hiperlipidemia, hiperinsulinemia, como uma expressão da resistência a insulina, hipertensão, obesidade, hipertrofia ventricular esquerda, tabagismo, hábito alimentar, entre outras. (MARTINEZ et al., 2001) Praticamente todos os fatores de risco cardiovasculares estão relacionados à microalbuminúria (Quadro III). Estes fatores, porém, não explicam por completo as discrepâncias existentes, levando ao fortalecimento de hipóteses de que outro fator ainda desconhecido poderia ser mais importante na patogênese da microalbuminúria e sua relação com as doenças cardiovasculares (GRIPPA, 2002). Além disso, recentes dados apoiam a microalbuminúria como um marcador de prognóstico para o risco cardiovascular e /ou renal (ROEST et al., 2001). Quadro III - Fatores de risco cardiovasculares comuns a microalbuminúria Obesidade central 16 Resistência a insulina Baixos níveis de LDL-colesterol Elevados níveis de triglicerídeos Hipertensão sistólica Ausência de redução na pressão arterial noturna Sensibilidade ao sal Sexo masculino Aumento no estresse oxidativo cardiovascular Função endotelial prejudicada Perfilde coagulação / fibrinolítico anormal Adaptado: Sowers et al., 2001 MICROALBUMINÚRIA E HIPERTENSÃO O termo microalbuminúria significa a excreção urinária de albumina anormal, subclínica, a qual não é detectável pelos métodos bioquímicos usuais, sendo assim por ser um marcador de lesão glomerular, passou a ser pesquisada em hipertensos para diagnóstico de lesão renal precoce. É potencialmente reversível: a detecção e o tratamento podem prevenir a evolução para nefropatia hipertensiva clínica. (CRUZ et al., 1998). De acordo com Cruz (1998), a prevalência em hipertensos essenciais varia consideravelmente na literatura, entre 5% e 47%. A fisiopatologia é multifatorial, 17 dependendo de maior passagem transcapilar glomerular de albumina, e/ou lesões estruturais glomerulares, e/ou alterações tubulares, podendo ser influenciada também por fatores genéticos e raciais. Vibert (1982), dizia que termo microalbuminúria foi introduzido, para designar a excreção urinária de albumina anormal, mas subclínica, ou seja, aquela que não é detectável pelos métodos bioquímicos usuais, mas apenas por outras técnicas, como radioimunoensaio, nefelemetria ou imunoturbidimetria. Parving et al (1974), demonstraram que hipertensos essenciais insuficientemente tratados, apresentavam altas excreções urinárias de albumina em nível subclínico, que em um dos grupos alcançou o valor médio de 87 mg/24 horas, enquanto hipertensos efetivamente tratados apresentavam valores semelhantes aos dos indivíduos normais, significando prevalência de microalbuminúria de zero. Pedersen e Mogensen (1976) confirmaram os resultados anteriores, observando a resposta de 20 hipertensos tratados durante 4 a 8 semanas com hidralazina. Dez pacientes responderam bem ao tratamento, reduzindo a pressão diastólica para menos de 100mmHg e 10 responderam insuficientemente, mantendo a pressão diastólica acima de 100 mmHg. O primeiro grupo apresentava excreção urinária de albumina média de 9,2 μg/min antes do tratamento, reduzindo-a para 5,2 μg/min com o tratamento anti-hipertensivo. O segundo grupo apresentava excreção urinária de albumina média de 62,2 μg/min, que foi reduzida para 27 μg/min com o tratamento. Parving et al (1974) concluíram desta forma que pacientes insuficientemente tratados apresentam maiores excreções urinárias de albumina que os efetivamente tratados; o tratamento anti-hipertensivo reduz significativamente a excreção urinária de albumina; a responsividade ao tratamento se correlaciona com os níveis de excreção urinária de albumina pode ser usado como preditivo da resposta ao tratamento anti-hipertensivo. A intensidade da microalbuminúria varia com o grau da hipertensão e com seu controle, sendo menos prevalente na hipertensão bem controlada. (MONGENSEN, 1994) O tratamento anti-hipertensivo de qualquer tipo reduz a excreção anormal de albumina, onde verificou-se que agentes de ação diversa, como inibidor da enzima de conversão da angiotensina, betabloqueador (metoprolol), alfabloquedor (doxazosin) e bloqueador de canal de cálcio (felodipina), demonstraram efeito 18 redutor semelhante sobre a excreção urinária de albumina, relacionando-o ao efeito anti-hipertensivo. Entretanto, quanto a melhor efetividade dos diferentes agentes hipotensores sobre a microalbuminúria, ainda se encontram observações divergentes. (ERLEY et al., 1993). Ruilope (1994) demonstrou através de estudos que os inibidores da enzima de conversão da angiotensina exibem maior capacidade de reduzir a microalbuminúria que outras drogas. A melhora da microalbuminúria induzida pelos inibidores da ECA depende da redução da pressão intraglomerular, atribuível à diminuição da resistência arteriolar eferente. Em contraste com os inibidores da ECA, os antagonistas do cálcio dilatam tanto a arteríola eferente como a aferente e, por isso, não modificam a pressão intraglomerular avaliada pela fração de filtração, nem a microalbuminúria. Fatores genéticos estão também envolvidos no desenvolvimento de microalbuminúria em hipertensos, pois algumas crianças, filhas de pais hipertensos, apresentam excreção urinária aumentada de albumina, indicando que alterações discretas da função renal podem preceder o início clínico da hipertensão. (FLISER et al.,1993). Segundo Gerber (1992), fatores raciais também devem ser determinantes, pois de acordo com estudos realizados, a presença de excreções elevadas de albumina foi cinco vezes maior em não brancos, principalmente em hispânicos. Um estudo realizado por Stamm (2007) no Ambulatório de Clínica Médica do Serviço de Medicina Interna e no Ambulatório de Cardiologia de um Hospital Universitário na Região Sul do Brasil, no período de abril a agosto de 2006, fez a análise estatística de hipertensos em tratamento analisando os seguintes critérios: tabagismo, sedentarismo, obesidade, dislipidemia. Os resultados obtidos mostram que não houve muita diferença estatística quando comparado normoalbuminuricos e microalbuminúricos. (Tabela 2) Tabela 2 – Perfil Clínico – Hipertensos em tratamento e microalbuminúria Grupo NA (n=132) Grupo MA (n=21) 19 Tabagismo (%) 39 6 Sedentarismo (%) 78 10 Obesidade (%) 42 5 Dislipidemias (%) 46 11 NA – normoalbuminúria; MA – microalbuminúria; DP – desvio-padrão; PAS – pressão arterial sistólica; PAD – pressão arterial diastólica; HAS – hipertensão arterial sistêmica; *: As análises realizadas foram o teste do qui-quadrado para análise de proporções e teste F para análise de variância. Tem se observado fortes evidências de uma relação independente entre a excreção de albumina urinária e os níveis de pressão arterial diastólica (Redon et al., 1994), pressão de pulso e hipertensão sistólica isolada (Pedrinelli et al., 2000; Cirillo et al., 2000), porém não há uma uniformidade entre os estudos da associação direta com os níveis de pressão arterial. Já se reconhece a associação da microalbuminúria com o aumento de mortalidade de todas as causas entre os indivíduos hipertensos, podendo esta ser um marcador de prognóstico ruim. Em relação à incidência e à mortalidade cardiovascular, esta vem apresentando uma correlação independente da presença de outros importantes fatores de risco, como hipercolesterolemia, tabagismo e hipertensão. Todavia, ainda é sugerida a relevância clínica da microalbuminúria como um forte indicador de risco entre os indivíduos hipertensos (Jager et al., 1999). Ressalta-se então que o tratamento anti-hipertensivo, independentemente da classe, é capaz de reduzir a microalbuminúria; todavia, alguns estudos têm demonstrado que os inibidores da ECA têm uma capacidade maior em reduzir a microalbuminúria no hipertenso (Lima & Guimarães, 2000). A pressão arterial correlaciona-se positivamente com o nível de albumina urinária (Grippa, 2002). Atualmente, é reconhecido que a microalbuminúria pode ser detectada em aproximadamente 40% da população hipertensa não tratada, tendo sua prevalência um aumento crescente com a idade, duração e severidade da hipertensão (RUILOPE, 1997). 20 Foi encontrada uma taxa de incidência de microalbuminúria para pacientes em tratamento hipertensivo, num valor de 4,1 por 100 pacientes/ano e verificaram que os principais fatores que influenciam na ocorrência de microalbuminúria durante tratamento com anti-hipertensivo são os valores iniciais de microalbuminúria, os níveis da pressão sistólica e a glicemia de jejum. Assim, tornam-se fundamental o alcance tanto do melhor controle da pressão arterial, quanto da glicose para evitar a microalbuminúria. Por conseguinte,para prevenção da ocorrência da microalbuminúria, a pressão arterial precisa ser reduzida o máximo possível e os fatores que prejudicam o metabolismo de glicose, controlados (REDON et al., 2002). MÉTODO DE IMUNOTURBIDIMETRIA Ensaios específicos são necessários para detectar microalbuminúria, pois os ensaios convencionais para detecção de proteínas urinárias não são suficientemente sensíveis para detectar os níveis reduzidos de albumina na urina neste estágio da ND. A técnica mais utilizada e a imunoturbidimetria (IT), que se baseia na formação de um complexo antígeno-anticorpo, utilizando um anticorpo específico para a albumina humana.(GROSS et al., 2005) As mudanças de kits ou métodos muitas vezes se fazem necessárias na rotina do laboratório clínico. E imprescindível que se proceda a validação adequada desses novos métodos para que erros ou diferenças significativas nos resultados dos exames laboratoriais sejam evitados, garantindo a correta classificação da ND e, consequentemente, o manejo clínico e terapêutico adequado dos pacientes. (WENDLAND et al., 2007) A imunoturbidimetria apresenta alguns componentes essenciais para a sua realização: o tampão é um reagente que proporciona condições ótimas de reação, os anticorpos ou antígenos, ligados ou não à partículas de látex, determinam a sensibilidade e a especificidade do método, os calibradores estabelecem a relação entre concentração e a resposta em absorbância, e os controles verificam desvios da calibração. (BOCHENEK, 2007). Este é um ensaio imunométrico, o qual utiliza a imunoprecipitação e a dispersão da luz para quantificar os analitos presentes no soro. A formação desses 21 imunoprecipitados provoca turvação do meio, levando a diminuição da intensidade do feixe de luz incidente que atravessa essa solução (BOCHENEK, 2007). Ao entrar em contato com microalbuminúria esses anticorpos se ligam a essa proteína, provocando a reação de imunoprecipitação. Isso faz com que a solução fique com uma turbidez diretamente proporcional à concentração do analito no soro. Um feixe de luz, num comprimento de onda de 546 nm, ao ser incidido na reação, sofre dispersão, o que provoca a diminuição de sua intensidade. Um fotodetector mede a absorbância da luz que atravessou a cubeta de reação. Por comparação com as absorbâncias e concentrações conhecidas da curva de um calibrador, é possível determinar, quantitativamente, a microalbuminúria na amostra ensaiada (SKOOG et al., 1992; BIOTÉCNICA, 2007). Essa metodologia apresenta muitas vantagens, pois não necessita de instrumentos específicos, pode ser utilizada por vários analisadores automáticos, inclusive nos de bioquímica, facilita o fluxo de trabalho, otimiza o volume de amostra necessário para a realização de exames, possui bom desempenho analítico e operacional, com um custo reduzido (BORQUE et al., 1999; GÓMEZ et al., 2000). Existem, também, alguns fatores limitantes nesta técnica. Isso se deve ao fato de que pode acontecer efeito pró-zona, no qual o excesso de antígeno na amostra leva a um resultado falsamente diminuído deste analito (Efeito Hook) (BOCHENEK, 2007). Nem sempre os anticorpos utilizados nos reagentes possuem especificidades e afinidades para somente um tipo específico de antígeno, podendo, em alguns casos, realizar reação cruzada com outros componentes como, por exemplo, os anticorpos heterófilos. Isso pode provocar resultados mais elevados do que deveriam ser. A lipemia é outro fator limitante, pois como o resultado da imunoturbidimetria depende do grau de turbidez da reação, uma amostra muito lipêmica poderia gerar resultados falsamente aumentados (SELBY, 1999). A IT método utiliza partículas de látex revestidas por anticorpos específicos humana. Ao entrar em contato com a albumina, esses anticorpos se ligam a essa proteína, provocando a reação de imunoprecipitação. Isso faz com que a solução fique com uma turbidez diretamente proporcional à concentração do analito no soro. Um feixe de luz, num comprimento de onda de 546 nm, ao ser incidido na reação, sofre dispersão, o que provoca a diminuição de sua intensidade. Um fotodetector mede a absorbância da luz que atravessou a cubeta de reação. Por comparação 22 com as absorbâncias e concentrações conhecidas da curva de um calibrador, é possível determinar, quantitativamente, a proteína na amostra ensaiada (Figura 1). (SKOOG et al., 1992; BIOTÉCNICA, 2007). Figura 1 – Esquema do método de Imunoturbidimetria. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, A. F. Microalbuminúria Como Marcador Precoce De Comprometimento Da Função Renal. Rev Bras Hipertens. 2001;8:347-8. 23 ALVES, M.A.R. Diagnóstico de doença Renal Crônica: avaliação de proteinuria e sedimento urinário. 2004. Disponível em: http://www.labrede.com.br/portal/uploads/c0a80101-38a0-07f8.pdf BASTOS, M, G. Doença Renal Crônica: frequente e grave, mas também prevenível e tratável. Universidade Federal de Juiz de Fora, 2009. BELLO, V. & MARIANI, M. Microalbuminuria and Pulse Pressure in Hypertensive and Atherosclerotic Men. Hypertension, 2000. BIOTÉCNICA IND. COM. LTDA. Ferritina turbilátex CAT BT – 20.008.00 (bula do kit) – Revisão Fev/2007. BOCHENEK, D. P. Comparação entre os métodos de imunoturbidimetria e quimioluminescência para dosagem sérica de ferritina. Centro Universitário Feevale. Novo Hamburgo, 2007. BORQUE, L.; RUS, A.; BELLOD, L.; SECO, M. L. 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RESUMO Introdução: A Hipertensão arterial sistêmica é considerada, uma doença e um fator de risco que representa um grande desafio para a saúde pública no Brasil, podendo ainda ser considerada uma causa frequente de doença renal crônica tendo a proteinúria como um marcador de doença renal. Aumentos ou decréscimos no valor de proteinúria são importantes marcadores do prognóstico renal do paciente. Dessa forma, em pacientes com doença renal, a pesquisa de proteinúria constitui um elemento importante no diagnóstico e no acompanhamento. Métodos: A pesquisa é descritiva e explorativa, onde foram selecionados aleatoriamente pacientes de uma clinica particular da cidade de Santa Helena –PR, onde foram solicitados aos pacientes que coletassem a primeira urina da manhã para que possa ser realizado a análise de microalbuminúria. Resultados e discussão: Dos 69 pacientes estudados observou-se que 63 (91,30%) apresentaram valores inferiores a 29 mg/L, considerando assim normoalbuminúria, 5 (7,24%) apresentaram valores entre 30 a 299 mg/L sendo considerado como microalbuminúria e 1 (1,44%) apresentou valor superior a 300 mg/L sendo macroalbuminúria. Bastos (2010), relatou em seu estudo sobre Doença Renal Crônica que mais de 75% dos pacientes que são portadores de Hipertensão Arterial são suscetíveis a desenvolverem problemas renais com o tempo. Conclusão: Sendo assim a microalbuminúria é o melhor teste realizado para verificar nefropatias, porém, não se pode afirmar somente com este diagnóstico que realmente existe lesão renal, pois pode apresentar alterações nos exames devidoa 30 vários fatores sendo necessário um acompanhamento dos pacientes, juntamente com a repetição do exame. Palavras-chave: Microalbuminúria, Hipertensão Arterial, Nefropatia. ABSTRACT Introduction: Hypertension is considered a disease and a risk factor that represents a major challenge to public health in Brazil and could still be considered a frequent cause of chronic kidney disease with proteinuria as a marker of kidney disease . Increases or decreases in the amount of proteinuria are important markers of renal prognosis of the patient. Thus , in patients with renal disease , the research of proteinuria is an important element in the diagnosis and monitoring. Methods : The study is descriptive and exploratory , which were randomly selected patients from a private clinic in the city of Helena - PR , where patients were asked to coletassem the first morning urine so it can be carried out the analysis of microalbuminuria . Results and Discussion: Of the 69 patients studied, we observed that 63 (91.30%) had values less than 29 mg/L , thus considering normoalbuminuria , 5 (7,24%) had values between 30-299 mg/L is considered and microalbuminuria and 1 (1,44 %) showed a value exceeding 300 mg/L with macroalbuminuria . Bastos (2010) reported in their study of chronic kidney disease that over 75 % of patients who are suffering from Hypertension are likely to develop kidney problems over time . Conclusion: Thus microalbuminuria is the best test done to check kidney diseases, however, can not be said that only with this diagnosis really exists kidney injury , because it can show changes in the exams due to several factors necessitating monitoring of patients , along with repeat testing . Keywords: Microalbuminuria, Hypertension, Nephropathy .___________________________ Endereço para correspondência: Katiane Lowe Av. das Torres 186 85806-096, FAG, Cascavel, PR, Brasil E-mail: katianee_lowe@hotmail.com 31 INTRODUÇÃO A Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é considerada, ao mesmo tempo, uma doença e um fator de risco que representa um grande desafio para a saúde pública no Brasil, pois as doenças cardiovasculares constituem a primeira causa de mortes no país. A cada ano, morrem 7,6 milhões de pessoas em todo o mundo devido à hipertensão, sendo que 80% dessas mortes ocorrem em países em processo de desenvolvimento como o Brasil, outro dado que se tem é que mais da metade das vítimas têm entre 45 e 69 anos.¹ Em pessoas com idades mais avançadas, a hipertensão pode ser um fator relacionado ao próprio envelhecimento fisiológico associado a cada pessoa, neste caso, ocorre o desenvolvimento de processos ateroscleróticos nos grandes vasos e arteríolas, ocasionando perda da distensibilidade e elasticidade, o que faz com que se perca a velocidade da onda de pulso no bombeamento sanguíneo. A rigidez gerada na parede dos vasos normalmente acarreta em aumento da pressão sistólica e o aumento da velocidade da onda de pulso mantem a pressão arterial diastólica em valores normais, ou diminuindo-a. Isso pode definir como adequados preditores de eventos cardiovasculares no idoso.² O diagnóstico da Hipertensão Arterial se dá única e exclusivamente a partir de aferições consecutivas da pressão arterial onde se detectam os níveis permanentemente elevados, neste caso acima dos limites considerados de acordo com a normalidade, portanto, a aferição da pressão arterial é um elemento-chave que requer técnica e precisão para se estabelecer um diagnóstico adequado.³ A hipertensão arterial pode ser considerada uma causa frequente de doença renal crônica, isso, quando ocorre a transmissão da hipertensão sistêmica para o glomérulo, determinando lesão no capilar glomerular.4 O rim é um órgão é fundamental para o organismo por possuir funções caracterizadas de filtração, reabsorção, além de funções endocrinológicas e metabólicas. Porém, sua função primordial é a manutenção da homeostasia, regulando o meio interno principalmente devido à reabsorção de substâncias e íons e a excreção de outras substâncias.5 32 A proteinúria é um marcador de doença renal e constitui um fator de risco independente para a sua progressão. Aumentos ou decréscimos no valor de proteinúria (ou albuminúria) são importantes marcadores do prognóstico renal do paciente. Dessa forma, em pacientes com doença renal, a pesquisa de proteinúria constitui um elemento importante no diagnóstico e no acompanhamento.6 O mecanismo mais aceitável para o desenvolvimento de lesão glomerular, é devido ao aumento da pressão capilar nos glomérulos, devido a uma vasodilatação pré-glomerular e uma vasoconstrição pós-glomerular. A vasoconstrição é controlada pelo sistema renina-angiotensina, o qual produz angiotensina ll, diminuindo a produção de renina fazendo com que ocorra o aumento da permeabilidade da membrana glomerular, o que juntamente com a hiperfiltração acarreta em aumento na excreção de albumina na urina.7 A quantificação da proteinúria (ou albuminúria) é importante no diagnóstico, indicação terapêutica e prognóstico da doença renal, sendo que quanto maior for a proteinúria mais rápida é a perda de função renal.6 A microalbuminúria relaciona-se com inúmeras variáveis demográficas e clínicas como idade, sexo, raça, hiperglicemia, hiperlipidemia, hiperinsulinemia, como uma expressão da resistência a insulina, hipertensão, obesidade, hipertrofia ventricular esquerda, tabagismo, hábito alimentar, entre outras.8 O tratamento anti-hipertensivo de qualquer tipo reduz a excreção anormal de albumina, onde verificou-se que agentes de ação diversa, como inibidor da enzima de conversão da angiotensina, betabloqueadores (metoprolol), alfabloquedores (doxazosin) e bloqueadores de canal de cálcio (felodipina), demonstraram efeito redutor semelhante sobre a excreção urinária de albumina, relacionando-o ao efeito anti-hipertensivo. Entretanto, quanto a melhor efetividade dos diferentes agentes hipotensores sobre a microalbuminúria, ainda se encontram observações divergentes. 9 Desta forma, ressalta-se a importância de detectar a presença de microalbuminúria de maneira a se tomar medidas que retardem ou previnam a evolução de uma nefropatia. Com isso, mostra-se a importância de realizar esse estudo em pacientes hipertensos, com o objetivo de detectar presença ou ausência de microalbuminúria nos mesmos. 33 MATERIAIS E MÉTODOS A presente pesquisa é de caráter descritivo e exploratório. O cálculo da amostra representativa foi realizado baseado no número de hipertensos existentes na cidade de Santa Helena- PR, no ano de 2013, através da fórmula √ n+1. Dessa forma, a amostra foi constituída por 69 pacientes que fazem atendimento médico em uma clínica particular, com idade entre 30 a 80 anos, residentes na cidade. Após a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Faculdade Assis Gurgacz, o termo de consentimento livre e esclarecido foi assinado pelos voluntários, assim foram coletadas alíquotas de urina para determinação do albuminúria. As dosagens foram realizadas pelo método de imunoturbidimetria através do aparelho AU 680 - Beckman Coulter, em um laboratório particular na cidade de Cascavel - PR. Como instrumento de pesquisa foi utilizado questionário referente ao estilo de vida dos participantes e instruiu-se os pacientes a evitar a prática de atividades físicas, cuidar na alimentação, não ter relação sexual no dia da coleta, bem como realizar adequadamente a higiene dos órgãos genitais. RESULTADOS E DISCUSSÃO A microalbuminúria é utilizadapara designar a excreção urinária da albumina anormal, ou seja, aquela que não é detectável pelos métodos bioquímicos usuais, e sim com técnicas específicas.10 As amostras foram analisadas em um Laboratório de Análises Clínicas da cidade de Cascavel – PR, onde o aparelho AU680 da Beckman Coulter adota como valores de normoalbuminúria resultados inferiores a 29 mg/L, microalbuminúria valores entre 30 a 299 mg/L e macroalbuminúria valores acima de 300 mg/L, conforme Tabela 1. Tabela 1- valores de referência adotados pelo aparelho AU680. AU680 Beckmancoulter Normoalbuminúria Microalbuminúria Macroalbuminúria < 29.0mg/L 30 a 299mg/L >300mg/L 34 Os participantes da pesquisa apresentavam idade entre 30 a 80 anos, e a média de idade foi de 55 anos. A Figura 1 expressa em porcentagem os pacientes divididos pela faixa etária. Dentre os mesmos, 26 (37,68%) eram do sexo masculino e 43 (62,31%) do sexo feminino, todos portadores de hipertensão arterial. Figura 1. Porcentagem dos pacientes divididos pela faixa etária. Em um estudo realizado por Jardim (2007), pode-se verificar que existe uma associação entre a hipertensão arterial e a idade, evidenciando que na sociedade em desenvolvimento ao lado da longevidade da população ocorre uma agregação de outros riscos que terminam por comprometer a qualidade de vida dos idosos.11 Bastos (2010), relatou em seu estudo sobre Doença Renal Crônica que mais de 75% dos pacientes que são portadores de Hipertensão Arterial são suscetíveis a desenvolverem problemas renais com o tempo, assim como percebeu que pacientes acima de 60 anos apresentam função renal diminuída aumentando a prevalência de doença renal crônica.4 Ao aplicar o questionário aos pacientes pode-se observar que dos 69 pacientes que participaram da pesquisa, 49 (71,01%) são portadores de hipertensão arterial a mais de 10 anos, e 20 (28,98%) são portadores a menos de 10 anos. Dos 69 pacientes estudados observou-se que 63 (91,30%) apresentaram valores inferiores a 29 mg/L de albuminúria, considerados assim, com normoalbuminúria, 5 (7,24%) apresentaram valores entre 30 a 299 mg/L sendo 35 considerados como portadores de microalbuminúria e 1 (1,44%) apresentou valor superior a 300 mg/L, considerado com macroalbuminúria. Dos pacientes que apresentaram normoalbuminúria, 45 (65,21%) são portadores de hipertensão a mais de 10 anos e 18, (26,08%) são portadores de hipertensão a menos de 10 anos. Entre os pacientes que apresentaram microalbuminúria, 3 (4,34%) são hipertensos a mais de 10 anos e 2 (2,89%) são hipertensos a menos de 10 anos. Somente 1 (1,44%) paciente apresentou macroalbuminúria, e este é portador de hipertensão a mais de 10 anos. A Tabela 2 mostra uma relação entre a microalbuminúria, normoalbuminúria e macroalbuminúria e o tempo que os pacientes são portadores de hipertensão arterial. Tabela 2. Normoalbuminúria, Microalbuminúria e Macroalbuminúria em relação ao tempo em que os pacientes são portadores de Hipertensão Arterial. Tempo de Hipertensão Arterial Normoalbuminúria (Pacientes) % Microalbuminúria (Pacientes) % Macroalbuminúria (Pacientes) % Mais de 10 anos 45 65,21 3 4,34 1 1,44 Menos de 10 anos 18 26,08 2 2,89 0 0 Das 69 amostras analisadas, 9% apresentaram albumina na urina (macroalbumninúria e microalbuminúria), conforme demonstrado na Figura 2. 36 Figura 2. Amostras analisadas que apresentaram albumina na urina, expressa em porcentagem. Com base no questionário observou-se também que 38 (55,07%) dos pacientes além da medicação indicada pelo médico também praticam algum tipo de atividade física e cuidam na alimentação, 19 (27,53%) além da medicação fazem alguma atividade física, porém não cuidam da alimentação e 12 (17,39%) tratam a hipertensão apenas com os medicamentos. Dos 38 (55,07%) que utilizam medicamentos, fazem atividade física, e cuidam da alimentação, observou-se presença de microalbuminúria em 3 (7,89%). Dos 19 (27,53%) que faz atividade física e tomam medicamentos para hipertensão, observou-se presença de microalbuminúria em 2 (10,52%) pacientes. Entre os pacientes que relataram tratar a hipertensão apenas com medicamentos não foi encontrada alteração nos resultados das análises realizadas. Na Tabela 3 pode-se observar uma relação entre a maneira utilizada pelos pacientes para controlar a hipertensão arterial, observando presença ou ausência de microalbuminúria nas análises realizadas. Stamm e Cols (2007) observaram em um estudo realizado, que dentre vários fatores que podem aumentar a excreção urinária de albumina, o exercício físico, bem como alguma infecção do trato urinário, insuficiência cardíaca, entre outros, podem exercer importante papel.12 Dessa forma, pode haver alguma relação entre os pacientes que praticam algum tipo de atividade e a presença de microalbumina encontrada nas amostras analisadas. 37 Tabela 3. Relação entre as formas que os pacientes utilizam para controlar a hipertensão, levando em consideração presença ou ausência de microalbumina nas amostras analisadas. Forma de tratamento utilizado pelo paciente Pacientes % Pacientes que apresentaram microalbuminúria % Pratica atividade física, toma medicamentos e cuida da alimentação 38 55,07 3 7,89 Pratica atividade física e cuida da alimentação 19 27,53 2 10,52 Somente toma 12 17,39 0 0 38 medicamento Outra questão importante a ser ressaltada, é que os 69 pacientes fazem acompanhamento médico com frequência, para verificar se a pressão arterial está controlada e se os medicamentos estão fazendo o efeito desejado. Estudos realizados a mais de duas décadas, esclarecem a relação entre a microalbuminúria, o tratamento anti-hipertensivo e a gravidade da hipertensão arterial, neste estudo foi demonstrado que hipertensos essenciais insuficientemente tratados apresentavam altas excreções urinárias de albumina, enquanto hipertensos efetivamente tratados apresentavam valores semelhantes aos dos indivíduos normais.13 Parving e Mogensen 1974 confirmaram os resultados anteriores, observando a resposta de 20 hipertensos tratados durante 4 a 8 semanas como um anti-hipertensivo. 14 A obesidade está diretamente relacionada ao aumento da pressão arterial. Frases (1986) analisou um grande numero de variáveis associadas a hipertensão arterial, entre as quais a obesidade, considerada por ele, como a mais importante. Kennel (1990) acredita inclusive que o aumento da pressão arterial com a idade esteja relacionado também ao aumento de peso em indivíduos com idade avançada.15 Entre os 69 pacientes que participaram da pesquisa, observou-se que 15 (21,73%) estavam acima do peso, sobretudo 2 (13,33%) destes apresentaram alteração de microalbuminúria nas análises realizadas. Bortolotto (2008) observou que a prevalência de hipertensão, determinada por ocasião da detecção da doença renal, aumenta progressivamente à medida que a função renal vai deteriorando, de tal forma que na fase terminal ou dialítica de insuficiência renal crônica a quase totalidade dos nefropatas é hipertensa. 16 Todos os pacientes foram orientados sobre como proceder a coleta e também foram informados sobre os interferentes, contudo, não é possível garantir que essa tenha ocorrido de maneira correta. Desta forma, pacientesque apresentaram valores de microalbuminúria e macroalbuminúria, são possíveis portadores, ou possíveis futuros portadores de lesão renal, no entanto, para a confirmação, é necessária nova realização do exame para garantia de um resultado correto. 39 Contudo, a pesquisa de albumina na urina é de total importância para auxiliar no diagnóstico precoce de nefropatia, assim, quando ainda a excreção da albumina é pequena (microalbuminúria), pode-se intervir clinicamente através de terapêutica medicamentosa e comportamental, para que o caso não evolua para uma nefropatia franca com macroalbuminúria, pois de acordo com Sodré (2007) quando ocorre esta evolução, há maiores probabilidades da patologia evoluir para uma doença renal crônica. CONCLUSÃO Em pacientes hipertensos há um risco aumentado de doença renal, dessa forma a dosagem de albumina na urina deve ser adotada como um ponto crítico para a adoção de medidas preventivas a fim de reduzir o risco de nefropatias. Sendo assim, a microalbuminúria é o melhor teste realizado para verificar e prevenir nefropatias, porém, não se pode afirmar somente com este diagnóstico que realmente existe lesão renal, pois alterações nos exames podem ser verificadas devido a vários fatores, como prática de atividade física exagerada, relação sexual no dia da coleta, entre outros, o que leva a perceber que é necessário um acompanhamento dos pacientes, juntamente com a repetição do exame. Contudo, sendo comprovada a possibilidade de existir uma lesão renal em pacientes que apresentam microalbuminúria, este exame torna-se de total importância servindo como um sinal de alerta para a prevenção de lesão renal. O presente estudo torna-se importante levando em consideração a presença de pacientes com micro e macroalbuminúria, exame o qual deve ser realizado com frequência para que não ocorra a evolução para uma doença renal crônica. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1.MAGRINI, D. W.; MARTINI, J. G. Hipertensão arterial: principais fatores de risco modificáveis na estratégia saúde da família. Enferm. Glob. Vol.11 no. 26 Murcia, 2012. 2. LONGO, M. A. T. Hipertensão Arterial Sistêmica: aspectos clínicos e análise farmacológica no tratamento dos pacientes de um setor de Psicogeriatria do Instituto 40 Bairral de Psiquiatria, no Município de Itapira, SP. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol. V.14 n.2 Rio de Janeiro – RJ, 2011. 3. CHAVES JR., H. C. et al., III Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial. Arq Bras. Endocrinol. Metab. Vol. 43 no. 4 São Paulo – SP, 1999. 4. BASTOS, M, G. Doença Renal Crônica: frequente e grave, mas também prevenivel e tratável. Universidade Federal de Juiz de Fora, 2009. 5. SODRÉ, L. F.; COSTA, B. C. J.; LIMA, C. J. Avaliação da Função e da Lesão Renal: Um Desafio Laboratorial. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial. v.43, n.5 Rio de Janeiro: Setembro- Outubro 2007. 6. ALVES, M.A.R. 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All authors must be properly registered, with name, affiliation and correspondence address. Once submitted the article, it will not be possible to register additional authors. Elaboração do artigo Idioma: Serão aceitos artigos escritos em português ou inglês. Formato do arquivo: O artigo deve ser enviado no formato de arquivo do programa Microsoft Office Word. Formatação: O artigo deve conter a seguinte formatação: - Deve ser elaborado em folha tamanho A4 (210 mm x 297 mm), com margens superior e direita de 3 cm e inferior e esquerda de 2 cm. - A fonte deve ser Arial tamanho 12 e espaço entre linhas de 1,5 cm em todo o trabalho. - A numeração das páginas deve figurar no canto superior direito, iniciando pela página de título. - Todas as referências devem ser citadas no texto em formato numérico. - Os títulos das seções devem estar escritos em letra maiúscula, enquanto os subtítulos devem conter apenas as letras iniciais maiúsculas. 43 - Unidades e abreviações: Utilize o Système International (SI) de unidades métricas para as unidades e abreviações de unidades. No texto as abreviações devem ser utilizadas apenas após terem sido citadas por extenso. Apresentação: Deve abranger os seguintes tópicos: -Título (em inglês e português) curto e informativo sem conter abreviações, escrito em letras maiúsculas e negritadas. -Nome(s) completo(s) do(s) autor(es). Todos os nomes devem ser seguidos de números sobrescritos identificando as instituições. - Instituição(ões) de cada autor (Departamento, Faculdade, Universidade), precedida dos números indicativos sobrescritos. - Nome, endereço completo para correspondência, incluindo o código postal, o número do telefone, o número do fax e o e-mail do autor para o qual a correspondência deve ser enviada. Esses dados devem ser precedidos do termo: Endereço para correspondência. - Subtítulo a ser utilizado como cabeçalho de página, não deve exceder 40 caracteres. Deve ser precedido do termo: Subtítulo. - Resumo (em inglês e português): deve apresentar claramente os objetivos, a metodologia, os resultados e as conclusões. Sua extensão deve ser de 100 a 250 palavras, ser escrito em parágrafo único (NBR 6028). - Palavras-chave (em inglês e português): indicar de três a cinco palavras que expressem o conteúdo do artigo de forma objetiva. Devem ser precedidas do termo: Palavras-chave. - Texto: deve obedecer aos critérios de cada categoria, de acordo com as instruções disponíveis em foco e escopo./- Agradecimentos: devem ser breves e relacionados a assistência técnica, opiniões, bem como ao apoio financeiro para a pesquisa e bolsas de estudo. 44 Tabelas e Quadros: devem ser inseridos o mais próximo possível do texto em que foram mencionados. O título deve figurar acima da tabela e/ou quadro e ser precedido da palavra Tabela e de seu número de ordem no texto (em algarismos arábicos). As tabelas devem ser compreensíveis e auto-explicativas. As abreviações devem ser definidas nas legendas. Ilustrações e fotos: devem ser inseridas o mais próximo possível do texto em que foram mencionados. O título deve estar localizado abaixo das figuras, precedido da palavra Figura e de seu número de ordem no texto (em algarismos arábicos). Defina todas as abreviações e símbolos usados na figura, mesmo se eles estiverem definidos no texto. As ilustrações e fotos devem ser coladas no texto com resolução de boa qualidade, e também enviadas em arquivos separados, em formato .jpg. As fotomicrografias devem incluir dados sobre a coloração e a ampliação no fim da legenda para cada parte da figura. Uma barra de ampliação deve ser adicionada a cada fotomicrografia. Caso não apareça nenhum marcador com escala na figura, a ampliação original deve ser informada na legenda. Referências: As referências bibliográficas devem ser digitadas em ordem numérica após a seção de agradecimentos. Numere as referências na ordem em que elas são citadas no texto pela primeira vez, usando algarismos arábicos entre parênteses. Duas ou mais referências devem ser separadas por vírgula sem espaço (1,5,7), três ou mais referências consecutivas devem ser separadas por um hífen (4-9) e duas ou mais referências consecutivas devem ser separadas por ponto e vírgula sem espaço (4-9;13-16). As referências devem ser elaboradas de acordo com a NBR 6023. Exemplos: -Artigo de Periódico: ABESSA, D.M.S.; SOUSA, E.C.P.M.; TOMMASI, L.R. Utilização de testes de toxicidade na avaliação da qualidade de sedimentos marinhos. Revista de Geologia, Fortaleza, v. 19, n. 2, p. 253-261, jul./dez. 2006. -Livro: TAVARES, M. C. G. C. Imagem corporal: conceito e desenvolvimento. São Paulo: Manole, 2003. 45 -Capítulo de livro com autoria própria: MOREIRA, A. A profissionalização da enfermagem. In: OGUISSO, T. (Org.). Trajetória histórica e legal da enfermagem. São Paulo: Manole, 2005. p. 98-119. -Trabalho apresentado em evento: SIMÕES, G. S.; SILVA, J.; TOLEDO, A. S. Micobactérias não tuberculosas isoladas de pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE MICROBIOLOGIA, 17., Santos. Anais... Santos: EDITORA, 1993. p.41. -Teses e Dissertações: SILVA, M.A.B. Sistema de Classificação Fuzzy para áreas contaminadas. 2005. 221f. Tese (Doutorado em Engenharia) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2005. -Documento em meio eletrônico: SLATER, P. J. B.; JOANES, A. E. Timing of songs and distance call learning in zebra finches. Disponível em: <http://journals.ohaiolink.edu/etext/>. Acesso em: 22 jul. 2004. -Artigo ou livro ainda não publicado: Ao citar um artigo ou livro aceito para publicação mas ainda não publicado, inclua todos os dados necessários e ao final da referência escreva entre parênteses, o termo: no prelo. -Comunicações informais (Informação verbal): Mencionar em nota os dados disponíveis, e indicar entre parênteses, a expressão: informação verbal. Condições para submissão 46 Como parte do processo de submissão, os autores são obrigados a verificar a conformidade da submissão em relação a todos os itens listados a seguir. As submissões que não estiverem de acordo com as normas serão devolvidas aos autores. 1. Termo de Responsabilidade para Submissão de Artigo: O autor compromete- se de que o artigo enviado para avaliação é inédito, e não será submetido à outra revista durante o processo de análise e em caso de deferimento para a publicação. Os direitos autorais do artigo, caso publicado, ficam automaticamente cedidos à SaBios - Revista de Saúde e Biologia que está autorizada a publicá-lo em meio impresso, digital, ou outro existente, sem retribuição financeira para os autores. 2. Formato do arquivo: O autor deve certificar-se de que o artigo será enviado no formato de arquivo do programa Microsoft Office Word. 3. Formatação: O autor deve certificar-se de que a formatação do artigo foi realizada conforme descrito em diretrizes para o autor, encontradas na seção "Sobre". 4. Os trabalhos serão publicados na ordem de aceitação e não de seu recebimento pela revista. O artigo será avaliado pelo corpo editorial da revista e submetido para avaliação à dois membros do corpo editorial de localidades diferentes. Após o recebimento do artigo pela revista, o autor poderá acompanhar o trâmite do mesmo pelo endereço eletrônico da revista. 5. Todos os endereços "URL" no texto (ex.: http://pkp.ubc.ca) devem estar ativos. 6. Atenção ao cadastrar os autores. Todos os autores devem ser cadastrados corretamente, com nome, filiação e endereço para correspondência. Uma vez submetido o artigo, não será possível cadastrar autores adicionais. 47 7. Os Artigos submetidos por alunos (graduação, especialização, mestrado e doutorado) devem obrigatoriamente possuir a co-autoria de um professor orientador, responsável pela coordenação da pesquisa realizada. 8. Todos os autores devem estar cientes e de acordo com a submissão do artigo para SaBios-Revista de Saúde e Biologia. Declaração de Direito Autoral Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são cedidos pelo autor à SaBios-Revista de Saúde e Biologia, que está autorizada a publicá-lo em meio impresso, digital, ou outro existente, sem retribuição financeira para os autores. Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais. Política de Privacidade Os nomes e os e-mails submetidos para esta revista, serão utilizados exclusivamente para os fins de publicação.
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