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MICROALBUMINÚRIA EM PACIENTES HIPERTENSOS DA CIDADE DE SANTA HELENA – PARANÁ: PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO

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MICROALBUMINÚRIA EM PACIENTES HIPERTENSOS DA CIDADE DE SANTA 
HELENA – PARANÁ: PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cascavel 
2013 
 
 
 
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KATIANE LOWE 
 
 
 
 
 
 
 
 
MICROALBUMINÚRIA EM PACIENTES HIPERTENSOS DA CIDADE DE SANTA 
HELENA – PARANÁ: PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado a Faculdade Assis Gurgacz 
- FAG, Curso de Farmácia. 
Prof. Orientador: Leyde D. de Peder 
Prof. Co-orientador: Claudinei M. da 
Silva. 
 
 
 
 
 
Cascavel 
2013 
 
 
 
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KATIANE LOWE 
 
 
 
MICROALBUMINÚRIA EM PACIENTES HIPERTENSOS DA CIDADE DE SANTA 
HELENA – PARANÁ: PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO 
 
Trabalho apresentado no Curso de Farmácia da FAG, como requisito parcial 
para obtenção do título de Bacharel em Farmácia, sob a orientação da Professora 
Leyde D. de Peder. 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
_______________________________ 
Leyde D. de Peder 
Mestre em Ciências - UNIFESP 
 
 
_______________________________ 
Maria das Graças Hirata Takizawa 
Mestre 
 
_______________________________ 
Emerson da Silva Machado 
Especialista 
 
 
 
 
 
Cascavel, 09 de Novembro de 2013. 
 
 
 
 
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DEDICATÓRIA 
 
 
Eu dedico esse trabalho primeiramente a 
Deus, meu refúgio quando tudo parecia não dar 
certo, e aos meus pais, que sempre acreditaram 
em mim. 
 
 
 
 
 
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AGRADECIMENTOS 
 
Gostaria de iniciar meus agradecimentos pelo mais importante, minha família. 
Meu pai Vilson, minha mãe Cleomar e meu irmão André, cada um de alguma forma 
especial, estiveram sempre ao meu lado me apoiando em todas as decisões que 
tomei durante esses cinco anos, e sei que serão eles que sempre irão me apoiar em 
todos os momentos, desde os mais felizes aos mais difíceis, sempre em função de 
nos tornar mais fortes e corajosos para tomar qualquer decisão, por mais 
complicada que ela seja, agradeço imensamente. 
 Minha orientadora, Leyde, obrigada por me apoiar e estar sempre presente e 
disposta durante todo o ano. Você me fez ter calma mesmo nos momentos de maior 
aflição e me fez acreditar que este trabalho iria dar certo. 
 Ao Dr. Paulo Casimirov Banof, que dividiu seu tempo de trabalho para 
contribuir com essa pesquisa, fornecendo seus pacientes como voluntários além ter 
gasto algumas horas me fornecendo preciosas informações sobre diversos assuntos 
relacionados à pesquisa. Meus mais sinceros agradecimentos. 
 A Claci Sulzler, que me ajudou imensamente para escolha dos pacientes, 
obrigada pelo apoio e dedicação que demonstrou o tempo todo em me ajudar, meus 
mais sinceros agradecimentos. 
 Aos meus amigos que o tempo todo acreditaram em mim, e me aguentaram 
nos momentos de desespero, dizendo para ter calma que ia dar tudo certo, meu 
muito obrigada, sem vocês me sentiria perdida durante esses dias de tensão. 
 E por ultimo, gostaria de agradecer a todos os voluntários que aceitaram 
participar da pesquisa, que mostraram muita disposição e boa vontade para que 
esse trabalho se concretizasse. 
 
 
 
 
 
 
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Sumário 
 
1 - REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................ 7 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 23 
2 - ARTIGO ............................................................................................................... 29 
NORMAS DA REVISTA CIENTÍFICA........................................................................42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REVISÃO DE LITERATURA 
 
 
HIPERTENSÃO E FATORES QUE AGRAVAM 
 
A Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é considerada, ao mesmo tempo, uma 
doença e um fator de risco que representa um grande desafio para a saúde pública 
no Brasil, pois as doenças cardiovasculares constituem a primeira causa de mortes 
no País. A cada ano morrem 7,6 milhões de pessoas em todo o mundo devido à 
hipertensão, sendo que 80% dessas mortes ocorrem em países em processo de 
desenvolvimento como o Brasil, outro dado que se tem é que mais da metade das 
vítimas têm entre 45 e 69 anos (MAGRINI & MARTINI, 2012). 
No Brasil, dados epidemiológicos demonstram que em 2010 a hipertensão 
arterial já afetava mais de 30 milhões de brasileiros, destes, 36% dos homens 
adultos e 30% das mulheres, sendo que é o fator de risco mais relevante para o 
desenvolvimento das doenças cardiovasculares, incluindo o AVC e o infarto do 
miocárdio, que representam as duas maiores causas isoladas de mortes no 
país (MAGRINI & MARTINI, 2012). 
 A etiologia da hipertensão arterial sistêmica está relacionada a vários fatores, 
dentre eles os ambientais, nos quais destacam-se, as mudanças associadas ao 
estilo de vida, se enquadram aqui os hábitos alimentares inadequados, com 
agravantes tais como a inatividade física, o uso excessivo de álcool e o tabagismo 
(PINTO et al., 2011). 
Normalmente, estes fatores estão intrinsecamente relacionados com o 
desenvolvimento de obesidade, sendo este um fator de destaque como um dos 
principais preditores da hipertensão arterial. Na atualidade, a obesidade tem sido 
identificada como uma epidemia global que acomete cada vez mais as pessoas com 
idades menos avançadas (crianças e adolescentes), nas três últimas décadas, a 
prevalência da obesidade no Brasil tem crescido em proporções alarmantes. 
Existem ainda outros estudos que relacionam determinados fatores como a ausência 
do aleitamento materno bem como o baixo peso da criança ao nascer, como tendo 
risco para a gênese da hipertensão. É ainda importante saber que os pais devem 
estar conscientes da importância da praticas de hábitos alimentares adequados para 
 
 
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o não desenvolvimento de obesidade bem como as doenças precoces que estão 
relacionadas a esta, inclusive a hipertensão arterial (PINTO et al., 2011). 
Em pessoas com idades mais avançadas, a hipertensão pode ser um fator 
relacionado ao próprio envelhecimento fisiológico associado a cada pessoa, neste 
caso, ocorre o desenvolvimento de processos ateroscleróticos nos grandes vasos e 
arteríolas, ocasionando perda da distensibilidade e elasticidade, o que faz com que 
se perca a velocidade da onda de pulso no bombeamento sanguíneo. A rigidez 
gerada na parede dos vasos normalmente acarreta em aumento da pressão sistólica 
e o aumento da velocidade da onda de pulso mantem a pressão arterial diastólica 
em valores normais, ou diminuindo-a. Isso pode definir como adequados preditores 
de eventos cardiovasculares no idoso (LONGO et al., 2011). 
A Hipertensão Arterial é uma doença clínica multifatorial e é caracterizada 
como síndrome gerada por elevação dos níveis tensoriais, e que podem estar 
associado a alterações metabólicas e hormonais e a fenômenos tais como 
hipertrofias cardíaca e vascular (CHAVES et al., 1999). 
O diagnóstico da Hipertensão Arterial se dá única e exclusivamente a partir de 
aferições consecutivas da pressão arterial onde se detectam os níveis 
permanentemente elevados, neste caso acima dos limites considerados de acordo 
com a normalidade, portanto, a aferição da pressão arterial é um elemento-chave 
que requer técnica e precisão para se estabelecer um diagnóstico adequado(CHAVES et al., 1999). 
Para a aferição da pressão arterial, o esfigmomanômetro de coluna de 
mercúrio tem sido considerado o padrão mais eficaz e assim vem sendo 
considerado por mais de um século. Além disso, é importante certificar-se de que o 
paciente não praticou exercícios físicos, não ingeriu bebidas alcoólicas, café, 
alimentos, ou fumou até 30 minutos antes da medida. Deixar o paciente descansar 
por 5 a 10 minutos em ambiente calmo, com temperatura agradável. Normalmente 
não se recomenda a sua substituição por outros aparelhos, com exceção dos mais 
modernos que conseguem maior precisão, tendo em vista a toxicidade do mercúrio, 
os erros humanos e variações individuais relacionados a cada profissional, e a 
tendência ao aumento da pressão arterial na presença do profissional de saúde. 
(FAERSTEIN et al., 2006; CHAVES et al., 1999). 
 
 
 9 
De acordo com as III Diretrizes para Uso da Monitorização Ambulatorial da 
Pressão Arterial – monitorização ambulatorial da pressão arterial (2001) os níveis de 
normalidade para a pressão arterial em determinadas situações são: 
Para situações de vigília, Pressão Sistólica: Normal, < 135; Intermediário, 135 
– 140; e anormal > 140. Para Situações de Sono, Pressão Sistólica: Normal, < 120; 
Intermediário, 120 – 125; e anormal > 125. E para referência 24 horas, a Pressão 
Sistólica considera-se: Normal, < 130; Intermediário, 130 – 135; e anormal > 135. 
Para a pressão Diastólica em condições de vigília Considera-se: Normal, < 
85; Intermediário, 85 – 90; e anormal > 90. Para condições de sono, Normal, < 75; 
Intermediário, 75 – 80; e anormal > 80. E para referência 24 horas, Normal, < 80; 
Intermediário, 80 – 85; e anormal > 85. 
 A probabilidade de um indivíduo apresentar hipertensão arterial ao longo de 
sua vida é de aproximadamente 90%. A hipertensão arterial é um dos principais 
fatores de risco para as doenças cardiovasculares, aumentando o risco de 
desenvolvimento de insuficiência coronária, insuficiência cardíaca, hipertrofia do 
ventrículo esquerdo, acidente vascular cerebral e insuficiência renal crônica. 
 A hipertensão arterial pode ser classificada segundo sua causa de base 
(primária ou secundária) e de acordo com os níveis tensionais (Tabela 1). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela 1. Classificação da hipertensão arterial para adultos maiores de 18 anos de 
acordo com os níveis tensionais e recomendação para segmento modificado de 
acordo com as condições clínicas do paciente 
Categoria* Pressão Sistólica 
(mmHg) 
Pressão diastólica 
(mmHg) 
Segmento 
Recomendado 
 
Ideal < 120 < 80 Reavaliar em dois 
anos 
Pre-hipertensão 120-139 80-89 Reavaliar em um 
ano + 
Hipertensão 
estagio 1 
140-150 90-99 Reavaliar em dois 
meses + 
Hipertensão 
estagio 2 
> 160 > 100 Reavaliar em um 
mês** 
Fonte: CHOBANTAN et al., 2003 
*Quando as pressões sistólica e diastólica estiverem em categorias diferentes, classificar pela maior; 
**Pacientes com pressão arterial > 180 x 110 mmHg: avaliar tratamento imediato ou em uma semana 
dependendo do estado clínico e da presença de comorbidades. Considerar intervenção e reavaliação 
de acordo comorbidades. 
 
 
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA 
 
Os rins tendem a receber a cada minuto de 1200 a 1500 ml de sangue que é 
filtrado pelos glomérulos gerando cerca de 180 ml por minuto de um fluido 
praticamente livre de células e proteínas (SODRÉ et al., 2007). 
É um órgão fundamental para o organismo por possuir funções caracterizadas 
de filtração, reabsorção, além de funções endocrinológicas e metabólicas. Porém 
sua função primordial é a manutenção da homeostasia, regulando o meio interno 
principalmente devido à reabsorção de substâncias e íons e a excreção de outras 
substâncias (SODRÉ et al., 2007). 
Pesquisas relacionadas à saúde têm demonstrado que o hábito de vida e os 
padrões comportamentais de cada indivíduo estão diretamente relacionados com o 
 
 
 11 
desenvolvimento e exacerbação de doenças, influenciando diretamente na 
determinação da doença e no seu tratamento. (MIYAZAKY et al, 2001) 
Ainda segundo Miyazaki (2001), os hábitos e padrões comportamentais tem 
influência relevante quando se diz respeito a doenças crônicas, pois o portador 
destas, passa a modificar seus comportamentos e passa a desenvolver habilidades 
apropriadas às novas contingências determinadas pela doença, visando a 
manutenção do seu bem estar. 
Na parte fisiológica, cada rim humano contém cerca de 1 milhão de néfrons, 
os quais são capazes de produzir urina, estes são constituidos por um tufo de 
capilares glomerulares, chamado de glomérulo, o qual filtra grandes quantidades de 
líquidos do sangue. O glomérulo é envolvido pela cápsula de Bowman, onde os 
líquidos filtrados fluem para dentro dessa cápsula e em seguida para o túbulo 
proximal. Após o túbulo proximal, o líquido flui para a alça de Henle, passa pela 
mácula densa e em seguida o líquido penetra no túbulo distal. Por último flui para os 
ductos coletores para ser eliminada na forma de urina (GUYTON, 2002, p. 267). 
A urina é formada pela filtração de grandes quantidades de substâncias do 
plasma, das quais são filtradas livremente dos capilares glomerulares para a cápsula 
de Bowman, com exceção das proteínas. Em seguida, o líquido deixa a cápsula e 
segue para os túbulos e à medida que isso ocorre, o liquido filtrado é modificado 
pela reabsorção de água e solutos específicos para o sangue, ou pela secreção de 
outras substâncias dos capilares peritubulares para os túbulos. Dessa forma, a 
intensidade em que diferentes substâncias são excretadas resulta de três fatores: a 
filtração glomerular, a reabsorção de substâncias dos túbulos renais para o sangue e 
a secreção de substâncias do sangue para os túbulos renais (GUYTON, 2002, p. 
268). 
Doenças consideradas crônicas implicam em tratamento por longo período de 
tempo, onde o tratamento tem por objetivo melhorar a qualidade de vida do paciente 
e não a cura propriamente dita (THOMPSON et al., 1996). 
Uma das doenças crônicas em questão é Insuficiência Renal Crônica (IRC), 
De acordo com Romão (2004), surgem pelo menos quatro novos casos desta 
patologia renal por ano. 
Leite et al. (2002), definem IRC como uma doença caracterizada pela perda 
lenta e irreversível das funções renais, compreendendo desde estágios leves até o 
estágio onde o rim tem sua função normal reduzida a apenas 25%, neste caso o 
 
 
 12 
paciente terá de iniciar tratamento por hemodiálise ou em casos mais severos será 
indicado o transplante renal. 
De acordo com Bastos (2010), os rins são órgãos fundamentais para a 
manutenção da homeostase do corpo humano, sendo assim quando há diminuição 
progressiva da função renal implica em comprometimento de essencialmente todos 
os outros órgãos, considerando também que a função renal é responsável por toda 
filtração glomerular, e sua diminuição pode ser observada na Doença Renal Crônica 
(DRC), associada às perdas das funções regulatórias, desta forma a hipertensão 
arterial pode ser considerada uma causa frequente de DRC, isso, quando ocorre a 
transmissão da hipertensão sistêmica para o glomérulo, determinando lesão no 
capilar glomerular. 
Proteinúria é um marcador de doença renal e constitui um fator de risco 
independente para a sua progressão. Aumentos ou decréscimos no valor de 
proteinúria (ou albuminúria) são importantes marcadores do prognóstico renal do 
paciente. Dessa forma, em pacientes com doença renal a pesquisa de proteinúria 
constitui um elemento importante no diagnóstico e no acompanhamento (ALVES, 
2004).O mecanismo mais aceitável para o desenvolvimento de lesão glomerular, é 
devido ao aumento da pressão capilar nos glomérulos, devido a uma vasodilatação 
pré-glomerular e uma vasoconstrição pós-glomerular. A vasoconstrição é controlada 
pelo sistema renina-angiotensina, o qual produz angiotensina ll, diminuindo a 
produção de renina fazendo com que ocorra o aumento da permeabilidade da 
membrana glomerular, o que juntamente com a hiperfiltração acarreta em aumento 
na excreção de albumina na urina (ZANELLA, 2006). 
De acordo com Alves (2004), a quantificação da proteinúria (ou albuminúria) é 
importante no diagnóstico, indicação terapêutica e prognóstico da doença renal, 
sendo que quanto maior for a proteinúria mais rápida é a perda de função renal. 
 
 
 
 
 
 
ALBUMINÚRIA 
 
 
 13 
 
A albumina é uma proteína que possui peso molecular de cerca de 60 mil 
dáltons, esta não deve ser filtrada e não deve aparecer na urina. O teste para 
detecção desta proteína na urina é chamado de Microalbuminúria, que é capaz de 
detectar quantidades muito pequenas de albumina na urina, devendo ser 
considerado um marcador precoce da lesão glomerular renal (ALMEIDA, 2001). 
A albumina é sintetizada exclusivamente no fígado, após é transportada para 
o plasma, onde 30 a 40% ficará no espaço intravascular, e 60 a 70% no espaço 
extravascular. Dessa absorção 1g é eliminada pelo trato gastrintestinal, 0,4g pelos 
glomérulos renais e 17 mg são reabsorvidos e acabam eliminados pela urina 
(SANTOS et al., 2004). 
Segundo Silva et al. (2007), a taxa normal de excreção de albumina em 24 
horas é de 20 mg, onde a taxa persistente 30 a 300 mg/dia é chamada de 
microalbuminúria (MA). 
A coleta de urina 24 horas é o método quantitativo padrão para a detecção de 
microalbuminúria, embora também possa ser detectada na primeira micção do dia, 
sendo um método qualitativo. (SILVA et al, 2007). 
Ainda segundo Silva et al (2007), a microalbuminúria representa a 
manifestação clínica mais precoce da nefropatia, sendo assim sua dosagem passou 
a ser recomendada para sua avaliação inicial e acompanhamento para pacientes 
Hipertensos. 
A principal forma de evitar ou retardar o aparecimento da nefropatias é a 
prevenção através do teste de microalbuminúria. O filtro glomerular em estado 
normal filtra somente peptídeos e proteínas com peso molecular de até 60 mil 
daltons. Como a albumina é uma proteína de alto peso molecular (60 mil daltons), 
seu aparecimento na urina caracteriza uma lesão glomerular, devendo ser 
considerado um marcador precoce da lesão glomerular renal. (ALMEIDA, 2001). 
Quando a doença ainda está no estágio de liberação de albumina em 
pequena quantidade, ela é considerada uma nefropatia incipiente e é nesta fase que 
deve ocorrer uma intervenção com terapias, para que a nefropatia franca 
(macroalbuminúria) não se instale, pois uma vez estabelecida a probabilidade de 
evoluir para uma doença renal terminal é muito grande. (MURUSSI, 2003) 
Ainda segundo Silva (2007), há três limitações para a dosagem de 
microalbuminúria, dentre eles exercícios rigorosos, os quais podem causar aumento 
 
 
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transitório na excreção de albumina, pode haver alteração durante o dia entre coleta 
de uma única micção e a coleta de 24 horas, sendo melhor realizar a coleta no meio 
da manhã, e em homens caquéticos e em homens muito musculosos a relação 
albumina/creatinina diminui se a excreção de creatinina for muito diferente do valor 
estimado. 
 A microalbuminúria em não diabéticos parece ser um sinal dos rins de que a 
vasculatura, principalmente do endotélio, não está funcionando adequadamente. 
Esse fato pode ser comprovado pelas seguintes evidências: vasodilatação em 
resposta a alguns estímulos está reduzida em indivíduos idosos normais com 
microalbuminúria quando comparados aos que não apresentam microalbuminúria; 2) 
entre os hipertensos não-diabéticos, aqueles com microalbuminúria apresentaram 
níveis mais elevados do fator de von Willebrand do que aqueles sem 
microalbuminúria; como o fator de von Willebrand tem sido associado a trombose 
oclusiva, o aumento desse fator pode contribuir para o aumento da doença 
cardiovascular. Entre os hipertensos não diabéticos, a microalbuminúria está 
associada com maiores níveis de pressão, maiores níveis de colesterol e menores 
níveis de HDL (SILVA, 2007). 
A microalbuminúria é considerada um marcador independente de lesões em 
órgãos-alvo nos pacientes hipertensos e diabéticos. (GROSSLING, 1989). 
 De acordo com Alves (2004), em pacientes com doença renal e proteinúria 
negativa, deve ser pesquisada e quantificada a albuminúria, e em pacientes com 
risco de doenças renais, sendo esses diabéticos, hipertensos e aqueles com 
quadros de doença renal na família, deve ser realizada a pesquisa de albuminúria, 
sem que haja necessidade de quantificação. 
 Alves (2004), também relata que a albuminúria tem maior prevalência que 
proteinúria. Na grande maioria dos pacientes adultos com proteinúria a presença de 
albumina é identificada, porém em mais da metade dos indivíduos com 
microalbuminúria não se evidencia a presença de proteinúria. 
 A presença de microalbuminúria é fator de risco para o desenvolvimento de 
doença renal progressiva em pacientes diabéticos e em pacientes hipertensos. 
(ALVES, 2004). 
 Pouco se conhece sobre o mecanismo que une microalbuminúria e a doença 
cardiovascular. Entretanto, há um crescente suporte de que a microalbuminúria é um 
reflexo do processo arterial generalizado, que afeta o glomérulo, a retina e os 
 
 
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grandes vasos da íntima, simultaneamente. Sendo assim, o extravasamento de 
albumina pela membrana glomerular pode ser um marcador de aterosclerose pré-
clínica e ocorre devido, ou ao menos em parte, a um aumento na ultrafiltração 
glomerular de proteínas (CHELLIAH et al., 2002). 
Mattix et al. (2002) também verificaram em seu estudo que a concentração de 
creatinina urinária difere entre homens e mulheres e entre diferentes grupos raciais. 
Dessa forma, a padronização da albumina urinária pela creatinina pode subestimar a 
microalbuminúria em indivíduos com grande quantidade de massa muscular e 
certamente em alguns grupos raciais, ou ainda, superestimar em indivíduos com 
reduzidas quantidades de massa muscular. 
A microalbuminúria relaciona-se com inúmeras variáveis demográficas e 
clínicas como idade, sexo, raça, hiperglicemia, hiperlipidemia, hiperinsulinemia, 
como uma expressão da resistência a insulina, hipertensão, obesidade, hipertrofia 
ventricular esquerda, tabagismo, hábito alimentar, entre outras. (MARTINEZ et al., 
2001) 
 Praticamente todos os fatores de risco cardiovasculares estão relacionados à 
microalbuminúria (Quadro III). Estes fatores, porém, não explicam por completo as 
discrepâncias existentes, levando ao fortalecimento de hipóteses de que outro fator 
ainda desconhecido poderia ser mais importante na patogênese da microalbuminúria 
e sua relação com as doenças cardiovasculares (GRIPPA, 2002). 
Além disso, recentes dados apoiam a microalbuminúria como um marcador 
de prognóstico para o risco cardiovascular e /ou renal (ROEST et al., 2001). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro III - Fatores de risco cardiovasculares comuns a microalbuminúria 
 
Obesidade central 
 
 
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Resistência a insulina 
 
Baixos níveis de LDL-colesterol 
 
Elevados níveis de triglicerídeos 
 
Hipertensão sistólica 
 
Ausência de redução na pressão arterial noturna 
 
Sensibilidade ao sal 
 
Sexo masculino 
 
Aumento no estresse oxidativo cardiovascular 
 
Função endotelial prejudicada 
Perfilde coagulação / fibrinolítico anormal 
Adaptado: Sowers et al., 2001 
 
 
MICROALBUMINÚRIA E HIPERTENSÃO 
 
 O termo microalbuminúria significa a excreção urinária de albumina anormal, 
subclínica, a qual não é detectável pelos métodos bioquímicos usuais, sendo assim 
por ser um marcador de lesão glomerular, passou a ser pesquisada em hipertensos 
para diagnóstico de lesão renal precoce. É potencialmente reversível: a detecção e o 
tratamento podem prevenir a evolução para nefropatia hipertensiva clínica. (CRUZ et 
al., 1998). 
 De acordo com Cruz (1998), a prevalência em hipertensos essenciais varia 
consideravelmente na literatura, entre 5% e 47%. A fisiopatologia é multifatorial, 
 
 
 17 
dependendo de maior passagem transcapilar glomerular de albumina, e/ou lesões 
estruturais glomerulares, e/ou alterações tubulares, podendo ser influenciada 
também por fatores genéticos e raciais. 
 Vibert (1982), dizia que termo microalbuminúria foi introduzido, para designar 
a excreção urinária de albumina anormal, mas subclínica, ou seja, aquela que não é 
detectável pelos métodos bioquímicos usuais, mas apenas por outras técnicas, 
como radioimunoensaio, nefelemetria ou imunoturbidimetria. 
 Parving et al (1974), demonstraram que hipertensos essenciais 
insuficientemente tratados, apresentavam altas excreções urinárias de albumina em 
nível subclínico, que em um dos grupos alcançou o valor médio de 87 mg/24 horas, 
enquanto hipertensos efetivamente tratados apresentavam valores semelhantes aos 
dos indivíduos normais, significando prevalência de microalbuminúria de zero. 
 Pedersen e Mogensen (1976) confirmaram os resultados anteriores, 
observando a resposta de 20 hipertensos tratados durante 4 a 8 semanas com 
hidralazina. Dez pacientes responderam bem ao tratamento, reduzindo a pressão 
diastólica para menos de 100mmHg e 10 responderam insuficientemente, mantendo 
a pressão diastólica acima de 100 mmHg. O primeiro grupo apresentava excreção 
urinária de albumina média de 9,2 μg/min antes do tratamento, reduzindo-a para 5,2 
μg/min com o tratamento anti-hipertensivo. O segundo grupo apresentava excreção 
urinária de albumina média de 62,2 μg/min, que foi reduzida para 27 μg/min com o 
tratamento. 
Parving et al (1974) concluíram desta forma que pacientes insuficientemente 
tratados apresentam maiores excreções urinárias de albumina que os efetivamente 
tratados; o tratamento anti-hipertensivo reduz significativamente a excreção urinária 
de albumina; a responsividade ao tratamento se correlaciona com os níveis de 
excreção urinária de albumina pode ser usado como preditivo da resposta ao 
tratamento anti-hipertensivo. 
A intensidade da microalbuminúria varia com o grau da hipertensão e com 
seu controle, sendo menos prevalente na hipertensão bem controlada. 
(MONGENSEN, 1994) 
 O tratamento anti-hipertensivo de qualquer tipo reduz a excreção anormal de 
albumina, onde verificou-se que agentes de ação diversa, como inibidor da enzima 
de conversão da angiotensina, betabloqueador (metoprolol), alfabloquedor 
(doxazosin) e bloqueador de canal de cálcio (felodipina), demonstraram efeito 
 
 
 18 
redutor semelhante sobre a excreção urinária de albumina, relacionando-o ao efeito 
anti-hipertensivo. Entretanto, quanto a melhor efetividade dos diferentes agentes 
hipotensores sobre a microalbuminúria, ainda se encontram observações 
divergentes. (ERLEY et al., 1993). 
Ruilope (1994) demonstrou através de estudos que os inibidores da enzima 
de conversão da angiotensina exibem maior capacidade de reduzir a 
microalbuminúria que outras drogas. A melhora da microalbuminúria induzida pelos 
inibidores da ECA depende da redução da pressão intraglomerular, atribuível à 
diminuição da resistência arteriolar eferente. Em contraste com os inibidores da 
ECA, os antagonistas do cálcio dilatam tanto a arteríola eferente como a aferente e, 
por isso, não modificam a pressão intraglomerular avaliada pela fração de filtração, 
nem a microalbuminúria. 
Fatores genéticos estão também envolvidos no desenvolvimento de 
microalbuminúria em hipertensos, pois algumas crianças, filhas de pais hipertensos, 
apresentam excreção urinária aumentada de albumina, indicando que alterações 
discretas da função renal podem preceder o início clínico da hipertensão. (FLISER et 
al.,1993). 
Segundo Gerber (1992), fatores raciais também devem ser determinantes, 
pois de acordo com estudos realizados, a presença de excreções elevadas de 
albumina foi cinco vezes maior em não brancos, principalmente em hispânicos. 
 Um estudo realizado por Stamm (2007) no Ambulatório de Clínica Médica do 
Serviço de Medicina Interna e no Ambulatório de Cardiologia de um Hospital 
Universitário na Região Sul do Brasil, no período de abril a agosto de 2006, fez a 
análise estatística de hipertensos em tratamento analisando os seguintes critérios: 
tabagismo, sedentarismo, obesidade, dislipidemia. Os resultados obtidos mostram 
que não houve muita diferença estatística quando comparado normoalbuminuricos e 
microalbuminúricos. (Tabela 2) 
 
 
Tabela 2 – Perfil Clínico – Hipertensos em tratamento e microalbuminúria 
 Grupo NA (n=132) Grupo MA (n=21) 
 
 
 19 
Tabagismo (%) 39 6 
Sedentarismo (%) 78 10 
Obesidade (%) 42 5 
Dislipidemias (%) 46 11 
NA – normoalbuminúria; MA – microalbuminúria; DP – desvio-padrão; PAS – pressão arterial sistólica; 
PAD – pressão arterial diastólica; HAS – hipertensão arterial sistêmica; *: As análises realizadas 
foram o teste do qui-quadrado para análise de proporções e teste F para análise de variância. 
 
 
Tem se observado fortes evidências de uma relação independente entre a 
excreção de albumina urinária e os níveis de pressão arterial diastólica (Redon et al., 
1994), pressão de pulso e hipertensão sistólica isolada (Pedrinelli et al., 2000; Cirillo 
et al., 2000), porém não há uma uniformidade entre os estudos da associação direta 
com os níveis de pressão arterial. 
Já se reconhece a associação da microalbuminúria com o aumento de 
mortalidade de todas as causas entre os indivíduos hipertensos, podendo esta ser 
um marcador de prognóstico ruim. Em relação à incidência e à mortalidade 
cardiovascular, esta vem apresentando uma correlação independente da presença 
de outros importantes fatores de risco, como hipercolesterolemia, tabagismo e 
hipertensão. Todavia, ainda é sugerida a relevância clínica da microalbuminúria 
como um forte indicador de risco entre os indivíduos hipertensos (Jager et al., 1999). 
Ressalta-se então que o tratamento anti-hipertensivo, independentemente da 
classe, é capaz de reduzir a microalbuminúria; todavia, alguns estudos têm 
demonstrado que os inibidores da ECA têm uma capacidade maior em reduzir a 
microalbuminúria no hipertenso (Lima & Guimarães, 2000). 
A pressão arterial correlaciona-se positivamente com o nível de albumina 
urinária (Grippa, 2002). Atualmente, é reconhecido que a microalbuminúria pode ser 
detectada em aproximadamente 40% da população hipertensa não tratada, tendo 
sua prevalência um aumento crescente com a idade, duração e severidade da 
hipertensão (RUILOPE, 1997). 
 
 
 20 
Foi encontrada uma taxa de incidência de microalbuminúria para pacientes 
em tratamento hipertensivo, num valor de 4,1 por 100 pacientes/ano e verificaram 
que os principais fatores que influenciam na ocorrência de microalbuminúria durante 
tratamento com anti-hipertensivo são os valores iniciais de microalbuminúria, os 
níveis da pressão sistólica e a glicemia de jejum. Assim, tornam-se fundamental o 
alcance tanto do melhor controle da pressão arterial, quanto da glicose para evitar a 
microalbuminúria. Por conseguinte,para prevenção da ocorrência da 
microalbuminúria, a pressão arterial precisa ser reduzida o máximo possível e os 
fatores que prejudicam o metabolismo de glicose, controlados (REDON et al., 2002). 
 
 
MÉTODO DE IMUNOTURBIDIMETRIA 
 
 Ensaios específicos são necessários para detectar microalbuminúria, pois os 
ensaios convencionais para detecção de proteínas urinárias não são suficientemente 
sensíveis para detectar os níveis reduzidos de albumina na urina neste estágio da 
ND. A técnica mais utilizada e a imunoturbidimetria (IT), que se baseia na formação 
de um complexo antígeno-anticorpo, utilizando um anticorpo específico para a 
albumina humana.(GROSS et al., 2005) 
 As mudanças de kits ou métodos muitas vezes se fazem necessárias na 
rotina do laboratório clínico. E imprescindível que se proceda a validação adequada 
desses novos métodos para que erros ou diferenças significativas nos resultados 
dos exames laboratoriais sejam evitados, garantindo a correta classificação da ND e, 
consequentemente, o manejo clínico e terapêutico adequado dos pacientes. 
(WENDLAND et al., 2007) 
 A imunoturbidimetria apresenta alguns componentes essenciais para a sua 
realização: o tampão é um reagente que proporciona condições ótimas de reação, 
os anticorpos ou antígenos, ligados ou não à partículas de látex, determinam a 
sensibilidade e a especificidade do método, os calibradores estabelecem a relação 
entre concentração e a resposta em absorbância, e os controles verificam desvios 
da calibração. (BOCHENEK, 2007). 
 Este é um ensaio imunométrico, o qual utiliza a imunoprecipitação e a 
dispersão da luz para quantificar os analitos presentes no soro. A formação desses 
 
 
 21 
imunoprecipitados provoca turvação do meio, levando a diminuição da intensidade 
do feixe de luz incidente que atravessa essa solução (BOCHENEK, 2007). 
Ao entrar em contato com microalbuminúria esses anticorpos se ligam a essa 
proteína, provocando a reação de imunoprecipitação. Isso faz com que a solução 
fique com uma turbidez diretamente proporcional à concentração do analito no soro. 
Um feixe de luz, num comprimento de onda de 546 nm, ao ser incidido na reação, 
sofre dispersão, o que provoca a diminuição de sua intensidade. Um fotodetector 
mede a absorbância da luz que atravessou a cubeta de reação. Por comparação 
com as absorbâncias e concentrações conhecidas da curva de um calibrador, é 
possível determinar, quantitativamente, a microalbuminúria na amostra ensaiada 
(SKOOG et al., 1992; BIOTÉCNICA, 2007). 
 Essa metodologia apresenta muitas vantagens, pois não necessita de 
instrumentos específicos, pode ser utilizada por vários analisadores automáticos, 
inclusive nos de bioquímica, facilita o fluxo de trabalho, otimiza o volume de amostra 
necessário para a realização de exames, possui bom desempenho analítico e 
operacional, com um custo reduzido (BORQUE et al., 1999; GÓMEZ et al., 2000). 
 Existem, também, alguns fatores limitantes nesta técnica. Isso se deve ao fato 
de que pode acontecer efeito pró-zona, no qual o excesso de antígeno na amostra 
leva a um resultado falsamente diminuído deste analito (Efeito Hook) (BOCHENEK, 
2007). 
 Nem sempre os anticorpos utilizados nos reagentes possuem especificidades 
e afinidades para somente um tipo específico de antígeno, podendo, em alguns 
casos, realizar reação cruzada com outros componentes como, por exemplo, os 
anticorpos heterófilos. Isso pode provocar resultados mais elevados do que 
deveriam ser. A lipemia é outro fator limitante, pois como o resultado da 
imunoturbidimetria depende do grau de turbidez da reação, uma amostra muito 
lipêmica poderia gerar resultados falsamente aumentados (SELBY, 1999). 
A IT método utiliza partículas de látex revestidas por anticorpos específicos 
humana. Ao entrar em contato com a albumina, esses anticorpos se ligam a essa 
proteína, provocando a reação de imunoprecipitação. Isso faz com que a solução 
fique com uma turbidez diretamente proporcional à concentração do analito no soro. 
Um feixe de luz, num comprimento de onda de 546 nm, ao ser incidido na reação, 
sofre dispersão, o que provoca a diminuição de sua intensidade. Um fotodetector 
mede a absorbância da luz que atravessou a cubeta de reação. Por comparação 
 
 
 22 
com as absorbâncias e concentrações conhecidas da curva de um calibrador, é 
possível determinar, quantitativamente, a proteína na amostra ensaiada (Figura 1). 
(SKOOG et al., 1992; BIOTÉCNICA, 2007). 
 
 
 
 
Figura 1 – Esquema do método de Imunoturbidimetria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 29 
 
ARTIGO 
 
Microalbuminúria em pacientes hipertensos da cidade de Santa Helena – 
Paraná: prevalência e fatores de risco 
Microalbuminuria in hypertensive patients in the city of Santa Helena - Paraná: 
prevalence and risk factors 
Katiane Lowe e Leyde Daiane de Peder 
Estudo Realizado Para Trabalho de Conclusão de Curso de Farmácia da Faculdade 
Assis Gurgacz. 
RESUMO 
Introdução: A Hipertensão arterial sistêmica é considerada, uma doença e um fator 
de risco que representa um grande desafio para a saúde pública no Brasil, podendo 
ainda ser considerada uma causa frequente de doença renal crônica tendo a 
proteinúria como um marcador de doença renal. Aumentos ou decréscimos no valor 
de proteinúria são importantes marcadores do prognóstico renal do paciente. Dessa 
forma, em pacientes com doença renal, a pesquisa de proteinúria constitui um 
elemento importante no diagnóstico e no acompanhamento. Métodos: A pesquisa é 
descritiva e explorativa, onde foram selecionados aleatoriamente pacientes de uma 
clinica particular da cidade de Santa Helena –PR, onde foram solicitados aos 
pacientes que coletassem a primeira urina da manhã para que possa ser realizado a 
análise de microalbuminúria. Resultados e discussão: Dos 69 pacientes estudados 
observou-se que 63 (91,30%) apresentaram valores inferiores a 29 mg/L, 
considerando assim normoalbuminúria, 5 (7,24%) apresentaram valores entre 30 a 
299 mg/L sendo considerado como microalbuminúria e 1 (1,44%) apresentou valor 
superior a 300 mg/L sendo macroalbuminúria. Bastos (2010), relatou em seu estudo 
sobre Doença Renal Crônica que mais de 75% dos pacientes que são portadores de 
Hipertensão Arterial são suscetíveis a desenvolverem problemas renais com o 
tempo. Conclusão: Sendo assim a microalbuminúria é o melhor teste realizado para 
verificar nefropatias, porém, não se pode afirmar somente com este diagnóstico que 
realmente existe lesão renal, pois pode apresentar alterações nos exames devidoa 
 
 
 30 
vários fatores sendo necessário um acompanhamento dos pacientes, juntamente 
com a repetição do exame. 
Palavras-chave: Microalbuminúria, Hipertensão Arterial, Nefropatia. 
ABSTRACT 
 
Introduction: Hypertension is considered a disease and a risk factor that represents 
a major challenge to public health in Brazil and could still be considered a frequent 
cause of chronic kidney disease with proteinuria as a marker of kidney disease . 
Increases or decreases in the amount of proteinuria are important markers of renal 
prognosis of the patient. Thus , in patients with renal disease , the research of 
proteinuria is an important element in the diagnosis and monitoring. Methods : The 
study is descriptive and exploratory , which were randomly selected patients from a 
private clinic in the city of Helena - PR , where patients were asked to coletassem the 
first morning urine so it can be carried out the analysis of microalbuminuria . Results 
and Discussion: Of the 69 patients studied, we observed that 63 (91.30%) had 
values less than 29 mg/L , thus considering normoalbuminuria , 5 (7,24%) had values 
between 30-299 mg/L is considered and microalbuminuria and 1 (1,44 %) showed a 
value exceeding 300 mg/L with macroalbuminuria . Bastos (2010) reported in their 
study of chronic kidney disease that over 75 % of patients who are suffering from 
Hypertension are likely to develop kidney problems over time . Conclusion: Thus 
microalbuminuria is the best test done to check kidney diseases, however, can not 
be said that only with this diagnosis really exists kidney injury , because it can show 
changes in the exams due to several factors necessitating monitoring of patients , 
along with repeat testing . 
Keywords: Microalbuminuria, Hypertension, Nephropathy 
.___________________________ 
Endereço para correspondência: 
Katiane Lowe 
Av. das Torres 186 
85806-096, FAG, Cascavel, PR, Brasil 
E-mail: katianee_lowe@hotmail.com 
 
 
 31 
 
INTRODUÇÃO 
 
A Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é considerada, ao mesmo tempo, uma 
doença e um fator de risco que representa um grande desafio para a saúde pública 
no Brasil, pois as doenças cardiovasculares constituem a primeira causa de mortes 
no país. A cada ano, morrem 7,6 milhões de pessoas em todo o mundo devido à 
hipertensão, sendo que 80% dessas mortes ocorrem em países em processo de 
desenvolvimento como o Brasil, outro dado que se tem é que mais da metade das 
vítimas têm entre 45 e 69 anos.¹ 
Em pessoas com idades mais avançadas, a hipertensão pode ser um fator 
relacionado ao próprio envelhecimento fisiológico associado a cada pessoa, neste 
caso, ocorre o desenvolvimento de processos ateroscleróticos nos grandes vasos e 
arteríolas, ocasionando perda da distensibilidade e elasticidade, o que faz com que 
se perca a velocidade da onda de pulso no bombeamento sanguíneo. A rigidez 
gerada na parede dos vasos normalmente acarreta em aumento da pressão sistólica 
e o aumento da velocidade da onda de pulso mantem a pressão arterial diastólica 
em valores normais, ou diminuindo-a. Isso pode definir como adequados preditores 
de eventos cardiovasculares no idoso.² 
O diagnóstico da Hipertensão Arterial se dá única e exclusivamente a partir de 
aferições consecutivas da pressão arterial onde se detectam os níveis 
permanentemente elevados, neste caso acima dos limites considerados de acordo 
com a normalidade, portanto, a aferição da pressão arterial é um elemento-chave 
que requer técnica e precisão para se estabelecer um diagnóstico adequado.³ 
A hipertensão arterial pode ser considerada uma causa frequente de doença 
renal crônica, isso, quando ocorre a transmissão da hipertensão sistêmica para o 
glomérulo, determinando lesão no capilar glomerular.4 
O rim é um órgão é fundamental para o organismo por possuir funções 
caracterizadas de filtração, reabsorção, além de funções endocrinológicas e 
metabólicas. Porém, sua função primordial é a manutenção da homeostasia, 
regulando o meio interno principalmente devido à reabsorção de substâncias e íons 
e a excreção de outras substâncias.5 
 
 
 32 
A proteinúria é um marcador de doença renal e constitui um fator de risco 
independente para a sua progressão. Aumentos ou decréscimos no valor de 
proteinúria (ou albuminúria) são importantes marcadores do prognóstico renal do 
paciente. Dessa forma, em pacientes com doença renal, a pesquisa de proteinúria 
constitui um elemento importante no diagnóstico e no acompanhamento.6 
O mecanismo mais aceitável para o desenvolvimento de lesão glomerular, é 
devido ao aumento da pressão capilar nos glomérulos, devido a uma vasodilatação 
pré-glomerular e uma vasoconstrição pós-glomerular. A vasoconstrição é controlada 
pelo sistema renina-angiotensina, o qual produz angiotensina ll, diminuindo a 
produção de renina fazendo com que ocorra o aumento da permeabilidade da 
membrana glomerular, o que juntamente com a hiperfiltração acarreta em aumento 
na excreção de albumina na urina.7 
A quantificação da proteinúria (ou albuminúria) é importante no diagnóstico, 
indicação terapêutica e prognóstico da doença renal, sendo que quanto maior for a 
proteinúria mais rápida é a perda de função renal.6 
A microalbuminúria relaciona-se com inúmeras variáveis demográficas e 
clínicas como idade, sexo, raça, hiperglicemia, hiperlipidemia, hiperinsulinemia, 
como uma expressão da resistência a insulina, hipertensão, obesidade, hipertrofia 
ventricular esquerda, tabagismo, hábito alimentar, entre outras.8 
O tratamento anti-hipertensivo de qualquer tipo reduz a excreção anormal de 
albumina, onde verificou-se que agentes de ação diversa, como inibidor da enzima 
de conversão da angiotensina, betabloqueadores (metoprolol), alfabloquedores 
(doxazosin) e bloqueadores de canal de cálcio (felodipina), demonstraram efeito 
redutor semelhante sobre a excreção urinária de albumina, relacionando-o ao efeito 
anti-hipertensivo. Entretanto, quanto a melhor efetividade dos diferentes agentes 
hipotensores sobre a microalbuminúria, ainda se encontram observações 
divergentes. 9 
Desta forma, ressalta-se a importância de detectar a presença de 
microalbuminúria de maneira a se tomar medidas que retardem ou previnam a 
evolução de uma nefropatia. Com isso, mostra-se a importância de realizar esse 
estudo em pacientes hipertensos, com o objetivo de detectar presença ou ausência 
de microalbuminúria nos mesmos. 
 
 
 
 33 
MATERIAIS E MÉTODOS 
A presente pesquisa é de caráter descritivo e exploratório. O cálculo da 
amostra representativa foi realizado baseado no número de hipertensos existentes 
na cidade de Santa Helena- PR, no ano de 2013, através da fórmula √ n+1. Dessa 
forma, a amostra foi constituída por 69 pacientes que fazem atendimento médico em 
uma clínica particular, com idade entre 30 a 80 anos, residentes na cidade. Após a 
aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da 
Faculdade Assis Gurgacz, o termo de consentimento livre e esclarecido foi assinado 
pelos voluntários, assim foram coletadas alíquotas de urina para determinação do 
albuminúria. As dosagens foram realizadas pelo método de imunoturbidimetria 
através do aparelho AU 680 - Beckman Coulter, em um laboratório particular na 
cidade de Cascavel - PR. Como instrumento de pesquisa foi utilizado questionário 
referente ao estilo de vida dos participantes e instruiu-se os pacientes a evitar a 
prática de atividades físicas, cuidar na alimentação, não ter relação sexual no dia da 
coleta, bem como realizar adequadamente a higiene dos órgãos genitais. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
A microalbuminúria é utilizadapara designar a excreção urinária da albumina 
anormal, ou seja, aquela que não é detectável pelos métodos bioquímicos usuais, e 
sim com técnicas específicas.10 
As amostras foram analisadas em um Laboratório de Análises Clínicas da 
cidade de Cascavel – PR, onde o aparelho AU680 da Beckman Coulter adota como 
valores de normoalbuminúria resultados inferiores a 29 mg/L, microalbuminúria 
valores entre 30 a 299 mg/L e macroalbuminúria valores acima de 300 mg/L, 
conforme Tabela 1. 
 
Tabela 1- valores de referência adotados pelo aparelho AU680. 
AU680 
Beckmancoulter 
Normoalbuminúria Microalbuminúria Macroalbuminúria 
 
 
 
 < 29.0mg/L 30 a 299mg/L >300mg/L 
 
 
 
 
 34 
Os participantes da pesquisa apresentavam idade entre 30 a 80 anos, e a 
média de idade foi de 55 anos. A Figura 1 expressa em porcentagem os pacientes 
divididos pela faixa etária. Dentre os mesmos, 26 (37,68%) eram do sexo masculino 
e 43 (62,31%) do sexo feminino, todos portadores de hipertensão arterial. 
 
 
Figura 1. Porcentagem dos pacientes divididos pela faixa etária. 
 
Em um estudo realizado por Jardim (2007), pode-se verificar que existe uma 
associação entre a hipertensão arterial e a idade, evidenciando que na sociedade 
em desenvolvimento ao lado da longevidade da população ocorre uma agregação 
de outros riscos que terminam por comprometer a qualidade de vida dos idosos.11 
Bastos (2010), relatou em seu estudo sobre Doença Renal Crônica que mais 
de 75% dos pacientes que são portadores de Hipertensão Arterial são suscetíveis a 
desenvolverem problemas renais com o tempo, assim como percebeu que pacientes 
acima de 60 anos apresentam função renal diminuída aumentando a prevalência de 
doença renal crônica.4 
 Ao aplicar o questionário aos pacientes pode-se observar que dos 69 
pacientes que participaram da pesquisa, 49 (71,01%) são portadores de hipertensão 
arterial a mais de 10 anos, e 20 (28,98%) são portadores a menos de 10 anos. 
Dos 69 pacientes estudados observou-se que 63 (91,30%) apresentaram 
valores inferiores a 29 mg/L de albuminúria, considerados assim, com 
normoalbuminúria, 5 (7,24%) apresentaram valores entre 30 a 299 mg/L sendo 
 
 
 35 
considerados como portadores de microalbuminúria e 1 (1,44%) apresentou valor 
superior a 300 mg/L, considerado com macroalbuminúria. 
Dos pacientes que apresentaram normoalbuminúria, 45 (65,21%) são 
portadores de hipertensão a mais de 10 anos e 18, (26,08%) são portadores de 
hipertensão a menos de 10 anos. Entre os pacientes que apresentaram 
microalbuminúria, 3 (4,34%) são hipertensos a mais de 10 anos e 2 (2,89%) são 
hipertensos a menos de 10 anos. Somente 1 (1,44%) paciente apresentou 
macroalbuminúria, e este é portador de hipertensão a mais de 10 anos. A Tabela 2 
mostra uma relação entre a microalbuminúria, normoalbuminúria e macroalbuminúria 
e o tempo que os pacientes são portadores de hipertensão arterial. 
 
Tabela 2. Normoalbuminúria, Microalbuminúria e Macroalbuminúria em relação ao 
tempo em que os pacientes são portadores de Hipertensão Arterial. 
Tempo de 
Hipertensão 
Arterial 
Normoalbuminúria 
(Pacientes) 
% Microalbuminúria 
(Pacientes) 
% Macroalbuminúria 
(Pacientes) 
% 
Mais de 10 
anos 
45 65,21 3 4,34 1 1,44 
Menos de 
10 anos 
18 26,08 2 2,89 0 0 
 
Das 69 amostras analisadas, 9% apresentaram albumina na urina 
(macroalbumninúria e microalbuminúria), conforme demonstrado na Figura 2. 
 
 
 
 36 
 
Figura 2. Amostras analisadas que apresentaram albumina na urina, expressa em porcentagem. 
Com base no questionário observou-se também que 38 (55,07%) dos 
pacientes além da medicação indicada pelo médico também praticam algum tipo de 
atividade física e cuidam na alimentação, 19 (27,53%) além da medicação fazem 
alguma atividade física, porém não cuidam da alimentação e 12 (17,39%) tratam a 
hipertensão apenas com os medicamentos. 
Dos 38 (55,07%) que utilizam medicamentos, fazem atividade física, e cuidam 
da alimentação, observou-se presença de microalbuminúria em 3 (7,89%). Dos 19 
(27,53%) que faz atividade física e tomam medicamentos para hipertensão, 
observou-se presença de microalbuminúria em 2 (10,52%) pacientes. Entre os 
pacientes que relataram tratar a hipertensão apenas com medicamentos não foi 
encontrada alteração nos resultados das análises realizadas. Na Tabela 3 pode-se 
observar uma relação entre a maneira utilizada pelos pacientes para controlar a 
hipertensão arterial, observando presença ou ausência de microalbuminúria nas 
análises realizadas. 
Stamm e Cols (2007) observaram em um estudo realizado, que dentre vários 
fatores que podem aumentar a excreção urinária de albumina, o exercício físico, 
bem como alguma infecção do trato urinário, insuficiência cardíaca, entre outros, 
podem exercer importante papel.12 Dessa forma, pode haver alguma relação entre 
os pacientes que praticam algum tipo de atividade e a presença de microalbumina 
encontrada nas amostras analisadas. 
 
 
 37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 3. Relação entre as formas que os pacientes utilizam para controlar a 
hipertensão, levando em consideração presença ou ausência de microalbumina nas 
amostras analisadas. 
 
Forma de tratamento 
utilizado pelo 
paciente 
 
 
Pacientes 
 
% 
 
Pacientes que 
apresentaram 
microalbuminúria 
 
% 
 
Pratica atividade 
física, toma 
medicamentos e 
cuida da alimentação 
 
 
 
38 
 
 
55,07 
 
 
3 
 
 
7,89 
Pratica atividade 
física e cuida da 
alimentação 
 
19 27,53 2 10,52 
Somente toma 12 17,39 0 0 
 
 
 38 
medicamento 
 
 Outra questão importante a ser ressaltada, é que os 69 pacientes fazem 
acompanhamento médico com frequência, para verificar se a pressão arterial está 
controlada e se os medicamentos estão fazendo o efeito desejado. 
Estudos realizados a mais de duas décadas, esclarecem a relação entre a 
microalbuminúria, o tratamento anti-hipertensivo e a gravidade da hipertensão 
arterial, neste estudo foi demonstrado que hipertensos essenciais insuficientemente 
tratados apresentavam altas excreções urinárias de albumina, enquanto hipertensos 
efetivamente tratados apresentavam valores semelhantes aos dos indivíduos 
normais.13 Parving e Mogensen 1974 confirmaram os resultados anteriores, 
observando a resposta de 20 hipertensos tratados durante 4 a 8 semanas como um 
anti-hipertensivo. 14 
A obesidade está diretamente relacionada ao aumento da pressão arterial. 
Frases (1986) analisou um grande numero de variáveis associadas a hipertensão 
arterial, entre as quais a obesidade, considerada por ele, como a mais importante. 
Kennel (1990) acredita inclusive que o aumento da pressão arterial com a idade 
esteja relacionado também ao aumento de peso em indivíduos com idade 
avançada.15 
Entre os 69 pacientes que participaram da pesquisa, observou-se que 15 
(21,73%) estavam acima do peso, sobretudo 2 (13,33%) destes apresentaram 
alteração de microalbuminúria nas análises realizadas. 
Bortolotto (2008) observou que a prevalência de hipertensão, determinada por 
ocasião da detecção da doença renal, aumenta progressivamente à medida que a 
função renal vai deteriorando, de tal forma que na fase terminal ou dialítica de 
insuficiência renal crônica a quase totalidade dos nefropatas é hipertensa. 16 
 Todos os pacientes foram orientados sobre como proceder a coleta e 
também foram informados sobre os interferentes, contudo, não é possível garantir 
que essa tenha ocorrido de maneira correta. Desta forma, pacientesque 
apresentaram valores de microalbuminúria e macroalbuminúria, são possíveis 
portadores, ou possíveis futuros portadores de lesão renal, no entanto, para a 
confirmação, é necessária nova realização do exame para garantia de um resultado 
correto. 
 
 
 39 
 Contudo, a pesquisa de albumina na urina é de total importância para 
auxiliar no diagnóstico precoce de nefropatia, assim, quando ainda a excreção da 
albumina é pequena (microalbuminúria), pode-se intervir clinicamente através de 
terapêutica medicamentosa e comportamental, para que o caso não evolua para 
uma nefropatia franca com macroalbuminúria, pois de acordo com Sodré (2007) 
quando ocorre esta evolução, há maiores probabilidades da patologia evoluir para 
uma doença renal crônica. 
 
 
CONCLUSÃO 
 Em pacientes hipertensos há um risco aumentado de doença renal, dessa 
forma a dosagem de albumina na urina deve ser adotada como um ponto crítico 
para a adoção de medidas preventivas a fim de reduzir o risco de nefropatias. 
 Sendo assim, a microalbuminúria é o melhor teste realizado para verificar e 
prevenir nefropatias, porém, não se pode afirmar somente com este diagnóstico que 
realmente existe lesão renal, pois alterações nos exames podem ser verificadas 
devido a vários fatores, como prática de atividade física exagerada, relação sexual 
no dia da coleta, entre outros, o que leva a perceber que é necessário um 
acompanhamento dos pacientes, juntamente com a repetição do exame. 
 Contudo, sendo comprovada a possibilidade de existir uma lesão renal em 
pacientes que apresentam microalbuminúria, este exame torna-se de total 
importância servindo como um sinal de alerta para a prevenção de lesão renal. 
O presente estudo torna-se importante levando em consideração a presença 
de pacientes com micro e macroalbuminúria, exame o qual deve ser realizado com 
frequência para que não ocorra a evolução para uma doença renal crônica. 
 
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prevenivel e tratável. Universidade Federal de Juiz de Fora, 2009. 
 
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Renal: Um Desafio Laboratorial. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina 
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capital brasileira. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. São Paulo 2007. 
 
 
 
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patients with essential hypertension. Scand J Clin Lab Invest 1976. 
 
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 42 
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 43 
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disponíveis em foco e escopo./- Agradecimentos: devem ser breves e relacionados a assistência técnica, opiniões, 
bem como ao apoio financeiro para a pesquisa e bolsas de estudo. 
 
 
 44 
Tabelas e Quadros: devem ser inseridos o mais próximo possível do texto em que 
foram mencionados. O título deve figurar acima da tabela e/ou quadro e ser 
precedido da palavra Tabela e de seu número de ordem no texto (em algarismos 
arábicos). As tabelas devem ser compreensíveis e auto-explicativas. As abreviações 
devem ser definidas nas legendas. 
Ilustrações e fotos: devem ser inseridas o mais próximo possível do texto em que 
foram mencionados. O título deve estar localizado abaixo das figuras, precedido da 
palavra Figura e de seu número de ordem no texto (em algarismos arábicos). Defina 
todas as abreviações e símbolos usados na figura, mesmo se eles estiverem 
definidos no texto. As ilustrações e fotos devem ser coladas no texto com resolução 
de boa qualidade, e também enviadas em arquivos separados, em formato .jpg. As 
fotomicrografias devem incluir dados sobre a coloração e a ampliação no fim da 
legenda para cada parte da figura. Uma barra de ampliação deve ser adicionada a 
cada fotomicrografia. Caso não apareça nenhum marcador com escala na figura, a 
ampliação original deve ser informada na legenda. 
Referências: As referências bibliográficas devem ser digitadas em ordem numérica 
após a seção de agradecimentos. Numere as referências na ordem em que elas são 
citadas no texto pela primeira vez, usando algarismos arábicos entre parênteses. 
Duas ou mais referências devem ser separadas por vírgula sem espaço (1,5,7), três 
ou mais referências consecutivas devem ser separadas por um hífen (4-9) e duas ou 
mais referências consecutivas devem ser separadas por ponto e vírgula sem espaço 
(4-9;13-16). As referências devem ser elaboradas de acordo com a NBR 6023. 
Exemplos: 
-Artigo de Periódico: 
ABESSA, D.M.S.; SOUSA, E.C.P.M.; TOMMASI, L.R. Utilização de testes de 
toxicidade na avaliação da qualidade de sedimentos marinhos. Revista de 
Geologia, Fortaleza, v. 19, n. 2, p. 253-261, jul./dez. 2006. 
 -Livro: 
TAVARES, M. C. G. C. Imagem corporal: conceito e desenvolvimento. São Paulo: 
Manole, 2003. 
 
 
 45 
-Capítulo de livro com autoria própria: MOREIRA, A. A profissionalização da 
enfermagem. In: 
 OGUISSO, T. (Org.). Trajetória histórica e legal da enfermagem. São Paulo: 
Manole, 2005. p. 98-119. 
-Trabalho apresentado em evento: 
SIMÕES, G. S.; SILVA, J.; TOLEDO, A. S. Micobactérias não tuberculosas isoladas 
de pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida. In: CONGRESSO 
BRASILEIRO DE MICROBIOLOGIA, 17., Santos. Anais... Santos: EDITORA, 1993. 
p.41. 
-Teses e Dissertações: 
SILVA, M.A.B. Sistema de Classificação Fuzzy para áreas contaminadas. 2005. 
221f. Tese (Doutorado em Engenharia) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, 
Rio de Janeiro, 2005. 
-Documento em meio eletrônico: 
 SLATER, P. J. B.; JOANES, A. E. Timing of songs and distance call learning in 
zebra finches. Disponível em: <http://journals.ohaiolink.edu/etext/>. Acesso em: 22 
jul. 2004. 
 
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