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ENGENHARIA MECÂNICA Disciplina: MECÂNICA II Assunto: MOVIMENTO NO PLANO INCLINADO CONTEÚDO 1 - Introdução; 2 – Atrito, Conceito, Tipos, Aplicação; 3 – Força de Atrito; 4 - Coeficiente de Atrito; 5 – Movimento no Plano Inclinado; 6 – Aplicações no Plano Inclinado; 7 – Plano Inclinado e o Parafuso. MOVIMENTO NO PLANO INCLINADO Objetivo: Determinar o Coeficiente de Atrito a) ESTÁTICO; b) CINÉTICO. MOVIMENTO NO PLANO INCLINADO 1 - INTRODUÇÃO Quando se tenta colocar um objeto sólido em movimento ao apoiado sobre uma superfície sólida, percebe-se que há uma força contrária ao seu deslocamento, ou mesmo dificultando-o caso o movimento já tenha sido iniciado. Essa força é conhecida como: Força de Atrito de Contato. Por Que Ocorre Atrito? Por mais lisa que uma superfície possa parecer, microscopicamente ela apresenta irregularidades (rugosidades), de tal forma que quando há um contato entre 2 superfícies, este contato existe efetivamente somente entre alguns pontos. 2 - CAUSAS de ATRITO: Irregularidades das superfícies dificultam o deslizamento. - Forças de Adesão Corpos são de materiais são diferentes; - Força de Coesão Corpos são do mesmo material. 2 corpos pressionados um contra o outro: sempre estão presentes forças de contato (Normais N). 3ª Lei de Newton Ação e Reação. Em alguns corpos, formam-se verdadeiras soldas entre os pontos de contato. Para que uma superfície deslize sobre a outra é necessário quebrar tais soldas. Em alguns casos, as Forças de Atrito são úteis (embreagem, freio, alicate, correia e polias, abrir tampa de garrafa pet); Não andaríamos se não fosse o atrito entre as solas de nossos sapatos e o chão, pois escorregariam p/ trás como acontece quando andamos sobre um piso muito liso. Em outros casos, representam um grande obstáculo. Atrito nas partes móveis de máquinas é prejudicial (mancais). Por isso usa-se lubrificantes a fim de reduzi-los. Atrito Inconveniente Atrito nos Mancais do Virabrequim Atletas Aguardando Momento p/ Largada Atrito Possibilita Tração p/ Largada Atrito: Disco de Embreagem Atrito – Freio a Disco c/ Pastilha Atrito – Freio a Tambor c/ Lona Rebitada Atrito – Alicate de Pressão ATRITO ENTRE CORREIA E POLIA POSSIBILITA TRANSMISSÃO DE MOVIMENTO Atrito: Contato (Pressão) dos Dedos c/ a Tampa da Garrafa PET Atrito: Contato (Pressão) dos Dedos (impressão Digital) c/ o Botão de Ajustagem 02 – FUNDAMENTOS Qual É o Conceito de Rolamento? CORPOS RODAM MELHOR DO QUE DESLIZAM. ● Quando um corpo desliza no outro, o atrito entre eles causa uma força que tende a deixar o corpo deslizante mais lento. ● Quando duas superfícies giram uma sobre a outra, atrito é menor. Rodas de um carro são como grandes rolamentos. Se o carro tivesse algo como esquis no lugar das rodas, ele teria muito mais dificuldade em se deslocar nas estradas. Fa = * N Fa = ( * N) / R Fa não depende da área total das superfícies em contato, mas sim das áreas que efetivamente estão em contato (devido às rugosidades), as quais, por sua vez, independem da área total das superfícies em contato. Se um bloco retangular for apoiado sobre uma mesa pelo seu lado maior, a pressão exercida sobre os picos das saliências (que realmente fazem o contato) é menor do que se o bloco fosse apoiado pelo lado menor. Quando a superfície total em contato é maior (lado maior apoiado), os picos são pouco deformados; Quando a superfície total em contato é menor, os picos são mais deformados. Em ambos os casos a área real em contato é praticamente a mesma. Atrito representa um dos grandes obstáculos na realização de experiências que exijam grande precisão e repetibilidade. Saber como atua, do que depende e como dominá-lo é algo bastante importante para a realização de boas experiências. 3 - ATRITO – Força que se opõe ao movimento de uma superfície em relação a outra: Fa = . N - Coeficiente de Atrito em função da rugosidade da superfície do material considerado. N - Carga Normal em uma das superfícies. 3.1. TIPOS DE ATRITOS: 3.1.1. ATRITO SÓLIDO – Aquele que ocorre entre superfícies sólidas, podendo ser subdivididos em: ESTÁTICO – Ocorre antes do início do movimento de um corpo em atrito. CINÉTICO – Ocorre durante o movimento de um corpo em atrito. 3.1.2. ATRITO FLUÍDICO – Resistência interna ao movimento de um fluido (conhecido como viscosidade). Força de Atrito Fluídico, Quando a Superfície é um Líquido. Força de Atrito Fluídico, quando a superfície é um gás (Acoplamento Pneumático) A tentativa de deslizamento é para trás, pois o pneu força o chão neste sentido, logo, o atrito é para frente. Chamamos este atrito que é na mesma direção de movimento de atrito motor. A forma como a Fa é descrita não leva em conta o caráter microscópico do fenômeno, mas restringe-se às observações experimentais. Verifica-se experimentalmente que a Fa depende: da Força Normal N (ou de contato) entre os corpos; dos materiais de que são compostos os mesmos; da condição de rugosidade das superfícies em contato. A Fa pode ainda se classificada em: Força de Atrito Estático; Força de Atrito Cinético, conforme será visto a seguir. Se o bloco não se mover, conclui-se que a Fa deve ter o mesmo módulo, a mesma direção e o sentido contrário à força F. Com o bloco parado enquanto se manifestava esta força, ela é chamada de FORÇA DE ATRITO ESTÁTICO (F ae ) Sempre contrária à tendência de deslizamento entre as superfícies. No caso, o módulo de N é igual ao módulo de P = m.g. Assim, definimos: ATRITO ESTÁTICO – Coeficiente entre a Força F necessária para iniciar o movimento de um corpo, considerando o seu próprio Peso P. μ e = F ae /P Se continuar a empurrar o bloco, aumentando gradualmente o módulo da força F, haverá um momento em que o bloco se movimentará. Então: força F ultrapassou o valor de Fae. Quando o bloco entra em movimento, uma Força de Atrito, opondo-se a este movimento, continua a atuar. Esta força requerida p/ manter em deslizamento um corpo c/ determinado Peso P é denominada Força de Atrito Cinético, a qual é sempre menor que o Valor Máximo da Força de Atrito Estático (Fae > Fac). CARACTERÍSTICAS DA FORÇA DE ATRITO CINÉTICO É menor que a força de atrito estático para as mesmas superfícies; Independente das áreas de contato; Para velocidades não muito altas é independentes da velocidade; É proporcional à reação normal de apoio. Ao analisarmos o desempenho da frenagem de um veículo com ABS, observamos que há uma modulação da pressão, variando entre elevação, manutenção e redução da pressão, independentemente da força aplicada pelo motorista ao pedal de freio. Assim que o sistema de freios é pressionado, a unidade de comando detecta a iminência de travamento de uma das rodas e, automaticamente, comanda uma estratégia de manutenção da pressão, antes que a roda trave. Se ainda houver possibilidade de travamento, a bomba hidráulica recalca o fluido de freio para aliviar a pressão na roda em vias de travamento. A velocidade da roda volta a subir e, como a situação é de frenagem, eleva-se novamente a pressão naquela roda, modulando sua pressão de trabalho.Observando o gráfico, podemos verificar que, através da modulação da pressão (P roda), a velocidade angular da roda (V roda) varia em função da estratégia de modulação, diminuindo a distância de frenagem (V veículo) e ampliando a zona de trabalho estável do veículo. No início do processo, (tempo = 0) as velocidades do veículo e da roda são iguais. À medida em que a pressão de frenagem se eleva, as velocidades (roda e veículo) diminuem. Porém, vale observar que num determinado ponto (entre tempo = 0 e o tempo = 1), a elevação da pressão de frenagem leva uma determinada roda à situação de travamento. A partir desta condição, nota-se uma redução mais acentuada da velocidade da roda do que da velocidade do veículo. Essa diferença é o deslizamento da roda em relação ao solo. Quando este valor atinge 100%, tem-se o bloqueio efetivo da roda. O sistema antibloqueio atua na faixa de deslizamento e força de frenagem ideal, permitindo melhor controle do veículo e menores distâncias de frenagem. Quando se atinge o tempo igual a 1 do gráfico, vemos que a velocidade da roda cai muito em relação à do veículo, o que indica elevado deslizamento e ainda a possibilidade de travamento da roda. Nesta condição, o sistema ABS entra em ação e impede que a pressão do fluido de freio continue crescendo na roda que está na iminência do travamento. Por meio dos sensores de rotação das rodas, o sistema “percebe” que mesmo mantendo a pressão, a roda continua perdendo velocidade desproporcionalmente em relação ao veículo mantendo a possibilidade de bloqueio. Nesta condição como pode ser visto no tempo igual a 2, o sistema diminui a pressão do freio na roda passível de travamento para fazer com que a velocidade angular desta, se eleve e elimine a possibilidade de travamento. Adicionalmente o gráfico dado como correto admite que a pressão no pedal do freio deva continuar aumentando progressivamente para que de novo valha o atrito ... Desloca-se um torno mecânico na horizontal sobre o piso de uma oficina. Força de Compressão: N = 800 N; Força de Atrito? a) Quando desliza sem rolos: Fa1 = 400N; b) Quando desliza sobre rolos: Fa2 = 40 N; Coeficiente de Atrito - Relação entre força de atrito e força de compressão. Relação Entre Força de Atrito (1 e 2) e Força de Compressão: a) Fa 1 / N = 400N / 800N = 0,5; b) Fa 2 / N = 40N / 800N = 0,05; SUPERFICIES EM CONTATO e Aço Sobre Aço 0,18 Aço Sobre Ferro (patins) 0,02 a 0,03 Aço Sobre Ferro 0,19 Gelo Sobre Gelo 0,028 Patins de Madeira Sobre Gelo e Neve 0,035 Goma (pneumático) Sobre Terreno Firme 0,4 a 0,6 Correia de Couro (seca) Sobre Metal 0,56 Bronze Sobre Bronze 0,2 Bronze Sobre aço 0,18 Roble Sobre Roble na Direção da Fibra 0,48 COEFICIENTES DE ATRITO POR DESLIZAMENTO P/ DIFERENTES MATERIAIS Fonte: Koshkin N. I., Shirkévich M. G.. Manual de Física Elemental. Editorial Mir 1975. SUPERFICIES EM CONTATO e c Caucho Sobre Concreto 1,0 0,8 Aço Sobre Aço 0,74 0,57 Cobre Sobre Aço 0,53 0,36 Alumínio Sobre Aço 0,61 0,47 Madeira Sobre Madeira 0,25 a 0,5 0,2 Mad. Encerada Sobre Neve Húmida 0,14 0,1 Teflon Sobre Teflon 0,04 0,04 Articulações Sinoviales Em Humanos 0,01 0,003 COEFICIENTES de ATRITO ESTÁTICO e CINÉTICO Fonte: Serway R. A.. Física. Editorial McGraw-Hill. (1992) EQUILÍBRIO NO PLANO INCLINADO Na ausência de atrito, no corpo sobre o plano inclinado agem 3 forças: a) Carga vertical Peso (P); b) Reação (Normal) de apoio por parte do plano (N); c) Força de Atrito (Fa). P pode ser decomposta em: a) Py (┴ ao plano inclinado); b) Px (║ao plano inclinado). Em função de P e tais componentes valem: Px = P.sen e Py = P.cos No equilíbrio devemos ter: N = P e Fa = Px N = P.cos e Fa = P.sen P y = N, Comprime o Bloco Contra o Plano P x = F a , Solicita o Bloco p/ Baixo Quando a força de atrito estático atinge o seu valor máximo (i.e. quando a inclinação atinge o valor crítico c) inicia o movimento. P sen c - F a = 0 m.g sen c - .N = 0 (1) N – P cos c = 0 N = m.g cos c = 0 (2) Substituindo N em (1), fica: m.g sen c - .m.g cos c = 0 .m.g cos c = m.g sen c = sen c / cos c e = tan c Coeficiente de Atrito Estático A equação e = tanc mostra a função que relaciona o ângulo de inclinação máximo (θc) da rampa para que não haja escorregamento com o Coeficiente de Atrito (μ) relacionado às superfícies. Considerando-se o sistema da figura em repouso, a força de atrito recebe o nome de Força de Atrito Estático e sua intensidade varia de acordo com a massa m e o ângulo de inclinação do plano até um valor máximo suportável (p/ os materiais do plano e do corpo em questão), acima do qual haverá deslizamento do corpo sobre o plano. Força de Atrito Estático Máxima Correspondente à situação de iminência do movimento (um instante antes do corpo iniciar o movimento), pode ser escrito, de forma empírica, como: F amáx = e .N Depende do: Tipo de Material em contato; Grau de Rugosidade do mesmo. Corpo ficará em repouso enquanto: F a = P x Se o ângulo for aumentado, Px ultrapassará Famáx e o corpo deslizará. Seja c (Ângulo Crítico) o ângulo correspondente à iminência do movimento. Nesta situação, pode-se escrever a 1ª Lei de Newton p/ o corpo de massa m e assim obter, o Coeficiente de Atrito Estático (e) entre o corpo e o plano: P y = N, Comprime o Bloco Contra o Plano P x = F a , Solicita o Bloco p/ Baixo Tg c = Px / Py Tg c = Fa / N Tg c = e VARIAÇÃO do ÂNGULO Se for considerado o plano inclinado com um ângulo > c, o bloco deslizará com uma aceleração a. Neste caso, a força de atrito existente entre o corpo e o plano é chamada Força de Atrito Cinético, cuja intensidade é: F ac = c .N c - Coeficiente de Atrito Cinético entre as 2 superfícies. A experiência mostra que: 1 - F ac , que atua sobre um objeto que está se movendo não depende de sua velocidade, p/ valores não muito pequenos nem muito grandes de velocid. 2 - Atrito é maior quando não há movimento: e > c Se o bloco m desliza pelo plano inclinado com aceleração a, o mesmo descreve um M.R.U.V. Aplicando a equação horária desse movimento: x = xo + vot + a.t²/2 Considerando-se que para t = 0 o corpo parte do repouso (vo = 0) de uma posição xo = 0 e desloca-se de uma distância x em um tempo t, então: x = a.t²/2 2x = a.t² a = 2x / t² Escrevendo a 2ª Lei de Newton p/ o corpo de massa m: m.g sen - c .N = m.a ; m.g cos - N = 0 Portanto: 4 - MOVIMENTO NO PLANO INCLINADO a) Forças Normal e Peso não se anulam, pois não estão na mesma direção. b) Sua característica mais importante é o ângulo de inclinação . c) Corpos podem deslizar pela ação da força da gravidade. d) Força de Atrito independe da área de contato entre as suas duas superfícies. e) Coeficiente μ é adimensional e depende apenas das superfícies de contato. 4 - MOVIMENTO no PLANO INCLIADO Na figura, tem-se um sistema composto por: a) T - Força de Tensão no fio (inextensível e “sem massa”) produzida pela massa M, que força o corpo de massa m a se movimentar sobre o plano, no sentido de baixo p/ cima; b) p = m.g - Força de Atração Gravitacional sobre o corpo 1 de massa m; c) P = M.g - Força de Atração Gravitacional sobre o corpo 2 de massa M; d) N - Força de Reação Normal (ou ) ao plano sobre o corpo 1 de massa m. e) Fa - Força de Atrito,opondo-se ao deslizamento do corpo 1. 4 - MOVIMENTO no PLANO INCLINADO Na iminência do movimento, pode-se escrever a 1ª Lei de Newton p/ os corpos de massas m e M, e obter a expressão p/ o Coeficiente de Atrito Estático como: 4 - MOVIMENTO no PLANO INCLINADO Trenó, ao ser colocado sobre um plano inclinado, conforme figura, sem atritos, fica sujeito à ação de 2 forças: a) Seu próprio peso P; b) Força normal N. a) Componente do peso Px na direção do movimento é a força resultante (Fr), que atua sobre o corpo; b) Componente do peso Py, na direção normal (┴) ao plano é equilibrada pela normal N. Então temos que: 4 - MOVIMENTO no PLANO INCLINADO TRENÓ NA NEVE T R E N Ó N A N E V E Forças em X Forças em Y Fx = m.ax Fy = 0 P.sen = m.a N - P.cos = 0 m.g.sen = m.a N = P.cos a = g.sen N = m.g.cos P – Peso Total do Trenó P = m.g N – Força de Reação Normal ao plano sobre o corpo de massa m. Obs.: Quando = 0 N = P = m.g APLICAÇÕES DO PLANO INCLINADO Possivelmente o plano inclinado é a máquina simples mais antiga do mundo. As civilizações primitivas já utilizavam superfícies inclinadas para subir encostas e transportar cargas em desníveis. Acredita-se que a construção das pirâmides do Egito foram facilitadas pelo plano inclinado. Mas, qual a vantagem de se utilizar o plano inclinado? O princípio do plano inclinado foi usado há mais de 4000 anos quando os egípcios construíram as suas pirâmides. Com o Plano Inclinado Galileu diminuía a atuação da Aceleração da Gravidade e poderia analisar melhor o movimento. Vetor Px que aponta na direção do movimento é uma componente da força peso, a qual diminui c/ o ângulo, isto é, quanto menor a inclinação, menor será a componente do peso na direção do movimento, por isso uma menor aceleração. Px45º > Px30º Conclusão: Para elevar um mesmo objeto a uma mesma altura utilizando um plano inclinado, na medida do possível, devemos escolher aquele que possui a menor inclinação. 3 SITUAÇÕES DIFERENTES P/ MESMA CARGA 1º) Elevação Vertical de uma carga de G = 100 N à altura de h = 10 m. Aplica-se uma força do mesmo valor e de sentido oposto: F = 100 N ao longo de um percurso de S = 10 m. Trabalho: W = F x S = 100 n x 10 m = 1000 N.m (Obs.: sentido do movimento e da força coincidem). Trabalho: W = F x S W = 100 n x 10 m W = 1000 N.m 2º) Deslizamento Horizontal da mesma carga sobre o solo em um percurso de S =10 m (coeficiente de atrito = 0,3). A força aplicada no sentido do movimento corresponde neste caso ao valor da força de atrito, de sentido oposto. Fa = N x = 100 N x 0,3 = 30 N; Trabalho: W = F x S = 30 n x 10 m = 300 N.m; 3º) Elevação em Plano Inclinado da mesma carga, cuja inclinação é de 1:20, a uma distância de S = 10 m, medida sobre a superfície de deslizamento. Aqui não coincidem o sentido da força e o do movimento. Logo necessita decompor a força do peso em 2 componentes, uma ║ao percurso F1 e a outra ┴ ao mesmo F2. Tan = 1/20 = 0,05 = 2,8624º sen2,8624º = 0,05; F1 = F.sen2,86º = 100N x 0,05 F1 = 5 N; W = F1 x S = 5 N x 10 m W = 50 N.m Um bloco pesando P = 500 kgf está sendo puxado por um motor elétrico em plano inclinado de 30º, o qual dista L = 20m do bloco na abscissa (eixo X). Determine: a) Esforço de tração T no cabo entre o motor elétrico e o bloco; b) Altura h em que se encontra o motor elétrico na ordenada (eixo Y). T – Fa = 0 T – Px = 0 T – P.sen30º = 0 T = P.sen30º = 500 N x 0,5 T = 250 N; Tan30º = h / L Tan30º = 0,57735 h = Tan30º x L h = 0,57735 x 20 m h = 11,547 m Uma garota de massa M = 50 kg está sobre uma balança de mola, montada num carrinho que desloca livremente por um plano inclinado fixo em relação ao chão horizontal. Não se consideram atritos nem resistência do ar. Módulo da aceleração da gravidade local g = 10 m/s2 a) Durante a descida, qual o módulo da componente vertical da aceleração da garota? b) Durante a descida, qual a leitura na escala da balança que está calibrada em Newton? Fr = m.a = m . g sen 30º m. a = m . g sen 30º a = g sen 30º a = 10 m/s² x 0,5 a = 5 m/s² a) Componente Vertical: Sen 30º = ay / a ay = a sen 30º = 5 m/s² x 0,5 = 2,5 m/s² a R = g – a y = 10 – 2,5 = 7,5 m/s² b) Leitura da Balança: P = M x a R = 50kg x 7,5m/s² = 375kg.m/s² = 375 N aay Um caixote está apoiado sobre a carroceria plana e horizontal de um caminhão, parado numa estrada plana e horizontal, conforme a figura. Sabendo que o coeficiente de atrito do caixote com a carroceria é 0,39 e g = 10 m/s², determine a máxima aceleração que o caminhão pode sair sem que o caixote escorregue. Da definição de atrito temos: Fa = .N Da 3ª Lei de Newton: Reação Normal: N = P = m.g Força de Atrito Fica: Fa = .m.g Da 2ª Lei de Newton, temos: F = m.a Como o sistema está em equilíbrio: Fa = F, Logo: .m.g = m.a Cancelando m, fica: .g = a a = 0,39 x 10 m/s² a = 3,9 m/s² EXEMPLOS DE PLANO INCLINADO: RAMPA - Dispositivo para elevação de cargas; PARAFUSO - Possui rosca (perfil helicoidal) que é um plano inclinado – Utilizado para fixar peças. CUNHA - Peça prismática com base triangular isósceles. C U N H A Constituída por uma peça prismática com base triangular isósceles. Formada de 2 planos inclinados unidos pelas suas bases. Serve p/ cortar vários materiais, como madeira. Machado é um tipo de cunha. A potência P atua na face oposta à aresta do vértice () do triângulo isósceles. As resistências atuam normalmente às outras 2 faces retangulares. A potência P, aplicada à cabeça da cunha, decompõe- se nos componentes de valor P' res aos lados da cunha e que equilibram resistências iguais (Q = P') e opostas. M - Ponto médio da cabeça AB sen(/2) = MB/BC MB = BC.sen(/2). Da semelhança dos triângulos ABC e OPP' obtemos: P/P' = AB/BC = 2.MB/BC = 2.BC sen(/2)/BC P/P' = 2.sen(/2) Donde, finalmente, a equação da cunha: P = 2.P'.sen(/2) = 2.Q.sen(/2) P/ que a potência seja menor que a resistência deve-se ter P < 2Q e < 60o. Nota: Via de regra não há interesse em se escrever a expressão algébrica "teórica" da relação entre P e Q porque na cunha o atrito é sempre muito grande e deve ser considerado. A concepção de uma cunha é a mesma de um plano inclinado. Seu formato pode ser descrito como um prisma triangular como ilustrado na fig. 1-a. Da intuição física, não é difícil ver a aplicabilidade desse instrumento e sua associação em várias ferramentas do cotidiano. Como exemplos, encontrados em muitos livros didáticos, há o calço, machado, lâminas de corte e pontas de ferramentas (martelete). A atenção para essa máquina simples está na transmissão de força, cuja compreensão reside nos conceitos de vetores. As forcas desenhadas sobre a cunha na fig.1-a são posicionadas de modo que suas linhas de ação interceptam-se sobre o centro de gravidade da cunha - o baricentro para o perfil mostrado. Pelo princípio de transmissibilidade e que força e um vetor deslizante, seus vetores então são reposicionados sobre o centro de gravidade, fig.1- b (força peso desprezível comparada às forcas presentes, por consideração). Aplicando a segunda lei de Newton em modo vetorial inicialmente para o caso estático, e notado da figura que, F é o modulo do vetor força aplicada; Ry o modulo do vetor resistência para cada lado da cunha com intensidades iguais.É notado da fig. 1-b que a força de resistência e quem sofre a decomposição. Assim, racionalmente e considerado que a intensidade de R e maior e não a da força aplicada F, como é conduzido em algumas literaturas que trabalham o assunto lembrando que o objetivo do plano inclinado e de reduzir o esforço realizando o mesmo trabalho. Evidentemente, não pode ser a componente maior que o próprio vetor como esses textos apresentam para a forca aplicada F. A equação (6) mostra que teoricamente: a) Para fins de transmissão de força e uma vez instalada a cunha, a força aplicada será igual o dobro da componente da resistência oferecida. b) Para fins mais reais e de utilidade, deve ser considerada a força de atrito. Como exemplo, a força de atrito será desfavorável na instalação de um calço. Sua orientação é contra o movimento e paralela ao eixo y (fig.2-a). Entretanto, com o calço já instalado e pressionado, a força de atrito será favorável a sua fixação, impedindo-o de sair, fig.2-b. Os pontos onde ocorrem as somas dos vetores na fig.2-c são os pontos onde as linhas de ação dos vetores em comum se interceptam. Logo, as resultantes das forças acabam por ter a mesma orientação em suas linhas de ação, eixo vertical, onde fica notável a aplicação da 2ª lei de Newton. A equação (7) abaixo considera a força de atrito para a instalação da cunha como calço. Adotando o sentido do movimento como positivo encontra-se - Aceleração constante sofrida pela cunha e m - sua massa, são as forcas de atrito para a lateral direita e esquerda, respectivamente; μ C - Coeficiente de Atrito Cinético (instalação). No caso da cunha já instalada é possível determinar o coeficiente de atrito mínimo exigido p/ a cunha não escapar, o qual dependerá da geometria da cunha. Segue então que, se o ângulo da ponta de ataque da cunha for como na fig. 1-a, a força de atrito pode ser escrita para a situação mínima de equilíbrio como ƒ cos(/2) R sen(/2) (9); μ est tan(/2) (10). μ est – Coeficiente de Atrito Estático. A equação (10) mostra explicitamente a dependência da condição mínima para o coeficiente de atrito em função da geometria da cunha. O tamanho da cunha (lateral) nada interfere, já que a força de atrito independe da área da cunha. A força peso sobre a cunha não foi considerada e para um cálculo mais exato deveria. Contudo, para levá-la em conta, dependeria da posição que a cunha se alojaria. VANTAGEM MECÂNICA (VM) de uma máquina simples traduz a economia de força proporcionada pela máquina, isto é, o número pela qual a força aplicada pelo operador está sendo multiplicada. Sendo P a intensidade da força aplicada pelo operador e Q o peso da carga a ser levantada (lembrar que P < Q), temos: VM = Q/P (definição) Da conservação do trabalho T1 = T2, posto acima T1 = P.L e T2 = Q.H, P.L = Q.H tem-se: Q/P = L/H, donde: sen = H/L VM = Q/P = L/H = 1/sen Observe que quanto menor for a inclinação (), menor será sen (menor será o declive) e maior será a vantagem mecânica. Menor será o esforço p/ arrastar a carga plano acima. Todavia, maior será o deslocamento que a carga irá efetuar. Vantagem Mecânica do Plano Inclinado É Função da Relação Entre a Sua Altura e o Seu Comprimento Tg = H / L 1) Quanto menor o ângulo de inclinação, maior a distância a percorrer e menor o esforço a ser empregado. 2) Quanto maior o ângulo, menor a distância, sendo o esforço maior. Assim, quem sobe uma ladeira menos inclinada usa menos força, mas percorre uma distância maior. PARAFUSO E O PLANO INCLINADO Parafuso é uma aplicação do plano inclinado, que neste caso é enrolado em um cilindro. Com o auxilio desse instrumento, Galileu Galilei pôde estudar o movimento uniformemente variado. PARAFUSO E O PLANO INCLINADO Pode-se Utilizar o Princípio da Rosca p/ Deslocamento de um Corpo. PLANO INCLINADO E A ROSCA DO PARAFUSO O levantamento de uma carga com o parafuso de um macaco para carro assemelha-se ao impelir ou puxar para cima cargas colocadas sobre vigas ou pranchas dispostas em Plano Inclinado. A carga desliza subindo sobre a referida superfície. Os filetes de rosca de um parafuso, enrolado em redor do núcleo da rosca agem como um estreito plano inclinado, PLANO INCLINADO E A ROSCA DO PARAFUSO Se o filete de uma rosca for desenrolado, aparecerá a forma normal do plano inclinado. O passo p da rosca corresponde ao cateto oposto H e a hélice desenrolada L, ao cateto adjacente de um triângulo retângulo. A relação entre as dimensões H e L da citada figura geométrica chama-se Inclinação: Tg = H / L ROSCA E O PLANO INCLINADO NA TRANSMISSÃO DO MOVIMENTO Porca Fixa: a rotação do parafuso determina a translação do mesmo em relação à porca. Na prensa, a cada volta do parafuso (através do trabalho da força aplicada na alavanca) ele avança (ou retrocede) de um passo. Na prensa ilustrada acima, a alavanca tem braço R e o parafuso tem passo p. A resistência Q aplica-se verticalmente, na ponta do parafuso. Quando a resistência cede de uma distância p, o trabalho será dado por Q.p A potência P é o esforço que se faz tangencialmente à circunferência de raio R da alavanca. Trabalho dessa potência, numa volta completa será: P.2..R (c/ essa volta completa o parafuso desloca-se de p). Tem-se, pois: P.2..R = Q.p ou P = Q.p/(2..R). Cada prensa apresenta sua característica (n) que é: (2..R)/p = n , de modo que, a equação da prensa é: P = Q / n No parafuso-sem-fim, que se engrena com uma roda dentada de n dentes, uma volta na manivela desloca (gira) a roda de um dente. Sendo r o raio do cilindro que suspende a carga Q, tem-se: P.2R.n = Q.2r Logo, a equação da potência será: P = Q.r / (R.n) PLANO INCLINADO E O PARAFUSO O efeito da carga apresenta-se como resultante da ação de 2 forças componentes ortogonais. A força de deslizamento paralela ao plano inclinado e a força de compressão (contato) perpendicular ao mesmo. As 3 forças constituem o “paralelograma de forças”. Pode-se determinar a grandeza das forças que atuam na rosca de um parafuso, recorrendo à equação dos trabalhos. Trabalho Empregado = Trabalho Realizado Força F x Distância C o = Carga q x Passo p Exemplo: Deseja-se levantar uma carga (Q) de 3000 N com um macaco de parafuso, cujo passo (p) da rosca é de 8 mm e a alavanca giratória de acionamento tem o comprimento (L) de 0,6 m. Determine a força F e o torque T aplicados. Resolução: Deslocamento da carga em 1 rotação - passo: p = 8 mm; Distância Percorrida pela alavanca em uma rotação: Comprimento da circunferência: C o = 2..R = 2..L Co = 2 x 3,1416 x 0,6 m = 3,76992 m = 3.770 mm; Força F x Distância C o = Carga Q x Passo p F = Q x p / C o = 3000 N x 8 mm = 6,366 N; 3.770 mm T = F x L = 6,366 N x 0,6 m = 3,82 N.m FORÇAS na ROSCA do PARAFUSO 2tancostan 1 n pd l 1tan Forças Atuantes ao Subir Carga na Rosca do Parafuso. (a) Forças a Atuar no Paralelepípedo; (b) Forças a Atuar na Seção Axial; (c) Forças a Atuar no Plano Tangencial. FORÇAS na ROSCA do PARAFUSO sincoscos n n W P cc n np l r osd WT tancos tanc 2 sincoscos n n W P cc nnp r r osd WT tancos tanc 2 Rendimento do Parafuso tan22 100 pd l e Reversibilidade do Parafuso : é reversível, se não for necessário exercer um momento para descer a carga. Ou seja quando: p n n d l costancos Subir Carga: Descer Carga: Força Actuante: Binário Necessário: FREIO SAPATA - Sistema mais simples de freio. Na figura 1, uma Alavanca A, pivotada em O, tem uma Sapata S que, sob ação de uma Força Externa P, atua no Tambor T. Supor a sapata com área pequena em comparação com o tambor, de forma que a força de atrito Fa pode ser considerada na posição da figura. Forças Atuantes no conj. Alavanca-Sapata: Força Externa P; Força de Atrito Fa; Reação Normal N; Reação do Pivô Ro. De acordo com o primeiro tópico da página anterior, Fa = μ.N #A.1#. N = Fa/μ μ - Coeficiente de Atrito entre os materiais da sapata e do tambor. Segundo Leis da ESTÁTICA, na Condição de Equilíbrio a soma dos momentos em relação a qualquer ponto deve ser nula. Escolhendo o pivô O, ∑Mi = 0 = −a.N + c.Fa + (a + b) P Substituindo o valor de N, −(a/μ) Fa + c.Fa + (a + b) P = 0 Reagrupando, P = (a/μ − c) Fa / (a + b) #B.1#. A igualdade acima é a relação entre a força aplicada e a força de atrito. Por essa relação notar-se que: a) Se a/μ = c, P = 0 Significa que o freio atua sem qualquer força externa. Situação Limite, que deve ser evitada na prática. b) Se a/μ < c, P < 0 Significa que, uma vez encostada a sapata no tambor, é necessário um esforço para a separação. Situação Indesejável, mas pode ser útil em alguns casos, por exemplo, evitar retrocessos. Rearranjando a equação #B.1# anterior, Fa = (a + b) P / (a/μ − c) #C.1#. Assim, para um determinado esforço externo, a força de atrito pode ser calculada. Se conhecidas a velocidade e energia cinética do tambor, é possível determinar outros valores, como o tempo necessário para parar. Na figura 1, o momento da força de atrito tem o mesmo sentido da força externa e, portanto, ela contribui para reduzir o esforço, um certo grau de auto-acionamento. Na figura 2, o momento da F a é contrário ao da Fforça Externa P. Por isso é preciso esforço maior p/ acionar o freio. Neste caso, é preciso recalcular #B.1# e #C.1#, com aplicação dos sinais corretos na soma dos momentos. QUE É UM DINAMÔMETRO? Equipamento p/ medir a potência e as características de um motor em suas diversas condições de funcionamento. DE QUE SE COMPÕE UM DINAMÔMETRO? Volante (a) circundado por uma cinta (b) conectada a um braço (c) cuja extremidade se apóia sobre a plataforma de uma balança (d). FREIO de PRONY O volante, acionado pelo motor, tem o seu movimento restringido pela pressão aplicada à cinta, que transmite o esforço ao braço apoiado sobre a balança. A partir das leituras da balança, calcula-se o esforço despendido pelo motor. Esse dispositivo é conhecido como FREIO de PRONY. Inventado em 1821 pelo engenheiro francês Gaspar de Prony. Rotação do Motor = N (em rpm); Comprimento do Braço = R (em m ou ft); Leitura da Balança = P (em lb ou kg). Com os elementos acima, sabendo-se que a periferia do volante percorre, no intervalo de uma rotação, a distância C o = 2.r contra a Força de Atrito F a , aplicada pela cinta, então, em cada rotação, tem-se Trabalho: T = 2.r.F a O conjugado resistente ao atrito é formado pelo produto da leitura P da balança pelo valor do comprimento do braço de alavanca R e será igual ao produto r vezes Fa, conjugado que tende a mover o braço. Logo: r . Fa = P . R e, em uma rotação, Trabalho: T = 2. P. R Se o motor funcionar a N rpm, o Trabalho por minuto será a potência: cv (hp) = 2 P. R. N A expressão acima define a potência desenvolvida pelo motor, que pode ser expressa em hp (horsepower) ou em cv (cavalo-vapor), dependendo das unidades empregadas. hp = (2 P. R. N) / 33.000 hp = (P. R. N) / 5252 p/ P em libras, R em pés e N em rpm, ou: cv = (2 P. R. N) / 4.500 cv = (P. R. N) / 716,2 p/ P em Kg, R em metros e N em rpm. As constantes 4.500 e 33.000 são resultantes das definições de cv e hp, que são, respectivamente: a) Potência necessária p/ elevar a altura de um metro, em um segundo, uma carga de 75 kg, o que corresponde a 75 x 60 = 4500 p/ transformação em minuto; b) Potência necessária p/ elevar a altura de um pé, em um segundo, uma carga de 550 lb, donde 550 x 60 = 33000 p/ transformar em minuto. É comum encontrarmos dinamômetros onde a leitura da balança é dada em Torque, já levando em conta o comprimento do braço. Neste caso, resulta: HP = (Torque (lb.ft) x N (rpm)) / 5252 ou CV = (Torque (Kgm) x N (rpm)) / 716,2 DINAMÔMETRO de CORRENTE de FOUCAULT Capacidade 200 N.m REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. RESNICK, R. e HALLIDAY, D. Física I, vol. 1, Rio de Janeiro, Ao Livro Técnico S.ª 1973 2. TIPLER, P.A.. Física, Guanabara Dois, Rio de Janeiro, vol. 1. 1984; [1] P.F. Barbieri, Revista Brasileira de Ensino Física 33, 4304 (2011). [2] http://www1.folha.uol.com.br/saber/799041-institutos-de-educacao-tecnologica- terao-17-mil-vagas-no-sisu.shtml. Matéria do dia 15/9/2010, acesso em 28/10/2010. [3] http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=52790. Matéria do dia 4/12/2007, acesso em 28/10/2010. [4] D. Halliday, R. Resnick e J. Walker, Fundamentos de Física (LTC, Rio de Janeiro, 2008), v. 1, 8ª ed. [5] P.A. Tipler e G. Mosca, Física para Cientistas e Engenheiros (LTC, Rio de Janeiro, 2009), v. 1. 3 - http://tecnounifran.wordpress.com/author/gracianodias/page/4/. Fonte: ©1998-2010 HowStuffWorks, Inc. ; Fonte: www.geocities.yahoo.com.br/saladefisica; Referências [6] R. Resnick, D. Halliday e K.S. Krane, Física 1 (Editora LTC, Rio de Janeiro, 2003), 5ª ed. [7] R.A. Serway, Física I p/ Cientistas e Engenheiros (LTC, Rio de Janeiro, 1996), 3ª ed. [8] H.D. Young e R.A. Freedman, Sears e Zemansky Física (Pearson Addison Wesley, Rio de Janeiro, 2003), 10ª ed., v. 1. [9] J. Orear, Fundamentos da Física (LTC, Rio de Janeiro, 1981), v. 1. [10] http://www.feiradeciencias.com.br/sala06/06_RE04.asp. [11] A. Tagliaro, Física (Editora FTD, São Paulo, 1969), v. 1. [12] E. Gabriades, Física (Curso apostilado, São Paulo, 1956), p. 121. [13] J.L. Sampaio e C.S. Calçada, Física (Atual Editora, São Paulo, 2005), 2ª ed., p. 149. [14] A.M.R. Luz e B.A. Álvares, Física (Editora Scipione, São Paulo, 2005), v. 1. [15] http://www.fisica.net/mecanicaclassica/maquinas_simples_alavancas.php. Acesso em 1/11/2010. [16] http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=pmd&cod=_pmd2005_i2102 . Acesso em 1/11/2010. [17] F.P. Beer, E.R. Johnston Jr., E.R. Eisenberg e G.H. Staab, Mecânica Vetorial para Engenheiros (McGraw- Hill, Rio de Janeiro, 2006), 7ª ed. [18] R.C. Hibbeler, Estática: Mecânica para Engenharia (Pearson Prentice Hall, 2005), v. 1. 4 - MOVIMENTO no PLANO INCLINADO Indicação da rugosidade Ra pelos números de classe. A tabela (Rugosidade nos Processos) que se segue, classifica os acabamentos superficiais - geralmente encontrados na indústria mecânica - em 12 grupos, e as organiza de acordo com o grau de rugosidade e o processo de usinagem que pode ser usado em sua obtenção. Permite, também, visualizar uma relação aproximada entre a simbologia de triângulos, as classes e os valores de Ra (µm). GALILEU E O PLANO INCLINADO As idéias de Aristóteles sobre o movimento dos corpos permaneceramatuante por cerca de dois mil anos. Apenas no século XVII, Galileu Galilei deu um grande passo na explicação do movimento dos corpos. Ele afirmou que "…qualquer velocidade, uma vez estabelecida num corpo, se manterá constante, desde que não existam causas de aceleração ou retardamento, fenômeno que só será observado em planos aproximadamente horizontais onde a força de atrito se tenha reduzido a um mínimo”. Surgindo assim o principio da inércia. Galileu estudou a queda dos corpos e verificou que ao contrário do que os aristotélicos pensavam, corpos c/ massas diferentes, lançados de uma mesma altura, caem em intervalos de tempo iguais. A maior dificuldade de Galileu era a medição dos intervalos de tempo e do espaço percorrido pelo corpo em queda. Não havia instrumentos adequados a medição do tempo (ele media o tempo c/ relógios d’água). O movimento de queda livre era muito rápido e os nossos sentidos não conseguem captá-lo com precisão. PROBLEMA: Como Galileu chegou a conclusão que o movimento uniforme não precisa de uma força para manter o corpo em movimento? Resolução: Plano Inclinado. Que é um PLANO INCLINADO? Resposta: Superfície plana e inclinada, formando c/ a superfície horizontal um ângulo 90º (tobogã). Estudando o movimento de diversos objetos sobre um plano inclinado ele observou que: Quando um objeto rola de cima p/ baixo no plano inclinado, o objeto está sujeito a uma aceleração; Quando um objeto é lançado de baixo p/ cima no plano inclinado, o objeto sofre uma desaceleração. GALILEU E O PLANO INCLINADO Observe as figuras abaixo: CONCLUSÃO No caso dos planos inclinados não serem ascendentes ou descendentes não deve haver aceleração ou retardamento no movimento do corpo. O movimento ao longo de um plano horizontal deve ser permanente. É obvio que Galileu sabia que movimentos permanentes não existiam, mas se cada vez mais ele polisse o plano inclinado, a esfera e o plano horizontal, o atrito entre os corpos diminuiria e a esfera se movia durante um tempo maior com velocidade constante. Com estes argumentos ele convenceu-se de que o atrito proporcionava as forças que diminuíam o movimento horizontal.
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