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TGE TRABALHO Artigo = Poder Político, Estado e Sociedade

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Considerando o histórico elencado pelo autor, analisar o que configura o poder político na modernidade a partir da soberania e do contrato social.
Rogério Gesta Leal, ao longo de seu artigo, menciona segmentos de obras de Thomas Hobbes, Jonh Locke, Jean Jacques Rousseau, entre outros renomados estudiosos do Estado, da Sociedade e do Poder Político, mediante a análise dos feitos destes pensadores, pode-se concluir que o poder político, passa a ser entendido como proveniente de um processo de constituição social desde o berço de nossa civilização, onde registra-se que a instituição deste, bem como da cidade/Estado e das leis que regem as relações sociais, são obras exclusivas dos homens e do espírito objetivo humano – que com o passar dos tempos, corporifica-se como “cidadão”, aquele que dentro dos limites territoriais da cidade/Estado, tem direitos e obrigações – e não de um Deus.
Visto que, o homem segundo Rousseau, ao encontrar-se numa situação onde faz-se necessária a união de forças para que lhe seja garantida a sobrevivência, cria o que o filósofo chama de “Contrato Social”, que consiste na alienação total de cada indivíduo, no qual, estes colocam todos os seus direitos a favor da comunidade e desta forma produzem um corpo moral e coletivo, composto pelo acordo comum, que como pessoa pública, denomina-se Estado, associados a Ele e sujeitos as Suas leis estão os cidadãos, que conforme o mesmo, detêm a soberania, pois exercem o poder de decisão política sob os temas que lhes dizem respeito – perspectiva esta, que contraria as teorias de Hobbes e Locke, as quais afirmam que a soberania é transferida do povo para o Estado – J.J.Rousseau, assegura que, devido ao povo ter suas vontades sintetizadas, origina-se a vontade geral, que considerando a inexistência de decisões políticas que não estejam condicionadas ou determinadas por aquilo que ocorre na sociedade, demonstra que a esfera política e individual está imersa em uma esfera mais ampla, que é a sociedade como um todo.
Em que aspecto reside a contemporaneidade do Contrato Social.
O contrato social torna-se uma narrativa moderna pois, a partir da busca por uma forma de associação que protegesse e defendesse seus membros, bem como seus respectivos bens, utilizando a força resultante da união de todos, promove-se o que Jean Jacques Rousseau titula de “vontade geral”, que não é uma soma de vontades individuais, mas é uma fusão delas, e esta não traduz interesses particulares, mas é de todo povo para todo povo, com efeito, quando este povo institui algo para si, só considera a ele mesmo, sem qualquer divisão do todo e desta forma a matéria sobre qual se estatui é geral conforme a vontade que a estatui.
A predominância e aceitação da vontade popular como critério para obrigar o todo só é justificado quando parte-se do princípio de igualdade entre todos os homens, a hodiernidade da obra, reafirma-se ao alicerçar a obrigação política atual, que é complexa e contraditória, uma vez que foi estabelecida entre homens livres para, em conformidade com o autor, maximizar a liberdade, sendo consequentemente a expressão da tensão dialética entre regulação e emancipação social, apresentado-se, significativamente pertinente ao atual estado das relações sociais e de poder, principalmente em países de economia mais dependente e fragilizados no âmbito dos direitos humanos e fundamentais mais básicos.
De que modo o autor associa o poder político à democracia e ao Estado de Direito? Quais problemas relacionados a estes dois temas são suscitados no artigo?
O poder político atual necessita ser, a todo instante, racionalmente justificado, é dever da teoria política agregar ao Estado o conceito de estrutura de poder impessoal e legalmente circunscrita, com novo plexo de direitos, obrigações e deveres dos indivíduos, onde a concepção de poder e de governo atrela-se à figura do cidadão e as possibilidades do seu desenvolvimento econômico, o exercício da autoridade que lhes foi conferida nos estritos termos da lei constitucional, é a única forma legítima na qual a liberdade pode ser sustentada e efetivada.
A democracia começa a partir das relações entre indivíduos, num espaço demarcado por regras e procedimentos claros, o seu exercício direto – onde o poder de decisão cabe às pessoas – tanto quanto a prática indireta – realizada por meio de representantes eleitos – descendem do mesmo princípio: A Soberania Popular, diferindo, todavia, nas modalidades e nas formas com que esta é exercida.
Seguindo o ponto de vista de Bobbio, deve-se considerar a democracia como algo caracterizado por um conjunto de regras (primárias ou fundamentais) que estabelecem quem está autorizado a tomar as decisões coletivas e com quais procedimentos.
Para que, de fato ocorra a democracia, faz-se necessária a existência e eficácia de instrumentos de reflexão e debate público das questões sociais vinculadas à gestão dos interesses coletivos, entretanto, a tendência cada vez mais burocratizante e centralizadora do processo decisório, afasta da sociedade a oportunidade de participação e debate sobre temas que lhes dizem respeito, esta forma de fazer política dos institutos democráticos tradicionais do Brasil, acaba por reduzir a democracia a uma mera técnica de posturas e comportamentos institucionais.
Como se apresenta o Estado de Direito Brasileiro em seu modelo constitucional.
De acordo com Eliaz Diaz, o Estado de Direito, ao menos em âmbito atual, detém características como:
Império da Lei: Lei como expressão da vontade geral.
Divisão de poderes: Legislativo, Executivo, Judiciário.
Legalidade da Administração, atuação segundo a lei e suficiente controle judicial.
Direitos e liberdades fundamentais: Garantia Jurídico-formal e efetiva realização material.
Compete ao Estado de Direito, regular as formas de convivência social e garantir a sua conservação; a economia converte-se numa questão eminentemente privada e o direito, por sua vez, torna-se predominantemente direito civil, consagrando os princípios jurídicos fundamentais ao desenvolvimento capitalista, como os da autonomia da vontade, da livre disposição contratual e o da pacta sun servanda. Além de que, enquanto instituição jurídica e política, tem uma importante função nos termos constitucionais vigentes, responsabilizando-se pela mediação da ordenação social e pela garantia de algumas prerrogativas que serão aplicadas ao processo de desenvolvimento das lutas sociais e contemporâneas.
Há no Brasil, por parte de alguns teóricos de Platão, resistência à concepção de Estado de Direito, recebendo de forma negativa a lei como um instrumento político, um meio para a realização de uma política governamental, motivo por que não se legitima por um conteúdo de justiça e sim por ser expressão da vontade política do povo ou do governo.
Contudo, na maioria dos países de democracia liberal, ou neoliberal, o sistema de representação político-institucional vive um processo de crise de legitimidade, expressa na abstenção eleitoral, na apatia, na não participação político-social, nos baixos índices de filiação partidária, entre outros.
Considerando a contemporaneidade do tema, elaborar uma breve análise sobre as possibilidades de construção de um poder político direcionado pelas circunstâncias teóricas apresentadas no artigo.
“Poder Político, Estado e Sociedade” – artigo de Rogério Gesta Leal, publicado no site “Mundo Jurídico” em maio de 2003 – fundamenta-se em tópicos como, a evolução dos conceitos de Estado e Poder Político, a percepção de Rousseau, Hobbes e Locke sobre a Soberania, bem como a “Vontade Geral” e o “Contrato Social”, a partir da ótica Rousseanica, a Democracia vista por Bobbio, Cerroni e Chaui, o Estado de Direito em conformidade com Eliaz Diaz e Warat, além da interpretação do autor em relação ao tema como todo.
Consoante a esta linha de raciocínio, está a Constituição Federal de 1988, que em seu título primeiro, elenca os princípios fundamentais que pautam a organização do Estado e da Sociedade Brasileira,deduzindo como fundamentos da República, a cidadania, a soberania, a dignidade da pessoa humana, etc. Essa mesma República, como objetivos, tem a construção de uma sociedade justa, livre e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; reduzir as desigualdades sociais e regionais; erradicar a pobreza e a marginalização; promover o bem de todos, sem preconceitos de cor, origem, sexo, idade, raça e quaisquer outras formas de discriminação.
Em outras palavras, este modelo de Estado é identificado em face de garantir a todo cidadão direitos básicos, isto, mediante o reconhecimento de que tais garantias importam em efetivo direito político, todavia, o quadro social e econômico brasileiro atual, sinaliza para a presença de uma crise, visto que as receitas do Estado não tem sido suficientes para suportar as despesas decorrentes dos gastos com investimentos sociais, esta crise abrange também o sistema de representação político-institucional, onde sua legitimidade, já incerta, é agravada pela burocratização e pelo caráter autoritário das administrações e parlamentares.
Contudo, em relação a esta problemática, algumas possíveis soluções são:
Controle dos eleitores e/ou partidos sobre os eleitos;
Repressão às fraudes da vontade popular, realizados através de barreiras e obstáculos impostos à partidos pequenos;
Coerência entre projeto, programa eleitoral e a pratica dos eleitos;
Extinção das trocas partidárias sem perda de mandato;
Deste modo, conscientizando os governantes, que o poder que lhes foi conferido deve ser usado em prol da vontade geral, que beneficia o povo que lhes concedeu este poder e não é direcionado apenas para o interesse de minorias, que em muito já são beneficiadas, mantendo princípios e valores como transparência, ética, igualdade, imparcialidade, que devem ser perseguidos pela comunidade e seus representantes.

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