Buscar

Introdução à Filosofia

Prévia do material em texto

Introdução à Filosofia. 
 
Termo Filosofia surgiu na Grécia Antiga para denominar a busca de homem na 
construção do conhecimento e para o entendimento do que está ao seu redor 
(natureza, humanidade etc.) 
 
Foi por meio da preocupação em formular um conhecimento, por meio das condições 
intelectuais dos seres humanos que a palavra filosofia surgiu. No sentido etimológico 
da palavra, Filosofia é a junção de duas expressões gregas: 
 
Philía: Amor / Sophia: Conhecimento. Ou seja, “Amor ao 
Conhecimento” 
 
Nesse Contexto, fazer Filosofia é se colocar na posição de “dúvida”, ou melhor, é 
questionar o que acontece ao nosso redor, uma vez que, somente com a dúvida que 
iremos encontrar as respostas. É por meio de hábito de se fazer perguntas que 
podemos encontrar a verdade sobre algo ou sobre alguma coisa. 
 
OS CAMPOS DA FILOSOFIA: 
 
Lógica: 
O estudo da forma e da estrutura do próprio pensamento; procurando assim, o método 
ideal de raciocínio, análise e pesquisa. 
 
Metafísica: 
É o campo mais complexo da Filosofia. Pois compreende o estudo da realidade última 
das coisas, da natureza do ser, da mente humana, do conhecimento, dos sentidos, 
das relações entre o homem e a matéria. Analisa as definições, essências e conceito 
de todas as coisas. Quando questionamos sobre o “que é” ou “o que pode ser” alguma 
coisa, 
 
Estética: 
Quando abordamos questões sobre a finalidade da beleza para o ser humano, ou 
seja, a natureza do “belo”. Ou seja, é o estudo das formas de representações e das 
considerações sobre o belo, sobre as artes e demais formas de expressão de cultura. 
 
Ética: 
Estuda os valores e atos humanos; busca estabelecer os princípios e a conduta justa. 
 
Política: Estuda as formas de como o homem se organiza em espaços públicos e de 
como seria uma organização social ideal. 
 
Enfim, o ato de filosofar envolve, fundamentalmente, uma mudança de postura diante 
da vida, descartando as explicações que nos foram impostas como verdadeiras e 
estabelecendo novas regras ao jogo. Passamos a ver o mundo de maneira diferente, 
com um olhar mais atento e certeiro. 
 
Conhecendo além dos aspectos superficiais das coisas, principalmente sua razão de 
ser, com certeza estaremos mais próximos de uma condição de vida mais livre. De 
posse dessa condição, podemos lutar pela dignidade humana ou nos tornarmos 
criaturas passivas, omissas, indiferentes. Todas essas possibilidades dependem, em 
última análise, do amor que temos pela vida e do respeito que nutrimos por nós 
mesmos. 
 
CHALITA, Gabriel. Vivendo a Filosofia. São Paulo: Atual. 2002. 
 
 
TEXTO 01: 
 
FILOSOFIA: De que se trata mesmo? 
 
A Filosofia é um modo de pensar, é uma postura diante do mundo. A filosofia não é 
um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, fechado em si mesmo. 
Ela é, antes de tudo, uma prática de vida que procura pensar os acontecimentos 
além da sua aparência. Assim, ela pode se voltar para qualquer objeto. Pode pensar a 
ciência o próprio homem em sua vida cotidiana. Uma Estória em quadrinhos ou uma 
canção popular podem ser também objeto de reflexão filosófica. 
 
A Filosofia é um jogo irreverente que parte do que existe; critica, coloca em dúvida, faz 
perguntas importunas, abre a porta das possibilidades, faz-nos entrever outros 
mundos e outros modos de compreender a vida. O saber filosófico incomoda porque 
tem no questionamento um grande aliado, haja vista o próprio hábito de questionar 
sobre o modo de vida da humanidade, por exemplo. Questiona sobre práticas 
políticas, científicas, sociais, técnicas, econômicas etc. Não há área onde ela não se 
meta, não indague, não perturbe. E nesse sentido, a Filosofia é perigosa, 
subversiva, pois viola a ordem estabelecida da cabeça para baixo. 
Sua história está ligada aos tempos da Grécia Antiga, por volta do século VI a.C. A 
grande aventura intelectual não começa propriamente na Grécia Continental, mas em 
suas colônias – Jônia e Mileto. Como se sabe, o próprio termo filosofia, em seu 
sentido etimológico, surgiu de duas palavras gregas: Philo e Sophia, amor (fraternal, 
amizade) e Conhecimento, respectivamente. Significando, portanto: amizade pelo 
conhecimento, amor e respeito pelo saber. 
 
O filosofo: o que ama a sabedoria tem amizade pelo saber, quem deseja saber. Assim, 
Filosofia indica o estado de espírito, o da pessoa que ama. Isto é: deseja o 
conhecimento, a estima, a procura e o respeita. A Filosofia é um fato tipicamente 
grego e é entendida como aspiração ao conhecimento racional, lógico e sistemático: 
 Da origem e causas do mundo e suas transformações. 
 Da origem e causas das ações humanas. 
 Da origem e causas do próprio pensamento. 
 
Quando se diz que a Filosofia é um fato grego, o que se quer dizer, é que ela possui 
certas características, apresenta certas formas de pensar e de exprimir os 
pensamentos, a ação, as técnicas, que são completamente diferentes das 
características desenvolvidas por outros povos e outras culturas, como por exemplo, 
os chineses, índios, hindus etc. Nesse contexto, podemos concluir que existe uma 
sabedoria chinesa, uma hindu, uma pertencente aos índios, mas não a filosofia 
chinesa, hindu ou indígena. 
 
A reflexão filosófica é um modo de pensar, que surgiu especificamente com os gregos 
e que por razões históricas, tornou-se depois, o modo de pensar e de se exprimir 
predominantemente da chamada cultura europeia ocidental, da qual, em decorrência 
da colonização portuguesa no Brasil, nós também participamos. Nesse contexto, a 
Filosofia que nasceu por volta do século VI a.C. na Grécia, rejeitava as explicações 
míticas que, baseadas no sobrenatural, aceitava a interferência de agentes divinos no 
fenômeno da natureza. Ao buscarem a racionalidade do universo, os 
filósofos dessacralizam a natureza: retiram dela, a dimensão do sagrado. 
 
Enfim, a esse pensamento reflexivo, com definições e conceitos rigorosos e a 
coerência interna do discurso a fim de possibilitar o debate e a discussão, chamamos 
de Filosofia. 
 
TEXTO 02: 
 
Interrogando-se Sobre a Própria Existência: A Busca de Sentido de Ser Humano. 
 
A questão do homem sobre si mesmo é a questão dos homens sobre a humanidade. 
Quem somos, por que existimos, por que buscamos o sentido das coisas. Há diversas 
situações da nossa vida em que a pergunta sobre o ser humano e o sentido de sua 
existência pode aparecer. Além disso, a forma de perguntar sobre este assunto e o 
tipo de resposta podem variar. 
 
A pergunta pode ser formulada em particular, isto é, cada um pode interrogar a sim 
mesmo sobre quem, de fato, é e qual o propósito de sua vida. A questão também pode 
ser formulada no geral, dando um caráter universal ao problema. Nesse caso a 
existência da humanidade é um desafio que se busca investigar, e aí nos incluímos 
como parte de um todo. 
 
Alguma vez você já fez alguma destas perguntas ou ouviu alguém fazê-las? 
 
- Por que existo? 
- Por que estamos aqui neste mundo? 
- Para que viver? 
- Qual o sentido da vida? 
 
SÁTIRO, Angélica, WUENSCH, Ana Miriam. Iniciação ao Filosofar. 3ª ed. São Paulo: Saraiva 1999.

Continue navegando