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TRABALHO SOBRE CULTURA E CULTURA AFRO BRASILEIRA SOCIOLOGIA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
ALUNA: JACQUELINE ROSE DOS SANTOS
PROFESSORA: MARIA JOSÉ
DATA: 13/05/2016
TRABALHO DE SOCIOLOGIA
CULTURA E CULTURA AFRO BRASILEIRA
O QUE É A CULTURA? 
A palavra Cultura teve adquiriu vários significados ao longo da história:
No século XIII, correspondia ao sentido de cultivar a terra. Já no Século XVI, se opõe ao que é natural. Uma pessoa cultivada era nesta época, uma pessoa que dominava as artes e as ciências; No século XIX, os antropólogos principalmente sob a influência de Eduard Burnett, la cultura vira um sistema simbólico, organizador da vida social e que tem conhecimentos, leis, crenças e arte, etc. Consideram que a sociedade tem um grupo que é ”nosso” e um grupo que é dos “outros”. A partir daí, considera-se que cada sociedade possui sua própria cultura.
Os sociólogos funcionalistas: definiram a cultura novamente como um conjunto de valores e normas de uma sociedade. 
Atualmente, podemos falar de vários tipos de cultura: cultura geral, cultura de uma empresa, cultura de massa dentre outros.
Sociologicamente falando, a cultura é definida de duas formas: seu lado universal, externo ao indivíduo e a cultura adquirida transmitida (interiorizada).
CULTURALISMO AMERICANO: Margaret Mead, antropóloga americana (1901-1978), escreveu em 1935 a obra: “Sexo e temperamento em três sociedades primitivas”. Ela revela, neste livro, que na Oceania, as normas sociais, resultados da cultura, são opostas às normas sociais do Brasil ou da França. Por exemplo, na Oceania, os homens têm que ser sensíveis e as mulheres duras. Assim, ela pôde ver que a maneira de se comportar depende da construção social. Então, a explicação da maneira de se comportar é cultural, e não, natural.
ESCOLA FRANCESA, PIERRE BOURDIEU: Segundo Pierre Bourdieu (A distinção, 1979), as práticas culturais são associadas às posições sociais dos indivíduos. Se você pertence à classe dominante, você vai ter práticas culturais parecidas a das outras pessoas desta mesma classe dominante. Por exemplo, se as classes dominantes vão frequentar óperas, escutar músicas clássicas, então provavelmente você também obterá os mesmos hábitos.
PÓS-MODERNISMO AMERICANO: Erving Goffman explica que para entender uma cultura é importante olhar as interações sociais entre os indivíduos. Compara a vida social como a vida teatral. Os indivíduos têm papéis para atuar na vida.
CONCEITOS ASSOCIADOS À CULTURA:
ACULTURAÇÃO: contato entre grupos de indivíduos de diferentes culturas e que geram mudanças nos modelos culturais do início. Primeiro, o indivíduo vai selecionar características culturais. Segundo, ele vai reinterpretar estes elementos. Por fim, ele vai reestruturar o conjunto. SUBCULTURA: cultura própria de um subgrupo social. A subcultura tem as mesmas características da cultura da sociedade. Ex.: No Brasil, a cultura gaúcha é uma subcultura. Os gaúchos têm características similares (têm a mesma história, o costume de tomar chimarrão, etc.), porém, pertencem à cultura brasileira. CONTRACULTURA: subcultura contra características dominantes da cultura da sociedade. Este subgrupo quer fazer reconhecer as suas próprias normas e valores. Ex.: Os punks são contracultura.
Fonte: Lea Mougeolle. Socióloga Francesa. 3 de Dezembro de 2014 – Portal Sociologia.
CULTURA AFRO-BRASILEIRA:
É o conjunto de manifestações culturais do Brasil que sofreram algum grau de influência da cultura africana desde os tempos do Brasil colônia até a atualidade. Chegou ao Brasil, trazida pelos escravos negros na época do tráfico de escravos. A cultura africana sofreu no Brasil também a influência das culturas europeia e indígena. Traços da cultura africana são encontrados hoje em variados aspectos da cultura brasileira, na música, na religião, na culinária, no folclore e nas festas populares. Os estados do Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul foram os mais influenciados pela cultura de origem africana, tanto pela quantidade de escravos recebidos durante a época do tráfico como pela migração interna dos escravos após o fim do ciclo da cana-de-açúcar na região Nordeste. Ainda que tradicionalmente desvalorizados na época colonial e no século XIX, os aspectos da cultura brasileira de origem africana passaram por um processo de renovação a partir do século XX que continua até os dias atuais.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Na época colonial como durante o século XIX, as manifestações culturais afro-brasileiras foram muito desprezadas, desestimuladas e até proibidas. As religiões afro-brasileiras e a capoeira foram frequentemente perseguidas pelas autoridades. Por outro lado, algumas manifestações de origem folclórico, como as congadas, assim como expressões musicais como o Lundu, foram bem recebidas. A partir de meados do século XX, as expressões culturais afro-brasileiras começaram a ser gradualmente mais aceitas e admiradas pelas elites brasileiras como expressões artísticas totalmente nacionais. O samba ocupou posição de destaque na música popular, no início do século XX.
Na época da ditadura, Getúlio Vargas desenvolveu políticas de incentivo do nacionalismo o que valorizou a cultura afro-brasileira e passou a ser aceita oficialmente. Os desfiles de escolas de samba ganharam nesta época aprovação governamental em 1934.
A capoeira, que era considerada própria de bandidos e marginais, foi apresentada, em 1953, por mestre Bimba ao presidente Vargas, que então a chamou de "único esporte verdadeiramente nacional".
A partir da década de 1950 as perseguições às religiões afro-brasileiras diminuíram e a Umbanda passou a ser seguida por parte da classe média carioca. Na década seguinte, as religiões afro-brasileiras passaram a ser celebradas pela elite intelectual branca.
Em 2003, foi promulgada a lei nº 10.639 que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), passando-se a exigir que as escolas brasileiras de ensino fundamental e médio incluam no currículo o ensino da história e cultura afro-brasileira.
O interesse pela cultura afro-brasileira manifesta-se pelos muitos estudos nos campos da sociologia, antropologia, etnologia, música e linguística, entre outros, centrados na expressão e evolução histórica da cultura afro-brasileira.
Os negros trazidos da África como escravos geralmente eram imediatamente batizados e obrigados a seguir o Catolicismo. A conversão era apenas superficial e as religiões de origem africana conseguiram permanecer através de prática secreta ou o sincretismo com o catolicismo.
Algumas religiões afro-brasileiras: Candomblé e do Xangô; outras que se formaram-se através do sincretismo religioso: O Batuque, o Xambá e a Umbanda. Em maior ou menor grau, as religiões afro-brasileiras mostram influências do Catolicismo e da encantaria europeia, assim como da pajelança ameríndia. O sincretismo manifesta-se igualmente na tradição do batismo dos filhos e o casamento na Igreja Católica, mesmo quando os fiéis seguem abertamente uma religião afro-brasileira. Já no Brasil colonial os negros e mulatos, escravos ou forros, muitas vezes associavam-se em irmandades religiosas católicas: A Irmandade da Boa Morte e a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos foram das mais importantes e serviram de ligação entre o catolicismo e as religiões afro-brasileiras. A própria prática do catolicismo tradicional sofreu influência africana no culto de santos de origem africana como São Benedito, Santa Efigênia e Santo Antônio. No culto preferencial de santos facilmente associados com os orixás africanos como São Cosme e Damião (ibejis), São Jorge (Ogum no Rio de Janeiro), Santa Bárbara (Iansã); na criação de novos santos populares como a Escrava Anastácia; e em ladainhas, rezas (como a Trezena de Santo Antônio) e festas religiosas (como a Lavagem do Bonfim onde as escadarias da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim em Salvador, Bahia são lavadas com água de cheiro pelas filhas-de-santo do candomblé).
Segundo o IBGE, 0,3% dos brasileiros declaram seguir religiões de origemafricana, embora um número maior de pessoas sigam essas religiões de forma reservada.
RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS: Babaçuê – Pará, Batuque - Rio Grande do Sul, Cabula - Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina, Candomblé - Em todos estados do Brasil, Culto aos Egungun - Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Culto de Ifá - Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Macumba - Rio de Janeiro, Omoloko - Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Quimbanda - Rio de Janeiro, São Paulo, Tambor-de-Mina – Maranhão, Terecô – Maranhão, Umbanda - Em todos estados do Brasil, Xambá - Alagoas, Pernambuco, Xangô do Nordeste – Pernambuco.
CULINÁRIA: A feijoada brasileira, considerada o prato nacional do Brasil, é frequentemente citada como tendo sido criada nas senzalas e ter servido de alimento para os escravos na época colonial. Atualmente, porém, considera-se a feijoada brasileira uma adaptação tropical da feijoada portuguesa que não foi servida normalmente aos escravos. Apesar disso, a cozinha brasileira regional foimuito influenciada pela cozinha africana, mesclada com elementos culinários europeus e indígenas.
A culinária baiana é a que mais demonstra a influência africana nos seus pratos típicos como acarajé, caruru, vatapá e moqueca. 
MÚSICA E DANÇA: A música popular brasileira é fortemente influenciada pelos ritmos africanos. Mais conhecidas: Samba, maracatu, ijexá, coco, jongo, carimbó, lambada, maxixe, maculelê
Instrumentos afro-brasileiros: Afoxé, Agogô, Atabaque, Berimbau, Tambor.
DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA:
O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. Prega o seguinte conceito: “Desde o início da história do Brasil temos conosco os afro - descendentes, que nos ajudaram a lutar em busca de um país justo e livre. Somos influenciados por eles a todo tempo, assim como eles são influenciados por nós. Hoje devemos nos unir a eles pela luta a igualdade, assim como fizeram muitas vezes por nós.”
Fonte: Portal da cultura Afro-Brasileira.

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