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Semiotécnica Aplicada a Enfermagem

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Programa de Educação 
Continuada a Distância 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso de 
Semiotécnica aplicada à 
Enfermagem 
 
 
 
 
Aluno: 
 
 
 
 
 
 
 
EAD - Educação a Distância 
 Parceria entre Portal Educação e Sites Associados 
 
 
André
Text Box
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Curso de 
Semiotécnica aplicada à 
Enfermagem 
 
 
 
 
MÓDULO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores 
descritos na Bibliografia Consultada.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
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SUMÁRIO 
 
Precauções universais 
 
Orientações gerais 
Técnica de lavagem das mãos 
Técnica para calçar luva estéril 
Paramentação 
 
Cuidados de enfermagem com a unidade do paciente 
 
Limpeza diária ou concorrente 
Limpeza ou desinfecção terminal 
Limpeza e desinfecção dos artigos hospitalares 
 
Preparo da cama hospitalar 
 
Cama fechada 
Cama aberta 
Cama ocupada 
Cama operado 
 
Admissão, alta e transferência do paciente 
 
Admissão 
Alta 
Transferência interna do paciente 
 
Higiene corporal do paciente 
 
Banho no leito 
 
 
 
 
 
4 
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Higiene oral 
Higiene dos cabelos 
Higiene das unhas 
Higiene íntima 
Tratamento de pediculose 
 
Conforto e segurança 
 
Movimentação do paciente 
Mudança de decúbito 
Restrição do paciente 
Transporte do paciente 
 
Administração de medicamentos 
 
Vias de administração 
 
Sinais vitais 
 
Temperatura corporal 
Pulso 
Freqüência respiratória 
Pressão arterial 
Técnicas de verificação dos sinais vitais 
 
Medidas antropométricas 
 
Peso e altura 
Circunferência abdominal 
 
 
 
 
 
 
 
5 
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Sondagem nasogástrica 
 
Técnica de sondagem 
Lavagem gástrica 
Drenagem 
Retirada da sonda 
 
Alimentação do paciente 
 
Administração de alimentos ao paciente acamado 
Administração de alimentos por sonda nasogástrica e enteral – Gavagem 
Gastrostomia 
 
Aplicações térmicas 
 
Aplicação de calor 
Aplicação de frio 
 
Assistência ao paciente cirúrgico 
 
Pré-operatório 
Pós-operatório 
Tricotomia 
Degermação da pele 
 
Anotações de enfermagem 
 
Aspiração do trato respiratório 
 
Aspiração orotraqueal 
Aspiração endotraqueal e traqueostomia 
 
 
 
 
 
6 
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Cuidados com pacientes inconscientes e agonizantes 
 
 Cuidados com corpo após a morte 
 
Eliminação urinária 
 
Cateterismo vesical 
Irrigação vesical 
Retirada da sonda vesical 
Controle de diurese 
Glicosúria 
Coletor para incontinência urinária 
 
Eliminação intestinal 
 
Enemas 
 
Coleta de amostra para análise laboratorial 
 
Curativo 
 
Curativo simples 
Retirada de pontos 
Dreno de penrose 
Intracath e flebotomia 
Cuidados com drenagem torácica 
Cuidados com aspiração portátil em feridas 
Cuidados com traqueostomia 
 
Curativo 
Técnicas de desinfecção de cânulas 
 
 
 
 
 
7 
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Técnicas de troca de cânula 
Retirada do conjunto de cânula de traqueostomia 
Oxigenoterapia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
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MÓDULO I 
 
 
PRECAUÇÕES UNIVERSAIS 
 
Precauções Universais, atualmente denominadas Precauções Básicas, são 
medidas de prevenção que devem ser utilizadas na assistência a todos os 
pacientes, na manipulação de sangue, secreções e excreções, e contato com 
mucosas e pele não-íntegra. 
Essas medidas incluem a utilização de Equipamentos de Proteção Individual 
(E.P.I.), com a finalidade de reduzir a exposição do profissional a sangue ou fluidos 
corpóreos, e os cuidados específicos recomendados para manipulação e descarte 
de materiais pérfuro-cortantes, contaminados por material orgânico. 
Têm por objetivo evitar a transmissão de infecções (conhecidas ou não) do 
paciente para o profissional de saúde. 
 
1. Orientações gerais 
 
Cuidados com as mãos 
As mãos são as maiores responsáveis pela transmissão de microorganismos 
e, conseqüentemente, a infecção. É necessário, portanto, uma boa higiene das 
mãos antes e após o contato com paciente ou depois de manusear materiais 
contaminados. Devem-se manter unhas curtas e limpas, proteger lesões das mãos, 
não usar anéis ou jóias, que dificultará uma higiene correta das mãos. 
 
Equipamentos de proteção individual 
Os equipamentos de proteção individual são: luvas, máscaras, gorros, 
óculos de proteção, capotes (aventais) e botas, e atendem às seguintes indicações: 
 
 
 
 
 
 
9 
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• Luvas - sempre que houver possibilidade de contato com sangue, 
secreções e excreções, com mucosas ou com áreas de pele não-íntegra (ferimentos, 
escaras, feridas cirúrgicas e outros); 
• Máscaras, gorros e óculos de proteção - durante a realização de 
procedimentos em que haja possibilidade de respingo de sangue e outros fluidos 
corpóreos, nas mucosas da boca, nariz e olhos do profissional; 
• Capotes (aventais) - devem ser utilizados durante os procedimentos 
com possibilidade de contato com material biológico, inclusive em superfícies 
contaminadas; 
• Botas - proteção dos pés em locais úmidos ou com quantidade 
significativa de material infectante (centros cirúrgicos, áreas de necropsia e outros). 
 
Recomendações para utilização de Equipamentos de Proteção Individual 
(EPI) nas Precauções Básicas 
Procedimento 
Lavar 
as mãos 
Luvas
Capote 
(avental) 
Máscara 
e óculos de
proteção 
Exame de 
paciente sem contato com 
sangue, fluidos corporais, 
mucosas ou pele não-
íntegra 
X - - - 
Exame de 
paciente, incluindo contato 
com sangue, fluidos 
corporais, mucosas ou 
pele não-íntegra 
X X -* - 
Coleta de 
exames de sangue, urina 
e fezes 
X X - - 
Realização de 
curativos 
X X -* - ** 
Aplicações X X - - ** 
 
 
 
 
 
10 
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parenterais de 
medicações 
Punção ou 
dissecção venosa 
profunda 
X X X X 
Aspiração de 
vias aéreas e entubação 
traqueal 
X X X X 
Endoscopias, 
broncoscopias 
X X X X 
Procedimentos 
dentários 
X X X X 
Procedimentos 
com possibilidade de 
respingosde sangue e 
secreções 
X X X X 
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Manual de 
Condutas em Exposição Ocupacional a Material Biológico. 1999. 
 
* A utilização de capotes (aventais) está indicada durante os procedimentos 
em haja possibilidade de contato com material biológico, como na realização de 
curativos de grande porte, em que haja maior risco de exposição ao profissional, 
como grandes feridas cirúrgicas, queimaduras graves e escaras de decúbito. 
**O uso de óculos de proteção está recomendado somente durante os 
procedimentos em que haja possibilidade de respingo, ou para aplicação de 
medicamentos quimioterápicos. 
 
Cuidados com materiais pérfuro-cortantes 
Recomendações específicas devem ser seguidas durante a realização de 
procedimentos que envolvam a manipulação de material pérfuro-cortante: 
 
• Máxima atenção durante a realização dos procedimentos; 
 
 
 
 
 
11 
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• Jamais utilizar os dedos como anteparo durante a realização de 
procedimentos que envolvam materiais pérfuro-cortantes; 
• As agulhas não devem ser reencapadas, entortadas, quebradas ou 
retiradas da seringa com as mãos; 
• Não utilizar agulhas para fixar papéis; 
• Todo material pérfuro-cortante (agulhas, scalp, lâminas de bisturi, 
vidrarias, entre outros), mesmo que estéril, deve ser desprezado em recipientes 
resistentes à perfuração e com tampa; 
• Os recipientes específicos para descarte de material não devem ser 
preenchidos acima do limite de 2/3 de sua capacidade total, e devem ser colocados 
sempre próximos do local onde é realizado o procedimento. 
 
Isolamento e precauções 
O isolamento e precaução é uma forma aplicada a todos os pacientes com 
transmissão de microorganismos por aerossóis, por contato e via respiratória. 
O profissional deverá manter as Precauções Padrão, a todos os pacientes 
com doenças transmissíveis, que consiste em: lavagem das mãos; o uso de luvas, 
máscara e óculos; cuidados no manuseio de materiais pérfuro-cortantes e 
equipamentos; e quarto privativo para os pacientes com doenças infecciosas, onde o 
ambiente também é considerado. 
 
Tipos de isolamento e precaução 
 
PRECAUÇÃO RESPIRATÓRIA 
São indicadas para pacientes portadores de microrganismos transmitidos 
por gotículas de tamanho superior a 5 microns, que podem ser geradas durante 
tosse, espirro, conversação ou realização de diversos procedimentos. (Exemplo: 
coqueluche, difteria, streptococos pneumoiae, neisseria meningitides e caxumba). 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
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Estas precauções consistem em: 
1. Quarto privativo ou coorte de pacientes com o mesmo agente etiológico. A 
distância mínima entre dois pacientes deve ser de 1 metro. A porta pode permanecer 
aberta; 
2. Máscara deve ser utilizada se houver aproximação ao paciente, numa 
distância inferior a um metro. Por questões operacionais, as máscaras podem ser 
recomendadas para todas as vezes que o profissional entrar no quarto. Devem-se 
incluir os visitantes e acompanhantes; 
3. O transporte dos pacientes deve ser limitado ao mínimo indispensável e, 
quando for necessário, o paciente deve usar máscara. 
 
PRECAUÇÕES COM AEROSSÓIS 
São indicadas para pacientes com suspeita ou infecção comprovada por 
microrganismos transmitidos por aerossóis (partículas de tamanho < 5 microns) que 
ficam suspensos no ar e que podem ser dispersos a longas distâncias. (Exemplo: 
varicela, sarampo, tuberculose). 
Consistem em: 
1. Quarto privativo (ou coorte, que deve ser evitada) que possua pressão de 
ar negativa em relação às áreas vizinhas; um mínimo de 06 trocas de ar por hora; e, 
cuidados com o ar que é retirado do quarto (filtragem com filtros HEPA) antes da 
recirculação em outras áreas do hospital. As portas devem ser mantidas fechadas; 
2. Proteção respiratória com máscara que possua capacidade adequada de 
filtração e boa vedação lateral, máscara nº 95. Indivíduos suscetíveis a sarampo e 
varicela não devem entrar no quarto de pacientes com suspeita ou portadores 
destas infecções; 
3. O transporte dos pacientes deve ser limitado, mas se for necessário eles 
devem usar máscara (a máscara cirúrgica é suficiente). 
 
PRECAUÇÕES DE CONTATO 
Estão são indicadas para pacientes com infecção ou colonização por 
microrganismos com importância epidemiológica e que são transmitidos por contato 
 
 
 
 
 
13 
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direto (pele-a-pele) ou indireto (contato com itens ambientais ou itens de uso do 
paciente). (Exemplo: infecções gastrintestinais, respiratória, pele e ferida 
colonizada, entéricas e grandes abscessos). 
Consistem em: 
1. Quarto privativo ou coorte, quando os pacientes estiverem acometidos 
pela mesma doença transmissível. Os recém-nascidos podem ser mantidos em 
incubadora. Crianças e outros pacientes, que não deambulam, não requerem quarto 
privativo, desde que as camas tenham um afastamento maior do que 1metro entre 
elas; 
2. Uso de luvas quando entrar no quarto do paciente. Após o contato com 
material que contenha grande concentração de microrganismos (por exemplo: 
sangue, fezes e secreções), as luvas devem ser trocadas e as mãos lavadas. Após a 
lavagem das mãos, deve-se evitar o contato com superfícies ambientais 
potencialmente contaminadas; 
3. Uso de avental limpo, não estéril, quando entrar no quarto, se for previsto 
contato com o paciente que possa estar significativamente contaminando o ambiente 
(diarréia, incontinência, incapacidade de higienização, colostomia, ileostomia, ferida 
com secreção abundante ou não contida por curativo). O avental deve ser retirado 
antes da saída do quarto, e deve-se evitar o contato das roupas com superfícies 
ambientais potencialmente contaminadas; 
4. O transporte de pacientes para fora do quarto deve ser reduzido ao 
mínimo. As precauções devem ser mantidas durante o transporte; 
5. Os itens que o paciente tem contato e as superfícies ambientais devem 
ser submetidas à limpeza diária; 
6. Equipamentos de cuidado com os pacientes e materiais como 
estetoscópio, esfigmomanômetro ou cômoda ao lado do paciente, sempre que 
possível, devem ser usados somente por um único paciente. Se não for possível, a 
desinfecção deste material é recomendada entre o uso em um e outro paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Técnica de lavagem das mãos 
 
a) Lavagem básica das mãos 
É o simples ato de lavar as mãos com água e sabão, visando a remoção de 
bactérias transitórias e algumas residentes, como também células descamativas, 
pêlos, suor, sujidades e oleosidade da pele. O profissional de saúde deve fazer 
desse procedimento um hábito, seguindo as recomendações e etapas de 
desenvolvimento da seguinte técnica: 
 
• Fique em posição confortável, sem tocar a pia, e abra a torneira, de 
preferência, com a mão não dominante, isto é, com a esquerda, se for destro, e com 
a direita, se for canhoto; 
• Mantenha se possível, a água em temperatura agradável, já que a 
água quente ou muito fria resseca a pele. Use, de preferência, 2 ml de sabão líquido, 
ou o sabão em barra( nesse caso enxágüe o sabão antes do uso); 
• Ensaboe as mãos e friccione-as por aproximadamente 15 segundos, 
em todas as suas faces, espaços interdigitais, articulações, unhas e extremidadesdos dedos, conforme mostra a figura: 
 
 
Adaptada de: LAURENCE. J.C. The bacteriology of burns. Journal of hospital (Supl. B): 3 – 
17, 1985 
14 
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15 
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• Enxágüe as mãos, retirando totalmente a espuma e resíduos de sabão, 
enxugue-as com papel-toalha descartável; 
• Feche a torneira utilizando o papel-toalha descartável (evite encostar-
se à mesma ou na pia) 
 
Indicações 
Uma listagem de todas as situações em que as mãos devem ser lavadas 
seria uma tarefa prolongada e incompleta. 
De modo geral, entretanto, o bom senso autoriza e recomenda que o 
profissional de saúde lave as mãos nas situações abaixo indicadas: sempre que 
estiverem sujas. 
 
Antes de: 
• Ministrar medicamento oral; 
• Preparar nebulização. 
 
Antes e após: 
• A realização de trabalhos hospitalares; 
• A realização de atos e funções fisiológicas e ou pessoais (se alimentar, 
limpar e assoar o nariz, usar o toalete, pentear os cabelos, fumar ou tocar qualquer 
parte do corpo); 
• O manuseio de cada paciente e, às vezes, entre as diversas atividades 
realizadas num mesmo paciente (por exemplo: higiene, aspiração endotraqueal, 
esvaziamento da bolsa coletora de urina etc.); 
• O preparo de materiais ou equipamentos (respiradores, nebulizadores 
etc.), durante seu reprocessamento; 
• A manipulação de materiais ou equipamentos (exemplo: cateter 
intravascular, sistema fechado de drenagem urinária e equipamentos respiratórios); 
• A coleta de espécimes; 
• A aplicação de medicação injetável; 
• A higienização e troca de roupa dos pacientes. 
 
 
 
 
 
16 
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b) Lavagem e anti-sepsia das mãos 
 
Pré-procedimentos cirúrgicos 
No preparo das mãos e antebraços, antes de quaisquer procedimentos 
cirúrgicos, o profissional de saúde deve remover todas as jóias, pulseiras e ou anéis, 
inclusive a aliança. As unhas devem ser mantidas aparadas e sem esmalte. 
Para a anti-sepsia, recomenda-se o emprego de escovas apropriadas, com 
cerdas macias, descartáveis ou convenientemente esterilizadas. São contra-
indicadas as escovas de cerdas duras, já que podem promover lesões cutâneas nas 
mãos e antebraços. Proscreve-se, também, a manutenção de escovas em soluções 
desinfetantes, bem como seu reaproveitamento após o uso. Caso não existam 
condições adequadas para a utilização das escovas, deve-se dar preferência ao 
desenvolvimento da anti-sepsia sem escovação. 
Com ou sem escovação, porém, a seqüência da lavagem deve ser 
ritualmente seguida pelo profissional de saúde. Com movimentos de fricção pelas 
diferentes faces das mãos, espaços interdigitais, articulações, extremidades dos 
dedos e antebraços, durante 5 minutos antes da primeira cirurgia e de 2 a 5 minutos 
antes das cirurgias subseqüentes, desde que a anterior não tenha sido infectada. 
Nesse caso, deve-se obedecer ao tempo de 5 minutos. 
 
1ª opção 
Desenvolvimento da técnica com anti-séptico-detergente 
Quando do emprego de produtos antissépticos-detergentes no final do 
procedimento, o profissional de saúde deve enxaguar as mãos em água corrente, 
aplicar o produto e, após friccioná-lo nas mãos, enxugar as mesmas com toalha ou 
compressa esterilizada. 
É vedado o uso de soluções alcoólicas para a remoção de resíduos do anti-
séptico-detergente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
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2ª opção 
Desenvolvimento da técnica com água, sabão e aplicação de anti-
sépticos 
Quando não houver a disponibilidade de produtos à base de antisséptico- 
detergente associado, o ritual da lavagem / escovagem deverá ser processado com 
o uso do sabão, obedecendo-se a técnica preconizada. O profissional de saúde, 
após friccionar as mãos com água e sabão, deve enxugá-las tendo o cuidado de 
remover totalmente a espuma e resíduos de sabão das mãos e antebraços. 
Seqüencialmente, deve aplicar uma solução de álcool iodado a 0,5 ou 1 %, 
friccionando as mãos com essa solução por, no mínimo, 1 minuto, secando-as em 
seguida com toalha ou compressa esterilizada. 
Em qualquer das duas opções, durante o desenvolvimento da técnica, as 
mãos devem ser mantidas numa altura relativamente superior aos cotovelos, e a 
secagem com toalha ou compressa esterilizada deve ser processada, sempre, 
obedecendo-se a direção mãos-cotovelo, com movimentos compressivos e não de 
esfregação. 
É contra-indicada a imersão das mãos em bacias com álcool iodado. Como 
precaução adicional, o profissional de saúde deve usar luvas quando houver um 
elevado risco de transmissão de infecção. Tal procedimento objetiva proteger os 
pacientes dos microrganismos que não foram totalmente removidos através da 
lavagem das mãos, bem como evitar que o pessoal de saúde tenha contato direto 
com secreções, excreções, material e equipamentos contaminados. O uso de luvas, 
entretanto, não prescinde uma boa lavagem das mãos. 
 
Indicações (1 ª e 2 ª opção) 
 
Antes de: 
• Cirurgias em geral; 
• Procedimentos cirúrgicos de pequeno porte, tais como: biópsias, 
cateterismos vasculares, traqueostomias, shunts arteriovenosos, procedimentos 
endoscópicos por incisões, punções e drenagens de cavidades serosas, acesso 
 
 
 
 
 
18 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
percutâneo a cavidades naturais (cateterismo vesical, punção suprapúbica) e outras 
cirurgias realizadas em unidades ambulatoriais e de emergência, como por exemplo, 
retirada de corpo estranho, cirurgia oftalmológica e outras. 
Em alguns serviços de saúde, os procedimentos citados – em conseqüência 
de situações emergenciais e outras peculiares à instituição – são realizados em 
áreas semicríticas e não em áreas críticas, o que seria mais adequado, devido ao 
risco potencial de infecção. 
 
Outros procedimentos de risco 
Alguns procedimentos de risco ou invasivos (diagnósticos ou terapêuticos) 
são desenvolvidos em diferentes áreas dos hospitais brasileiros. Apesar de não 
representarem risco de infecção equivalente aos das agressões cirúrgicas (de 
grande e pequeno porte) acima referidas, os cuidados com as mãos devem ser 
rigorosos, tendo-se em vista que freqüentemente acarretam infecções hospitalares. 
Portanto, preconiza-se a lavagem das mãos com água e sabão por 
aproximadamente 15 segundos, com posterior aplicação de anti-séptico em solução 
alcoólica, friccionando, durante 1 minuto, todas as faces das mãos, conforme a 
técnica já descrita. Ressalva-se que as mãos devem secar naturalmente e não por 
intermédio do papel-toalha. 
Considerando-se o custo, o problema de disponibilidade dos anti-sépticos 
detergentes no mercado e a não necessidade de efeito residual prolongado em 
alguns procedimentos de risco. Optou-se, apenas, pela lavagem das mãos com 
água e sabão, com posterior aplicação de anti-sépticos em solução alcoólica, o que 
não exclui, entretanto, o uso de antissépticos-detergentes por algumas instituições 
que assim o preferirem. 
 
Indicações 
 
Antes de: 
• Examinar pacientes de isolamento reverso; 
• Preparar dietas para berçário (mamadeiras, leite, papa, etc.);19 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
• Preparar solução parenteral ou enteral; 
• Instalar solução parenteral (antes de manusear equipamentos para 
ministrar a solução); 
• Proceder à instalação da hemodiálise; 
• Realizar instrumentação e sondagem de orifícios naturais (cistoscopia, 
broncoscopia, laringoscopia direta e cateterismo vesical); 
• Realizar punção-biópsia; 
• Realizar punção lombar; 
• Efetuar cateterismo de trajetos fistulosos. 
 
Antes e após: 
• Qualquer tipo de curativo. 
 
Após: 
• Contato com urina, fezes, sangue, saliva, escarro, secreções 
purulentas ou outras secreções ou excreções materiais, bem como equipamentos e 
roupas contaminadas. 
 
3. Técnica para calçar luva estéril 
O procedimento de calçar um par de luvas estéril requer técnica correta, 
para evitar a contaminação da luva, fato este que pode ocorrer com facilidade, por 
isso requer muita atenção. 
As luvas estéreis devem ser utilizadas sempre que ocorrer a necessidade de 
manipulação de áreas estéreis. Existem vários procedimentos que exigem a 
utilização de luvas estéreis, entre eles os procedimentos cirúrgicos, aspiração 
endotraqueal, curativos extensos, que se tornam difíceis realizar somente com o 
material de curativo. 
Resumindo, em qualquer ocasião que for necessário o auxílio manual em 
locais estéreis ou em lesões, usa-se as luvas esterilizadas. 
 
 
 
 
 
Podem ser encontradas nos tamanhos P, M ou G, ou até mesmo em 
tamanhos numerados como 6.0, 6.5, 7.0 até 9.0. E pode variar de acordo com o 
fabricante. 
Após realizar a lavagem correta das mãos, abra o pacote de luvas sobre 
uma superfície limpa, à altura confortável para sua manipulação. 
 
 
Fonte: site: www.enfermagem.org
 
 
Observe que existem abas nas dobras internas da embalagem das luvas. 
Elas existem para facilitar a abertura do papel, sem que ocorra o risco de tocar nas 
luvas e contaminá-las. Então, segure nas abas abra os dois lados que revestem as 
luvas, conforme a figura abaixo. 
 
20 
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Ilustração retirada do site: www.enfermagem.org 
 
As luvas estão dispostas corretamente a sua frente, onde: a luva da mão 
direita está a sua direita, e a luva da mão esquerda, está a sua esquerda. Isso na 
maioria dos fabricantes. A maioria das luvas não tem lado anatômico, mas ficam 
dispostas nesse sentido, devido a dobra existente do polegar. 
Agora, prepare-se para calçar a luva na mão dominante. Com sua mão não-
dominante, segure a luva pela face interna da luva (que vem dobrada 
propositalmente). 
Lembre-se: enquanto você estiver sem luvas, segure apenas pela face onde 
a luva irá entrar em contato com sua pele, ou seja, face interna. 
 
 
Ilustração retirada do site: www.enfermagem.org
 
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Agora, introduza os dedos da mão dominante, calmamente, procurando 
ajustar os dedos internamente. Realize esta etapa da melhor maneira possível, mas 
não se preocupe se os dedos ficarem mal posicionados dentro da luva. Continue o 
procedimento mesmo com os dedos posicionados de forma errada (é muito 
arriscado tentar arrumar a posição dos dedos, você pode contaminá-la). 
 
 
Ilustração retirada do site: www.enfermagem.org
 
Após esta etapa, introduza até que sua mão entre completamente na luva, 
sempre a segurando pela face interna. 
 
 
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Agora que você colocou a primeira luva estéril (na mão dominante), vamos 
colocar a luva na mão esquerda (não-dominante). Lembre-se, que agora estamos 
com uma luva estéril na mão dominante, não podemos tocar em lugares que não 
sejam estéreis, sejam eles a nossa pele, superfícies ou objetos ao nosso redor. Com 
a mão dominante (enluvada), segure a outra luva pela face externa (ou seja, por 
dentro da dobra existente). Esta dobra existente no punho da luva servirá de apoio 
para segurar a luva, sem que ocorra o risco de contaminar a luva, mesmo que 
imperceptivelmente. 
 
 
Ilustração retirada do site: www.enfermagem.org
 
Sempre segurando pela dobra do punho da luva, introduza calmamente sua 
mão esquerda (não-dominante) na luva, semelhante ao realizado na primeira, mas 
agora, com a cautela de não tocar com a luva na pele da mão esquerda ou em 
locais não-estéreis. 
 
 
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Ilustração retirada do site: www.enfermagem.org
Siga esta etapa, até introduzir toda a mão esquerda na luva. 
 
 
 
Ilustração retirada do site: www.enfermagem.org
 
 
Agora, havendo a necessidade de posicionar os dedos corretamente, ou até 
mesmo melhorar o calçamento da luva, faça com ambas as luvas, porém evite 
manipular a luva na região dos punhos, caso esta não possua mais as dobras de 
segurança. 
 
 
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Ilustração retirada do site: www.enfermagem.org
 
 
4. Paramentação 
Paramentar-se é vestir de maneira adequada por determinada ocasião, a fim 
de evitar a transmissão de microorganismos a outros pacientes. 
 
Como se paramentar de maneira eficiente e segura 
 
Para uma paramentação segura devemos tomar certos cuidados antes de 
pegarmos o avental. São eles: 
 
1 - Certificar-se de que o pacote está estéril (através de adesivo identificador 
no próprio pacote); 
2 - Pedir à circulante que abra o pacote para você; 
3 - Verificar o espaço disponível, se não há mobiliário ou pessoas 
atrapalhando sua movimentação. 
Tomados estes cuidados podemos prosseguir com a paramentação. 
 
 
 
 
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Técnicas: 
 
1. Retire o avental do pacote, abra-o e segure-o com as duas mãos por 
dentro dele na região dos ombros; 
2. Erga as mãos e introduza o quanto puder seus braços no avental, em 
seguida peça à circulante que lhe ajude a ajeitar o avental; 
3. Segure as cordas afastadas do avental por seu meio, enquanto a 
circulante amarra seu avental; 
4. Entregue as pontas à circulante e espere que ela amarre; 
5. Caso o avental seja do tipo opa, faça um bolinho com o fio maior e o 
entregue à outra mão dando a volta por trás de seu corpo; 
6. Puxe bem a ponta maior para fechar o avental atrás; 
7. Com a outra mão amarre as duas pontas; 
8. No punho procure deixar o dedal preso no dedão, assim o avental 
ficará mais firme e não poderá encolher durante a cirurgia; 
9. Calce a luva esquerda se for destro e direita se for canhoto em 
primeiro; 
10. Depois calce a outra luva; 
11. Nunca encoste a luva calçada em sua pele. Isso causariaa 
contaminação e seria preciso recomeçar o processo; 
12. Passe a luva por seu punho para vedar completamente o contato de 
sua pele com o paciente; 
13. Caso seu avental não possua dedal, certifique-se de que o punho está 
bem para frente; 
14. Segure o punho com a palma da mão; 
15. Passe então a luva até sentir que ficou firme. 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM A UNIDADE DO PACIENTE 
 
1. Limpeza diária ou concorrente 
Entende-se por limpeza concorrente a higienização diária de todas as 
 
 
 
 
 
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áreas do hospital, com o objetivo da manutenção do asseio, reposição de 
materiais de consumo como: sabão líquido, papel toalha, papel higiênico, saco 
para lixo. Inclui: 
→ Limpeza de piso, remoção de poeira do mobiliário e peitoril, limpeza 
completa do sanitário; 
→ Limpeza de todo o mobiliário da unidade (bancadas, mesa, cadeira), 
realizada pela equipe da unidade (ou pela equipe da higienização, quando 
devidamente orientada). 
 
Obs.: 
• A limpeza das superfícies horizontais deve ser repetida durante o 
dia, pois há acúmulo de partículas existentes no ar ou pela movimentação de 
pessoas; 
• A limpeza ou desinfecção concorrente do colchão deve ser feita no 
período da manhã, durante a higiene do paciente. 
 
Técnica: 
 
Inicia-se do local mais limpo para o local mais sujo, ou do local menos 
contaminado de acordo com o “provável nível de sujidade ou contaminação”. 
1º. Mobiliários; 
2º. Parede; 
3º. Piso. 
 
Materiais: Baldes, panos e solução apropriada. 
 
• Embeber o pano em solução apropriada; 
• Esfregar a área a ser limpa sempre no mesmo sentido, do mais 
limpo ao mais sujo; 
• Molhar o outro pano em água limpa (2º balde) e enxaguar; 
• Molhar com o 3º pano no álcool e aplicar na superfície, deixar secar; 
 
 
 
 
 
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• Friccionar com o 4º pano por 15 segundos em cada ponto; 
• Limpar e guardar o material. 
 
2. Limpeza ou desinfecção terminal 
Entende-se por limpeza terminal a higienização completa das áreas do 
hospital e, às vezes, a desinfecção para a diminuição da sujidade e redução da 
população microbiana. É realizada de acordo com uma rotina pré-estabelecida, 
habitualmente, uma vez por semana ou quando necessário. 
Além da limpeza da unidade outros mobiliários e equipamentos, que têm 
contato direto com o paciente, também devem ser limpos sempre que utilizados 
(cadeira de rodas, maca e outros). 
Consiste no método de limpeza ou desinfecção de mobiliário e material que 
compõem a unidade do paciente no hospital. É feita após a alta, transferência, óbitos 
ou longa permanência do paciente. 
Executar a técnica com movimentos firmes, longos e em uma só direção. 
Seguir os princípios: 
 
• Do mais limpo para o mais sujo; 
• Da esquerda para direita; 
• De cima para baixo; 
• Do distal para o proximal. 
 
Utilizar um balde e um pano para ensaboar e outro balde e pano para 
enxaguar, deixando quase seco. No caso de desinfecção passar a solução uma vez. 
 
Técnica: 
 
Materiais: bandeja, 2 baldes com água e recipiente com pedaço de sabão 
(para limpeza da unidade), 1 balde com solução desinfetante padronizada no 
hospital (para desinfecção da unidade), cuba-rim para lixo, papel toalha, luva de 
procedimentos. 
 
 
 
 
 
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• Retirar a roupa, separando a leve da pesada, manuseando-a com 
cuidado, fazer um pacote e colocá-lo sobre a bandeja. Levar a roupa ao expurgo; 
• Se houver comadre, papagaio, bacia e cuba-rim no quarto, enxaguar 
no banheiro e levar para o expurgo, lavá-las com água e sabão, secar e passar 
álcool 70%; 
• Colocar a luva de procedimentos; 
• Limpar a mesa de refeição; 
• Limpar suporte de soro; 
• Limpar a mesa de cabeceira, iniciar pela área externa (parte superior, 
laterais, atrás e frente), parte interna da gaveta (iniciando pelo fundo, laterais, chão e 
frente) e parte externa da gaveta (limpar apenas laterais). Parte interna da porta. 
Parte interna da mesinha (iniciar pelo teto, fundo, laterais, prateleira do meio e parte 
inferior). Manter a porta fechada; 
• Limpar um dos lados do travesseiro colocando o lado já limpo sobre a 
mesa de cabeceira, e proceder à limpeza do outro lado; 
• Abrir o impermeável sobre o colchão e limpar a parte exposta, dobrar e 
limpar a outra parte exposta, colocando-a sobre o travesseiro; 
• Limpar a face superior e lateral do colchão, no sentido da cabeceira 
para os pés; 
• Colocar o colchão sobre a guarda aos pés da cama, expondo a metade 
inferior do estrado aos pés da cama e a metade posterior do colchão; 
• Lavar cabeceira, grades e a parte exposta do estrado; 
• Dobrar o colchão dos pés da cama para a cabeceira, limpando a parte 
inferior do estrado aos pés da cama e a metade posterior do colchão; 
• Acionar a manivela para limpar a parte posterior do estrado nos pés da 
cama; 
• Abaixar o estrado e colocar o colchão no lugar, na posição horizontal; 
• Limpar os quatro pés da cama; 
• Colocar sobre o colchão o impermeável e o travesseiro; 
• Proceder a limpeza da cadeira, e a escadinha; 
• Recolher o material utilizado e lavá-lo, retirar as luvas e lavar as mãos. 
 
 
 
 
 
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3. Limpeza e desinfecção dos artigos hospitalares 
Os artigos hospitalares são manejados dentro do hospital como ferramentas 
para realização de diagnósticos e tratamentos, ou apoio para esses procedimentos. 
Necessitam de controle apurado para o manejo, a fim de não comprometer a vida do 
paciente, disseminando a infecção hospitalar. 
As ações que se realizam com estes artigos dependem de sua área de 
contato e do tipo de artigo hospitalar, realizando as limpezas simples, desinfecções e 
esterilizações. 
As desinfecções de artigos hospitalares são realizadas de acordo com a 
classificação feita por SPAULDING, há mais de 2 décadas, os artigos hospitalares 
são classificados em: Críticos, Semicríticos e Não-críticos, baseado no grau de risco 
de infecção do uso destes itens. 
Os artigos críticos são aqueles destinados a penetração, através de pele e 
mucosas, que entram em contato com tecidos estéreis do corpo humano, isentos de 
colonização. Exemplo: agulhas, materiais cirúrgicos, cateteres cardíacos e outros. 
 
Os artigos semicríticos são aqueles que entram em contato com mucosas 
integras ou pele lesada. Exemplo: circuitos de terapia respiratória, endoscópios, 
tubos endotraqueais. 
Os artigos não-críticos são aqueles que entram em contato apenas com a 
pele íntegra do paciente ou não entram em contato com ele. Exemplo: o material 
usado para higienização, termômetro, esfigmomanômetro, oxímetro de pulso, 
comadre, papagaio, entre outros. 
Para os artigos não-críticos basta a limpeza com procedimento mínimo. Por 
limpeza entende-se a completa remoção da sujidade presente nos artigos, utilizando 
água, detergente e ação mecânica. Utilizando água morna e detergente enzimático 
potencializa-se a efetividade da limpeza. 
Para os artigos semicríticos, além da limpeza, há a necessidade de 
complementar com a termodesinfecção ou desinfecção química de nível 
intermediário, no mínimo. A termodesinfecção faz-se por meio das lavadorastermodesinfectoras, que possuem programas que operam em temperaturas variadas 
 
 
 
 
 
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como as de 70°C, 85°C, 92°C, 95°C, respectivamente, a um tempo de exposição 
decrescente. A desinfecção química pode ser feita imergindo o material em soluções 
à base de glutaraldeído a 2% por 20 a 30 minutos, ou ácido peracético a 0,2% por 
10 minutos, atentando-se para indicações e contra-indicações para cada material. 
Estas duas soluções garantem a desinfecção de alto nível, ou seja, além de virucida, 
bactericida, fungicida e micobactericida, é também parcialmente esporocida. Já 
outros germicidas como o álcool a 70%, hipoclorito de sódio a 1% e fenol sintético, 
são desinfetantes químicos sem ação esporocida, porém adequados para processar 
os artigos semicríticos, por serem desinfetantes de nível intermediário (virucida, 
bactericida, fungicida e micobactericida). 
Para os artigos críticos, a esterilização é o procedimento aceito. Se o artigo 
for termorresistente, a autoclavação com pré-vácuo é o processo imbatível, pois é 
seguro, rápido, econômico, não-tóxico, e que permite ser seguramente monitorizado. 
Se o artigo for termossensível, há que se recorrer à esterilização gasosa 
automatizada, por meio de óxido de etileno, plasma de peróxido de hidrogênio ou 
vapor à baixa temperatura com o gás formaldeído. 
 
 
PREPARO DA CAMA HOSPITALAR 
 
 O leito é um fator importante na obtenção do repouso e conforto adequados, 
sendo essencial na manutenção e recuperação da saúde. Tem como objetivos: 
preparar uma cama segura e confortável; manter a unidade com aspecto agradável; 
proporcionar bem-estar e segurança ao paciente. A técnica preconizada tem por 
função proporcionar conforto e segurança ao paciente, como também tornar mais 
rápido e menos fatigante o trabalho da enfermagem. 
 
1. Cama fechada 
É o preparo da cama para ser ocupada por um novo paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
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Técnica: 
 
1. Reunir o material; 
2. Realizar a limpeza concorrente; 
3. Colocar a cadeira aos pés da cama e sobre ela o travesseiro; 
4. Dispor a roupa no espaldar da cadeira, observando a ordem: 
• Toalha de banho; 
• Fronha; 
• Colcha; 
• Cobertor; 
• Lençol protetor do paciente (sobrelençol); 
• Lençol protetor do colchão. 
5. Dispor o lençol de baixo fazendo canto da cabeceira, dos pés e lateral da 
cama; 
6. Colocar o lençol protetor do paciente deixando barrado junto à cabeceira; 
7. O cobertor a menos de 40 cm da cabeceira, estender a colcha rente a 
cabeceira prendendo junto as 3 peças nos pés da cama e deixando solto os lados; 
8. Pôr a fronha no travesseiro colocando junto à grade da cabeceira. 
Endireitar a cadeira, passar para o outro lado e repetir a seqüência; 
9. Deixar a unidade (quarto do paciente em ordem). 
Obs.: Dobraduras do lençol: 2 vezes no sentido da largura e 1 vez no sentido 
de comprimento. Colocar na cadeira com as pontas laterais voltadas para a cama. 
2. Cama aberta 
É o preparo da cama sem paciente, com ocupação do leito pelo paciente 
que pode se locomover. 
Técnica: 
 
O material utilizado é o mesmo da cama fechada, acrescido de um recipiente 
de pano de limpeza e desinfetante, para limpeza do colchão e travesseiro antes do 
preparo da cama. 
 
 
 
 
 
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Proceder à mesma seqüência da cama fechada, deixando o lençol de cima 
(protetor do paciente) virado no sentido diagonal sobre o cobertor e a colcha na 
parte da cabeceira. O travesseiro é colocado sobre a cama. 
 
3. Cama ocupada 
Consiste no preparo da ama ocupada por um paciente que permanece no 
leito, incapaz de se locomover. 
 
Técnica: 
 
O material utilizado é o mesmo da cama fechada, acrescido de um recipiente 
de pano de limpeza e desinfetante, para limpeza do colchão e travesseiro durante do 
preparo da cama. 
 
1. Orientar o paciente sobre o procedimento; 
2. Lavar as mãos; 
3. Preparar o material necessário; 
4. Preparar o ambiente com biombo se necessário; 
5. Soltar as roupas de cama e colocá-las no hamper; 
6. Retirar o cobertor, dobrá-lo e colocá-lo no espaldar da cadeira; 
7. Colocar o paciente em decúbito lateral, observando a sua segurança, 
dobrar o lençol de baixo para o centro do colchão; 
8. Fazer a desinfecção para o centro do colchão; 
9. Colocar o lençol de baixo conforme descrito anteriormente, fixando-o 
sob o colchão; 
10. Virar o paciente de modo que o mesmo fique sobre o lençol limpo em 
decúbito lateral; 
11. Remover o restante do lençol usado, colocá-lo no hamper e proceder a 
desinfecção do restante do colchão; 
12. Puxar com cuidado o lençol de baixo, esticá-lo e fixá-lo sob o colchão; 
13. Colocar o paciente em posição confortável; 
 
 
 
 
 
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14. Dobrar o sobrelençol usado longitudinalmente, tendo cuidado de não 
expor o paciente. Colocar o sobrelençol limpo com a técnica conhecida e estendê-lo 
sobre o paciente, no mesmo tempo em que é retirado o lençol usado; 
15. Colocar o cobertor e a colcha e fixá-los, conforme descrição anterior; 
16. Retirar fronha, fazer desinfecção do travesseiro e colocar fronha limpa. 
 
4. Cama operado 
É o preparo da cama para receber o paciente que se submeteu a cirurgias 
ou exames sob anestesia. 
 
Técnica: 
 
1. Reunir o material necessário e levá-lo ao quarto; 
2. Calçar luvas de procedimento; 
3. Retirar roupa suja e colocá-la no hamper; 
4. Realizar limpeza concorrente; 
5. Proceder de forma semelhante a da cama fechada; 
6. Colocar forro móvel sobre o lençol de baixo na cabeceira da cama, com 
pregas (no mínimo três) em cada lado do colchão, deixando livre o centro da cama 
para a cabeça do paciente; 
7. Estender as três peças superiores sem prendê-las nos pés da cama; 
8. Dobrar as três peças juntas, cerca de 15 cm em cada extremidade; 
9. Fazer um rolo com as três peças, no sentido do comprimento, 
colocando-o no lado oposto ao que será utilizado para colocar o paciente no leito; 
10. Colocar o travesseiro aos pés da cama. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ADMISSÃO, ALTA E TRANSFERÊNCIA DO PACIENTE 
 
1. Admissão 
É a entrada e permanência do paciente no hospital, por determinado 
período. Tem por objetivos facilitar a adaptação do paciente ao ambiente hospitalar, 
proporcionar conforto e segurança. 
Na unidade de internação o paciente é recebido por um profissional da 
unidade e encaminhado ao quarto ou enfermaria. Deve ser recebido com gentileza e 
cordialidade para aliviar suas apreensões e ansiedades. Geralmente, o paciente 
está preocupado com a sua saúde. 
A primeira impressão recebida é fundamental ao paciente e seus familiares, 
inspirando-lhes confiança no hospital e na equipe que o atenderá. Se recebido 
atenciosamente, proporcionará sensação de segurança e bem estar, e deste 
primeiro contato depende em grande parte a colaboração do paciente ao tratamento. 
 
Procedimentos: 
 
1. Receber o paciente cordialmente, verificandose as fichas estão 
completas; 
2. Acompanhar o paciente ao leito, auxiliando-o a deitar e dando-lhe todo o 
conforto possível; 
3. Apresentá-lo aos demais pacientes do seu quarto; 
4. Orientar o paciente em relação à: localização das instalações sanitárias; 
horários das refeições; modo de usar a campainha; nome do médico e da enfermeira 
chefe; 
5. Explicar o regulamento do hospital quanto à: fumo; horário de repouso; 
horário de visita; 
6. Os pertences do paciente devem ser entregues à família no ato da 
admissão, se não for possível, colocá-los em um saco e grampear, identificando com 
um impresso próprio e encaminhar para a sala de pertences; 
 
 
 
 
 
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7. Preparar o paciente em relação aos exames a que será submetido, a fim 
de obter sua cooperação; 
8. Fornecer roupa do hospital, se a rotina da enfermeira não permitir o uso 
da própria roupa; 
9. Fazer o prontuário do paciente; 
10. Verificar temperatura, pressão arterial, pulso e respiração, proceder ao 
exame físico; 
11. Anotar no relatório de enfermagem a admissão; 
12. Anotar no Relatório Geral a admissão e o censo diário. 
 
2. Alta 
Alta Hospitalar é o encerramento da assistência prestada ao paciente no 
hospital. O paciente recebe alta quando seu estado de saúde permitir ou quando 
está em condições de recuperar-se e continuar o tratamento em casa. 
A alta do paciente deve ser assinada pelo médico. 
 
Procedimentos: 
 
1. Certificar-se da alta no prontuário do paciente, que deve estar assinada 
pelo médico; 
2. Verificar no prontuário as medicações ou outros tratamentos a serem 
feitos antes da saída do paciente; 
3. Informar ao paciente sobre a alta, hora e de como será transportado; 
4. Entregar ao paciente a receita médica e orientá-lo devidamente; 
5. Auxiliar o paciente a vestir-se; 
6. Reunir as roupas e objetos pessoais e colocá-los na mala ou sacola; 
7. Devolver objetos e medicamentos ao paciente, que foram guardados 
no hospital; 
8. Providenciar cadeira de rodas ou maca para transportar o paciente até 
o veículo; 
9. Transportar o paciente; 
 
 
 
 
 
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10. Preparar a unidade para receber outro paciente. 
 
3. Transferência interna do paciente 
É a transferência do paciente de um setor para o outro, dentro do próprio 
hospital. Poderá ser transferido quando necessitar de cuidados intensivos, mudança 
de setor e troca do tipo de acomodação. 
 
Procedimentos: 
1. Após confirmação da vaga pela chefia, orientar o paciente; 
2. Checar na prescrição toda a medicação que foi administrada e 
cuidados prestados; 
3. Separar medicamentos para encaminhá-los junto com o paciente; 
4. Proceder as anotações de enfermagem no plano assistencial; 
5. Fazer rol de roupas e pertences do paciente, entregando-os à família 
ou encaminhando junto ao paciente; 
6. Proceder o transporte do paciente, com auxílio; 
7. Levar o prontuário completo, medicamentos e pertences; 
8. Auxiliar na acomodação do paciente; 
9. Retornar ao setor levando a maca ou cadeira de rodas; 
10. Preparar a unidade para receber outro paciente. 
 
HIGIENE CORPORAL DO PACIENTE 
 
1. Banho no leito 
A higiene pessoal adequada é indispensável à conservação da saúde e do 
bem estar. A pele íntegra é a primeira linha de defesa contra infecção e contra a 
agressão aos tecidos subjacentes, além de ter importância na regulação da 
temperatura corporal. 
O enfermo, em geral, tem menor resistência à infecção, por isso as bactérias 
patogênicas contribuem com ameaça mais acentuada, porém a invasão microbiana 
pode ser reduzida, mantendo-se intactas a pele e a membrana mucosa. 
 
 
 
 
 
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Os objetivos do banho de leito são: providenciar conforto e bem-estar, 
promover relaxamento muscular, manter a integridade da pele, estimular a 
circulação. 
 
Procedimentos: 
 
Material: Equipamentos da cama: colcha, cobertor, 01 lençol de cima, lençol 
móvel, 01 impermeável, 01 lençol de baixo, fronha, seguindo esta ordem; 
luvas de procedimento; 01 toalha de rosto; 01 toalha de banho; 02 luvas de banho 
ou compressas; 01 camisola; 02 bacias de banho ou balde; jarro de água quente; 01 
sabonete anti-séptico; comadre ou papagaio; biombo s/n; saco de hamper. 
 
1. Colocar o biombo s/n; fechar janelas e portas; 
2. Desocupar a mesa de cabeceira; 
3. Oferecer comadre ou papagaio antes de iniciar o banho; 
4. Desprender a roupa de cama, retirar a colcha, o cobertor, o travesseiro 
e a camisola, deixando-o protegido com o lençol; 
5. Abaixar a cabeceira da cama caso seja possível; 
6. Colocar o travesseiro sobre o ombro; 
7. Ocluir os ouvidos; 
8. Colocar a bacia sob a cabeça; 
9. Lavar os cabelos; 
10. Fazer higiene oral; 
11. Calçar as luvas de procedimento; 
12. Molhar as luvas de banho retirando o excesso de água; 
13. Lavar os olhos do paciente do ângulo interno; 
14. Lavar os olhos do paciente do ângulo interno para o externo; 
15. Utilizar água limpa para lavar cada olho; 
16. Ensaboar pouco e secar com a toalha de rosto; 
17. Colocar a toalha de banho sob um dos braços do paciente e lavá-lo no 
sentido do punho para as axilas em movimentos longos; 
 
 
 
 
 
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18. Enxaguar e secar com a toalha de banho; 
19. Repetir a operação com o outro braço; 
20. Colocar a toalha de banho sobre o tórax do paciente, cobrindo-o até a 
região púbica; 
21. Com uma as mãos suspender a toalha e com a outra lavar o tórax e 
abdômen; 
22. Enxaguar, secar e cobri-lo com o lençol; 
23. Lavar as pernas fazendo movimentos passivos nas articulações, 
massagear as proeminências ósseas e panturrilha; 
24. Flexionar o joelho do paciente e lavar os pés, secando bem entre os 
dedos; 
25. Colocar o paciente em decúbito lateral, com as costas voltadas para 
você, protegendo-a com toalha, lavar, enxugar e secar; 
26. Fazer massagem de conforto; 
27. Colocar o paciente em posição dorsal; 
28. Colocar a toalha de banho e comadre sob o paciente; 
29. Oferecer a luva de banho para que o paciente possa fazer sua higiene 
íntima (se tiver limitações, calçarem a luva e fazer a higiene para o paciente); 
30. Lavar as mãos; 
31. Vestir a camisola; 
32. Trocar a roupa de cama; 
33. Recolocar o travesseiro e deixá-lo em posição confortável. 
 
2. Higiene oral 
 
A boca é a principal porta de entrada para os microorganismos causadores 
de doenças. É um excelente meio de incubação porque fornece umidade, alimento, 
calor e proteção em condições ideais. 
A boca mal cuidada favorece o aparecimento de infecção, tanto no trato 
digestivo quanto no trato respiratório, por isso, a higiene oral constitui um cuidado de 
enfermagem diário. 
 
 
 
 
 
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Os objetivos da higiene oral são: motivar a formação de hábitos de higiene, 
remover restos alimentares, prevenir cáries dentárias e infecções, aumentar a 
circulação capilar, proporcionar conforto e bem-estar.Procedimentos: 
 
Material: escova de dente; dentifrício; copo descartável com água; toalha de 
rosto; cuba-rim; espátula; canudo s/n; lubrificante labial (vaselina); antisséptico oral 
(Cepacol); luva de procedimento; gaze. 
 
Paciente com pouca limitação: 
1. Em posição de Fowler e com a cabeça lateralizada; 
2. Proteger o tórax com a toalha de rosto; 
3. Colocar a cuba-rim sob a bochecha; 
4. Solicitar para que abra a boca ou abri-la com auxilio da espátula; 
5. Utilizar a escova com movimentos da raiz em direção à extremidade 
dos dentes. Fazer cerca de 6 a 10 movimentos em cada superfície dental, com 
pressão constante da escova; 
6. Repetir esse movimento na superfície vestibular e lingual, tracionando 
a língua com espátula protegida com gaze, s/n; 
7. Oferecer copo com água para enxaguar a boca; utilizar canudo s/n. 
 
Paciente com prótese: 
1. Solicitar que retire a prótese ou fazer por ele, utilizando a gaze; 
colocá-la na cuba rim; 
2. Escovar a gengiva, palato e língua, se o paciente não puder fazê-lo; 
3. Oferecê-la para que o paciente coloque-a ainda molhada. 
 
Pacientes inconscientes ou em estado grave: 
1. Toalha sobre o tórax e proteger a cama; 
2. Elevar decúbito se não houver contra indicação; 
 
 
 
 
 
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3. Molhar a gaze na solução; 
4. Lavar dentes, gengivas, palato, bochechas, língua; 
5. Lubrificar lábios; 
6. Deixar paciente confortável. 
 
3. Tratamento de pediculose 
Pedículos humanos são parasitas do ser humano, conhecido popularmente 
por “piolhos”, sendo encontrados no couro cabeludo e outras regiões pilosas do 
corpo. 
Os sintomas incluem: prurido intenso, presença de lêndeas e presença do 
próprio piolho. 
O objetivo do tratamento de pediculose é eliminar o parasita e seus ovos, 
proporcionando conforto ao paciente e evitando sua propagação. 
 
Procedimento: 
 
Material: bandeja, 1 par de luvas, antiparasitário tópico, impermeável se o 
paciente não puder sentar-se, 1 forro, 1 toalha de rosto, recipiente para lixo, 2 tiras 
de fita adesiva, 1 par de gazes, pente fino. 
 
1. Reunir o material necessário e levá-lo ao quarto; 
2. Pedir ao paciente que se sente na cadeira ou no leito; 
3. Calçar as luvas; 
4. Proteger o rosto do paciente com a toalha e os ombros com o forro; 
5. Aplicar o antiparasitário tópico no couro cabeludo, usando as gazes, 
repartindo os cabelos; 
6. Prender os cabelos fazendo um turbante justo com o forro; 
7. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem; 
8. Deixar o produto agir. Se aplicar à noite, deixar até a manhã seguinte; 
9. Encaminhar o paciente ao chuveiro para lavar os cabelos; 
10. Pentear os cabelos com pente fino. 
 
 
 
 
 
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CONFORTO E SEGURANÇA 
 
1. Movimentação do paciente 
Para que o paciente se sinta confortável no leito, é necessário que o corpo 
fique apoiado em bom alinhamento, numa posição repousante. 
É fundamental que o paciente seja freqüentemente movimentado no leito, 
principalmente o paciente dependente, evitando complicações. Ao se executar a 
movimentação do paciente no leito, deve-se levar em conta a proteção do paciente 
contra possíveis traumatismos e/ou deformidades decorrentes de mau 
posicionamento, utilizando-se para este fim: travesseiros, coxins, almofadas d’água, 
etc. Deve-se considerar também a proteção das pessoas que executam a 
movimentação, prevenindo traumas na coluna vertebral e outros acidentes, usando 
os mecanismos corporais adequados e os princípios das leis mecânicas. 
Tem como objetivos: proporcionar conforto, aliviar área de pressão e relaxar 
a musculatura, prevenir a formação de escaras de decúbito, prevenir deformidades 
musculares e prevenir complicações pulmonares, embolias, tromboses. 
 
Materiais: 
 
• Bandeja; 
• Travesseiros; 
• Coxins; 
• Apoios para os pés; 
• Almofadas d’água; 
• Forros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. Mudança de decúbito 
 
Procedimento: 
 
1. Preparar o material necessário e colocá-lo sobre a cadeira ao lado da 
cama; 
2. Abaixar a cabeceira da cama; 
3. Desprender a colcha e o lençol de cima; 
4. Colocar o paciente na extremidade oposta - a que vai ser virada. Executar 
a técnica em duas etapas: 1) passar um braço sob os ombros do paciente, apoiando 
a cabeça, e o outro sob a região lombar, aproximando o tronco. 2) colocar um braço 
sob a região lombar, o outro sob os joelhos e aproximar a parte inferior do corpo; 
5. Passar para o outro lado da cama; 
6. Cruzar os braços do paciente sobre o tórax e flexionar os joelhos do 
mesmo; 
7. Colocar uma das mãos sobre o ombro e a outra sobre o quadril do 
paciente e virá-lo delicadamente; 
8. Segurar o paciente com uma das mãos e com outra apoiar as costas com 
o travesseiro; 
9. Passar para o outro lado e completar o apoio nas costas; 
10. Estender a perna inferior e flexionar a superior; 
11. Colocar um travesseiro, sustentando a cabeça e o pescoço; 
12. Apoiar o antebraço superior com o travesseiro, de modo que o braço 
fique estendido ao longo do corpo; 
13. Colocar um rolo na mão; 
14. Deixar o outro braço em posição confortável; 
15. Colocar um travesseiro entre os joelhos e outro apoiando o pé, 
mantendo a perna superior flexionada e abduzida, o calcâneo e hálux livres; 
16. Prender as roupas nos pés da cama. 
 
 
 
 
 
 
 
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Mudança de decúbito lateral para dorsal: 
 
1. Desprender a colcha e o lençol de cima nos pés da cama; 
2. Retirar os travesseiros de apoio das costas e dos membros e colocá-los 
sobre a cadeira; 
3. Colocar uma das mãos no ombro e a outra no quadril do paciente e virá-lo 
vagarosamente; 
4. Apoiar a cabeça, pescoço, ombros, sobre os travesseiros; 
5. Deixar os braços e antebraços ligeiramente estendidos ao longo do corpo 
e apoiá-los com travesseiros; 
6. Colocar um rolo de apoio nas mãos; 
7. Dobrar as roupas de cama, dos pés aos joelhos; 
8. Colocar um travesseiro sob a região poplítea, mantendo as pernas 
semifletidas; 
9. Colocar almofada d’água sob calcâneos; 
10. Colocar um apoio firme na região plantar, de maneira que os pés fiquem 
em ângulo reto com as pernas; 
11. Passar para o outro lado e apoiar o outro braço e antebraço; 
12. Prender as roupas nos pés da cama, deixando-as frouxas; 
13. Elevar a cabeceira da cama. 
 
3. Restrição do paciente 
 
Em algumas situações, principalmente com pacientes confusos, agitados e 
crianças, torna-se necessário restringir a movimentação do paciente no leito, para 
evitar quedas, traumas, retirada de sonda, cateteres, drenos, soros, etc. Porém, é 
fundamental que o funcionário conheça os riscos que uma restrição pode acarretar e 
os cuidados ao paciente restringido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Procedimento: 
 
Material: atadura de crepe; algodão; gaze; compressas cirúrgicas; lençóis; 
tala; fita adesiva; braçadeiras de contenção. 
Proceder a restrição no leito dos segmentoscorporais na seguinte ordem: 
ombros, pulsos e tornozelos, quadril e joelhos. 
 
• Ombros: lençol em diagonal pelas costas, axilas e ombros, cruzando-
as na região cervical; 
• Tornozelos e pulsos: proteger com algodão ortopédico, com a atadura 
de crepe fazer movimento circular, amarrar; 
• Quadril: colocar um lençol dobrado sobre o quadril e outro sob a região 
lombar, torcer as pontas, amarrar; 
• Joelhos: com 02 lençóis. Passar a ponta D sobre o joelho D e sob o E, 
e a ponta do lado E sobre o joelho E, e sob o D. 
 
Observações: 
 
• Não utilizar ataduras de crepe (faixas) menor do que 10 cm; 
• Evitar garroteamento dos membros; 
• Afrouxar a restrição em casos de edema, lesão e palidez; 
• Retirar a restrição uma vez ao dia (banho); 
• Proceder a limpeza e massagem de conforto no local. 
 
4. Transporte do paciente 
 
É a transferência do paciente de um local a outro, utilizando-se de maca ou 
cadeira de rodas. 
Para se fazer o transporte ou remoção do paciente de um determinado lugar 
para outro, nas dependências do hospital, exige-se que a pessoa que realiza o 
transporte tenha noções básicas de como atuar de forma correta e adequada. 
 
 
 
 
 
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Cuidados gerais com o transporte: 
 
1. O transporte do paciente deve ser feito com muito cuidado. A 
movimentação mal feita pode provocar lesões, às vezes irreversíveis; 
2. Para que o transporte seja eficiente deve-se agir com rapidez e 
segurança, porém com cuidado; 
3. Observar constantemente o estado geral do paciente durante o 
transporte; 
4. Movimentos suaves ao manipular o paciente diminuem as vibrações, 
solavancos, dor e desconforto; 
5. Não mova local fraturado ou suspeito de fratura, nestes casos, uma 
pessoa deverá apoiar apenas este segmento (perna, braço, etc.); 
6. Ao se movimentar ou transportar pacientes politraumatizados, os 
cuidados devem ser redobrados: pacientes com trauma crânio-encefálico devem ser 
movimentados com máxima atenção, sem movimentos de flexão e rotação e com 
maior número de pessoas; 
7. Ao proceder transporte com maca: 
• Descer e subir rampas com a cabeça do paciente para cima, exceto 
quando o paciente estiver em estado de choque; 
• Conduzir a maca pelo corredor com o paciente sempre olhando para 
frente. Se for preciso subir a rampa ou entrar em elevador, virar a maca após, para 
conduzir o paciente sempre na posição correta; 
• Ao entrar no elevador, nivelar o mesmo e travar a porta. Entrar primeiro 
com a cabeceira da maca, desta maneira já saíra na posição correta; 
• Transporte a maca com a grade, principalmente quando for transportar 
pacientes anestesiados, inconscientes, agitados e crianças; 
• Transportar o paciente sempre coberto com lençol, se necessário. 
8. Ao proceder transporte com cadeiras de rodas: 
• Descer a rampa, transportar sempre a cadeira de ré; 
• Subir a rampa com o paciente olhando para frente; 
• Solicitar auxílio, sempre que necessário, para subir e descer a rampa; 
 
 
 
 
 
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• Entrar no elevador puxando a cadeira, de ré. Desta forma, ao sair do 
elevador estará na posição correta. 
9. Cuidados com portas e paredes; 
10. Transportar paciente sempre coberto com lençol e cobertor, se 
necessário. 
 
Cuidados específicos: 
 
1. Paciente com soro: 
• Cuidado para não obstruir a agulha ou cateter, mantendo o soro sempre 
em altura adequada para gotejamento uniforme; 
• Não tracionar o equipo, para que a agulha ou cateter não se desloque, e 
para evitar desconexão; 
• Se houver formação de soroma (infiltração de soro no tecido subcutâneo), 
interromper o gotejamento. Comunicar o responsável pela medicação assim que 
chegar à unidade; 
• Caso haja desconexão dos cateteres, procurar o posto de enfermagem 
mais próximo. 
 
2. Paciente com sonda vesical: 
• Verificar se a sonda está corretamente fixada na coxa do paciente, 
prevenindo lesões uretrais devido a tração acidental; 
• Manter a bolsa coletora sempre em nível abaixo do paciente, para evitar 
retorno de urina à bexiga. Pode-se também pinçar o prolongamento para poder 
elevar o coletor. 
 
3. Paciente com dreno de tórax: 
• Pinçar o dreno e o prolongamento com 2 pinças próprias; 
• O frasco só poderá ser elevado acima do nível do tórax do paciente 
quando o dreno e o prolongamento estiverem pinçados; 
• Cuidado para não tracionar o dreno; 
 
 
 
 
 
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• Coloque o frasco entre os pés em transporte de cadeira; e em caso de 
maca, colocar entre os membros inferiores; 
• Retirar as pinças imediatamente após a chegada do paciente ao destino, 
observando que o frasco esteja em nível mais baixo que o tórax do paciente. 
 
5. Paciente com tubo endotraqueal: 
• Transportar sempre com cilindro de oxigênio e ambú. O enfermeiro deve 
acompanhar o transporte; 
• Cuidado para não tracionar o tubo; 
• Se o paciente também estiver com sonda nasogástrica e apresentar 
náuseas ou sinal de refluxo, abrir imediatamente a sonda. 
 
6. Pacientes agitados, confusos: 
• Proceder sempre o transporte em maca com grade; 
• Restringir o paciente se necessário. 
 
7. Pacientes anestesiados: 
• Proceder sempre o transporte em maca com grade; 
• Não movimentar muito o paciente, pois pode provocar vômito. Nestes 
casos, lateralizar a cabeça do paciente, para evitar aspiração. Se o paciente estiver 
som sonda nasogástrica abri-la. 
 
Fatores importantes ao mover ou levantar um paciente: 
 
• É fundamental avaliar o peso e o grau de dependência do paciente, 
para que se possa determinar o número necessário de pessoas para o 
procedimento; 
• Evitar esforço desnecessário, prevenindo danos, não só para si, como 
também para o paciente; 
• Os movimentos devem ser planejados e sincronizados. Quem está na 
cabeceira deve comandar o procedimento. 
 
 
 
 
 
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Utilize boa mecânica corporal: 
 
• Ao fazer força, sempre utilizar os músculos da coxa, ao invés dos 
músculos do dorso, porque os músculos são mais resistentes; 
• Segurar um objeto junto ao corpo diminui o esforço físico despendido; 
• Prefira: PUXAR, ENROLAR E EMPURRAR A ERGUER, pois diminui o 
esforço físico; 
• Ao abaixar-se, utilizar os MÚSCULOS DA COXA, manter o dorso reto, 
e flexionar os joelhos; 
• Mantenha os pés afastados para proporcionar maior estabilidade. 
 
Procedimentos: 
 
Da cama para a maca: 3 pessoas: 
1. Forrar o colchão da maca com lençol; 
2. Levar a maca à unidade do paciente; 
3. Colocar a maca em ângulo reto com a cama; 
4. Dobrar o lençol da maca em leque e colocá-lo sobre a cama do 
paciente em sentido longitudinal; 
5. Unir as bordas laterais das roupas de cama e estender o lençol da 
maca sobre o paciente, à medida que se retira a roupa de cama, deixando-a no lado 
oposto; 
6. Dobrar as bordas laterais e inferiores do lençol da maca sobre o 
paciente; 
7. Aproximar o paciente da borda da cama próxima à maca; 
8. Executar a técnica da seguinte maneira: 
• Os executantes devem ficar ao lado da cama, em ordem decrescente; 
• A pessoa mais alta fica ao nível da cabeceira e passa um braço sob os 
ombros do paciente, sustentando a cabeça, e o outro soba região dorsal; 
• A segunda passa um braço sob a região dorsal e o outro sob as 
nádegas; 
 
 
 
 
 
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• A terceira passa um braço sob as coxas e o outro sob os tornozelos. 
9. Coordenar os movimentos e ao sinal de comando da primeira pessoa, 
levantar o paciente a altura do tórax, e, com passos cadenciados e movimentos 
firmes girá-lo em direção à maca; 
10. Colocar o travesseiro, se necessário; 
11. Cobrir o paciente com cobertor; 
12. Arrumar as roupas na maca; 
13. Transportar o paciente. 
 
Da cama para a cadeira de rodas - paciente que não colabora – 2 pessoas: 
1. Elevar a cabeceira da cama; 
2. Verificar se o forro está bem posicionado e soltá-lo; 
3. Aproximar a cadeira ou poltrona ao lado da cama, com espaldar 
voltado para a cabeceira da cama; 
4. Posicionar-se; 
5. Ao comando da primeira pessoa, aproximar o paciente para a beirada 
da cama e em seguida para a cadeira; 
6. Apoiar os braços do paciente com travesseiros; 
7. Colocar chinelos na paciente ou manter os pés apoiados sobre a 
escadinha. 
 
Obs.: Esta técnica também se aplica para passar o paciente para a cadeira 
ou poltrona. Se o paciente for muito pesado, executar a técnica com três pessoas, 
utilizando um lençol por baixo. 
 
Da cadeira de rodas para a cama - paciente que não colabora – 2 pessoas: 
1. Levar a cadeira ao lado da cama com o espaldar da cadeira voltado 
para a cabeceira e o paciente olhando para os pés da cama; 
2. A pessoa mais alta se posiciona por trás do espaldar da cadeira, 
segurando firmemente com ambas as mãos as extremidades superiores do forro; 
 
 
 
 
 
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3. A segunda pessoa se posiciona de frente para o paciente, segurando 
firmemente com ambas as mãos as extremidades inferiores do forro; 
4. Ao sinal de comando da primeira pessoa, levantar o paciente e, com 
movimentos sincronizados, colocá-lo no leito; 
5. Afastar a cadeira; 
6. Retirar o forro e ajudar o paciente a permanecer confortável no leito. 
 
Do chão para a maca – 3 ou 4 pessoas: 
1. Aproximar a maca paralelamente ao longo do corpo do paciente; 
2. Dobrar o lençol em leque para um dos lados; 
3. Cobrir o paciente com o lençol; 
4. Executar a técnica da seguinte maneira: 
• Os executantes devem ajoelhar-se no chão em ordem decrescente, de 
frente para a maca; 
• Pessoa mais alta passa um braço sob os ombros do paciente, 
sustentando a cabeça, e o outro sob a região dorsal; 
• A segunda pessoa passa um braço sob a região dorsal, e o outro sob 
as nádegas; 
• A terceira pessoa passa um braço sob as coxas, e o outro sob os 
tornozelos. 
5. Coordenar os movimentos e, ao sinal de comando da primeira 
pessoas, levantar o joelho direito e erguer o paciente do chão, trazendo-o sobre a 
coxa direita; 
6. Levantar e caminhar em direção a maca; 
7. Colocar o paciente na maca delicadamente e cobri-lo; 
8. Transportar o paciente. 
 
 
 
 
----------FIM DO MÓDULO I---------- 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso de 
Semiotécnica aplicada à 
Enfermagem 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO II 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores 
descritos na Bibliografia Consultada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MÓDULO II 
 
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 
 
A administração de medicamentos deve ser realizada com eficiência, 
segurança e responsabilidade, a fim de que sejam alcançados os objetivos da 
terapêutica implementada e, dessa forma, ocorra uma melhora no quadro clínico do 
paciente. Para tanto, deve-se ter conhecimento de alguns dados quanto ao processo 
de administração: vias e técnicas de administração. Baseada nesses itens segue 
uma síntese dos principais aspectos considerados em um sistema de administração 
de medicamentos. 
As ações de medicamentos no organismo vivo podem ser classificadas em 
quatro categorias principais: 
 
• Local, quando o efeito ocorre no ponto de aplicação; 
• Sistêmica, para aqueles que atingem a circulação; 
• Remota, nos casos em que a ação do medicamento em um alvo 
interfere no funcionamento de outro; 
• Local/geral, quando a droga produz efeito no ponto de aplicação, sendo 
absorvida posteriormente para ter ação sistêmica. 
 
A aplicação local de medicamentos é feita na pele ou em membranas 
mucosas, sendo que os efeitos podem ser os seguintes: antisséptico, adstringente, 
irritante, emoliente, estípico, vulnerário, anti-helmíntico, anestésico, absorvente e 
estimulante. Os efeitos de uma droga de ação generalizada podem ser agrupados 
em: estimulante, deprimente, cumulativo, antiinfeccioso, antagônico e sinérgico. 
Os métodos e as vias de administração dependem de alguns parâmetros: 
rapidez desejada para início da ação, natureza e quantidade a ser administrada, e 
das condições do paciente. 
 
 
 
 
 
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• Administração enteral (oral) - a ingestão é o método mais comum de 
prescrição de um fármaco. Além disso, é o mais seguro, mais conveniente e o mais 
econômico; 
• Administração sublingual - a absorção pela mucosa oral tem 
importância essencial no caso de determinados fármacos, por exemplo, a 
nitroglicerina. Como a drenagem venosa da boca dá para ver a cava superior, esses 
fármacos estão protegidos do metabolismo de primeira passagem pelo fígado; 
• Administração retal - com freqüência, a via retal é usada quando a 
ingestão não é possível por causa de vômitos ou porque o paciente se encontra 
inconsciente. Cerca de 50% dos fármacos que são absorvidos pelo reto não passam 
pelo fígado; 
• Administração parenteral - a administração parenteral de fármacos tem 
algumas vantagens nítidas em relação à via oral. A disponibilidade é mais rápida e 
mais previsível. A dose eficaz pode, portanto, ser escolhida de forma mais precisa. 
No tratamento de emergências, a administração é extensamente valiosa. A injeção 
do fármaco também tem suas desvantagens. É essencial manter a assepsia, pode 
ocorrer uma injeção intravascular quando esta não era a intenção, a injeção pode 
acompanhar-se de dor e, às vezes, é difícil para um paciente injetar o fármaco em si 
mesmo, se for necessária a automedicação. Os custos são outra consideração. 
• Intravenosa - a concentração desejada de um fármaco no sangue é 
obtida com uma precisão e rapidez que não são possíveis com outros 
procedimentos; 
• Subcutânea - só pode ser usada para substâncias que não são 
irritantes para os tecidos. A absorção costuma ser constante e suficientemente lenta 
para produzir um efeito persistente. A absorção de substâncias implantadas sob a 
pele (sob forma sólida de pellet) ocorre lentamente ao longo de semanas ou meses. 
Alguns hormônios são administrados de forma eficaz dessa maneira; 
• Intramuscular - a absorção depende do fluxo sanguíneo no local da 
injeção. A velocidade de absorção no músculo deltóide ou no grande lateral é maior 
do

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