Buscar

Semiotécnica 04

Prévia do material em texto

Curso de 
Semiotécnica aplicada à 
Enfermagem 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO IV 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores 
descritos na Bibliografia Consultada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
135 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
MÓDULO IV 
 
ELIMINAÇÃO INTESTINAL 
 
Enemas 
É a introdução de líquido no intestino através de sonda retal no ânus ou da 
colostomia. 
Pode ser dividida em 3 grupos com seu modo de reação: 
• Evacuadores: estimulam a evacuação com seu modo de ação; 
• Carminativos: auxiliam na expulsão de gazes do cólon; 
• Sedativos: acalmam espasmos. 
Cabe ao médico prescrever o tipo de enema e a solução a ser administrada. 
 
Objetivos: 
• Aliviar distensão e flatulência; 
• Auxiliar eliminação de fezes; 
• Preparar o paciente para exames e cirurgias. 
 
Enteroclisma ou Lavagem intestinal 
Material: 
• Bandeja; 
• Frasco com solução glicerinada, conforme prescrição médica; 
• Sonda retal (mulher: 22 ou 24 e homem: 24 ou 26); 
• Gazes; 
• Vaselina ou xylocaína; 
• Cuba rim; 
• Papel higiênico; 
• Luvas de procedimento; 
• Suporte de soro; 
• Comadre; 
• Biombo s/n; 
 
 
 
 
 
• Impermeável; 
• Lençol móvel; 
• Saco para lixo. 
 
 
 
 
 
Sonda Retal 
Fonte: www.br.geocities.com/xiturmamed/sondaedrenos.htm
 
Procedimentos: 
1. Fazer planejamento; 
2. Lavar as mãos; 
3. Retirar o frasco de solução, prescrita, do invólucro e colocá-lo na jarra 
com água quente. Deixar a sonda dentro do invólucro; 
4. Reunir o material na bandeja; 
5. Cortar a ponta do frasco e conectar a sonda retal, mantendo-a 
protegida em seu invólucro; 
6. Orientar o paciente sobre o que vai ser feito; 
7. Levar o material à unidade do paciente, colocar na mesa de cabeceira; 
8. Cercar a cama com biombo; 
9. Proteger a cama com impermeável e lençol móvel; 
10. Colocar a comadre sobre os pés da cama; 
11. Colocar o paciente em posição de Sims; 
12. Tirar ar da sonda sobre a cuba rim; 
13. Lubrificar a sonda retal com xylocaína; 
14. Calçar luvas; 
15. Entreabrir as nádegas com papel higiênico; 
16. Introduzir a sonda de 5 a 10 cm, usando uma gaze, pedir ao paciente 
que inspire profundamente; 
136 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
http://br.geocities.com/xiturmamed/sondaedrenos.htm
 
 
 
 
 
137 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
17. Comprimir com as mãos o frasco com a solução glicerinada, até o 
término da solução; 
18. Retirar a sonda retal; 
19. Pedir para o paciente ficar em decúbito dorsal, retendo o líquido o 
máximo de tempo possível; 
20. Colocar a comadre e o papel ao alcance do paciente, ou acompanhá-lo 
ao banheiro, para se deambular; 
21. Proceder as anotações de enfermagem. 
 
Fleet enema 
O material e a técnica são idênticos ao descrito anteriormente, a única 
diferença consiste no volume e no frasco, que contém um dispositivo próprio para 
ser introduzido no reto do paciente, não sendo necessária a sonda retal. 
 
Protóclise ou gota a gota 
Material: 
• Bandeja; 
• Frasco de solução glicerinada prescrita; 
• Água morna; 
• Sonda retal (mulher: 22 ou 24 e homem: 24 ou 26); 
• Equipo para soro; 
• Esparadrapo; 
• Gazes; 
• Vaselina ou xylocaína; 
• Cuba rim; 
• Papel higiênico; 
• Luvas de procedimento; 
• Suporte de soro; 
• Comadre; 
• Biombo s/n; 
• Impermeável; 
 
 
 
 
 
138 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
• Lençol móvel; 
• Saco para lixo. 
 
Procedimento: 
1. Fazer planejamento; 
2. Lavar as mãos; 
3. Retirar o frasco de solução, prescrita, do invólucro e colocá-lo na jarra 
com água quente; 
4. Retirar o equipo do invólucro e conectá-lo à solução glicerinada; 
5. Retirar a sonda do invólucro e conectá-la ao equipo, mantendo-a 
protegida em seu invólucro; 
6. Reunir o material na bandeja; 
7. Orientar o paciente sobre o que vai ser feito; 
8. Levar o material à unidade do paciente, colocar na mesa de cabeceira; 
9. Cercar a cama com biombos; 
10. Proteger a cama com impermeável e lençol móvel; 
11. Dependurar a solução glicerinada no suporte de soro; 
12. Colocar a comadre sobre os pés da cama; 
13. Colocar o paciente em posição de Sims; 
14. Tirar ar do equipo sobre a cuba rim; 
15. Clampar o equipo; 
16. Lubrificar a sonda retal com xylocaína; 
17. Calçar luvas; 
18. Entreabrir as nádegas com papel higiênico; 
19. Introduzir a sonda de 5 a 10 cm, usando uma gaze, pedir ao paciente 
que inspire profundamente; 
 
 
 
 
 
 
Fonte: www.fisterra.com
 
 
20. Firmar a sonda com uma mão e com a outra desclampar a extensão; 
21. Deixar ecoar gota a gota o líquido, até restar pequena quantidade; 
22. Retirar a sonda retal; 
 
 
Fonte: www.fisterra.com
 
23. Pedir para o paciente ficar em decúbito dorsal, retendo o líquido o 
máximo de tempo possível; 
24. Colocar a comadre e o papel ao alcance do paciente, ou acompanhá-lo 
ao banheiro, para se deambular; 
25. Proceder às anotações de enfermagem. 
 
 
 
139 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
http://www.fisterra.com/material/tecnicas/enema/images/ilustracionEnema1.jpg
http://www.fisterra.com/material/tecnicas/enema/images/Enema.gif
http://www.fisterra.com/
http://www.fisterra.com/
 
 
 
 
 
140 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
COLETA DE AMOSTRA PARA ANÁLISE LABORATORIAL 
 
As provas laboratoriais compreendem os exames feitos em amostras ou 
espécimes de excreções e secreções orgânicas. 
A coleta de material e o preparo do paciente variam de acordo com a 
natureza do exame. 
O preparo inadequado do paciente e a não observância de normas técnicas 
corretas na coleta do material conduzem a erros, mesmo que a metodologia 
posterior seja corretamente aplicada. 
 
Objetivo: 
Fornecer dados para auxiliar a determinação de diagnósticos. 
 
Urina 
Exame clínico (Urina tipo I) 
Material: 
• Bandeja; 
• 1 vidro esterilizado pequeno com tampa (próprio para urina); 
• Cuba rim limpa; 
• Tira de fita adesiva com identificação do paciente (nome, registro, leito, 
data e tipo de material coletado); 
• Material para higiene íntima, se o paciente não deambula; 
• Comadre, se necessário; 
• Luvas de procedimentos. 
 
Procedimentos: 
1. Fazer planejamento; 
2. Informar ao paciente o que vai ser feito, solicitando que chame quando 
sentir necessidade de urinar; 
3. Lavar as mãos; 
4. Preparar o material e levá-lo à unidade; 
 
 
 
 
 
141 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
5. Colocar biombo; 
6. Encaminhar o paciente ao banheiro para proceder a higiene íntima, se 
o paciente deambula, ou auxiliá-lo no leito; 
7. Calçar luvas; 
8. Pegar cuba rim; 
9. Orientar o paciente que colha o jato médio de urina na cuba rim, com 
cuidado para não contaminar a parte interna da mesma; 
10. Transferir cuidadosamente a amostra de urina para o frasco estéril; 
11. Enxaguar a cuba rim; 
12. Lacrar a tampa do frasco e identificar. 
 
Urucultura 
Proceder de maneira idêntica ao descrito anteriormente, apenassubstituir a 
cuba rim por uma cúpula esterilizada. 
 
Urina de 24hs 
Material: 
• 2 ou 3 frascos de 1000ml, fornecidos pelo laboratório; 
• 1 caixa de isopor com gelo. 
 
Identificação da caixa: 
Nome; 
Quarto/Leito; 
Início do controle; 
Término do controle; 
Data. 
 
Procedimentos: 
1. Fazer planejamento; 
2. Lavar as mãos; 
 
 
 
 
 
142 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
3. Preparar o material e levá-lo à unidade. Colocar o isopor com gelo no 
banheiro. Colocar os frascos dentro do isopor. Colar a identificação na tampa da 
caixa de isopor; 
4. Orientar o paciente a respeito da coleta de exame; 
5. Pedir ao paciente para que esvazie completamente a bexiga, 
desprezando esta diurese no vaso sanitário; 
6. Anotar o horário desta micção na identificação da caixa; 
7. A partir desse horário, toda diurese deverá ser coletada no frasco, e 
mantida no gelo; 
8. Anotar no plano de enfermagem o início do controle; 
9. Acrescentar gelo sempre que necessário; 
10. No dia seguinte, 24 h depois, solicitar ao paciente que esvazie 
completamente a bexiga. Guardar esta diurese no frasco; 
11. Levar a caixa de isopor à sala de utilidades; 
12. Lacrar os frascos e identificá-los; 
13. Proceder as anotações de enfermagem; 
14. Encaminhar a diurese ao laboratório. 
 
Parasitológico de fezes 
Material: 
• Bandeja; 
• Latinha; 
• Espátula; 
• Tira de fita adesiva para lacrar a latinha e identificar o paciente; 
• Papel higiênico; 
• Comadre. 
 
Procedimentos: 
1. Fazer planejamento; 
2. Lavar mãos; 
 
 
 
 
 
143 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
3. Verificar no impresso de análise laboratorial a identificação do paciente 
e o tipo de exame solicitado; 
4. Preparar o material e levá-lo à unidade do paciente; 
5. Orientar sobre a solicitação do exame e pedir que chame quando sentir 
necessidade de evacuar; 
6. Oferecer-lhe a comadre e aguardar; 
7. Retirar as fezes da comadre com espátula, colocar na latinha e fechá-
la; 
8. Lavar a comadre; 
9. Lavar as mãos; 
10. Lacrar a latinha com fita adesiva e identificá-la corretamente; 
11. Encaminhá-la ao laboratório. 
 
Coprocultura 
A coprocultura deve ser encaminhada imediatamente ao laboratório ou 
guardar em geladeira. 
Para a coleta, seguir os mesmos procedimentos descritos anteriormente. 
 
Escarro 
Material: 
• Bandeja; 
• Latinha; 
• Fita adesiva para lacrar e identificar. 
 
Procedimentos: 
1. Fazer planejamento; 
2. Lavar as mãos; 
3. Preparar o material e levá-lo à unidade do paciente; 
4. Orientar o paciente sobre a maneira de colher o escarro: ao acordar, 
lavar a boca, respirar amplamente 8 a 10 vezes e tossir profundamente; 
5. Repetir, quantas vezes forem necessárias; 
 
 
 
 
 
144 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
6. Lacrar a tampa da latinha; 
7. Identificar a lata; 
8. Encaminhar ao laboratório. 
 
CURATIVO 
 
É todo material colocado diretamente sobre uma lesão a fim de prevenir uma 
contaminação. Portanto, as finalidades do tratamento das feridas são: 
- evitar a contaminação das feridas limpas; 
- reduzir a infecção das lesões contaminadas; 
- facilitar a cicatrização; 
- remover as secreções; 
- promover a hemostasia; 
- facilitar a drenagem; 
- proteger a ferida; 
- aliviar a dor. 
 
CICATRIZAÇÃO 
É a transformação do tecido de granulação em tecido cicatricial, sendo a 
cicatriz a etapa final do processo curativo da ferida. A cicatrização ocorre de duas 
formas: 
• Por primeira intenção: é quando se aproximam as superfícies da ferida 
por sutura, fita adesiva ou outros mecanismos; 
• Por segunda intenção ou granulação: é quando não acontece 
aproximação de superfícies, e nesse espaço proliferam as granulações, que, por sua 
vez, serão recobertas pelo epitélio. 
 
Os fatores que afetam a cicatrização normal são: 
• Nível nutricional: a diminuição dos elementos protéicos, vitamina C, e 
desidratação são os principais causadores do retardo da cicatrização; 
 
 
 
 
 
145 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
• Condições de vascularização: como o sangue fornece os elementos 
cicatrizantes, quanto melhor a circulação, mais eficiente será a cicatrização; 
• Idade: ocorre um retardo nos idosos; 
• Edema: por dificultar a união das extremidades da ferida e diminuir a 
vascularização local; 
• Administração de drogas que mascaram a presença de infecção; 
• Administração de drogas anticoagulantes; 
• Técnica de curativo: provocada pela troca insuficiente, falhas de 
técnica asséptica, curativo apertado e outros; 
• Alteração da taxa de glicose sanguínea. 
 
Curativos 
1. Fechado ou bandagem: sobre a ferida é colocada gaze, pasta ou 
compressa, fixando-se com esparadrapo ou atadura de crepe; 
Nas feridas com infecção nas cavidades ou fistulas, pode-se irrigar soro 
fisiológico ou anti-séptico com auxílio de uma seringa; 
2. Aberto: recomendado nas incisões limpas e secas, deixando-se a 
ferida exposta; 
3. Compressivo: indicado para estancar hemorragia ou vedar uma 
incisão. 
 
Vantagens e indicações para cada tipo de curativo 
Curativo fechado 
• Absorver a drenagem de secreções; 
• Proteger o ferimento das lesões mecânicas; 
• Promover hemostasia, através de curativo compressivo; 
• Impedir contaminação do ferimento por fezes, vômito, urina; 
• Promover o conforto psicológico do paciente; 
 
 
 
 
 
 
 
 
146 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Curativo aberto 
• Eliminar as condições necessárias para o crescimento de 
microrganismos (calor, umidade, ausência de luz solar, etc.); 
• Permitir melhor observação e detecção precoce de dificuldades no 
processo de cicatrização; 
• Facilitar a limpeza; 
• Evitar reações alérgicas ao esparadrapo; 
• Ser mais barato. 
 
Tipos de curativos 
ÁCIDO LINOLEICO-AGE 
• O ácido linolênico é vital para a função de barreira, é o maior 
componente lipídico no extrato córneo normal gorduroso; 
• É vital para a resistência à água, pois é o maior constituinte da barreira 
epidérmica (60%); 
• É o único que tem capacidade de reverter ou reparar a função de 
barreira da pele onde a deficiência dietética não está envolvida; 
• Estes têm grande ação na aceleração do processo de cicatrização, 
pois auxiliam a quimiotaxia e diapedese dos leucócitos; 
• É indicado: para lesões abertas não intactas, e profilaxia das úlceras de 
pressão. 
• Modo de usar: 
- Aplicar no local afetado utilizando uma gaze; 
- Trocar de 12 a 24 horas. 
 
ALOE VERA – BABOSA 
• Trata-se de curativo não aderente com Aloe Vera. É empregado como 
gaze não aderente; 
• Pode ser utilizado in natura; 
• É indicado para: queimaduras de primeiro e segundo grau, ulcerações 
refratárias, dermatite de contato periostomia. 
 
 
 
 
 
147 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
• Modo de usar: 
-Freqüência de troca 12 a 24 horas. 
 
SULFADIAZINA DE PRATA 
• É uma pomada hidrofílica, composta por sulfadiazina de prata a 1%; 
• Pode ser associado: nitrato de cério ácido hialurônico; 
• Mecanismo de ação: 
- Prata: confere características bactericidas imediatas e bacteriostáticas 
residuais, provoca precipitação protéica e age diretamente na membrana 
citoplasmática bacteriana. 
• Modo de usar: 
- Freqüência de troca é recomendada a cada 12 horas. 
 
HIDROGEL 
• Composição: carboximetilcelulose +propilenoglico + água (70 a 90%). 
• Ação: debridamento autolítico/ remove crostas e tecidos desvitalizados 
em feridas abertas. 
• Forma de apresentação: Amorfo e placa. 
 
HIDROCOLÓIDE 
• Composição: carboximetilcelulose + gelatina + pectina. 
• Forma de apresentação: amorfo e placa. 
• Ação: é hidrofílico, absorve o exsudato da ferida, formando um gel 
viscoso e coloidal, que irá manter a umidade da ferida. 
 
PAPAÍNA 
• Composição: enzima proteolítica. São encontradas nas folhas, caules e 
frutos da planta Carica Papaya. 
• Forma de apresentação: pó, gel e pasta. 
 
 
 
 
 
148 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
• Atuação: desbridante (enzimático) não traumática, antiinflamatória, 
bactericida, estimula a força tensil das cicatrizes, ph ótimo de 3 – 12, atua apenas 
em tecidos lesados, devido à antiprotease plasmática (alfa antitripsina). 
Observações: diluições: 10% para necrose, 4 a 6% para exsudato purulento 
e 2% para uso em tecido de granulação. 
• Cuidados no armazenamento (fotossensível) e substâncias oxidantes 
(ferro/iodo/oxigênio): manter em geladeira. 
 
FIBRINOLISINA 
• Composição: fibrinolisina (plasma bovino) e desoxorribonuclease 
(pâncreas bovino). 
• Forma de apresentação: pomada. 
• Ação: através da dissolução do exsudato e dos tecidos necróticos, pela 
ação lítica da fibrinolisina e do ácido desoxorribonucleico e da enzima 
desoxorribonuclease. 
Observação: monitorar a sensibilidade do paciente. 
 
ALGINATO DE CÁLCIO E SÓDIO 
• Composição: 80% íon cálcio + 20% íon sódio + ácidos gulurônico e 
manurônico (derivados de algas marinhas). 
• Forma de apresentação: cordão e placa. 
• Ação: hemostasia, debridamento osmótico, grande absorção de 
exsudato, umidade (formação de gel). 
 
AÇÚCAR 
• Composição: sacarose. 
• Forma de apresentação: em grânulos. 
• Ação: efeito bactericida, proporcionado pelo efeito osmótico, na 
membrana e parede celular bacteriana. 
 
 
 
 
 
149 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Observação: é necessário troca de 2/2 horas para manter a sua ação, 
feridas com necrose de coagulação, queimaduras, pacientes obesos, desnutridos e 
com idade avançada. 
 
FILMES TRANSPARENTES 
• Composição: filme de Poliuretano, aderente (adesivo), 
transparente, elástico e semipermeável. 
• Ação: umidade, permeabilidade seletiva, impermeável a fluidos. 
Observação: pode ser utilizado como cobertura secundária. Trocar até 7 
dias. 
HIDROPOLÍMERO 
• Composição: almofada de espuma composta de camadas 
sobrepostas de não tecido e revestida por poliuretano. 
• Indicação: feridas abertas não infectadas com baixa ou 
moderada exsudação. 
• Contra-indicação: feridas infectadas e com grande quantidade 
de exsudação. 
Observação: uso de talco para aumentar poder de adesividade. 
 
GAZE DE ACETATO IMPREGNADA COM PETROLATUM (ADAPTIC) 
• Composição: tela de acetato de celulose, impregnada com 
emulsão de petrolatum, hidrossolúvel. 
• Ação: proporciona a não aderência da ferida. 
• Indicação: áreas doadoras e receptoras de enxerto, abrasões e 
lacerações. 
• Contra-indicação: alergia. 
 
CARVÃO ATIVADO E PRATA 
• Composição: carvão ativado com prata a 0,15%, envolto por não 
tecido de nylon poroso, selado nas quatro bordas. 
 
 
 
 
 
150 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
• Ação: absorve exsudato, absorve os microorganismos, filtra 
odor, bactericida (prata). 
• Indicações: feridas fétidas, infectadas ou com grande quantidade 
de exudato. 
• Contra indicações: feridas com exposição osteotendinosas, em 
pacientes que apresentem hipersensibilidade ao náilon. 
Observação: não pode ser cortado. 
• Pode ser associado a outros produtos, como: alginato de cálcio e 
sódio. 
• Freqüência de troca: segundo a saturação, em média com 48 a 72 
horas. 
 
ÁCIDO GRAXO ESSENCIAL (AGE) 
• Composição: óleo vegetal composto por ácidos linoleico, caprílico, 
cáprico, vitaminas A, E e lecitina de soja. 
• Ação: quimiotaxia leucocitária, angiogênese, umidade, bactericida. 
• Indicação: prevenção e tratamento de úlceras, tratamento de feridas 
abertas. 
• Contra-indicação: alergia. 
Observação: pode ser associado a outras coberturas. 
 
PRODUTOS DERIVADOS DO IODO 
• Composição: Polivinil-pirrolidona-iodo (PVPI) 
• Ação: penetra na parede celular alterando a síntese do ácido nucléico, 
através da oxidação. 
• Indicação: anti-sepsia de pele e mucosas peri-cateteres. 
• Contra-indicação: feridas abertas de qualquer etiologia. 
Observações: é neutralizado na presença de matéria orgânica, em lesões 
abertas altera o processo de cicatrização (citotóxico para fibroblasto, macrófago e 
neutrófilo) e reduz a forca tensil do tecido. 
 
 
 
 
 
 
151 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
CLOREXIDINA 
• Composição: Di-glucanato de clorexidina. 
• Ação: atividade germicida por destruição de membrana citoplasmática 
bacteriana. 
• Indicação: anti-sepsia de pele e mucosa peri-cateteres. 
• Contra-indicação: feridas abertas de qualquer etiologia. 
Observações: a atividade germicida se mantém mesmo na presença de 
matéria orgânica, citotóxico, reduz a força tensil tecidual. 
 
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO (ÁGUA OXIGENADA) 
• Composição: Peróxido de hidrogênio a 3%. 
• Ação: bactericida limitado. 
• Indicação: não existe para ferida. 
• Contra-indicação: inapropriada para uso como anti-séptico. 
Observação: citotóxico, colapso da ferida por formação de bolhas de ar. 
 
Orientações: 
1. Um bom curativo começa com uma boa preparação do carro de 
curativos. Este deve ser completamente limpo. Deve-se verificar a validade de todo o 
material a ser utilizado. Quando houver suspeita sobre a esterilidade do material, 
que deve ser estéril, este deve ser considerado não estéril e ser descartado. Deve 
verificar ainda se os pacotes estão bem lacrados e dobrados corretamente; 
2. O próximo passo é um preparo adequado do paciente. Este deve ser 
avisado previamente que o curativo será trocado, sendo a troca um procedimento 
simples e que pode causar pequeno desconforto. Os curativos não devem ser 
trocados no horário das refeições. Se o paciente estiver numa enfermaria, deve-se 
usar cortinas para garantir a privacidade do paciente. Este deve ser informado da 
melhora da ferida. Esses métodos melhoram a colaboração do paciente durante a 
troca do curativo, que será mais rápida e eficiente; 
 
 
 
 
 
152 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
3. Lavar as mãos com água e sabão, antes e depois de cada curativo. O 
instrumental a ser utilizado deve ser esterilizado; deve ser composto de pelo menos 
uma pinça anatômica, duas hemostáticas e um pacote de gazina; e toda a 
manipulação deve ser feita através de pinças e gazes, evitando o contato direto e 
conseqüentemente menor risco de infecção; 
4. Deve ser feita uma limpeza da pele adjacente à ferida, utilizando uma 
solução que contenha sabão, para desengordurar a área, o que removerá alguns 
patógenos e vai também melhorar a fixação do curativo à pele. A limpeza deve ser 
feita da área menos contaminada para a área mais contaminada, evitando-se 
movimentos de vai e vem nas feridas cirúrgicas. A área mais contaminada é a pele 
localizada ao redor da ferida, enquanto que nas feridas infectadas a área mais 
contaminada é a do interior da ferida; 
5. Devem-se remover as crostas e os detritos com cuidado; lavar a ferida 
com soro fisiológico em jato, ou com PVPI aquoso(em feridas infectadas, quando 
houver sujidade e no local de inserção dos cateteres centrais); por fim fixar o 
curativo com atadura ou esparadrapo; 
6. Em certos locais o esparadrapo não deve ser utilizado, devido à 
motilidade (articulações), presença de pêlos (couro cabeludo) ou secreções. Nesses 
locais devem-se utilizar ataduras. Esta deve ser colocada de maneira que não 
afrouxe nem comprima em demasia. O enfaixamento dos membros deve iniciar-se 
da região dista para a proximal, e não deve trazer nenhum tipo de desconforto ao 
paciente; 
7. O esparadrapo deve ser inicialmente colocado sobre o centro do 
curativo e, então, pressionando suavemente para baixo em ambas as direções. Com 
isso evita-se o tracionamento excessivo da pele e futuras lesões; 
8. O esparadrapo deve ser fixado sobre uma área limpa, isenta de pêlos, 
desengordurada e seca; deve-se pincelar a pele com tintura de benjoim antes de 
colocar o esparadrapo. As bordas do esparadrapo devem ultrapassar a borda livre 
do curativo em 3 a 5 cm; a aderência do curativo à pele deve ser completa e sem 
 
 
 
 
 
dobras. Nas articulações o esparadrapo deve ser colocado em ângulos retos, em 
direção ao movimento; 
9. Durante a execução do curativo, as pinças devem estar com as pontas 
para baixo, prevenindo a contaminação; devem-se usar cada gaze uma só vez e 
evitar conversar durante o procedimento técnico. 
 
Tempos ou Fases do Curativo 
1º Tempo: remoção do curativo anterior com pinças: Kocher e Dente de 
Rato. 
2º Tempo: limpeza da ferida com pinças: Anatômica e Kelly. 
3º Tempo: tratamento da lesão com as pinças: Anatômica e Kelly. 
4º Tempo: proteção da ferida com as pinças: Anatômica e Kelly. 
 
Pinça Kelly Pinça Kocher Pinça Anatômica Pinça Dente de Rato 
Fonte: www.ciashop.com.br 
 
Curativo simples 
Material: 
• Bandeja ou carrinho contendo pacote de curativos; 
• 1 pinça anatômica; 1 pinça dente de rato; 1 pinça Kocher ou Kelly; 
• Tesoura estéril s/n; 
• Pacotes de gases esterilizados; 
• Micropore ou esparadrapo; 
• Almotolia com éter ou benzina; 
153 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
154 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
• Almotolia com soluções anti-sépticas, 
• SF 0.9% E PVPI; 
• Saco para lixo; 
• Cuba rim; 
• Atadura de crepe ou gaze s/n; 
• Pomadas, 
• Seringa, 
• Algodão e espátula s/n; 
• Luvas de procedimento. 
 
Procedimentos: 
1. Explicar ao paciente sobre o cuidado a ser feito; 
2. Preparar o ambiente: 
- Fechar as janelas para evitar correntes de ar e poeira; 
- Desocupar a mesa de cabeceira; 
- Colocar biombo, se necessário. 
3. Lavar as mãos; 
4. Separar e organizar o material de acordo com o tipo de curativo a ser 
executado; 
5. Levar a bandeja com o material e colocar sobre a mesa de cabeceira; 
6. Descobrir a área tratada e proteger a cama com forro de papel, pano ou 
impermeável; 
7. Colocar o paciente em posição apropriada e prender o saco plástico para 
lixo em local acessível; 
8. Abrir o pacote de curativo e dispor as pinças com os cabos voltados para 
o executante, em ordem de uso – pinça Kocher e Dente de Rato na extremidade do 
campo, próximo ao paciente, e Pinça Kelly e Anatômica na extremidade oposta; 
9. Abrir o pacote de gaze e colocá-lo no campo. Se necessário colocar 
também chumaços de algodão; 
10. Retirar o curativo anterior utilizando a pinça Kocher e Dente de Rato; 
- Ao despejar soluções, virar o rótulo para a palma da mão; 
 
 
 
 
 
155 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
- Preferencialmente, só usar éter ou benzina após a retirada do esparadrapo, 
para remover os resíduos do adesivo; 
- Retirar o esparadrapo no sentido dos pêlos; 
- Ao embeber a gaze, fazê-lo sobre a cuba-rim; 
11. Desprezar o curativo anterior e as pinças abertas na cuba rim; 
12. Com a pinça Anatômica pegar uma gaze e dobrá-la em 4 com auxílio da 
pinça Kelly, limpar as bordas da lesão com gaze embebida em soro fisiológico; 
13. Com as mesmas pinças proceder a aplicação de anti-séptico; 
- Obedecer ao princípio: do menos contaminado para o mais contaminado, 
usando quantas gazes forem necessárias; 
- Usar técnica de toque com movimentos rotativos com a gaze, evitando os 
movimentos de dentro para fora da ferida, tanto quanto os de fora para dentro; 
- Usar cada gaze ou tampão uma só vez; 
- Remover ao máximo os exsudatos (secreções: pus e sangue), corpos 
estranhos e tecidos necrosados; 
16. Proteger com gaze e fixar com adesivo (se indicado); 
17. Desprezar as pinças e envolver as pinças no próprio campo, que será 
encaminhado ao expurgo; 
18. Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem; 
19. Lavar as mãos; 
20. Providenciar a limpeza e a ordem do material; 
21. Checar o horário e fazer as anotações de enfermagem, especialmente 
quanto à evolução da lesão e queixas do paciente. 
 
OBSERVAÇÕES 
1. Antes de fazer o curativo, observar o estado do paciente, ler as anotações 
sobre o tipo de curativo, sua evolução e cuidados específicos; 
2. Nas feridas cirúrgicas, a pele ao redor da ferida é considerada mais 
contaminada que a própria ferida, enquanto que nas feridas infectadas a área mais 
contaminada é a do interior da lesão. (Importante lembrar ao limpar ou tratar a 
lesão); 
 
 
 
 
 
156 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
3. Quando o paciente necessitar de vários curativos, iniciar pela incisão 
fechada e limpa, seguindo-se as lesões abertas não infectadas, e por último as 
infectadas; 
4. Geralmente, nas feridas cirúrgicas, 48 horas após a cirurgia, é 
recomendado deixar o curativo aberto; 
5. Ao dar banho em pacientes com curativo, aproveitar para lavar a lesão; 
6. Devido ao risco de infecção hospitalar, não é recomendado levar o 
material de curativo no carrinho. Deve-se levar só a bandeja com o material, para 
junto do paciente; 
7. Não jogar o curativo anterior e as gazes utilizadas na cesta de lixo do 
paciente; 
8. Não comprimir demais com ataduras e esparadrapo o local da ferida, a fim 
de permitir boa circulação; 
9. O saco plástico que recebe gazes e ataduras usadas no curativo deve ser 
de uso individual (um para cada paciente); 
10. Os curativos devem ser trocados diariamente e sempre que se 
apresentarem úmidos ou sujos; 
11. Não é necessário o uso de luvas para fazer curativo. Exceto quando não 
utilizar pinça. Neste caso as luvas devem ser esterilizadas; 
12. Nas feridas, com exsudato, com suspeita de infecção, deve ser colhida 
amostra para bacterioscopia e encaminhada imediatamente ao laboratório. 
 
Retirada de pontos 
Material: 
• 1 pinça Kocker, 1 pinça Kelly, 1 pinça Dente de Rato e 1 Anatômica; 
• Gazes esterilizadas; 
• Soro fisiológico; 
• Tesoura de Iris ou lâmina de bisturi, ou gilete esterilizada; 
• Fita adesiva; 
• Saco plástico. 
 
 
 
 
 
 
157 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Procedimento: 
1. Faz-se a limpeza da incisão cirúrgica, obedecendo a técnica do 
curativo; 
2. Umedeça os pontos com soro fisiológico, secar; 
3. Com a pinça Anatômica, se segura a extremidade do fio e com a 
tesoura corta-se a parte inferior do nó; 
4. Coloca-se uma gaze próxima à incisão, para depositar os pontos 
retirados; 
após o procedimento, fazer a limpeza local com técnica asséptica. 
 
Dreno de Penrose 
O dreno de penrose é um dreno de borracha, tipo látex, utilizado em 
cirurgias que implicam em possível acúmulo local pós-operatório, de líquidosinfectados ou não. 
O orifício de passagem do dreno deve ser amplo, e o mesmo deve ser 
posicionado à menor distância da loja a ser drenada, não utilizando o dreno através 
da incisão cirúrgica e, sim, através de uma contra incisão. 
A fim de evitar depósitos de fibrina que possam vir a ocluir seu lúmen, o 
dreno de penrose deve ser observado e mobilizado em intervalos de 12 horas, ou 
seja, tracionado em cada curativo (exceto quando contra-indicado), cortado seu 
excesso e recolocado o alfinete de segurança estéril, usando luva esterilizada. Seu 
orifício de saída deve ser ocluído com gaze estéril, devendo este curativo ser 
substituído sempre que necessário. 
 
Material: 
• Bandeja; 
• Pacote de curativo completo; 
• Pacote de tesoura de pontos; 
• Pacote de gazes; 
• 1 alfinete estéril; 
• Frasco com anti-séptico; 
 
 
 
 
 
158 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
• Esparadrapo ou micropore; 
• Frasco de benzina; 
• Cuba rim; 
• SF 0,9%. 
 
Procedimentos: 
1. Explicar ao paciente sobre o cuidado a ser feito; 
2. Preparar o ambiente, como descrito anteriormente; 
3. Lavar as mãos; 
4. Separar e organizar o material de acordo com o tipo de curativo a ser 
executado; 
5. Levar a bandeja com o material e colocar sobre a mesa de cabeceira; 
6. Descobrir a área tratada e proteger a cama com forro de papel, pano ou 
impermeável; 
7. Colocar o paciente em posição apropriada e prender o saco plástico para 
lixo em local acessível; 
8. Abrir o pacote de curativo e dispor as pinças com os cabos voltados para 
o executante, em ordem de uso – pinça Kocher e Dente de Rato na extremidade do 
campo, próximo ao paciente e pinça Kelly e Anatômica na extremidade oposta; 
9. Abrir o pacote de gaze e colocá-lo no campo. Se necessário colocar 
também chumaços de algodão; 
10. Abrir o pacote de alfinete, colocando-o sobre o campo com auxílio da 
pinça Anatômica; 
11. Abrir a tesoura e colocá-la ao lado da pinça Kelly; 
12. Proceder a retirada do curativo conforme descrito anteriormente; 
13. Limpar o dreno e a pele ao redor, com soro fisiológico; 
14. Colocar uma gaze na região inferior do dreno, isolando-o da pele; 
15. O dreno de Penrose deve ser tracionado em cada curativo (exceto 
quando contra – indicado). Cortar o excesso e colocar alfinete de segurança estéril, 
usando pinças Kelly e Anatômica; 
15. Colocar outra gaze sobre o dreno, protegendo-o; 
 
 
 
 
 
159 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
16. Fixar as gazes com adesivo; 
17. Juntar o material e colocá-lo na bandeja; 
18. Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem; 
19. Lavar as mãos; 
20. Providenciar a limpeza e a ordem do material; 
21. Checar o horário e fazer as anotações de enfermagem, especialmente 
quanto à evolução da lesão e queixas do paciente. 
 
Intracath e flebotomia 
Material: 
• Bandeja; 
• 1 pacote de curativo; 
• 1 pacote de gazes; 
• 1 frasco de anti-séptico; 
• 1 frasco de benzina; 
• 1cuba rim; 
• Esparadrapo; 
• SF 0,9%. 
 
Procedimentos: 
1. Fazer planejamento; 
2. Lavar as mãos; 
3. Preparar o material e levá-lo à unidade do paciente; 
4. Informar ao paciente o que vai ser feito; 
5. Fechar janelas; 
6. Cercar com biombos; 
7. Dispor convenientemente o material sobre a mesa de cabeceira; 
8. Expor a área e colocar a cuba rim próximo ao local do curativo; 
9. Abrir cuidadosamente o pacote de curativo sobre a bandeja; 
10. Dispor das pinças no campo conforme descrito anteriormente; 
11. Proceder a retirada do curativo conforme descrito anteriormente; 
 
 
 
 
 
12. Proceder a anti-sepsia da inserção do cateter de Intracath ou 
flebotomia; 
13. Envolver o cateter com gaze no local de sua inserção; 
14. Desprezar as pinças abertas na cuba rim; 
15. Fixar a gaze com 1 tira de esparadrapo com mais ou menos 6 cm de 
comprimento por 4 cm de largura, conforme o desenho; 
 
16. Fixar outra tira de esparadrapo igual a primeira, introduzir no cateter, 
sobre o 1º na posição oposta; 
17. Juntar os materiais e levá-los à sala de utilidades; 
18. Proceder as anotações de enfermagem. 
 
Dreno de tórax 
A drenagem de tórax consiste na introdução de um dreno no espaço pleural 
ou o espaço mediastinal, com o objetivo de remover líquidos e gases, facilitando a 
reexpansão do pulmão e restabelecendo a função cardiorrespiratória normal. 
 
Troca do Curativo 
Material:
• Um par de luvas estéreis; 
• Um par de luvas de procedimento; 
• Esparadrapo ou micropore; 
• Pacotes de gazes; 
• Frasco contendo solução anti-séptica (solução de polvidine ou 
clorexidina alcoólica/tópica/degermante). 
160 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
http://www.pdamed.com.br/proenf/pdamed_0005.php
http://www.pdamed.com.br/proenf/pdamed_0005_0019.php
 
 
 
 
 
 
Procedimentos:
1. Explicar o procedimento e sua finalidade ao paciente e/ou ao 
acompanhante; 
2. Reunir o material; 
3. Lavar as mãos; 
4. Posicionar o paciente lateralmente, sobre o lado onde não se encontra o 
dreno; 
5. Calçar as luvas de procedimento; 
6. Manter, com uma das mãos, o dreno fixado ao local; 
7. Remover com a outra mão, cuidadosamente, o curativo; 
8. Observar se há presença de secreção nas gazes, para posterior anotação 
(pequena quantidade de secreção sero-sanguinolento no local de inserção do dreno 
é comum); 
9. Observar a pele no local de inserção do dreno, para identificar se há 
presença de hiperemia e/ou edema, para posterior anotação; 
10. Apalpar, delicadamente, ao redor do local de inserção do dreno, para 
identificar se há presença de crepitações; 
11. Retirar as luvas de procedimento; 
12. Calçar luvas estéreis; 
13. Limpar o local com solução, utilizando gaze embebida em solução anti-
séptica; 
14. Envolver com gaze a parte do dreno próximo à pele; 
15. Colocar gazes entre o dreno e a pele e sobre o dreno; 
16. Colocar tiras largas de esparadrapo ou micropore para vedar 
completamente o curativo; 
17. Observar o posicionamento correto do dreno, evitando dobras e voltas 
que possam prejudicar a drenagem; 
18. Deixar o paciente confortável; 
19. Manter a unidade em ordem; 
161 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
http://www.pdamed.com.br/proenf/pdamed_0005_0019.php
 
 
 
 
 
20. Registrar no prontuário: a troca do curativo, aspecto do local de inserção 
do dreno e as queixas do paciente. 
 
Troca do selo d água
Material:
• Um par de luvas de procedimento; 
• Frasco de solução estéril (solução fisiológica ou água bidestilada); 
• Recipiente para colocar a solução drenada; 
• Pinça; 
• Fita adesiva. 
 
Procedimentos:
1. Explicar o procedimento e sua finalidade ao paciente e/ou ao 
acompanhante; 
2. Reunir o material; 
3. Lavar as mãos; 
4. Calçar as luvas de procedimento; 
5. Pinçar a extensão do dreno; 
6. Observar o aspecto da solução drenada e seu volume, para posterior 
anotação; 
7. Abrir o frasco de drenagem; 
8. Desprezar o conteúdo do frasco de drenagem no recipiente; 
9. Lavar o frasco de drenagem, com solução esterilizada, e desprezar seu 
conteúdo no recipiente; 
10. Preencher o frasco com nova solução esterilizada, até o nível 
especificado pelo fabricante ou até que o tubo do frasco de drenagem fique 
submerso na solução esterilizada; 
11. Despinçar a extensão do dreno; 
12. Marcar o nível original da nova solução em uma fita adesiva aderida 
verticalmente ao lado externo do frasco de drenagem; 
162 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivosautores
http://www.pdamed.com.br/proenf/pdamed_0005.php
http://www.pdamed.com.br/proenf/pdamed_0005_0020.php
http://www.pdamed.com.br/proenf/pdamed_0005_0020.php
 
 
 
 
 
163 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
13. Anotar em uma fita adesiva o volume da nova solução que foi colocada 
no frasco de drenagem, contendo: data, hora e nome do profissional que realizou o 
procedimento - e fixar ao frasco; 
14. Registrar no prontuário do paciente o volume proveniente da drenagem, 
observada anteriormente, descontado o volume de solução esterilizada que foi 
colocada anteriormente no frasco, assim como o seu aspecto. 
 :Observações
• Manter o frasco de drenagem sempre abaixo do nível do tórax do 
paciente; 
• Manter o frasco de drenagem protegido contra acidentes; 
• Certificar se a extensão do dreno não está dobrada ou tracionada; 
• Ao transportar o paciente, o dreno dever ser pinçado. 
 
Cuidados com aspiração portátil em feridas – Dreno de Portovac 
É um sistema fechado de drenagem pós-operatória, de polietileno, com 
dureza projetada para uma sucção contínua e suave. 
É constituído por uma bomba de aspiração com capacidade de 500 ml, com 
cordão de fixação; uma extensão intermediária em PVC com pinça corta-fluxo e 
conector de duas ou três vias, e um cateter de drenagem com agulha de aço 
cirúrgico (3,2mm, 4,8 mm ou 6,4mm). 
 
Curativo na inserção do dreno de PortoVac 
Material: 
• Pacote de curativo completo; 
• Frasco de anti-séptico; 
• Cuba rim; 
• SF0,9%; 
• Pacote de gazes; 
• Benzina; 
• Esparadrapo. 
 
http://www.pdamed.com.br/proenf/pdamed_0005_0020.php
 
 
 
 
 
164 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Procedimentos: 
Realizar os mesmos procedimentos do curativo simples. Após limpeza e 
aplicação de anti-séptico, cobrir a inserção do dreno com a gaze, e fixar com fita 
adesiva. 
 
TRAQUEOSTOMIA 
 
A traqueostomia é uma comunicação que é feita entre a traquéia e a parte 
externa do pescoço, de tal forma que o ar respirado chega aos pulmões sem passar 
pela boca, nariz ou laringe. Esta comunicação é feita por meio de um orifício na pele 
e é mantida através de um tubo metálico (ou de plástico) curvo, denominado cânula 
de traqueostomia. 
A traqueostomia é utilizada para: 
• Estabelecer e manter uma via respiratória; 
• Impedir a aspiração de vômito de alimentos, vedando a traquéia e 
separando-a do tubo digestivo na pessoa inconsciente ou paralisada; 
• Tratar o doente que necessita de ventilação com pressão positiva e 
não pode ser dada eficazmente por meio de máscara. 
 
Indicações: 
- Paralisia da laringe bilateral, em que a passagem do ar è inadequada, o 
que leva a dispnéia incapacitante e estridor com esforço; 
- Edema agudo da laringe que faz com que a via aérea se estreite ou feche, 
e exige a restauração da passagem do ar. O edema agudo da laringe pode resultar 
de choque anafilático, urticária, laringite aguda, grave doença inflamatória da 
garganta ou edema após intubação. Se este for crônico, devido a tratamento da 
laringe por radiações ou tumores do pescoço, exige uma traqueostomia; 
- Se for necessário manter uma via respiratória durante um período 
prolongado ou se houver traumatismo das vias aéreas, que impeçam o emprego de 
um tubo endotraqueal, como por exemplo: queimaduras graves, obstrução da laringe 
causada por tumores, infecções ou paralisia das cordas vocais. 
 
 
 
 
 
165 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
A traqueostomia pode ser temporária ou definitiva. É definitiva no caso de 
tumores da laringe (laringectomia). Estes doentes necessitam sempre da 
traqueostomia para evitar a aspiração de alimentos e de líquido para dentro do trato 
respiratório inferior, porque a laringe que fornece o esfíncter protetor não está 
presente. É temporária no caso de laringectomia parcial, no caso de doentes que 
precisam de apoio ventilatório prolongado, sendo removida a cânula de 
traqueostomia logo que o doente deixe de precisar de apoio ventilatório. 
 
CUIDADOS ESPECÍFICOS 
 
• Trocar o curativo conforme técnica, sempre que estiver úmido ou sujo; 
• O cadarço deve ser trocado diariamente e sempre que necessário; 
• Manter o paciente com vias aéreas permeáveis e livres de secreção, 
aspirando quando necessário; 
• Manter umidificação e oxigenação adequada do ar inspirado; 
• Sempre que possível manter a cabeceira elevada, principalmente 
durante administração de dieta; 
• Em caso de cânula portex, insulflar o balão antes de administrar a 
dieta; 
• Observar e comunicar imediatamente a chefe, ou responsável, 
ocorrência de alterações respiratórias, sangramento, enfisema, cianose e sudorese 
generalizada. 
 
O doente com traqueostomia é um doente que depende muito da equipe de 
enfermagem. Após ter-lhe sido efetuada uma traqueostomia ele pode ficar 
apreensivo devido à sua incapacidade de comunicar-se com os outros e com o 
medo de asfixiar-se. 
A traqueostomia constitui uma porta aberta à entrada de microorganismos 
patogênicos para vias respiratórias inferiores, aumentando o risco de infecção. É 
essencial que sejam implementadas intervenções preventivas de enfermagem. 
 
 
 
 
 
166 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
1. Reduzir ao mínimo o risco de infecção: Qualquer tubo inserido no interior 
da traquéia provoca irritação da mucosa e em conseqüência há maior produção de 
muco. 
• Observar o doente regularmente quanto ao excesso de secreções e 
fazer aspiração segundo norma do serviço e com a freqüência necessária; 
• Substituir traquéias, peça em T ou máscara de O2, sempre que estas 
caiam ao chão e protegê-las quando não estão sendo usadas pelo doente; 
• Remover a água que condensa na traquéia e não a introduzir 
novamente no nebulizador; 
• Despejar a água destilada restante do nebulizador cada vez que estiver 
cheio de novo, ou pelo menos em intervalos de 24 horas. 
 
2. Assegurar adequada ventilação e oxigenação. 
• Vigilância das saturações de O2; 
• Vigiar freqüências respiratórias e expansão torácica que deverá ser 
simétrica; 
• Proporcionar segurança e conforto. 
 
3. Proporcionar freqüentes cuidados à boca: As secreções têm tendência a 
acumular-se na boca e na faringe. 
• Fazer cuidadosa aspiração da orofaringe quando necessário; 
• Inspecionar os lábios, a língua e a cavidade oral regularmente; 
• Limpar a cavidade oral com espátulas embebidas em anti-séptico oral; 
• Aplicar vaselina ou qualquer outro lubrificante nos lábios. 
 
Curativo 
Material: 
• Bandeja; 
• Pacote de curativo; 
• Luvas estéreis; 
• 1 tesoura ponto; 
 
 
 
 
 
167 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
• 80 cm de cadarço (não necessita ser estéril); 
• Frasco com anti-séptico; 
• Gazes; 
• Cuba rim; 
• Máscara; 
• Material para aspiração, se necessário. 
 
Procedimentos: 
1. Aspirar o paciente, se necessário; 
2. Fazer planejamento; 
3. Lavar as mãos; 
4. Preparar o material e levá-lo à unidade do paciente; 
5. Informar ao paciente o que vai ser feito; 
6. Fechar janelas; 
7. Cercar a cama com biombos; 
8. Dispor convenientemente o material sobre a mesa de cabeceira; 
9. Expor a área e colocar a cuba rim próximo ao local do curativo; 
10. Abrir cuidadosamente o pacote de curativos sobre a bandeja; 
11. Pegar a primeira pinça, de preferência Dente de Rato, com a mão 
esquerda sob o campo. Com a mão direita segurar a pinça pelo cabo; 
12. Dispor das demais pinças sobre ocampo com auxílio da primeira, de 
modo que seus cabos fiquem voltados para fora; 
13. Abrir os pacotes de gaze, colocando-as sobre o campo com auxílio da 
pinça Anatômica; 
14. Forrar a cuba rim com papel que envolvia as gazes; 
15. Colocar máscara; 
16. Retirar gazes do curativo; 
17. Colocar a pinças, kocher e Dente de Rato, abertas na cuba rim; 
18. Proceder a limpeza do ponto de inserção da traqueostomia com anti-
séptico; 
 
 
 
 
 
168 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
19. Retirar o cadarço, firmando a traqueostomia com uma das mãos. 
Desprezá-lo na cuba rim; 
20. Colocar cadarço limpo; 
21. Retirar as luvas, colocando-as na cuba rim; 
22. Colocar gaze dobrada ao meio sob as laterais da cânula, usando a 
pinça Kelly e Anatômica, sem forçar a cânula; 
23. Colocar as pinças abertas na cuba rim; 
24. Retirar a máscara; 
25. Juntar o material na bandeja; 
26. Colocar o paciente confortável; 
27. Proceder as anotações de enfermagem. 
 
Observação: 
• A cânula deve ficar bem adaptada, porém ser apertar. 
 
Aspiração de secreção traqueal 
Quando o tubo de traqueostomia está presente é necessário aspirar as 
secreções do doente, porque a eficácia do seu mecanismo de tosse está diminuído. 
 A aspiração traqueal é realizada com base na avaliação dos ruídos 
adventícios ou sempre que as secreções estiverem nitidamente presentes. A 
aspiração desnecessária pode iniciar o broncospasmo e provocar um trauma 
mecânico na mucosa traqueal. 
Todo o equipamento, que entra em contacto direto, com as vias aéreas 
inferiores do doente, deve ser esterilizado de modo a prevenir infecções sistêmicas e 
pulmonares. 
A aspiração de secreções é efetuada para: 
• Prevenir infecções; 
• Manter as vias aéreas permeáveis. 
 
Material: 
• Cateteres de aspiração (com 1/3 do lúmen do traqueostomia); 
 
 
 
 
 
169 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
• Luvas esterilizadas; 
• Soro fisiológico de 10 ml; 
• Frascos de SF de 100 ml; 
• Máscara de proteção; 
• Fonte de O2 com peça em T; 
• Aspirador. 
 
Procedimentos: 
1. Explicar ao doente todos os procedimentos. Posicioná-lo em 
semifowler com hiperextensão do pescoço; 
2. Lavar as mãos; 
3. Ligar a fonte de aspiração com pressão inferior ou igual a 120 mm/Hg; 
4. Verificar fonte de O2; 
5. Abrir o invólucro da sonda de aspiração e conectar ao aspirador; 
6. Pegar na sonda de aspiração com luva esterilizada; 
7. Introduzir algumas gotas de SF, se secreções espessas; 
8. Inserir cateter aspirando e rodando-o suavemente com movimentos de 
360º (não mais do que 10 a 15 Seg.); 
9. Ventilar o doente com O2 nos intervalos das aspirações, pedindo ao 
doente que faça várias respirações profundas; 
10. Nos intervalos deve-se introduzir a sonda no frasco de SF estéril e 
aspirar; 
11. Aspirar cavidade orofaríngea após aspiração traqueal; 
12. Lavar sonda de aspiração e rejeite-a assim como o SF restante; 
13. Registrar procedimento e características das secreções. 
 
OXIGENOTERAPIA 
 
Consiste na administração de oxigênio numa concentração de pressão 
superior a encontrada na atmosfera ambiental, para corrigir e atenuar deficiência de 
oxigênio ou hipóxia. 
 
 
 
 
 
Métodos de Administração de Oxigênio: 
a) Cânula nasal - é empregado quando o paciente requer uma concentração 
média ou baixa de O2. É relativamente simples e permite que o paciente converse e 
alimente-se, sem interrupção de O2. 
1- Vantagens: 
- Conforto maior que no uso do cateter; 
- Economia, não necessita ser removida; 
- Convivência - pode comer, falar, sem obstáculos; 
- Facilidade de manter em posição. 
2- Desvantagens: 
- Não pode ser usada por pacientes com problemas nos condutos nasais; 
- Concentração de O2 inspirada desconhecida; 
- De pouca aceitação por crianças pequenas; 
- Não permite nebulização 
 
b) Cateter Nasal - Visa administrar concentrações baixas a moderadas de O2. É de 
fácil aplicação, mas nem sempre é bem tolerada, principalmente por crianças. 
 
 
Fonte: www.vesimed.com.br
 
1- Vantagens: 
- Método econômico e que utiliza dispositivos simples; 
- Facilidade de aplicação. 
 
2- Desvantagens: 
- Nem sempre é bem tolerado em função do desconforto produzido; 
- A respiração bucal diminui a fração inspirada de O2; 
- Irritabilidade tecidual da nasofaringe; 
170 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
http://www.vesimed.com.br/
 
 
 
 
 
- Facilidade no deslocamento do cateter; 
- Não permite nebulização; 
- Necessidade de revezamento das narinas a cada 8 horas. 
 
c) Máscara de Venturi - Constitui o método mais seguro e exato para liberar 
a concentração necessária de oxigênio, sem considerar a profundidade ou 
freqüência da respiração. 
 
Fonte: www.suru.com/venturi1 
 
d) Máscara de Aerosol, Tendas Faciais - São utilizadas com dispositivo de 
aerosol, que podem ser ajustadas para concentrações que variam de 27% a 100%. 
 
 
 
 
Fonte: www.glomedical.ec
 
171 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
http://www.glomedical.ec/
 
 
 
 
 
172 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Cânula nasal (óculos) 
Material: 
• Cânula nasal dupla estéril; 
• Umidificador de bolhas estéril; 
• Extensão de borracha; 
• Fluxômetro calibrado por rede de oxigênio; 
• 50 ml de AD esterilizada. 
 
Procedimento: 
1. Instalar o fluxômetro e testá-lo; 
2. Colocar água no copo do umidificador, fechá-lo e conectá-lo ao 
fluxômetro; 
3. Conectar a extensão ao umidificador; 
4. Identificar o umidificador com etiqueta (data, horário e volume de 
água); 
5. Instalar a cânula nasal do paciente e ajustá-la, sem tracionar as 
narinas; 
6. Conectar a cânula à extensão, abrir e regular o fluxômetro (conforme 
prescrição). 
 
Observações: 
• Trocar a cânula nasal diariamente; 
• Trocar o umidificador e extensão plástica a cada 48 horas. 
Nebulização 
Material: 
• Fluxômetro; 
• Máscara simples, ou “Venturi”, de formato adequado esterilizada; 
• Frasco nebulizador; 
• Extensão plástica corrugada (traquéia); 
• 250 ml de água destilada esterilizada; 
• Etiqueta e folha de anotações de enfermagem. 
 
 
 
 
 
173 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
Procedimento: 
1. Instalar o fluxômetro e testá-lo; 
2. Colocar a água no copo do nebulizador, fechar e conectar ao 
fluxômetro; 
3. Conectar a máscara ao tubo corrugado, e este ao nebulizador; 
4. Colocar a máscara no rosto do paciente e ajustá-la, evitando 
compressões; 
5. Regular o fluxo de oxigênio, de acordo com a prescrição; 
6. Identificar o nebulizador com adesivo (data, hora e volume). 
 
Observações: 
• Trocar a água do nebulizador de 6/6hs, desprezando toda a água do 
copo e colocando nova etiqueta; 
• Trocar o conjunto a cada 48 horas. 
 
Inalação 
Material: 
• Fluxômetro; 
• Micronebulizador, com máscara e extensão; 
• 10 ml de SF ou água destilada esterilizada; 
• Medicamento; 
• Etiqueta; 
• Gaze esterilizada; 
• Folha de anotações. 
Procedimento: 
1. Instalar o fluxômetro na rede de oxigênio ou ar comprimido, e testá-lo; 
2. Abrir a embalagem do micronebulizador e reservá-lo; 
3. Colocar o SF ou AD no copinho, acrescentar o medicamento, fechar e 
conectar ao fluxômetro; 
4. Conectar a máscara ao micronebulizador; 
 
 
 
 
 
174 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo destePrograma. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
5. Regular o fluxo de gás (produzir névoa 5L/min); 
6. Aproximar a máscara do rosto do paciente e ajustá-la, entre o nariz e a 
boca, solicitando que respire com os lábios entreabertos; 
7. Manter o micronebulizador junto ao rosto do paciente, por 5 minutos, 
ou até terminar a solução (quando possível orientá-lo a fazê-lo sozinho); 
8. Identificar com etiqueta (data, horário de instalação); 
9. Fechar o fluxômetro e retirar o micronebulizador; 
10. Secar com gaze, recolocá-lo na embalagem e mantê-lo na cabeceira 
do paciente. 
Observação: 
• Trocar o nebulizador a cada 48 horas. 
 
 
 
 
 
 
 
-----------FIM DO MÓDULO IV----------- 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
175 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
 
ATKINSON, L. & MURRAY, M. Fundamentos de enfermagem. Introdução ao 
processo de enfermagem. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1989 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Manual de Condutas 
em Exposição Ocupacional a Material Biológico. 1999. 
 
CARMAGNANI, Maria Isabel Sampaio. Manual de Procedimentos Básicos de 
Enfermagem. Rio de Janeiro: Interlivros, 1995. 
 
GIOVANI, Arlete M. M. Enfermagem: cálculo e administração de medicamentos. 4. 
ed. São Paulo: Legnar Informática & Editora, 1999. 
 
MAMEDE, M.V. et.al. Técnicas em Enfermagem. Ed. São Paulo: Saraiva, 1994. 
 
POSSO, M.B. Semiologia e semiotécnica de enfermagem. São Paulo: Atheneu, 
1999. 
 
POTTER, Patrícia e Perry Anne – Grande Tratado de Enfermagem Prática, Ed 
Santos, 1º ed. 1996 
 
SILVA, M.T.; SILVA S.R.L.P.T. Manual de Procedimentos para estágio em 
Enfermagem. Editora Matinari, São Paulo. 2006. 
 
SOUZA, V.H.S; MOZACHI, N. O hospital: manual do ambiente hospitalar. Editora 
Manual Real, 7 ed, Curitiba, 2007. 
 
STIER, C.J.N.; FUGMAN, C.; DREHMER, A.C.; BRAGNOLO, K.L.; MARTINS, 
L.T.F.; CASTRO, M.E.S. Rotinas em controle de infecção hospitalar. Curitiba: 
Netsul, 1995. 
 
 
 
 
 
176 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
VEIGA, Débora A.; CROSSETTI, Maria da G.O. Manual de técnicas de 
enfermagem. 6ª ed. Porto Alegre: Sagra, 1995. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
----------FIM DO CURSO!---------- 
	 
	Retirada de pontos 
	Indicações: 
	 
	Fonte: www.glomedical.ec 
	Cânula nasal (óculos) 
	Nebulização 
	 
	Inalação

Continue navegando

Outros materiais