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Aula de Direito Constitucional I (1)

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Direito Constitucional
PROF. JÚLIO DI PAULA
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CONSTITUIÇÃO: É A LEI FUNDAMENTAL E O LIMITE DE PODER DO ESTADO. 
A Constituição Federal é composta pelo a) Preâmbulo: é a fonte de interpretação, entretanto, é desprovido de normatividade; 
b) Corpo Fixo: composto por 250 artigos; e 
c) Normas ADCT: atos das disposições constitucionais transitórias, é composto por 97 dispositivos 
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DEFINIÇÃO DE CONSTITUIÇÃO:
 É A ORGANIZAÇÃO JURÍDICA FUNDAMENTAL DO ESTADO.
REGRAS:
 Suas regras do texto constitucional, sem exceção, são revestidas de supra legalidade, ou seja, possuem eficácia superior às demais normas. 
Por isso se diz que a norma Constitucional é norma positiva suprema.
 
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CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
1824: positivada por outorga. Constituição do Império do Brasil.
 1891: positivada por promulgação. Constituição da 1.ª República.
 1934: positivada por promulgação.
 1937: positivada por outorga (Getúlio Vargas).
 1946: positivada por promulgação. Restabelece-se o Estado Democrático.1967: positivada por promulgação .
 1969: positivada por outorga (golpe militar).
 1988: positivada por promulgação.
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IMPORTANTE 
A CF/ 88 quanto à sua alterabilidade/ estabilidade (art. 60, § 4º) é: Rígida ou Super Rígida, ambos os conceitos estão corretos; quanto à forma é: Escrita; quanto à origem é: Promulgada; quanto à extensão é: Analítica ou Prolixa; quanto ao conteúdo é: Formal e quanto ao modo de elaboração: é Dogmática. 
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A CF de 1988 possui a seguinte classificação:
· Quanto ao conteúdo: formal;
· Quanto à forma: escrita e analítica;
· Quanto ao modo de elaboração: dogmática;
· Quanto à origem: promulgada;
· Quanto à estabilidade: rígida;
· Quanto à função: garantia e dirigente
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CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA CONSTITUCIONAL
I - QUANTO A FORMA: 
 Escrita: Também chamada de costumeira . Criada por um órgão constituinte , é contida em documento único e solene.
II- QUANTO A ELABORAÇÃO: 
 Dogmática: é elaborada por um órgão constituinte que estabelece os pontos fundamentais que vão reger o nosso Estado. 
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CONSTITUIÇÃO
QUANTO A ORIGEM:
Popular: Conhecida também como democrática ou promulgada, composta por representante do povo.
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CONSTITUIÇÃO PROMULGADA/ OUTORGADA
CONSTITUIÇÃO PROMULGADA, Democrática ou Popular (Votada ou Convencional): é aquela que tem um processo de positivação proveniente de acordo ou votação (ex.: a Constituição brasileira de1988).
 CONSTITUIÇÃO OUTORGADA: é aquela positivada por uma pessoa que está no governo (ex.: Constituição brasileira de 1937).
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QUANTO À ESTABILIDADE
CONSTITUIÇÃO RÍGIDA: é aquela que para ser modificada necessita de um processo especial. 
 A CF do Brasil é um exemplo de Constituição RÍGIDA . Seu processo de mudança é formal, solene e complexo. 
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QUANTO À FUNÇÃO OU OBJETO
GARANTIA: Visa a garantir a proteção dos componentes do Estado. Ex: Remédios Constitucionais. 
 Limita o exercício abusivo do poder, dando uma garantia aos indivíduos;
DIRIGENTE: é aquela que não se limita a organizar o poder, mas preordena a sua forma de atuação por meio de “programas” vinculantes, contém um projeto político de Estado a ser desenvolvido.
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CONSTITUIÇÃO
QUANTO A EXTENSÃO:
Analítica ou prolixa: Contém normas materialmente e formalmente constitucionais.
QUANTO A RELIGIÃO: laica, leiga ou não confessional.
 Nossa constituição não adota uma religião oficial. 
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FENÔMENOS QUE SURGEM COM A NOVA CONSTITUIÇÃO
REGRA: A nova Constituição revoga a anterior.
REVOGAÇÃO:
A REVOGAÇÃO COMPREENDE : ab-rogação e derrogação.
AB- ROGAÇÃO: é a revogação total de uma lei.
DERROGAÇÃO: é a revogação parcial de uma lei. 
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CONTEÚDO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
1- NORMAS MATERIALMENTE CONSTITUCIONAIS:
ESTRUTURAM O ESTADO:
 Ex: Separação de Poderes;
Direito de Garantia Individuais;
 Nacionalidade;
Direitos Políticos.
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COSNTITUIÇÃO
A Constituição é a organização jurídica fundamental do Estado.
As regras do texto constitucional, sem exceção, são revestidas de supra legalidade,ou seja, possuem eficácia superior às demais normas. 
Por isso se diz que a norma Constitucional é norma positiva suprema.
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ESTRUTURA NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO
As normas constitucionais classificam-se em:
· ORGÂNICAS;
· LIMITATIVAS;
· SÓCIO-IDEOLÓGICAS;
· DE ESTABILIDADE CONSTITUCIONAL;
· FORMAIS DE APLICABILIDADE
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ESTRUTURA NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO
ORGÂNICAS
São as regras que estruturam o Poder, organizando o Estado (regras materialmente constitucionais).
 LIMITATIVAS
São as regras que limitam o Poder (direito e garantias fundamentais).
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ESTRUTURA NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO
Sócio-Ideológicas
 São as regras relacionadas com a ordem econômica e social.
De Estabilidade Constitucional
São as regras que visam assegurar a supremacia da Constituição, a solução de conflito constitucionais e a solução de crises. 
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ESTRUTURA NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO
Formais de Aplicabilidade
Uma norma constitucional não precisa de cláusula de revogação da norma anterior e entrará em vigor na data de sua publicação no DOU.
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CLASSIFICAÇÃO CONSTITUCIONAL 
CLASSIFICAÇÃO – ARTS. 6.º a 11
Direitos sociais relativos a:
· trabalhador;
· seguridade;
· educação e cultura;
· família, criança, adolescente e idoso;
· meio ambiente.
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DIREITOS SOCIAIS DO HOMEM PRODUTOR E CONSUMIDOR
Direitos Sociais do Homem Produtor
Liberdade de instituição sindical, direito de greve, contrato coletivo de trabalho, direito ao emprego.
 Direitos Sociais do Homem Consumidor
Direitos relacionados à saúde, à segurança social, à formação profissional e à cultura.
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DIREITOS SOCIAIS RELATIVOS AOS TRABALHADORES
São de duas ordens:
DIREITOS EM SUAS RELAÇÕES INDIVIDUAIS DE TRABALHO : (direitos dos trabalhadores – art. 7.º);
DIREITOS COLETIVOS DOS TRABALHADORES (art. 9.º a 11), exercitáveis coletivamente – associação sindical, greve, de substituição processual.
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DESTINATÁRIOS DOS DIREITOS SOCIAIS DOS TRABALHADORES (ART. 7.º):
URBANOS: Atividade industrial, comercial, prestação de serviços.
RURAIS: exploração agropastoril.
DOMÉSTICOS: auxiliares da administração residencial de natureza não lucrativa.
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Poder constituinte derivado decorrente 
Autoriza que entes federativos elaborem suas normas fundamentais forma federativa de estado); 
Art. 25 CF: cada Estado-membro pode fazer sua Constituição Estadual; 
Art. 29, CF: cada município pode fazer sua Lei Orgânica; 
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CF/88
Art. 32, CF: o Distrito Federal pode fazer sua Lei Orgânica; 
Art. 25, CF: Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. 
(art. 60, § 1º) a Constituição não poderá ser emendada na vigência de Intervenção Federal, Estado de Defesa ou Estado de Sítio; 
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CF/88
Art. 29 da CF. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: 
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CF/88
Art. 32 da CF. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. 
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Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: 
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; 
II - do Presidente da República; 
III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. 
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Art. 60. A Constituição poderá
ser emendada mediante proposta: 
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: 
I - a forma federativa de Estado; 
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
III - a separação dos Poderes; 
IV - os direitos e garantias individuais. 
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Classificação dos Direitos Fundamentais: 
A CF/88 subdivide em cinco capítulos, classificando em cinco espécies o gênero direitos e garantias fundamentais: 
- DIREITOS INDIVIDUAIS (ART. 5º) 
- DIREITOS COLETIVOS (ART. 5º) 
- DIREITOS SOCIAIS (ART. 6º E 193) 
- DIREITOS À NACIONALIDADE (ART. 12) 
- DIREITOS POLÍTICOS (ARTS. 14 À 17) 
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DIREITOS POLÍTICOS (art. 14 ao 17 CF) 
- Não são alistáveis o estrangeiro e o conscrito – homem na época do serviço militar obrigatório (não vota e nem é votado); 
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DIREITOS POLÍTICOS
- Desincompatibilização (§6°, art. 14) – os titulares do poder executivo se quiserem concorrer a cargos diferentes do que ocupam, devem renunciar 6 meses antes.
- Inelegibilidade reflexa (§7°, art. 14 CF) – impedimento para uma candidatura por "relação" de parentesco. 
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DIREITOS POLÍTICOS
- Voto facultativo – analfabetos (pode votar, mas não pode ser votado); maiores de 16 e menores de 18 anos; maiores de 70 anos. Cuidado! Quem sofre impeachment pode votar, mas não pode ser votado. Preso por sentença condenatória com trânsito em julgado não vota. 
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TRABALHO
Art. 7º da C.F
I - Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II - Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
 III – (FGTS) - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço;
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C.F ART. 7º 
IV - Salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
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C. F ART 7º
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
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 C. F ART 7º
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
 X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
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 C. F ART 7º
XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
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 C. F ART 7º
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943)
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 C. F ART 7º
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º)
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 C. F ART 7º
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
 XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
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 C. F ART 7º
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
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C. F ART 7º
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
XXIV - aposentadoria;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até seis anos de idade em creches e pré-escolas;
 XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
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 C. F ART 7º
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
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C. F ART. 7º 
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000)
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 C. F ART 7º
a) cinco anos para o trabalhador urbano, até o limite de dois anos após a extinção do contrato;  b) até dois anos após a extinção do contrato, para o trabalhador rural; (Revogado pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000)
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 C. F ART 7º
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;
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 C. F ART 7º
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos, salvo na condição de aprendiz; 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
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C.F ART. 7º 
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integração à previdência social.
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TRABALHO
 Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, .....(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 64, de 2010)
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa.
Art. 193: a ordem social tem por princípio o “primado do trabalho”.
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PODER CONSTITUINTE
Os poderes “constituídos” da República são os Poderes: 
1- LEGISLATIVO
2 -EXECUTIVO 
3- JUDICIÁRIO. 
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DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS (ARTS. 5.º A 17 DA CF/88)
 Conteúdo
 Direitos individuais Prerrogativas que o indivíduo opõe ao Estado.
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DIREITOS COLETIVOS
Direitos supraindividuais ou metaindividuais que pertencem a vários titulares que se vinculam juridicamente (ex.: condôminos, sindicalistas etc.).
DIREITOS DIFUSOS
São direitos individuais, no entanto seus titulares não têm uma vinculação jurídica que permita identificá-los (ex.: usuários de uma praia,consumidores etc.).
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DIREITOS SOCIAIS
Decorrem do fato de o indivíduo estar inserido
em uma sociedade estatal (ex.: direito à saúde, educação etc.).
 DIREITO DE NACIONALIDADE
Direito que tem o indivíduo de manter um vínculo jurídico com o Estado, de pertencer ao povo de um Estado e, em conseqüência disso, receber
 proteção do Estado.
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DIREITO DE CIDADANIA
Prerrogativa que tem o indivíduo de participar da tomada de decisão política dentro do Estado (ex.: direito de votar, de participar de plebiscito, de ingressar com uma ação popular etc.).
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DIRIETOS CONSTITUCIONAIS
Direito de organizar e participar de partido político
 
 Tem o objetivo de ascender ao poder, ou seja, de impor à sociedade a sua forma de administrar o Estado.
 
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Remédios constitucionais
Procedimento judicial específico
Sua finalidade: É dar uma proteção eficiente aos direitos fundamentais. 
Alguns doutrinadores chamam as garantias de “remédios constitucionais”. São eles:
 habeas corpus
 habeas data
mandado de segurança
mandado de injunção
ação popular
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REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
 HABEAS CORPUS( CF – ART. 5º LXVIII): 
tem por objetivo proteger a liberdade de locomoção, liberdade de ir e vir;
É gratuito;
Pode ser impetrado por qualquer pessoa;
Com ou sem advogado;
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HABEAS DATA (CF ART. 5º LXXII /Lei nº 9507/97 art. 1º
 Visa garantir ao impetrante o acesso aos dados existentes sobre sua pessoa em bancos de dados públicos ou particulares de caráter público;
Precisa de Advogado
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REMÉDIOS CONSTITUCIONAISA
MANDADO DE INJUNÇÃO: Art. 5º LXXI
 Tem como finalidade garantir o exercício de direito previsto em norma constitucional de eficácia limitada ainda não regulamentada;
 
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REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
AÇÃO POPULAR: Art. 5º LXXIII –Lei nº 4717/65
 É um instrumento de democracia direta por meio do qual o cidadão exerce a fiscalização do patrimônio público para impedir que ele seja lesado por ato de autoridade.
 Protege o patrimônio público,histórico e cultural
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Limitação Material ao Poder de Reforma (Art. 60, § 4.º)
O art. 60, em seu § 4.º, coloca limites para a reforma da CF. Existem algumas matérias que não podem ser sujeitas à modificação por emenda.Somente o constituinte originário poderia modificar essas cláusulas, chamadas
Cláusulas Pétreas: O voto direto, secreto, universal e periódico; a separação dos Poderes; os direitos e garantias individuais.
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Limitação Material ao Poder de Reforma (Art. 60, § 4.º)
Não estão sujeitos à emenda os direitos e garantias individuais previstos no caput do art. 5.º, quais sejam, direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. 
O mais importante é o direito à vida, pois este é condição sine qua non para que sejam assegurados os outros direitos
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Constituição Federal
DIREITO À VIDA
Proibição da pena de morte (art. 5.º, XLVII, “a”)
A aplicação da pena de morte só é permitida em caso de guerra externa declarada.
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Constituição Federal
Proibição do aborto
O legislador infraconstitucional pode criar o crime de aborto ou descaracterizá-lo, tendo em vista que a CF não se referiu ao aborto expressamente, simplesmente garantiu a vida. Assim, o CP, na parte que trata do aborto, foi recepcionado pela CF/88.
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Constituição Federal
O CP prevê o aborto legal em caso de estupro e em caso de risco de morte da mãe.
 A jurisprudência admite, no entanto, o aborto eugênico baseado no direito à vida da mãe, visto que nesse caso existe risco de integridade física e psicológica desta. 
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Constituição Federal
ABORTO
Aborto eugênico é aquele concedido mediante autorização judicial nas hipóteses de comprovação científica de impossibilidade de sobrevivência extra-uterina (essa posição não é pacífica).
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Constituição Federal
PROIBIÇÃO DA EUTANÁSIA
O médico que praticar a eutanásia, ainda que com autorização do paciente ou da família, estará cometendo crime de homicídio. 
A eutanásia se configura quando um médico tira a vida de alguém que teria condições de vida autônoma. No caso de desligar os aparelhos de pessoa que só sobreviveria por
 meio deles, não configura a eutanásia.
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Constituição Federal
Garantia da legítima defesa
O direito de a pessoa não ser morta. 
Portanto legitima que se tire a vida de outra pessoa que atentar contra a sua própria.
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Constituição Federal
DIREITO A CONDIÇÕES MÍNIMAS DE SOBREVIVÊNCIA - Salário Mínimo (Art. 7.º, IV)
A CF fixou um salário mínimo para que as pessoas tenham o mínimo para a sobrevivência.
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Constituição Federal
IRREDUTIBILIDADE DO SALÁRIO (ART. 7.º, VI)
Garante que o valor mínimo seja mantido. É necessário, então, que o salário mínimo tenha reajustes periódicos para que tenha mantido seu valor real.
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Constituição Federal
Saúde, Previdência e Educação
A saúde é necessária para que não se coloque em risco a vida das pessoas.
 O Estado tem o dever de garantir a saúde dos indivíduos. 
A saúde é decorrência do direito à vida.
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Constituição Federal
DIREITO A TRATAMENTO DIGNO POR PARTE DO ESTADO
Não se permite, como conseqüência da prática de delito, penalidades além daquelas previstas em lei.
 Todas as pessoas terão direito a um tratamento
 digno por parte do Estado, ou seja, têm o direito à conservação de sua integridade física e moral, proibindo-se, ainda, a tortura, penas cruéis e
 degradantes (art. 1.º, III, e art. 5.º, III, XLIII e XLIX, ambos da CF/88).
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Constituição Federal
DIREITO À LIBERDADE
 Liberdade de Pensamento (art. 5.º, IV e V)
É importante que o Estado assegure a liberdade das pessoas de manifestarem o seu pensamento. Foi vedado o anonimato para que a pessoa assuma aquilo que está manifestando caso haja danos materiais, morais ou à imagem. 
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Constituição Federal
Liberdade de Consciência, de Crença e de Culto (art. 5.º, VI, VII e VIII)
A liberdade de consciência refere-se à visão que o indivíduo tem do mundo, ou seja, são as tendências ideológicas, filosóficas, políticas etc. A liberdade de crença tem um significado de cunho religioso.
As pessoas têm a liberdade de cultuar o que elas acreditam. A CF proíbe qualquer distinção ou privilégio entre as igrejas e o Estado.
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Constituição Federal
Liberdade de Atividade Intelectual, Artística, Científica e de Comunicação (art. 5.º, IX)
A CF estabelece que a expressão das atividades intelectual, artística, científica e de comunicação é livre, não se admitindo a censura prévia. 
É uma liberdade, no entanto, com responsabilidade, ou seja, se houver algum dano moral ou material a outrem, haverá responsabilidade por indenização.
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Constituição Federal
É assegurada a liberdade de escolher qual a atividade que se exercerá.
Essa é uma norma de eficácia contida porque tem uma aplicabilidade imediata,no entanto traz a possibilidade de ter o seu campo de incidência contido por meio de requisitos exigidos por lei.
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Constituição Federal
A lei exige que certos requisitos de capacitação técnica sejam preenchidos para que se possa exercer a profissão (ex.: o advogado deve ser bacharel em Direito e obter a carteira da OAB)
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Constituição Federal
Liberdade de Locomoção (art. 5.º, XV)
 
 É a liberdade física de ir, vir, ficar ou permanecer. 
 Essa liberdade é considerada pela CF como a mais fundamental, visto que é requisito essencial para que se exerça o direito das demais liberdades.
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Constituição Federal
Liberdade de Reunião (art. 5.º, XVI)
É a permissão constitucional para um agrupamento transitório de pessoas com o objetivo de trocar idéias para o alcance de um fim comum.
O direito de reunião pode ser analisado sob dois enfoques: de um lado a liberdade de se reunir para decidir um interesse comum e de outro lado a liberdade de não se reunir, ou seja, ninguém poderá ser obrigado a reunir-se.
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Constituição Federal
O direito de reunião tem algumas restrições, quais sejam:
Não pode ser uma reunião que tenha por
objetivo fins ilícitos;
Não pode haver reunião que não seja pacífica e não deve haver utilização de armas (art. 5.º, XLIV CF). 
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Constituição Federal
 A presença de pessoas armadas em uma reunião não significa, no entanto, que a reunião deva ser
 dissolvida. 
 
 Em caso de passeata, não poderá haver nenhuma restrição quanto ao lugar em que ela será realizada; 
 
 Durante o Estado de Defesa (art. 136, § 1.º, I, “a”) e o Estado de Sítio (art. 139, IV), poderá ser restringido o direito de reunião.
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Constituição Federal
Liberdade de Associação (art. 5.º, XVII a XXI)
Direito de criar associações
Direito de aderir a qualquer associação
Direito de desligar-se da associação
Direito de dissolução espontânea da associação
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A ORDEM JURÍDICA BRASILEIRA PREVÊ VÁRIOS TIPOS DE ASSOCIAÇÃO:
STRICTO SENSU: 
 Agrupamento de pessoas sem fins lucrativos;
 SOCIEDADES: 
 
 Associações que possuem fins lucrativos;
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Partidos políticos:
Associação que é característica, visto ser regulada constitucionalmente (art. 17, CF/88). 
Toda disciplina jurídica do partido político está disposta na CF/88;
 Associação Profissional e Sindicatos: Também têm características próprias. Os sindicatos estão disciplinados no art. 8.º da CF/88.
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Constituição Federal
DIREITO À SEGURANÇA
A CF, no caput do art. 5.º, quando fala de segurança, está se referindo à segurança jurídica. Refere-se à segurança de que as agressões a um direito não ocorrerão e, se ocorrerem, existirá uma eventual reparação pelo dano que a pessoa tenha.
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Acesso ao Poder Judiciário (art. 5.º, XXXV)
A competência para dar a segurança jurídica é do Poder Judiciário. É por meio do acesso ao Poder Judiciário que as pessoas conseguem a segurança jurídica.
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Assistência jurídica (art. 5.º, LXXIV)
Para se pedir em juízo, a CF/88 exige que o pedido seja formulado por um advogado. Às vezes, também é necessária a produção de provas. 
Para garantir que aqueles que não possuem condições financeiras possam ter acesso ao Poder Judiciário, portanto, o Estado tomou para si o dever de fornecer a assistência jurídica.(HIPOSUFICIENBTE)
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JUIZ NATURAL (ART. 5.º, LIII)
A decisão de um caso concreto deve ser feita pelo Juiz natural que é o Juiz ou o Tribunal investido de poder pela lei para dizer o direito no caso concreto
 É o Juiz ou Tribunal que tem a competência,previamente expressa, para julgar determinado caso concreto.
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ESTADO DE DEFESA
Sempre que houver instabilidade das instituições democráticas ou calamidade pública. 
Os direitos que podem ser suspensos são aqueles previstos no art. 136, § 1.º, I e II, da CF/88. 
Para a decretação do Estado de Defesa o Presidente da República não precisa de autorização prévia do Congresso Nacional.
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Contraditório e ampla defesa (art. 5.º, LV)
Deve-se respeitar o contraditório e a ampla defesa como requisitos para que o devido processo legal seja respeitado. 
O contraditório: é a possibilidade que deve ser assegurada, a quem sofrer uma imputação em juízo, de contraditar essa imputação, ou seja, de apresentar a sua versão dos fatos. 
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A ampla defesa significa que as partes devem ter a possibilidade de produzir todas as provas que entendam necessárias ao esclarecimento dos fatos e ao convencimento do Juiz.
Há também a garantia do duplo grau de jurisdição, ou seja, a pessoa vencida e inconformada com a decisão tem o direito a uma revisão dessa decisão, que será sempre feita por um juízo colegiado.
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ESTADO DE SÍTIO
Pode ser decretado em duas situações, previstas no art. 137, I e II, da CF/88:
Se o Estado de Defesa se mostrou ineficaz para resolver o problema.
Os direitos que podem ser excepcionados, nesse caso, estão previstos no art. 139 da CF/88;
 
No caso de guerra externa. Todos os direitos estão sujeitos à restrição,inclusive o direito à vida (ex.: em caso de guerra externa, pode-se aplicar pena de morte).
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ART 139 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:
I - obrigação de permanência em localidade determinada;
II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;
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ART 139 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei;
IV - suspensão da liberdade de reunião;
V - busca e apreensão em domicílio;
VI - intervenção nas empresas de serviços públicos;
VII - requisição de bens.
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PRINCIPIO DA ISONOMIA
 Deve haver um tratamento isonômico. A isonomia entre as partes decorre de um princípio disposto na CF/88. 
Todos os órgãos públicos deverão dar tratamento isonômico para as partes (p. ex.: se o Juiz dá o direito a uma das partes de apresentar uma outra prova, ele deverá, obrigatoriamente, dar o mesmo direito à outra parte).
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PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
O Juiz deve dar publicidade de todas as decisões que ele proferir e todos os atos serão de ordem pública, de caráter público.
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Motivação das decisões (art. 93, IX)
Toda a decisão judicial deverá ser motivada, visto que uma decisão sem motivação desobedece ao devido processo legal e será considerada inválida.
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Princípio da estrita legalidade penal (art. 5.º, XXXIX)
A CF/88 dispõe sobre o princípio genérico da legalidade. 
Em determinados campos, entretanto, a CF/88 tem o cuidado de reforçá-lo,aplicando-o especificamente a cada área. Esse é, então, o princípio da estrita legalidade.
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Princípio da estrita legalidade penal (art. 5.º, XXXIX)
Para que o comportamento seja punido pelo Estado, se o crime estiver descrito em lei e se essa lei for anterior ao comportamento ilícito, somente poderá ser aplicada a pena que a lei estabelecer.
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Princípio da irretroatividade (exceção, art. 5.º, XL)
Há um reforço nessa idéia quando se trata de matéria penal. 
O próprio Direito Penal, entretanto, excepciona esse princípio, ou seja, há a possibilidade de retroatividade da lei no tempo para beneficiar o réu.
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DEMAIS GARANTIAS EM MATÉRIA PENAL
Existem algumas outras garantias previstas na CF/88, quais sejam:
Princípio da incomunicabilidade da pena: 
a pena não pode passar da pessoa do criminoso. 
Existem penas que o legislador não poderá cominar, quais sejam: 
pena de morte, pena de caráter perpétuo,
 pena de trabalho forçado, 
pena de banimento e penas cruéis. 
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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
Princípio do Juiz natural: ninguém poderá ser sentenciado nem preso senão pela autoridade competente;
Princípio da presunção de inocência: todos são inocentes até que se prove o contrário. 
Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença;
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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
A pena será cumprida em estabelecimentos distintos, assegurando a divisão por sexo, idade e gravidade do delito;
Somente poderá ser preso aquele que for pego em flagrante ou tiver ordem escrita fundamentada pela autoridade judiciária competente.
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Responsabilidade por desrespeito à segurança em matéria penal
Do Estado (art. 5.º, LXXV): a CF/88 estabelece a responsabilidade do Estado por erro judiciário e se a pessoa ficar detida por tempo superior àquele estabelecido na pena. Trata da responsabilidade objetiva do Estado nos termos do art. 37, § 6.º, da CF/88.
 Do Juiz (art. 133 do CPC e art. 630 do CPP): O Juiz poderá ser responsabilizado pelos prejuízos que vier a causar, entretanto é uma responsabilidade subjetiva, ou seja, deve-se comprovar dolo ou fraude de sua parte.

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