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PONTO II Fatos Jurídicos

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Material de Apoio da Disciplina de Direito Civil II 
Câmpus Frederico Westphalen/RS 
Profª. Bárbara De Cezaro 
 
PONTO II 
 
 
 
1. Classificação dos fatos jurídicos 
 
A classificação mais aceita pela doutrina é a seguinte: 
 
a) Os fatos jurídicos que dependem da vontade humana (lícitos ou ilícitos) 
 
Atos Lícitos: 
> Bilaterais, cujos efeitos são determinados pelos sujeitos. 
Ex.: os negócios jurídicos de compra e venda. 
> Unilaterais (atos jurídicos strictu sensu), cujos efeitos estão previstos em lei. 
Ex.: reconhecimento de paternidade. 
 
b) Os fatos jurídicos que não dependem da vontade do sujeito (fatos da natureza), que 
podem ser (ordinários ou extraordinários). 
Ordinários. Ex.: decurso de tempo, nascimento e morte de alguém. 
Extraordinários. Ex.: caso fortuito, força maior. 
 
 Fatos simples 
 - negócios jurídicos bilaterais 
 
 Atos lícitos - negócios jurídicos unilaterais 
 (=atos jurídicos stricto sensu) 
 
 - atos-fatos jurídicos 
 
 Fatos jurídicos humanos 
 (ato jurídico lato senso) 
FATOS Fatos jurídicos Atos ilícitos 
 
 
 Ordinários 
 Fatos jurídicos stricto sensu 
 (ou naturais) 
 Extraordinários 
FATOS JURÍDICOS 
 
 
 
2. Fatos jurídico humanos 
 
O fato jurídico humano é aquele que depende da interferência da vontade humana. A 
interferência da vontade humana dá-se no sentido de “querer” um determinado resultado 
(dolo), ou pela ausência das cautelas devidas (culpa). 
 
 
A categoria dos fatos jurídicos humanos engloba todas as ações humanas, denominando-se 
atos lícitos, cuja classificação é a seguinte: 
 
 Atos lícitos bilaterais, cujos efeitos são determinados pelos sujeitos. 
Ex: os negócios jurídicos de compra e venda 
 
 Atos lícitos unilaterais (atos jurídicos stricto sensu), cujos efeitos são previstos em 
lei. 
Ex: reconhecimento de paternidade 
 
 
O ato jurídico (lato sensu = sentido amplo) abrange todas as condutas ou ações 
humanas, voluntárias, tanto aquelas que buscam efeitos jurídicos pretendidos e queridos 
pelo sujeito (negócios jurídicos bilaterais), quanto aquelas cujos efeitos jurídicos estão 
previstos na lei (negócios jurídicos unilaterais) 
 
Logo, o ato jurídico em sentido amplo (lato sensu), compreende o negócio jurídico 
bilateral e o negócio jurídico unilateral, também denominado ato jurídico em sentido 
estrito (ato jurídico strictu sensu). 
 
 Bilaterais 
Negócios jurídicos 
 Unilaterais 
 
Assim: fato jurídico humano = ato jurídico = negócio jurídico 
 
 
Em regra, o negócio jurídico trata-se de um ato lícito. Porém, nada impede que um ato ilícito 
seja considerado ato jurídico. 
Ex.: venda de coisa prometida em venda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.1. Negócios jurídicos bilaterais 
 
O negócio jurídico está regulado no Código Civil (do art. 104 ao art. 185). 
 
É comum conceituar-se negócio jurídico bilateral como sendo todo o fato 
jurídico humano, voluntário bilateral, em que os contratantes estabelecem os seus efeitos 
imediatos, tendo por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir 
direitos. 
 
 
2.2 Negócios jurídicos unilaterais 
 
Os negócios jurídicos unilaterais caracterizam-se pela presença de apenas um sujeito. E, 
em regra, ao praticar o ato, o sujeito nada dispõe quanto aos seus efeitos, os quais estão 
previstos na lei. 
 
Logo, os efeitos dos negócios jurídicos unilaterais (atos jurídicos “strictu sensu”) 
independem de serem, ou não, pretendido pelo sujeito. Os efeitos estão na lei. 
Ex: O reconhecimento da paternidade (as consequências estão na lei) 
 
 
Nos negócios jurídicos bilaterais, ao contrário, os sujeitos contratantes 
determinam/dispõe sobre os efeitos pretendidos, ao fato que nos atos jurídicos stricto 
sensu a vontade exteriorizada submete-se aos efeitos jurídicos previstos em lei. 
 
O negócio jurídico bilateral é ato de vontade, que tem por fim imediato a produção de 
consequências jurídicas queridas, desejadas, determinadas pelos sujeitos. Na compra e 
venda, por exemplo, os contratantes determinam o objeto do negócio, o preço e as 
demais condições do negócio. 
 
 
 
Nos atos jurídicos stricto sensu a exteriorização da vontade ocorre através da 
manifestação ou da declaração unilateral, ao passo que, nos negócios jurídicos bilaterais 
a exteriorização dá-se pelo contrato, ou declaração bilateral. 
 
 
Os atos jurídicos stricto sensu (= a negócio jurídico unilateral) e os negócios jurídicos 
bilaterais, integram a categoria dos atos jurídicos lato sensu, gerando os efeitos 
previstos na lei ou aqueles estabelecidos pelos contratantes (adquirir, resguardar, 
transferir ou extinguir direitos). 
 
 
 
 
Os negócios jurídicos unilaterais podem ser classificados da seguinte maneira: 
 
 Reclamativos: destinado a provocar; 
Ex.: interpelação, notificação, protesto; 
 
 Comunicativos: dar ciência a alguém; 
Ex.: aceitar a preferência; aviso-prévio; 
 
 Enunciativos: reconhecer um fato 
Ex.: confissão, perdão, quitação; 
 
 Mandamentais: impor, proibir 
Ex.: aviso para demolição do prédio; 
 
 Compósito: constituem uma situação 
Ex.: fixação de domicílio; 
 
 Promessa de recompensa 
Ex.: oferecer prêmio por determinada tarefa. 
 
 
 
2.3 Fatos jurídicos “stricto sensu” 
 
O fato jurídico stricto sensu (= fato jurídico natural) é todo e qualquer fenômeno 
provindo da natureza, apto a gerar consequências jurídicas, independentemente da 
vontade humana. 
 
A diferença mais importante entre os fatos jurídicos humanos e os fatos jurídicos da 
natureza, reside no elemento volitivo (vontade). 
 
Assim, fato jurídico stricto sensu pode ser conceituado como sendo o 
acontecimento independente da vontade humana que produz efeitos jurídicos, 
criando, modificando ou extinguindo o direito. 
 
Os fatos jurídicos da natureza não passam pelo plano da validade. No exato 
momento em que se preenchem os requisitos previstos na norma jurídica passam a 
existir e ingressam no plano da eficácia, gerando, imediatamente, os efeitos jurídicos. 
 
Exemplos: 
- no momento da concepção, o nascituro passa a ter seus direitos assegurados; 
- no momento da morte, transmite-se a herança, surge uma viúva, etc. 
 
 
 
 
Os fatos jurídicos stricto sensu (fatos da natureza) agem sobre as pessoas e sobre as 
coisas, podendo agir sobre direitos e obrigações. 
 
 
 
Exemplos: 
(a) Sobre as pessoas: 
 
Ex.: o nascimento da pessoa, a mudança de idade, a morte de alguém e os 
fenômenos naturais que lhes marcam o início ou fim da personalidade, da 
capacidade. 
(b) Sobre as coisas: 
 
Ex.: os fatos jurídicos naturais que trazem acréscimos (aluvião, avulsão), 
decréscimo (perda, deterioração) ou, ainda, destruição (perecimento), sempre 
pela força da natureza e sem a interferência da vontade humana. 
 
(c) Sobre direitos e obrigações preexistentes 
 
Ex.: como acontece com a prescrição e a decadência, bem como o fortuito e força 
maior. 
 
 
2.4 Ato-fato jurídico 
No ato-fato ocorre o fato jurídico humano, mesmo sem a presença da vontade. O 
efeito do ato não é buscado, nem imaginado. A conduta do sujeito não tem por fim 
imediato a produção do efeito jurídico ocorrido. 
 
Ex.: alguém acha um objeto abandonado no lixo, ou ocupa um espaço abandonado 
(CC, 1263). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS DO PONTO II 
1) Dê um exemplo defatos jurídicos que: 
2) Como se denominam: 
(a) Os fatos jurídicos que dependem da vontade humana? 
(b) Os fatos jurídicos que dependem da vontade humana, cujos efeitos são 
determinados pelos sujeitos? 
(c) Os fatos jurídicos que independem da vontade humana, cujos efeitos estão na lei. 
3) Sobre fato simples e fato jurídico, responda: 
(a) A morte é um fato? 
(b) A morte de alguém num acidente de trânsito é um fato? 
(c) A morte de alguém é um fato jurídico? Justifique. 
(d) O tempo é um fato jurídico? Sim 
(e) O decurso de tempo associado à inércia do titular de um direito pode ser um fato 
jurídico? Justifique. 
(f) O decurso de tempo é um ato jurídico? Por quê? 
4) Como se classificam os fatos jurídicos: 
5) O que se entende por: 
(a) fatos jurídicos stricto sensu 
 (b) atos jurídicos stricto sensu 
6) Cite um exemplo de fato jurídico humano ilícito. 
7) Sobre o fato jurídico, pode-se afirmar que: 
a) o nascimento e a morte são sempre considerados fatos jurídicos naturais; 
b) o nascimento e a morte de alguém são fatos jurídicos humanos; 
c) o ato de matar alguém por amor ou por ódio constitui fato jurídico humano; 
d) o fato de amar ou odiar alguém constitui fato jurídico; 
e) o fato jurídico humano lícito não está sujeito ao plano de validade; 
f) o ato lícito e o ato ilícito constituem fatos jurídicos; 
g) o ato jurídico stricto sensu é um fato jurídico; 
Assinale os grupos formados somente de alternativas falsas, se houver 
( ) b, c, f 
( ) c, d, e 
( ) a, e, g 
( ) d, f, g 
( ) a, d, e 
 
8) Não constitui fato jurídico: 
1. A morte provocada por homicídio; 
2. A morte causada por suicídio; 
3. O decurso de tempo; 
4. A vontade exteriorizada no negócio jurídico bilateral; 
5. A remissão de dívidas; 
 
 
6. O não cumprimento de uma obrigação contratual; 
7. O nascimento; 
8. O cumprimento da pena pelo criminoso condenado. 
Assinale os grupos formados somente de alternativas verdadeiras, se houver 
 ( ) 1, 2, 3 
( ) 2, 3, 4 
( ) 3, 4, 5 
( ) 4, 5, 6 
( ) 5, 6, 7 
( ) 2, 4, 8

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