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Poder, Estado e Controle Social II Instrumentos de Controle Social Monitoramento autônomo É uma espécie de Controle Social que é a integração da sociedade com a administração publica. Tem a finalidade de ajudar a solucionar problemas e as deficiências sociais com mais eficiência e eficácia. Obs – há distinção entre eficiência e eficácia. Eficiência diz respeito ao estrito cumprimento de um dever de ofício, enquanto eficácia se refere aos resultados alcançados . O Controle Social é um instrumento democrático, no qual há a participação dos cidadãos no exercício do poder colocando a vontade social como fator de avaliação para a criação e metas a serem alcançadas no âmbito das políticas publicas. Muitos dos instrumentos utilizados não surgiram com bases jurídicas legais para efetuar o controle social, mas acabam por intervir diretamente com sua participação como instrumento de controle social. Sindicatos Ainda que os sindicatos tenham, muitas vezes, como objetivo mestre o beneficiamento de determinada classe dentro da sociedade, todas as resoluções, que emanam de uma negociação junto à classe patronal ou ao Estado, têm repercussão na população, como um todo. Desta forma, os sindicatos se apresentam como meio de Controle Social, uma vez que pressionam as instâncias superiores para se chegar a um determinado fim público ou privado. ONGs São veículos mediadores entre o Estado e a sociedade civil, que se situam no chamado terceiro setor. As ONGs, quase sempre, objetivam a construção de atividades para o Controle Social por meio da conscientização e participação da comunidade. Escolas As escolas são formadoras de opinião. Desde a infância, com a alfabetização, à fase adulta (graduação e pós-graduação), apresentam-se como responsáveis pela qualificação de quadros profissionais, que atuam no setor privado e público. Educação básica Refere-se ao ensino infantil, fundamental e médio. Educação superior Graduação: licenciaturas, bacharelados e tecnólogos (exemplo: Fatec) Pós-graduação: Lato Sensu: cursos de especialização; Stricto Sensu: mestrado e doutorado MBA (Master of Business Administration ): mestrado profissionalizante Os seus espaços são fonte de debates e de iniciativas que acabam contribuindo para a transformação de ideias e visões de mundo. Ouvidorias independentes As Ouvidorias Independentes são instrumentos importantes de controle social. Funcionam como interlocutores entre a sociedade e os Órgãos Públicos. Procuram atuar sem a vinculação efetiva a nenhum órgão do poder público. Partidos políticos Parlamentares, quase sempre, acolhem as denúncias ou queixas dos cidadãos e, em seu nome ou em nome do próprio partido. Quando efetivam ações de apuração de responsabilidade e punição de infratores, atuam com caráter de controlador social das ações públicas. Meios de comunicação A atuação dos meios de comunicação é de suma importância no exercício do controle social. Trazendo reportagens, notícias e matérias opinativas, os meios de comunicação influenciam a opinião pública, muitas vezes, com profundas consequências no jogo político. Quase sempre, os meios de comunicação têm funcionando como suporte às instituição democráticas e elemento catalisador de mudanças sociais. É comum ouvir que os meios de comunicação seria uma espécie de “quarto poder”, ao lado dos demais poderes (executivo, legislativo e judiciário). Porém este tipo de conceituação não corresponde à realidade do papel exercido pelos meios de comunicação. Na verdade, os meios de comunicação não são um poder ao lado dos demais. Mais do que isto, eles perpassam todas as relações, sem necessariamente se localizar numa determinada instância de poder. Controle interno O controle interno é aquele que decorre de mecanismos internos e inerentes ao funcionamento de órgãos públicos, instituições e entidades. Esses mecanismos geralmente se materializam nas ações das comissões responsáveis pelos processos de investigação e de apuração de responsabilidades administrativas por atos lesivos aos interesses públicos. O Controle Interno existe para que possa haver responsabilidade publica, com objetivo de inibir e precaver ações ilícitas ou que possam ir contra os princípios da Constituição Federal, tanto que este tem amparo no artigo 74 da Constituição Federal, servindo de auxiliar no controle externo. Podemos dizer que é o controle que articula entre ações administrativas e a analise de legalidade. O controle interno tem fundamento na ordem administrativa, jurídica e política. Este controle deve possibilitar a transparência da coisa publica, demoninado accountability. Controle externo É aquele exercido por agentes ou instâncias (Conselhos) externas ao que se realizou o ato (órgãos públicos, instituições e entidades). Trata-se da prática de verificação do exercício regular da competência atribuída pela lei, ou seja, são órgãos externos no qual fiscalizam as ações da administração pública e o seu funcionamento. Como exemplo, a atuação do Conselho Nacional de Justiça na fiscalização dos atos do judiciário; do Conselho Estadual de Educação e do Conselho Nacional de Educação, na fiscalização do ensino no País Referências CARVALHO, Maria do Carmo A. A. e TEIXEIRA, Ana Cláudia C.. Conselhos Gestores de Políticas Públicas. São Paulo: Pólis, 2000. CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Sociologia Jurídica. Rio de Janeiro: Forense, 2006. GOHN, Maria da Glória. Conselhos Gestores e Participação Sociopolítica. São Paulo: Cortez, 2001.
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