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1 - Sócrates e a Justiça - a polêmica com os sofistas

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Sócrates e A JUSTIÇA: 
a polêmica com os sofistas 
(V século a.C.) 
Grécia - Atenas 
 
A fonte mais recorrente para interpretar 
o pensamento de Sócrates tem sido os 
escritos de Platão. 
Assim sendo, torna-se difícil saber até 
onde é possível ver, nos escritos de 
Platão, Sócrates. 
Sobre o assunto, o pensamento corrente 
é o de que, enquanto Sócrates formula as 
questões centrais da Ética e da Justiça, 
Platão arquiteta uma Ética Ideal. 
Para Sócrates, não há diferença entre 
Ética e Direito (Justiça). 
Obs: para Sócrates, não há distinção 
entre Justiça e Direito (lei), porque lei 
deve ser a expressão daquilo que é justo. 
A fonte do Direito ou da Justiça é 
necessariamente a Ética e não os 
costumes e os hábitos da sociedade. 
Os costumes tendem a reproduzir a 
mesquinhez e nivelar os homens a um 
grau baixo de espiritualidade. 
Geralmente os costumes acabam 
flexibilizando a consciência, tornando-a 
mais submissa às paixões. 
Para se alcançar a virtude é necessário 
disciplinar o espírito. 
Segundo Sócrates, o bem, a bondade e a 
justiça são idênticos e derivam da Razão e 
não dos sentimentos. 
Ser bom é ser racional e justo. 
O erro humano deriva da própria 
ignorância. 
Basta saber o que é bondade para que 
se seja bom, na medida que o conhecer 
e o ser são a mesma coisa. 
A ignorância é a negação da virtude 
Da ignorância deriva toda a maldade 
humana. 
O egoísmo, a inveja, a soberba etc. são 
filhos da ignorância. 
Sócrates defende a identidade entre o 
bem comum e o bem individual. 
A dissociação de ambos gera decadência 
moral e destrói a sociedade. 
A condição de sobrevivência de uma 
sociedade depende de valores éticos 
centrados no bem comum e no respeito à 
liberdade de pensar. 
Diante desta inflexível posição, fica a 
seguinte questão: 
 
 como se explica, então, a dissociação, 
na prática, de ambos, se ao homem, 
como afirma Sócrates, basta saber o que 
é bom para que ele seja bom? 
Na polêmica com Sócrates, os sofistas 
responderam, afirmando que a Ética era 
mera convenção social, sem resultados 
práticos. 
Que, na vida, o que importa é vencer a 
qualquer custo. Isto, sim, tem efeitos 
práticos e gera a sensação de felicidade. 
Ir contra este princípio é negar a 
natureza humana, colocando-a sob o 
manto da indolência e da parcimônia, 
condição própria dos fracos. 
Sócrates os contesta. Afirma que a 
aparente dissociação é porque os 
homens não sabem o que realmente é a 
bondade. 
Neste caso, a bondade estaria perdida 
em meio à vaidade e à hipocrisia 
dominante. 
Cego, em razão da ignorância, o 
homem, ao invés de lutar por objetivos 
reais, confunde-se na névoa das 
convenções sociais. 
Sócrates, negando a mera especulação 
abstrata, pensa a Ética como uma prática 
transformadora, capaz de trazer a 
felicidade. Ele está convicto que é a única 
forma de se obter a felicidade individual e 
coletiva. 
Assim, afinal, o que é a Justiça para os 
sofistas e Sócrates? 
Para os sofistas, ela é a mera 
convenção social imposta pelo mais 
forte para dominar o mais fraco. A seu 
serviço está um conjunto de instituições, 
que cria o chamado "Império da Lei". 
Sócrates afirma que os sofistas estão, 
paradoxalmente, certos e errados. 
Certos, porque faz uma descrição, que 
corresponde ao estado de coisas na 
época. 
Porém equivocados, porque o princípio 
que norteia as instituições é o da busca 
da efetivação dos supremos valores da 
cidadania. 
Para Sócrates, o estado de coisas 
descrito pelos sofistas indica a 
deterioração da justiça. 
Porém, isto não significa que a Justiça 
não exista, ainda que seja como um ideal 
a ser efetivado na história da humanidade. 
Esse objetivo permanece como desafios 
constante, que exige aprimoramento 
moral e institucional. 
Em resumo, para Sócrates, o que as 
pessoas entendem por justiça, não é 
justiça. A ignorância, que reina 
soberanamente entre os pobres de 
espírito, é a raiz desta visão distorcida. 
Como é possível a efetivação dos 
valores absolutos e universais que 
norteiam as instituições a serviço da 
bem comum e do bem individual? 
Sócrates não dá uma receita pronta. 
Ele, sim, propõe um método para se 
chegar a resposta. Trata-se da “ironia e 
da maiêutica”, instrumentos valiosos 
para destruir as visões dominantes, fruto 
da ignorância. 
Enfim, Sócrates é um hábil 
questionador, sempre pronto para 
demolir certezas geradas pelas 
armadilhas da ignorância, fonte de toda 
maldade e vã astúcia humana. 
Referências 
NOVAES, Adauto (org.). Ética. São 
Paulo: Companhia das Letras, 2007. 
MARCONDES, Danilo. Textos básicos 
de Filosofia: dos pré-socráticos a 
Wittgenstein. 2.ed. RJ: Zahar, 2000. 
 PLATÃO. A República. 
 O Julgamento de Sócrates: in Sócrates, 
Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 
1979. (Coleção).

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