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Cap 2 2012

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Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.1 
2. Considerações Gerais Sobre Reabilitação de Estruturas 
 
2.1. DEFINIÇÕES 
 
 
 
 
 
 Durabilidade: aptidão da construção em desempenhar as funções para as quais foi concebida 
durante um determinado período de tempo, sem que, para isso, sejam necessários gastos 
imprevistos para manutenção e reabilitação. 
 
 
SE HOUVE GASTO, MAS FOI COM MANUTENÇÃO PREVISTA, 
ENTÃO A DURABILIDADE DA ESTRUTURA ESTÁ PRESERVADA. 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.2 
 Patologia das Construções: 
Estudo das partes que compõem o diagnóstico do problema. 
Estuda os sintomas, os mecanismos de ocorrência, as causas, as origens e as conseqüências dos 
defeitos nas construções. 
 
 
(Fonte: Apostila Elvio M. Piancastelli) 
Exemplo: 
Sintoma: fissuras e lascamentos do concreto na região em que existem barras de aço dos estribos 
Mecanismo: formação de uma célula de corrosão eletroquímica no concreto ; diferença de potencial, etc... 
Causa: Corrosão da armadura 
Origem: Falta de cobrimento adequado (devido erro de projeto) 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.3 
 Sintomas (Manifestações patológicas, lesões, danos ou defeitos): geralmente externas, com 
características próprias para cada tipo de patologia, das quais se pode deduzir a natureza, a origem, 
os mecanismos de ocorrência dos fenômenos envolvidos e suas conseqüências. Exemplos: 
 
Fissuras e lascamento do concreto por corrosão de armaduras Eflorescências no concreto 
 
Eflorescências: Depósitos brancos que se formam sobre a superfície do concreto, argamassas, e 
 outros materiais porosos  alteram a estética dos acabamentos. 
 
 Água de infiltração causa dissolução dos sais (hidróxido de cálcio) do cimento  lixiviação  
Quando a água evapora, deposita os sais na superfície gerando as eflorescências. 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.4 
 Mecanismo de ocorrência: definido como o processo de criação das manifestações patologicas. 
 
Exemplo do mecanismo de ocorrência de corrosão em barras de aço: 
 
 
Fig. - Deterioração progressiva devida à corrosão das armaduras (HELENE, 1986) 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.5 
 Causas: Os agentes causadores dos problemas patológicos podem ser vários: 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo: 
 Fissura (sintoma) em viga devido momento fletor: agente causador é a carga (se não 
houver carga não haverá fissura qualquer que seja a origem do problema!) 
 
 Fissuras verticais (sintoma) em vigas: agente causador pode ser a variação da umidade (a 
retração hidráulica devido falta de cura), etc... 
 
 
PARA CADA CAUSA ESPECÍFICA HÁ UMA TERAPIA MAIS ADEQUADA! 
 Agentes atmosféricos; 
 Agentes biológicos; 
 Corrosão das armaduras; 
 Outros... 
 Variações térmicas intrínsecas e extrínsecas ao concreto; 
 Danos acidentais (incêndios ou colisões); 
 Mudanças de uso (aumento dos esforços solicitantes); 
 Incompatibilidade de materiais; 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.6 
 Origem: Um bom diagnóstico de um problema patológico deve indicar em que etapa do processo 
construtivo teve origem o fenômeno. 
O processo de construção e uso pode ser dividido em quatro grandes etapas: 
1. PROJETO 
2. EXECUÇÃO 
3. FABRICAÇÃO DOS MATERIAIS 
4. USO 
Problemas provenientes de qualquer uma dessas etapas alteram as condições 
normais de uso da estrutura  geram necessidade de realizar INTERVENÇÕES! 
 
EXEMPLO: 
Uma fissura devido ao momento fletor em vigas tanto pode ter origem em um projeto inadequado, 
quanto na qualidade inferior do aço usado ou na má execução, (p.ex.: concreto de resistência 
inadequada) ou até devido ao mau uso da estrutura com colocação de cargas superiores às 
previstas no projeto. 
 
Embora o fenômeno e sintomas possam ser os mesmos... PARA CADA ORIGEM DE UM 
PROBLEMA HÁ UMA TERAPIA MAIS ADEQUADA! 
 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORQUE É IMPORTANTE IDENTIFICAR A ORIGEM 
DO PROBLEMA PATOLÓGICO? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.8 
 
 
 
 
 
 
 
Estudos na Europa indicaram que a maioria das manifestações patológicas tem origem na etapa de 
PROJETO  falhas geralmente mais graves! 
 
CARMONA FILHO, citado por SOUZA (1991), realizou estudo semelhante no Brasil, e constatou 
que aqui, a etapa de EXECUÇÃO é responsável pelas principais causas das anomalias. 
 
 
execução 52%
projeto 18%
uso 24%
materiais 6%
 
(a) Brasil (SOUZA, 1991) 
 
SERIA INTERESSANTE REALIZAR NOVAMENTE UM ESTUDO DESTES 
AQUI NO BRASIL DEPOIS DE 20 ANOS PARA VER SE ALGO MUDOU! 
QUAL A IMPORTÂNCIA DA IDENTIFICAÇÃO DA ORIGEM DO PROBLEMA? 
Permite identificar, para fins judiciais, quem cometeu a falha. 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.9 
 Avaliação: Faz parte do DIAGNÓSTICO. É o processo de verificação das condições físicas e 
ambientais, das características mecânicas e do desempenho efetivo de uma estrutura. Permite 
identificar as conseqüências dos problemas patológicos e ajuda na escolha da TERAPIA adota. 
 
CONSEQÜÊNCIAS: 
 
 Nível inadequado da segurança das estruturas (associada ao estado limite último – GRAVE!!). 
 
 Nível inadequado das condições de utilização da construção (estados limites de serviço) que 
afetam as condições de higiene, estética e funcionalidade da estrutura. 
 
 Nível inadequado das condições de durabilidade da construção. 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.10 
 Terapia: estuda a correção e a solução dos problemas patológicos, inclusive aqueles devidos ao 
envelhecimento natural das estruturas. Definida após a avaliação (DIAGNÓSTICO) dos 
problemas que afetam a estrutura analisada. 
 
Para obter êxitos nas medidas terapêuticas adotadas, é necessário não apenas um bom 
diagnóstico, mas também que se conheçam muito bem as vantagens e desvantagens dos materiais 
e dos procedimentos de reabilitação estrutural adotados. 
 
As medidas terapêuticas adotadas podem incluir pequenos reparos localizados, uma 
recuperação generalizada da estrutura ou reforços dos elementos estruturais. 
(QUAL A DIFERENÇA ENTRE ELES?) 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.11 
 Reparo: correção localizada de problemas patológicos. (EXISTE TÉCNICA PARA FAZER!) 
 
 
 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.12 
 Recuperação: correção dos problemas patológicos de forma a restituir total ou parcialmente o 
desempenho original da peça. 
 
 
Viga de borda de um Píer e laje da garagem de um edifício residencial(necessário inclusive 
escoramento da laje!)  (ambas estruturas com problemas de corrosão) 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.13 
 Reforço:é a correção de problemas patológicos com aumento da resistência ou 
 ampliação da capacidade portante da estrutura. 
 
Viga e pilar reforçados por adição de armadura e concreto 
 
 Reabilitação ou Intervenção: abrange situações em geral, envolvendo tanto reparo simples, 
como recuperação e reforço. Definida com sendo a ação necessária para habilitar a estrutura a 
cumprir novamente suas funções originais ou habilitar a estrutura a responder a novas condições 
de uso. 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.14 
2.2. VISÃO GLOBAL DAS ETAPAS PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS PATOLÓGICOS 
 
(continua no próximo slide...) 
Inspeções 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.15 
 
 
Fluxograma de atuação para solução de Problemas Patológicos - segundo Lichtenstein (Piancastelli) 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.16 
2.3. TIPOS DE INSPEÇÃO DE UMA OBRA 
 
Para diagnosticar o problema que afeta a obra, pode-se realizar as seguintes inspeções técnicas: 
 
Inspeção preliminar: compreende o exame visual da estrutura e a realização de alguns ensaios 
 com os materiais  esta inspeção corresponde à VISTORIA DO LOCAL. 
 mencionada no fluxograma do slide anterior. 
 
Inspeção detalhada: serve para quantificar a extensão da deterioração e caracterizar todos os 
 elementos da estrutura. Sendo feita somente se for necessária  
 corresponde à etapa da ANAMNESE e à definição dos ENSAIOS 
 COMPLEMENTARES do slide anterior. 
 
Inspeção final: avalia os resultados do tratamento aplicado, verificando a qualidade dos 
 serviços  esta inspeção corresponde à etapa da AVALIAÇÃO 
 mencionada no slide anterior. 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.17 
ROTEIRO DE INSPEÇÃO 
 
Não existe um procedimento padrão de vistoria, mas, geralmente deve-se: 
 
 
 Fazer o levantamento da “memória” da obra, buscando-se projetos iniciais, plantas, memórias 
de cálculo, especificações de materiais e resistências, dentre outros documentos. 
 
 
 Elaborar uma ficha de antecedentes da estrutura e do meio-ambiente (com base em documentos 
técnicos ou visita prévia)  ver formulário 1e 2; 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.18 
 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.19 
 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.20 
 
 
 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.21 
 Realizar um exame visual geral da estrutura p/ caracterizar os 
defeitos existentes quanto ao tipo, extensão, localização e 
intensidade. 
FORMULÁRIO 3 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.22 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.18 
 Realizar o cadastramento das anomalias observadas usando uma simbologia adequada 
TABELA DE LEGENDA DE ANOMALIAS USADA PELA COMPANHIA DE METRÔ DE SP 
 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.19 
 
 
 Analisar o problema do ponto de vista estrutural (estabilidade e segurança) e da durabilidade; 
 Identificar a causa do problema procurando determinar os agentes agressores seja por 
observação visual, contatos com o pessoal envolvido, ensaios tecnológicos ou outros meios. 
 Definir o tipo de reabilitação a ser aplicado, indicando os passos necessários para sua realização 
e garantindo a estabilidade, segurança e durabilidade desejáveis para a estrutura; 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.20 
2.4. VISTORIA DO LOCAL  INSPEÇÃO PRELIMINAR 
 
A inspeção preliminar consiste basicamente de: 
 
• Exame visual de toda estrutura, utilizando um binóculo se for difícil o acesso direto, 
• Registrar, cuidada e sistematicamente, os dados colhidos, através de: 
 ♦ descrição; ♦ croqui esquemático; ♦ registro fotos e filmes. 
 
Exemplos de inspeção tradicional (com fotos) e de inspeção com filmagem 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.21 
• Definição da geometria dos componentes da estrutura; 
• Anotação de todos os sintomas visuais: manchas de óxidos e sua coloração, situação e 
tamanho das fissuras etc.. ; 
• Identificação da agressividade do ambiente; 
• Eliminação do concreto de cobrimento em alguns pontos singulares para a observação 
visual direta das armaduras, 
• Avaliar a gravidade da situação (segurança do usuário) e tomar as medidas cabíveis. 
♦ Casos críticos: escorar e evacuar a edificação; 
• Definir extensão do quadro patológico e extensão da vistoria (precisa inspeção detalhada?); 
• Definir seqüência da vistoria: ordem de verificação dos andares, cômodos e peças estruturais; 
• Levantar os dados utilizando os cinco sentidos: 
 ♦ características da anomalia; ♦ posição em relação à estrutura; 
 ♦ extensão; ♦ forma de evolução. 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.22 
PRINCIPAIS INSTRUMENTOS UTILIZADOS NUMA INSPEÇÃO PRELIMINAR 
 
 régua, metro e giz; 
 fio de prumo; 
 nível d´água; 
 escova de cerdas metálicas; 
 lupa, binóculo e lanterna; 
 máquina fotográfica e filmadora; 
 furadeira elétrica de impacto; 
 equipamento de acesso: escada, cavalete... 
 
 Fissurômetro (abertura de fissuras); 
 extensômetro mecânico ou elétrico 
(deformação); 
 martelo (teste de percussão e de facilidade de 
destacamento); 
 pacômetro (localiza barras de aço dentro do concreto, 
e sua profundidade em relação a superfície), 
 esclerômetro (determinação do valor aproximado da 
resistência à compressão por meio da avaliação da 
dureza superficial do concreto), 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.23 
PRINCIPAIS ENSAIOS USADOS EM UMA INSPEÇÃO PRELIMINAR 
 
 
♦ teste da abertura de fissuras (fissurômetro); 
♦ teste de percussão (martelo de borracha); 
♦ teste de facilidade de destacamento (martelo de bico); 
♦ teste do grau de carbonatação (espessura carbonatada - fenolftaleina); 
♦ teste preliminar de dureza superficial (esclerometria); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo de teste de percussão – Detecção de falhas – Fonte: Peter H. Emmons 
Som “oco” 
“falha constatada” 
Spray usado para 
marcar o local da falha 
Spray usado 
para marcar o 
local 
“falha constatada” 
Equipamento usado no teste 
de percussão de grandes áreas 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.24 
 
 
Ensaio de esclerometria (NBR 7584) – site: www.peritos.eng.br/ferramentas/esclerometro 
 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.25 
2.5. ANAMNESE – 1ª. FASE DA INSPEÇÃO DETALHADA 
 
ANAMNESE (recordar): 
 Levantamento de dados para entender a história do problema e do edifício. 
 Deve ser feita se os dados da vistoria no local não forem suficientes para o diagnóstico. 
 1ª.Fase da inspeção detalhada: coleta de informações orais e formalizadas 
 
 
 
 INFORMAÇÕES ORAIS: dos usuários; dos vizinhos; do projetista; do construtor; dos 
operários; da fiscalização; etc... 
 
 
 
 
 
 
 
Os “interrogatórios” exigem técnica, paciência, tato, e boa dose de psicologia, 
por serem diversos os tipos de interesse de cada pessoa com relação à obra. 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.26 
 INFORMAÇÕES FORMALIZADAS: 
 
♠ projeto (incluindo desenhos “as built”); ♠ memorial de cálculo; 
♠ caderno de encargos; ♠ especificações de serviços; 
♠ especificações de materiais; ♠ especificações de uso (pouco comum); 
♠ diário de obra; ♠ ensaios de recebimento de materiais; 
♠ notas fiscais de materiais e componentes; ♠ contratos de execução de serviços; 
♠ cronograma físico-financeiro previsto e executado 
 
Consultar: 
 CREA; 
 CONSTRUTORA; 
 ESCRITORIO DOS PROJETISTAS; 
 ETC. 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.27 
EXAMES COMPLEMENTARES - 2ª. FASE DA INSPEÇÃO DETALHADA 
 
Se mesmo após a ANAMNESE ainda não for possível diagnosticar o problema, deve-se: 
 
 elaborar um plano de trabalho a partir das informações provenientes da inspeção preliminar e 
da documentação existente sobre a estrutura (anamnese) 
 selecionar zonas para realização de exame visual mais detalhado da estrutura e elaborar de 
um plano de amostragem; 
 planejar e prover os meios de acesso a todos os elementos a inspecionar, assim como a 
disponibilidade de energia, água e outros meios auxiliares para a realização dos trabalhos. 
 selecionar as técnicas de ensaio/medição/análise mais apropriadas para o caso estudado; 
SITUAÇÃO – EXEMPLO 
Se eu quero avaliar a corrosão, o primeiro passo e identificar o tipo de corrosão que deve estar ocorrendo na peça, 
pois se devem usar técnicas distintas para cada uma delas. 
 
 Para avaliar corrosão causada por carbonatação  usar técnica 1 
 Para avaliar corrosão causada por cloreto  usar técnica 2 
 Para avaliar corrosão causada por sulfatos  usar técnica 3 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.28 
 selecionar as regiões para ensaio/medição/análises físico-químicas no concreto, armadura e 
meio ambiente; 
SITUAÇÃO - EXEMPLO 
Será que é adequado eu fazer testes para avaliar a corrosão por 
espessura carbonatada na mesma região em que vou fazer teste de 
esclerometria? 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.29 
 
Resp.: Concretos carbonatados superestimam em até 50% a 
dureza superficial avaliada no ensaio de escleromentria, 
quando comparados com concretos não carbonatados. 
 
Então qual seria a solução caso eu precisasse saber estes dois 
parâmetros (resistência do concreto e a intensidade da 
carbonatação deste mesmo concreto)? 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.30 
Resp.: Devo tentar estabelecer coeficientes corretivos ou 
avaliar a resistência do concreto em outra região menos 
propensa à esta corrosão. 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.31 
 
 realizar as medições/ensaios/análises dos materiais (concreto e/ou armadura) necessários; 
 
 a) esclerometria b) Avaliação do potencial de corrosão c) Extração de material para 
 análise 
 
IMPORTANTE 
Os dados devem ser colhidos ordenadamente. O registro excessivo de dados e de maneira 
desordenada pode criar dificuldades e desviar o patologista do caminho certo. 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.32 
 
 
 
 
 
 
OBSERVAÇÕES 
Uma inspeção criteriosa da estrutura deverá permitir a analise dos aspectos qualitativos e 
quantitativos do concreto, da armadura e do desempenho das estruturas como um todo, 
preferencialmente, sem interrupção das funções do elemento a ser estudado. 
 
 
 
Durante a inspeção deve-se ter em mente a segurança pessoal do profissional, evitando-se riscos. 
Muitas vezes são necessários equipamentos de segurança como roupas especiais, máscaras, botas, 
etc. Alguns profissionais sugerem a visualização externa da verticalidade dos pilares e paredes e a 
horizontalidade das peças, antes de entrar na edificação 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.33 
Os exames (ensaios) complementares podem ser: 
 
 Físicos, Químicos e/ou Biológicos. 
 Realizados em Laboratório ou “In loco” 
 Destrutivos ou Não-destrutivos 
 
 
 
 
Fazer os exames estritamente necessários! 
O patologista deve conhecer a capacidade de resolução, as limitações, e as possibilidades de erros 
de cada tipo de exame, para que possa fazer uma análise crítica dos resultados. 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.34 
Exames em Laboratório  deve-se extrair algum tipo de material da estrutura para... 
 
a) Determinação das características mecânicas dos materiais: 
 
♣ resistência à compressão; ♣ resistência à tração; ♣ módulo de elasticidade; 
♣ aderência; ♣ resistência à abrasão e à impactos; 
 
 
b) Determinação de propriedades físicas (inerentes ao material): 
♣ densidade; ♣ permeabilidade; ♣ porosidade; 
♣ absorção d’água; ♣ coeficiente de dilatação térmica e condutibilidade térmica; 
♣ condutibilidade elétrica (mapeamento do potencial elétrico e intensidade de corrente de corrosão); 
c) Reconstituição do traço do concreto; 
d) Verificação e quantificação da presença de elementos ou compostos químicos (p.ex. 
 Dosagem de cloretos, sulfetos, sulfatos, óxidos de enxofre); 
e) Verificação da reatividade alcali-agregado; 
f) Verificar a presença de microorganismos vivos; 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.35 
Exames “In Loco” 
a) Ensaios Não Destrutivos 
♣ Esclerometria (avaliação da dureza superficial ⇒ fck); 
♣ Pacometria (avalia o cobrimento e estima a posição das áreas de aço  bitolas); 
♣ Sonometria (verificação de aderência entre materiais); 
♣ Resistividade e Potencial eletroquímico (atividade e potencial de corrosão); 
♣ Raios X (verificação da estrutura interna); 
♣ Gamagrafia (verificação da estrutura interna); 
♣ Sondagem Sônica (verificação da integridade do concreto de estruturas enterradas); 
♣ Prova de Carga (verificar o comportamento e desempenho - resistência residual da estrutura). 
♣ Ultrassom (verifica a estrutura interna e estima a resistência e o módulo de elasticidade); 
 
Aparelho de ultra-som usado na determinação indireta da uniformidade, resistência, cavidades, rachaduras, 
danos causados por fogo ou congelamento e módulo de elasticidade (NBR 8802). 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.36 
 
 
Pesquisas na área de ensaios não destrutivos cresceu muito devido a necessidade de entender os 
mecanismos de deterioração e da determinação da extensão dos danos em uma estrutura, antes de 
se proceder qualquer serviço de recuperação. 
 
 Entretanto, algumas das técnicas que avaliam anomalias em estruturas de concreto 
(material não homogêneo), ainda estão restritas a trabalhos em laboratórios e trabalhos de 
pesquisas,devido às limitações do conhecimento do seu potencial de uso, e às vezes, ao 
elevado custo. 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.37 
b) Ensaios Destrutivos 
 
♣ Extração de corpos de prova de concreto e armadura (determinação de resistências, módulo de 
 elasticidade, etc); 
 
♣ Ensaios de arrancamento (avaliação de aderência entre materiais e estimativa de resistência). 
 
 
Extração de testemunhos de estruturas de concreto - site: www.peritos.eng.br/ferramentas/extrator 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.38 
2.6. PESQUISA 
 
Se mesmo depois da realização das inspeções e testes não se consiga fazer o diagnóstico: 
 fazer PESQUISAS  BIBLIOGRÁFICAS OU TECNOLÓGICAS. 
 
Se necessário buscar auxílio de profissionais de: 
 
 outras áreas da engenharia ; 
 
 outras ciências 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.39 
2.7. DIAGNOSTICO 
Fase mais importante do processo  Define o sucesso ou fracasso da terapia adotada. 
 
 
Dados levantados devem ser interligados de maneira a formar uma história para o surgimento e 
evolução do quadro patológico 
 Todos os dados devem se encaixar na história (não desprezar nenhum deles) 
 O patologista imagina hipóteses e verifica sua possível veracidade, através do perfeito 
 encaixe dos dados disponíveis (Formulação e Eliminação de hipóteses). 
 
 
Sempre haverá um grau de incerteza no diagnóstico,  a eficácia só poderá ser confirmada 
pela resposta satisfatória da estrutura ao tratamento prescrito. 
Obs: A incerteza pode persistir, pois enfermidades diferentes podem ser tratadas com mesmo 
“remédio”. Podem existir casos em que se tem que atuar com base num diagnóstico provisório, que 
será posteriormente aferido e adequadamente corrigido. 
Um diagnóstico equivocado implicará em intervenções que não conseguirão curar a enfermidade, e 
dificultarão análises e estudos futuros, além do inútil gasto de dinheiro. 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.40 
2.8. PROGNOSTICO E DEFINIÇÃO DA CONDUTA A SER SEGUIDA 
 
Levantamento das hipóteses sobre a evolução futura do problema (PROGNÓSTICO). 
 
(QUANTO TEMPO DE VIDA A ESTRUTURA TEM SE NADA FOR FEITO?) 
 
Só depois disso é que o especialista define A CONDUTA A SER SEGUIDA, que poderá ser de: 
• Não intervir, mas: 
 estimar o tempo de vida da estrutura, 
 limitar sua utilização, 
 indicar sua demolição. 
 
 • Impedir ou controlar sua evolução; 
 
 • Erradicar a enfermidade  reparar ; recuperar ou reforçar?; 
 
Disciplina: Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado - Profa. Andréa Prado A. R. Liserre 2.41 
A escolha da intervenção adequada deve ser feita com base nos seguintes parâmetros: 
• Grau de incerteza sobre os efeitos que produzirão; 
• Relação custo / benefício; 
• Disponibilidade de tecnologia para a execução dos serviços. 
 
2.9. AVALIAÇÃO E REGISTRO DO CASO 
 
Após a execução da intervenção, o desempenho da edificação deve ser AVALIADO 
 Verificar se intervenção está adequada, ou se é necessário nova análise e novas medidas 
corretivas. 
 
PORTANTO O PROCESSO DE ATUAÇÃO SOBRE PROBLEMAS PATOLÓGICOS É CÍCLICO. 
IMPORTÂNCIA DO REGISTRO DO CASO 
Independente do nível de êxito alcançado, ou mesmo de fracasso na tentativa de solução de um 
problema patológico, o registro e a publicação do caso contribui enormemente para o 
desenvolvimento dessa nova ramificação da Engenharia Civil, pois se torna mais uma fonte de 
informações sobre a patologia, a recuperação e o reforço de estruturas.

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