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_ TCC - ANÁLISE DE PATOLOGIAS NO CONCRETO ARMADO - OK

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15
UNIVERSIDADE PAULISTA
	Carlos Henrique MassonContel 
Isabela Rodrigues dos Santos 
Maria Angélica Alves Pereira 
Silvana Mudesto Correa 
ESTUDO DE CASO – ANÁLISE DE PATOLOGIAS DO CONCRETO ARMADO
ARAÇATUBA–SP 
2019
Carlos Henrique Masson Contel 
Isabela Rodrigues dos Santos
Maria Angélica Alves Pereira 
Silvana Mudesto Correa 
ESTUDO DE CASO – ANÁLISE DE PATOLOGIAS DO CONCRETO ARMADO
Trabalho de conclusão de curso de para obtenção do título de graduação em Engenharia Civil, apresentado à Universidade Paulista – UNIP.
Orientador: Prof. Esp. Marcel Pereira dos Reis
ARAÇATUBA – SP
2019
Carlos Henrique Masson Contel
Isabela Rodrigues dos Santos
Maria Angélica Alves Pereira
Silvana Mudesto Correa
ESTUDO DE CASO – ANÁLISE DE PATOLOGIAS DO CONCRETO ARMADO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharelado em Engenharia Civil pela Universidade Paulista – UNIP, Campus de Araçatuba, São Paulo.
Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA
_______________________/____/___
Prof. Nome do professor
Universidade Paulista – UNIP
_______________________/____/___
Prof. Nome do professor
Universidade Paulista – UNIP
_______________________/____/___
Prof. Nome do professor
Universidade Paulista – UNIP
DEDICATÓRIA
Dedicamos esse trabalho primeiramente a Deus que nos guiou e deu força até aqui, as nossas famílias por nos apoiarem e ajudarem sempre nos incentivando a nunca desistir dos nossos sonhos, e amigos por todo o suporte prestado nessa jornada acadêmica e aos professores, mestre e doutores que tornaram possível a realização desse sonho.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos em primeiro lugar a Deus por estar sempre presente em nossas vidas, por nossas conquistas.
Aos pais, irmãos, marido, namorada, noivo e filhos, pelo enorme apoio, compreensão, incentivo e motivação em todos os momentos, e por estarem sempre presentes em nossas vidas, superando todas as dificuldades juntos.
Ao nosso orientador Prof. Marcel Pereira Reis pela orientação, dedicação, paciência, incentivo e, principalmente pelos ensinamentos transmitidos.
Aos professores da Universidade Paulista - UNIP, pela oportunidade em compartilhar seus conhecimentos, auxiliando no desenvolvimento das atividades no decorrer do curso.
Agradeço primeiramente a Deus e aos meus pais Valdir Alves Pereira e Valdete Babolin Pereira e ao meu irmão Matheus Alves Pereira, pelo apoio incondicional, paciência, incentivo e por sempre estarem do meu lado, sempre me dando forças para continuar e nunca desistir dos meus sonhos e por acreditarem em mim e viver esse sonho juntos comigo, amo muito vocês. (Maria Angélica, 2019).
Agradeço aos meus pais Gilmar, Lucia Mara e meu irmão Rafael por me apoiarem sempre, por lutarem pelo meu sonho, sempre orando por mim.
Agradeço também ao meu noivo Gabriel por todo incentivo, por me ajudar sempre em todos esses anos de graduação.
E aos meus amigos, por estarem sempre presentes me apoiando e ajudando a concluir meus objetivos (Isabela Rodrigues, 2019).
Em primeiro lugar a Deus por dar-me sabedoria e saúde, ao meu esposo por toda compreensão e paciência comigo, toda minha família e amigos. Agradeço especialmente meu pai que sempre me deu incentivo e força, e se estivesse aqui hoje estaria muito orgulhoso e repleto de alegria. (Silvana Mudesto, 2019).
“O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis. ”
(JOSE DE ALENCAR)
RESUMO
O presente trabalho com base em bibliografias e uma análise em laboratório, tem por objetivo analisar e discutir os principais problemas patológicos encontrados em estruturas de concreto armado, diagnosticando suas principais causas anteriores, de modo que se evitemos mesmos problemas em obras futuras, fornecendo soluções para cada situação com relação ao conhecimento adquirido, e assim apresentar um estudo de caso real. As manifestações patológicas causadas nas edificações geram transtorno não só para o comprador, mas também para o construtor, pois seus custos também afetam a economia, de alguma forma. Também serão feitos levantamentos dos principais tipos de manifestação patológicas mais comumente identificados na construção civil atual, como por exemplo: fissuras, eflorescência, manchas, corrosão, ninhos de concretagem, e degradação química, quais são suas causas, das técnicas para correção e os materiais empregados nos reparos. Por outro lado, esse trabalho tem o intuito de mostrar alguns dos principais meios de investigação, inspeção e ensaios laboratoriais de modo a agregar informações necessárias para diagnosticar as patologias mais frequentes.
PALAVRAS-CHAVES: Patologia, Concreto Armado, Resistência do concreto.
ABSTRACT
The present work, based on bibliographies and a laboratory analysis, has the objective of analyzing and discussing the main pathological problems found in reinforced concrete structures, diagnosing their main previous causes, so as to avoid the same problems in future works, providing solutions for each situation with respect to the knowledge acquired, and thus present a real case study. The pathological manifestations caused in the buildings generate inconvenience not only for the buyer, but also for the constructor, because its costs also affect the economy in some way. Surveys of the main pathological manifestations most commonly identified in the current civil construction will also be made, such as: fissures, efflorescence, stains, corrosion, concreting nests, and chemical degradation, what are their causes, techniques for correction and materials repairs. On the other hand, this work intends to show some of the main means of investigation, inspection and laboratory tests in order to add information necessary to diagnose the most frequent pathologies.
KEYWORDS: Pathology, Armed Concrete, Concrete resistance.
.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Viga de concreto simples (a) e armado (b) ...............................................17
Figura 2 - Incidência das Origens das Enfermidades no Brasil..................................21
Figura 3 -Fatores de distribuição da origem de problemas patológicos.................................................................................................................22
Figura 4 - Tipos de manifestações Patológicas mais comuns...................................25
Figura 5 - Fluxograma para resolução de patologias da construção civil..............................................................................................................................26
Figura 6 - Incidência de gênese das patologias.........................................................27
Figura 7 - Falta de qualidade e recobrimento inapropriado........................................30
Figura 8- Casos mais graves de infiltração................................................................30
Figura 9 - Falhas de Impermeabilização....................................................................31
Figura 10 - Incidência de fissuras em concreto armado.............................................33
Figura 11 - Classificação das fissuras em alvenarias................................................35
Figura 12 - Fissura em edificação..............................................................................35
Figura 13 - Fissura no concreto..................................................................................36
Figura 14- Corrosão na armadura..............................................................................37
Figura 15 - Patologia ocasionada pela corrosão das armaduras na base do pilar.............................................................................................................................38
Figura 16 - Tipos de corrosão e fatores que os provocam.........................................38Figura 17 - Formas de corrosão em chapas..............................................................39
Figura18 - Ninhos de concretagem............................................................................41
Figura 19 - Ninhos de Concretagem, Bicheira no pilar..............................................41
Figura 20 - Mura da fachada com desagregação e bolor parte superior.......................................................................................................................42
Figura 21 - Eflorescência na parede de concreto.......................................................43
Figura 22- Causas de manchas em uma edificação..................................................44
Figura 23 - manchas devido a infiltração....................................................................45
Figura 24 -Bloco de concreto extraído da barragem de Graus revelando manifestações patológicas típicas do fenômeno de alteração dos sulfetos de ferro: manchas de ferrugem e fissuração superficial...........................................................46
Figura 25 – Degradação química na viga...................................................................47
Figura 26 - Ilustração da sequência de execução do ensaio de esclerometria..............................................................................................................48
Figura 27 - Instrumento utilizado para execução do ensaio de ultrassom em estruturas de concreto ...............................................................................................49
Figura 28 – Prensa a compressão.............................................................................51
Figura 29 – Fluxograma reduzido de analise patológica............................................54
Figura 30 - Percentual de patologias por sistema construtivo da edificação...................................................................................................................56
Figura 31 - Fissuração em viga solicitada à flexão....................................................58
Figura 32 - Fissura em viga de sustentação do pavimento.......................................59
Figura 33 – Fissurômetro...........................................................................................61
Figura 34 – Fissurômetro Fixo....................................................................................61
Figura 35 - Parede externa do banheiro....................................................................62
Figura 36 - Desprendimento do concreto...................................................................63
Figura 37 - Infiltração das vigas baldrames e fundações rasas.................................63
Figura 38 - Processo da capilaridade.........................................................................64
Figura 39 - Processo de infiltração............................................................................65
Figura 40- Laje em concreto armado com quadro de corrosão da armadura ....................................................................................................................................67
Figura 41 - Corrosão na armadura da laje na parte externa......................................68
Figura 42- Armadura de aço a mostra........................................................................68
Figura 43 - Esquema simplificado de corrosão de armadura por carbonatação..............................................................................................................70
Figura 44 – Ensaio de compressão com a amostra 01..............................................71
Figura 45 – Ensaio de compressão com a amostra 02..............................................72
Figura 46 – Ensaio de compressão com a amostra 03..............................................72
Figura 47 – Ensaio de compressão com a amostra 04..............................................73
Figura 48 - Vista frontal da residência.......................................................................74
Figura 49 – Laje em colapso......................................................................................74
Figura 50 - Laje com ferragem a mostra....................................................................75
Figura 51 – Estrutura danificado devido erros de execução......................................76
LISTAS DE TABELAS
Tabela 1 - Infiltração, manchas, bolor ou mofo, eflorescência...........................24
Tabela 2- Fatores determinantes da corrosão em concreto..............................40
Tabela 3 - Sais comuns de eflorescência.........................................................43
Tabela 4 - Origens de Umidade nas Construções............................................45
Tabela 5 - Tipos de manifestações encontrados na obra.................................52
Tabela 6 - Tipos de manifestações encontrados na amostra..........................53
Tabela 7 - Plano de Ação...............................................................................53
Tabela 8 – Tipos de manifestações encontrados na obra................................57
Tabela 9 - Tipos de manifestações encontrados na amostra...........................82
LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas
NBR – Norma Brasileira Registrada 
Fck – RESISTÊNCIA CARACTERÍSTICA 
MPa – MEGA PASCA 
m – Metros 
cm – Centímetros 
mm – Milímetros 
Ø – Ângulo
F – Força 
N – Newton
D – Diâmetro
A – Área
σ – Tensão
H – Altura 
B – Base 
SUMARIO
1-INTRODUÇÃO........................................................................................................15
2- OBJETIVOS...........................................................................................................16
62.1 Objetivo Geral.....................................................................................................16
2.2 Objetivo Específico...............................................................................................16
3 - FUNDAMENTOS TEORICOS...............................................................................16
3.1 Conceitos de Concreto Armado...........................................................................16
3.2 Composições do Concreto Armado .....................................................................17
3.3Conceitos de Patologias........................................................................................18
3.4Patologias em estrutura de concreto armado........................................................20
4–MANIFESTAÇÕES PATOLOGICAS ....................................................................22
4.1 Manifestações Patológicas no Concreto Armado.................................................22
4.2 Manifestações decorrentesda fase de concepção do projeto..............................27
4.3 Manifestações decorrentesda fase de construção...............................................28
4.4 Manifestações passiveis decorrentesda fase de Utilização ................................31
4.5 Sintomatologia e procedimento para resolução de patologias.............................32
4.6PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES PATOLOGICAS .............................................32
4.6.1 Fissuras.............................................................................................................32
4.6.2 Corrosões as armaduras de aço.......................................................................36
4.6.2.1 Corrosões no concreto ..................................................................................39
4.6.3 Nichos de Concretagem ...................................................................................40
4.6.4 Eflorescências ..................................................................................................42
4.6.5Manchas devida a infiltração..............................................................................44
4.6.6 Degradação Química .......................................................................................464.7.MÉTODO DE ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS PARA ESTRUTURAS 
DE CONCRETO.........................................................................................................47
4.7.1 Esclerometria ...................................................................................................47
4.7.2 Ultrassom .........................................................................................................48
4.7.3 Resistências à Compressão ............................................................................49
5 - METODOLOGIA ..................................................................................................51
5.1 Procedimentos de coletas e dados......................................................................53
6 – ANALISES E RESULTADOS...............................................................................55
6.1 Apresentações e analise dos resultados por imagens.........................................55
6.1.1 Detecções de manifestações patológicas em visitas técnicas..........................55
6. 2 Analise das patologias encontradas em obra......................................................57
6.3 Descrições das manifestações patológicas encontradas nas 
edificações analisadas em obra.................................................................................57
6.3.1 Fissuras, Tricas e rachaduras...........................................................................57
6.3.1.1 Fissuras em viga de sustentação do pavimento............................................57
6.3.1.2 Fissurômetro..................................................................................................60
6.4 Infiltrações e machas............................................................................................62
6.4.1 Paredes externa e internas com machas de infiltração.....................................62
6.5 Corrosões em armaduras.....................................................................................67
6.5.1 Corrosões em armaduras de aço em áreas danificadas...................................67
7. ENSAIOS DE RESISTÊNCIA Á COMPRESSÃO..................................................71
7.1 Rompimentos dos corpos de prova......................................................................71
7.2 - Memorial de Cálculos........................................................................................73
7.2.1 Amostras 01......................................................................................................73
7.2.2 Amostras 02......................................................................................................77
7.2.3 Amostras 03......................................................................................................79
7.2.4 Amostras 04......................................................................................................80
7.3 Analise de comparação das amostras analisadas em laboratório 
através de cálculos.....................................................................................................83
8- DISCUSSÕES FINAIS ..........................................................................................84
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA ...........................................................................86
1
78
1- INTRODUÇÃO
 O presente trabalho tem o intuito de identificar e diagnosticar as principais falhas patológicas visíveis em obras, as manifestações encontradas, deficiências e até mesmo a falta de conhecimento de profissionais da área da Construção civil na hora da execução. Após serem identificadas sugerir-se-ão soluções para os problemas patológicos. 
A ciência da patologia das construções pode ser entendida como o ramo da engenharia que estuda os sintomas, causas e origens dos vícios construtivos que ocorrem na construção de edificações. A partir do estudo das fontes dos vícios, é possível de se evitar que a ocorrência de problemas patológicos se torne algo comum nas edificações modernas (DO CARMO, 2003).
É importante ressaltar que os problemas patológicos em estruturas de concreto não são encontrados somente nas construções mais antigas, mas também nas atuais. Nas construções projetadas e construídas recentemente também podem apresentar quadros de problemas patológicos, portanto espera-se que com a evolução dos conhecimentos atuais e novas técnicas, seja cada vez mais possível verificar e detectar tais patologias logo no início, assim trazendo soluções imediatas.
Os problemas patológicos estão associados a falhas ocorridas durante a realização de alguma das etapas da construção, seja ela na etapa de projeto, na execução ou na utilização da edificação. Portanto, as manifestações patologias podem se manifestar no início da obra, durante a realização dos serviços ou até mesmo após a conclusão da obra.
Souza e Ripper tratam do estudo das patologias na construção civil como uma nova vertente:
“Designa-se genericamente por Patologias das Estruturas esse novo campo da Engenharia das Construções que se ocupa do estudo das origens, formas de manifestação, consequências e mecanismos de ocorrência das falhas e dos sistemas de degradação das estruturas. ” (SOUZA E RIPPER, 1998)
Ou seja, ainda que antes houvesse o conhecimento acerca da deterioração atuante das construções, não se estudavam suas causas e consequências e, por conseguinte, tampouco suas soluções.
O processo construtivo de uma edificação segue da seguinte forma: ideia inicial, planejamento prévio, projeto, fabricação dos materiais para uso no canteiro de obras, execução das partes componentes da edificação e uso. Durante tais processos, podem ocorrer falhas ou descuidos dos mais variados tipos, que acabam por gerar vícios e problemas construtivos das etapas previamente citadas. O gerenciamento destes processos e a melhoria constante através do controle de qualidade e desenvolvimento de novas tecnologias e técnicas é desafio constante na engenharia civil (HELENE, 2003).
Por meio desse trabalho podemos abordar as principais manifestações patológicas mais comuns observadas em estruturas de concreto armado, através de um estudo de caso acerca da resistência do concreto, feito em laboratório através de ensaios, e em revisões bibliográficas, a partir das quais determinam-se alguns conceitos sobre patologia no concreto armado, verificam-se quais são as principais manifestações patológicas nas estrutura de concreto a fim de se detectarem as principais causas e suas correspondentes soluções.
2- OBJETIVO
2.1 Objetivo Geral
Criar uma listagem de dados para identificar as causas e propor solução para patologia de concreto armado, utilizando-se dados bibliográficos e ensaios de resistência em laboratório.
2.2 Objetivo Específico	
-Verificar quais são as principais manifestações patológicas do concreto armado.
-Identificar quais são as principais e mais comuns manifestações patológicas em concreto armado, apontando as principais características de cada uma para que possam ser reconhecidas e apresentadas soluções para cada uma.
-Verificar a resistência do concreto novo e antigo, analisados em laboratório.
-Propor soluções viáveis para os problemas encontrados.
3- FUNDAMENTOS TEÓRICOS
3.1 Conceitos de Concreto Armado
O concreto é um material que apresenta alta resistência às tensões de compressão, porém, apresenta baixa resistência à tração (cerca de 10 % da sua resistência à compressão). Assim sendo, é imperiosa a necessidade de juntar ao concreto um material com alta resistência à tração, com o objetivo deste material, disposto convenientemente, resistir às tensões de tração atuantes. Com esse material composto (concreto e armadura – barras de aço), surge então o chamado “concreto armado”, onde as barras da armadura absorvem as tensões de tração e o concreto absorve as tensões de compressão, no que pode ser auxiliado também por barras de aço (caso típico de pilares, por exemplo).(PFEIL, 1989)
No entanto, de acordo com Bastos (2006), o conceito de concreto armadoenvolve ainda o fenômeno da aderência, que é essencial e deve obrigatoriamente existir entre o concreto e a armadura, pois não basta apenas juntar os dois materiais para se ter o concreto armado. Para a existência do concreto armado é imprescindível que haja real solidariedade entre ambos o concreto e o aço, e que o trabalho seja realizado de forma conjunta. 
Segundo Bastos (2006), pode-se definir o concreto armado como “a união do concreto simples e de um material resistente à tração (envolvido pelo concreto) de tal modo que ambos resistam solidariamente aos esforços solicitantes”. De forma esquemática pode-se indicar que concreto armado é:
 Concreto armado = concreto simples + armadura + aderência. 
 Com a aderência, a deformação εs num ponto da barra de aço e a deformação εc no concreto que a circunda, devem ser iguais, isto é: εc = εs . (BASTOS, 2006)
Figura 1 - Viga de concreto simples (a) e armado (b)
Fonte: PFEIL, 1989.
3.2 Composições do Concreto Armado
Segundo Bastos (2014), os primeiros materiais a serem empregados nas construções foram a pedra natural e a madeira, sendo o ferro e o aço empregados séculos depois. O concreto armado só surgiu mais recentemente, por volta de 1850. 
Para um material de construção ser considerado bom, ele deve apresentar duas características básicas: resistência e durabilidade. A pedra natural tem resistência à compressão e durabilidade muito elevadas, porém, tem baixa resistência à tração. A madeira tem razoável resistência, mas tem durabilidade limitada. O aço tem resistências elevadas, mas requer proteção contra a corrosão. (BASTOS,2014)
 O concreto armado pode ter surgido da necessidade de se aliar as qualidades da pedra (resistência à compressão e durabilidade) com as do aço (resistências mecânicas), com as vantagens de poder assumir qualquer forma, com rapidez e facilidade, e proporcionar a necessária proteção do aço contra a corrosão. 
O concreto é um material composto, constituído por cimento, água, agregado miúdo (areia) e agregado graúdo (pedra ou brita), e ar. Pode também conter adições (cinza volante, pozolanas, sílica ativa etc.) e aditivos químicos com a finalidade de melhorar ou modificar suas propriedades básicas. (BASTOS,2014)
3.3 Conceitos de Patologias
Desde os primórdios da civilização o homem tem se preocupado com a construção de estruturas adaptadas às suas necessidades, com isso a humanidade acumulou um grande acervo científico ao longo dos séculos, o que permitiu o desenvolvimento da tecnologia da construção, abrangendo a concepção, o cálculo, a análise e o detalhamento das estruturas. Apesar disto e por ainda existirem limitações ao desenvolvimento cientifico e tecnológico, além das inevitáveis falhas involuntárias, têm-se constatado que algumas estruturas acabam por ter desempenho insatisfatório, gerando as patologias da construção civil (RIPPER; SOUZA, 1998).
Patologia, de acordo com os dicionários, é a parte da medicina que estuda as doenças. A palavra patologia tem origem grega de “phatos” que significa sofrimento, doença, e de “logia” que é ciência, estudo. Então, conforme os dicionários existentes pode-se definir a palavra patologia como a ciência que estuda a origem, os sintomas e a natureza das doenças (NAZÁRIO E ZANCAN, 2011).
Segundo Fernández (1988), patologia faz parte da engenharia que estuda os mecanismos, os sintomas, as causas e as origens dos defeitos das obras. Em alguns casos, é possível se fazer um diagnóstico das patologias apenas através da visualização. Entretanto, em outros casos o problema é complicado, sendo necessário verificar o projeto; investigar as cargas a que foi submetida à estrutura; analisar detalhadamente a forma como foi executada a obra e, inclusive, como esta patologia reage diante de determinados estímulos. Dessa forma, é possível identificar a causa destes problemas, corrigindo-os para não se manifestem novamente.
Patologias das construções são a área da engenharia civil que analisa o desempenho insatisfatório de elementos que compõem uma edificação, desempenho este, atualmente regido por normas técnicas.
A análise do defeito em questão é o que trata o ramo de patologias, fazendo uma análise através dos tipos de manifestações, causas e origens, a engenharia utiliza o termo como a área de estudo das origens e mecanismos de ocorrência das diversas falhas que afetam aspectos estruturais e estéticos de uma edificação (CREMONINI, 1988).
Segundo Junginger (2003), os inúmeros casos de manifestações patológicas, espalhados pelo Brasil e pelo mundo muitas vezes são corrigidos sem que se estabeleçam claramente as causas do fenômeno, tornando-os crônicos. Alguns desses defeitos estão relacionados à falta de conhecimento técnico dos profissionais que executaram a obra, ausência de compatibilização de projetos, detalhes que são relegados a um plano de menor importância. Porém, com o tempo tais diferenças serão notadas a partir do surgimento das patologias.
De acordo com Souza e Ripper (1998), o crescimento muito acelerado da construção civil, provocou a necessidade de inovações, trazendo também a aceitação de certos riscos, estes os quais, aumenta a necessidade de um maior conhecimento sobre estruturas e materiais, através de análises dos erros acontecidos, que têm resultado em deterioração precoce ou acidentes. Apesar disto tudo, tem sido constatado que algumas estruturas acabam por ter desempenho insatisfatório, confrontando-as com as necessidades as quais se propunham. Este conjunto de fatores gera o que se chama de deterioração estrutural. As causas da deterioração podem ser as mais diversas, desde o envelhecimento “natural” da estrutura até os acidentes, até mesmo a irresponsabilidade de profissionais que optam pela utilização de materiais duvidosos, alegando fator econômico. 
Segundo Machado (2002), sabe-se que a finalidade da patologia das estruturas é encontrar explicações técnicas e científicas para as irregularidades encontradas no comportamento das estruturas. Isso pode ocorrer na fase de construção, durante a execução dos serviços, assim é possível que se determine as suas consequências em relação à segurança e à confiabilidade da obra, analisando qual a decisão mais correta e segura quanto à utilização posterior das estruturas em análise. Levando-se em conta sua duração residual, o objetivo da patologia das estruturas é procurar definir a conveniência da recuperação, do reforço ou mesmo da demolição pura e simples dos elementos ou da estrutura danificada.
Pedro et al (2002) informam que as origens das patologias podem se classificar em:
• Congênitas – São aquelas que surgem ainda na fase de projeto, e ocorrem pela falta de observação das normas técnicas, também por falhas e descuidos dos profissionais, que acabam tendo como conseqüência falhas no detalhamento e execução inadequada das construções; 
 • Construtivas – O surgimento dessas patologias está relacionado na etapa de execução da obra, e tem ocorrência no emprego de mão-de-obra desqualificada, materiais não certificados e ausência de metodologia para execução dos serviços; 
• Adquiridas – Essas patologias aparecem durante a vida útil da edificação e são causadas pela exposição ao meio em que se inserem;
 • Acidentais – São as patologias causadas pela ocorrência de algum fenômeno atípico, resultado de uma solicitação incomum.
Para solucionar os problemas patológicos, é necessário fazer um diagnóstico adequado e completo por um profissional da área, devendo-se esclarecer as possíveis causas dos problemas como, os sintomas aparentes apresentados, os mecanismos, origens e as principais causas do problema encontrado através de análise.
Nas palavras de Andrade e Silva:
É importante investigar cuidadosamente a patologia e suas possíveis causas, pois ao se falhar no seu diagnóstico, a correção não será eficiente. Uma patologia pode se apresentar como consequência de mais de uma deficiência. Assim, para que a medida corretiva seja eficiente devem-se sanar todas as suas causas (ANDRADE e SILVA, 2005)
Ripper e Souza também discorremsobre as potenciais causas do surgimento das patologias:
As causas de ocorrência dos fenômenos patológicos podem ser as mais diversas, desde o envelhecimento natural, acidentes, irresponsabilidade de profissionais e usuários que optam pela utilização de materiais fora das especificações ou não realizam a manutenção correta da estrutura, muitas vezes por razões econômicas, dentre outras. (RIPPER; SOUZA, 1998).
Finalmente, Nazário e Zancan destacam a importância da busca da qualidade no que diz respeito à durabilidade das construções:
O estudo das patologias nas construções é de grande importância na busca de qualidade dos processos construtivos e na melhoria da habitabilidade e durabilidade das edificações. Para evitarmos o surgimento de manifestações patológicas, é necessário fazer um estudo detalhado das origens para melhor entendimento do fenômeno e auxiliar nas decisões de definição de conduta e planos de ação contra os problemas (NAZARIO; ZANCAN, 2011).
3.4 Patologias em estrutura de concreto armado
Com o surgimento do concreto armado e a vantagem que o mesmo trazia para o mercado as demais técnicas empregadas do concreto a construção. Com isso vieram também as aparições das manifestações patológicas, que o mesmo pode ser causado devido à má utilização dos materiais, mão de obra desqualificada ou até mesmo a falta de conhecimento dos profissionais na hora de como empregá-lo de modo correto.
 O estudo das patologias do concreto armado abrange os sintomas, mecanismos, causas e origens dos problemas patológicos encontrados nas estruturas de concreto armado. Lembrando que para um dano qualquer, existe a possibilidade de vários fatores serem responsáveis. Estes danos podem vir apenas a causar incômodos para aqueles que irão utilizar a obra segundo o fim para o qual foi feita, tais como pequenas infiltrações, até grandes problemas que podem levar a estrutura ao colapso (HELENE, 1988). 
A má fiscalização no local relacionada com a falta de capacitação e conhecimento dos profissionais podem levar a grandes erros em determinadas atividades, como o escoramento de forma incorreta, posicionamento, implantação da obra, qualidade das armaduras empregadas e concretagem, até a cura. 
As patologias das edificações não acontecem de forma isolada e sem motivo, geralmente têm origem relacionada a algum erro cometido em ao menos uma das fases do processo de concepção de uma edificação, sendo importante o conhecimento da origem do problema e o histórico da construção para que se possa apontar em que fase do processo aconteceu o erro que veio a gerar determinado problema patológico (HELENE, 2003).
Botelho (1996) afirma que:
[...] a ocorrência de problemas patológicos cuja origem está na etapa de execução é devida, basicamente, ao processo de produção que é em muito prejudicado por refletir de imediato os problemas socioeconômicos, que provocam baixa qualidade técnica dos trabalhadores menos qualificados, como os serventes e os meio-oficiais, e mesmo do pessoal com alguma qualificação profissional (BOTELHO 1996).
 Geralmente em casos de acidentes catastróficos, como por exemplo, prédios que vão a ruína, acabam levando a estrutura ao colapso. Não é difícil encontrar estruturas nas quais foi cometido um grande erro em qualquer uma das etapas e mesmo assim não apresentam grandes danos. Do contrário, pode-se encontrar estruturas que apresentem grandes danos que reduzem a durabilidade e resistência mecânica, cuja causa vem de erros ou falhas menores, mas quando atuam de maneira conjunta, superpõem seus efeitos e trazem graves consequências (CÁNOVAS, 1988).
O gráfico a seguir apresenta as causas que dão origem às principais patologias em construções brasileiras. De acordo com ele, 7% são por de uso dos materiais cerca de 18% são originadas por erro de projeto, 3% por falta de manutenção correta, 13% pela utilização inadequada, 6% por fortuitas, 51% pela má execução do serviço e 2% outros.
Figura 2 - Incidência das Origens das Enfermidades no Brasil.
Fonte: SILVA E JONOV,2011
Já na figura 3 é possível analisar os resultados de acordo com os estudos feitos por Fortes (1994), que evidenciam a distribuição da origem de problemas patológicos, conforme o estudo feito desde o projeto até ao uso da edificação de concreto armado.
Figura 3 - Fatores de distribuição da origem de problemas patológicos
Fonte: FORTES,1994
4- MANIFESTAÇÕES PATOLOGICAS
4.1Manifestações Patológicas no Concreto Armado
Manifestações patológicas em estruturas de concreto armado muitas vezes são aquelas que vem de um mal planejamento na obra na hora da execução ou pode ser também falhas técnicas dos profissionais, ou seja por desconhecimento ou até mesmo negligência dos profissionais, podendo ser mal lançamento na estrutura da edificação, ou erro de execução da elaboração do projeto.
O concreto armado foi considerado durante muitos anos um material perene, que não necessitava de cuidados ao longo de sua vida, dispensando a manutenção. Recentemente este conceito passou a ser revisto, levando em consideração a grande quantidade de edificações com problemas de degradação em componentes estruturais (HELENE, 2003).
Lapa afirma que: 
Os processos principais que causam a deterioração do concreto podem ser agrupados, de acordo com sua natureza, em mecânicos, físicos, químicos, biológicos e eletromagnéticos [...] Os processos de degradação alteram a capacidade de o material desempenhar as suas funções, e nem sempre se manifestam visualmente. Os três principais sintomas que podem surgir isoladamente ou simultaneamente são: a fissuração, o destacamento e a desagregação (LAPA, 2008).
Já, segundo Carmona, citado por Sachs: 
É muito importante saber de onde surgiu a patologia para assim saber quais medidas de recuperação seguir, pois uma patologia pode causar muitas outras. Como é o caso da corrosão da armadura, quando o aço começa o seu processo de corrosão ele vai expandir causando fissuras e possíveis deslocamentos de concreto, o que ocasiona tensões de tração no cobrimento do concreto (CARMONA apud SACHS, 2015).
Para Helene (2002), é importante salientar que uma análise correta dos problemas é aquela que nos permite definir claramente a origem, causas, consequências, a intervenção mais adequada e o método de intervir. Mais adiante, alguns problemas serão apresentados e tratados individualmente.
E Souza e Ripper (1998), afirmam que as possíveis causas de falhas que podem ocorrer durante a etapa de estudo da futura edificação são aquelas originadas de um estudo preliminar deficiente, ou de anteprojetos equivocados, enquanto que as falhas geradas na realização do projeto final geralmente são as responsáveis pela implantação de problemas patológicos sérios e podem ser por diversos fatores, como: 
• Projetos inadequados (deficiência no cálculo da estrutura, avaliação da resistência do solo, má definição do modelo analítico, etc.); 
• Falta de compatibilidade entre a estrutura e a arquitetura, bem como os demais projetos civis; 
• Especificação inadequada de materiais; 
• Detalhamento insuficiente ou errado; 
• Detalhes construtivos inexequíveis; 
• Falta de padronização das convenções; 
• Erros de dimensionamento. 
Helene e Pereira (2007) destacam que os problemas comuns de maior efeito no concreto, são as eflorescências, as fissuras, as flechas excessivas, a corrosão da armadura, as manchas no concreto aparente, os defeitos de aterro e compactação e problemas devido à segregação dos componentes do concreto. Geralmente, as manifestações patológicas aparecem de forma bastante característica e com ocorrência bem estabelecida estatisticamente.
Portanto, de acordo com que foi visto, a partir de uma patologia pode ocorrer outras como por exemplo, a fissuras em viga devido o erro de cálculo da flecha, ou fissuras de elementos estruturais devidas à negligência de observância do estado limite último da estrutura, as rachaduras que podem ocorrer devido à má qualidade dos materiais ou a insuficiência dos mesmos durante a construção.
Em várias situações,recuperar uma estrutura com patologias é mais difícil do que construir uma nova. Isto ocorre devido ao fato de que muitas vezes a edificação já pode estar em uso, o que vai dificultar os trabalhos de recuperação (SACHS, 2015).
Muitas das doenças estruturais não se manifestam claramente ou são encobertas por outras, podendo passar despercebidas. Portanto, quanto mais criteriosa e aprofundada for a fase avaliativa, maiores serão os índices de acerto e eficiência da solução indicada (VISOTTO apud SACHS, 2015).
Na tabela 1 podemos identificar diversas formas de patologias no concreto armado. 
Tabela 1 - Infiltração, manchas, bolor ou mofo, eflorescência.
Fonte: SHIRAKAWA, 1995.
Figura 4 - Tipos de manifestações Patológicas mais comuns.
Fonte: os autores
Uma das maneiras de identificar as patologias nas edificações é através da vistoria do local que é feita por um profissional qualificado. Através de avaliações e análises é possível obter um possível diagnóstico e identificar quais patologias foram manifestadas.
A vistoria do local é uma forma de avaliação por meio de visita técnica, na qual, registros fotográficos e relatórios são a ferramenta para assim serem levantados os dados e informações num primeiro momento para que consequentemente seja possível uma compreensão do surgimento das manifestações. Parte considerável dos eventos que demandam a realização de vistorias e perícias em edificações, decorre de manifestações patológicas muitas vezes identificadas através da simples observação do quadro de fissuração, o que facilita o diagnóstico dos problemas existentes (VITÓRIO, 2003).
Na figura 5 apresenta-se um fluxograma que tem por objetivo apresentar o passo a passo para a resolução da patologia encontrada.
Figura 5 - Fluxograma para resolução de patologias da construção civil.
Fonte: LINCHTENSTEIN,1985.
A figura 6 relaciona as possíveis gêneses das manifestações patológicas:
Figura 6 - Incidência de gênese das patologias.
Fonte: SPERANZA ENGENHARIA, 2009.
4.2 Manifestações decorrentes da fase de concepção do projeto
As manifestações patológicas referentes às fases de planejamento, projeto, fabricação e construção surgem no período inferior a dois anos, porém durante a utilização os problemas podem aparecer depois de muitos anos. Por isso, é muito importante identificar em qual etapa surgiram os vícios construtivos, até mesmo para a atribuição de responsabilidades civis (MACHADO, 2002).
Durante a fase de concepção, pode-se dizer que a edificação é gerada, base para todo o restante do processo construtivo, sendo uma das etapas mais importantes à contribuição ao não surgimento de problemas patológicos. Na fase de concepção serão definidas as características esperadas dos produtos empregados na construção, as condições de exposição previstas para o ambiente exterior, o comportamento em uso projetado do edifício construído, e principalmente a viabilidade da construção (PINA, 2013).
Segundo Gnipper e Mikaldo Jr: 
Na fase de projeto dos sistemas prediais, os vícios podem ocorrer por falhas de concepção sistêmica, erros de dimensionamento, ausência ou incorreções de especificações de materiais e de serviços, insuficiência ou inexistência de detalhes construtivos etc. (GNIPPER; MIKALDO JR, 2007).
Segundo Marcelli (2007), erros em projetos estruturais não são impossíveis de ocorrer, sendo muito difícil que exista algum escritório que tenha calculado inúmeros projetos estruturais sem que haja ocorrido um erro qualquer. O que ocorre é que, na maioria das vezes, são corrigidos a tempo, ou não são graves o suficiente para serem notados. 
A falta de critério e uma má definição das ações atuantes na edificação, como por exemplo, escolha inadequada do modelo analítico, deficiência de cálculo da estrutura ou da avaliação da capacidade portante do solo, incompatibilidade do projeto arquitetônico com os demais (estrutural, hidráulico, elétrico etc.), ocorrendo a inadequação de materiais, má execução, desrespeitando as normas técnicas de projeto e execução, erros de dimensionamento, especificação do cobrimento incorreto de acordo com a agressividade do ambiente dentre outros, são exemplos de falta de conduta e profissionalismo que acabam gerando diversos problemas patológicos no futuro. Todas estas implicações durante a fase de concepção do projeto a importância desta fase do processo relacionada com o não surgimento de patologias (PINA, 2013).
Segundo Cremonini: 
Um programa que vise à diminuição ou eliminação de problemas patológicos deve agir diretamente nas etapas do processo construtivo, bem como criar um sistema de controle de qualidade eficiente em cada uma delas (CREMONINI, 1988). 
4.3 Manifestações decorrentes da fase de construção 
Durante a etapa de execução do projeto, os problemas, na maioria das vezes, são relacionados à qualidade da mão de obra, falta de treinamento e à má qualificação dos operários. Dito isso, é evidente a necessidade de treinamento dos operários, tendo em vista que a relação custo benefício é satisfatória. O treinamento de equipes para a execução de serviços específicos do processo também minimiza a perda de materiais (SILVEIRA et al., 2002). 
Segundo Souza e Ripper (1998), na etapa de execução das estruturas de concreto armado podem ocorrer falhas das mais diversas naturezas, estas podem estar associadas às diferentes causas como: 
a)	Falta de condições no local de trabalho;
b)	Não capacitação do profissional da mão de obra;
c)	Inexistência de concreto de qualidade;
d)	Má qualidade dos componentes;
e)	Irresponsabilidade técnica.
De acordo com Souza e Ripper (1998), quando se trata de obras de edificações habitacional, alguns erros são grosseiros e saltam à vista. Dentre eles pode-se citar: falta de prumo, esquadro e alinhamento de partes estruturais e alvenaria, desnivelamento de pisos, falta de caimento correto em pisos com uso frequente de água, assentamento excessivamente espesso de flechas excessivas em lajes.
As ocorrências de falha na fase de execução da obra normalmente, é devida a má utilização dos materiais empregados ou até mesmo falta de conhecimento dos profissionais na hora da execução.
A ausência de normatização de diversos materiais e procedimentos, acrescida à falta de fiscalização daqueles já normalizados por parte dos profissionais e responsáveis técnicos, mostra-se de grande importância à contribuição para o não surgimento de patologiasdeve haver então, a conscientização de engenheiros no que tange ao controle de qualidade dos materiais e processos construtivos (SILVEIRA et al., 2002). 
Segundo Cremonini: 
Diversos órgãos de pesquisa têm realizado programas de levantamento de manifestações patológicas, visando conhecer a origem dos principais problemas [...] tal fator na volta ao surgimento de patologias na fase de execução do projeto, acompanhada da falta de processos produtivos de qualidade, sendo importante haver uma cadeia produtiva de qualidade inter-relacionada a todas as etapas (CREMONINI, 1988).
Nas figuras 7, 8 e 9 é possível identificar algumas manifestações patológicas na estrutura devido a falha de execução.
Figura7 - Falta de qualidade e recobrimento inapropriado.
Fonte: ALAN MAGNO ,2015. Disponivel: <https://www.sh.com.br/13-patologias-ocasionadas-pela-concretagem/>
Figura 8- Casos mais graves de infiltração.
Fonte: VERA LUNIN ,2015. Disponível: <https://vera-d-lunin-arquiteta.webnode.com/danos>
Figura9 – Falhas de Impermeabilização.
Fonte: VERA LUNIN ,2015. Disponível: <https://vera-d-lunin-arquiteta.webnode.com/danos>
4.4 Manifestações passíveis decorrentes a fase de utilização
As manifestações patológicas que surgem durante a fase de uso da edificação, normalmente são decorrentes da má utilização e falta de manutenção da edificação por parte do usuário. Porém não se pode inibir os empreendedores e responsáveis técnicos pela estrutura, pois por falta de cautela à profissão, é comum que não haja a formulação de manuais de uso das edificações, fator que auxilia o surgimento de problemas (DAL MOLIN, 1988).
Os diversoscuidados que devemos tomar durante a fase de uso da edificação deverão estar explícitos no manual de uso, operação e manutenção. A formatação de um bom manual de uso segundo o guia orientativo para atendimento à norma, redige conforme modelos internacionais de normatização de desempenho de matérias primas e produtos finais. Para cada necessidade do usuário e condição de exposição, aparecem critérios de desempenho. O conjunto normativo compreende seis partes, ou seja, seis elementos essenciais à garantia de desempenho da edificação, tais elementos são dispostos a seguir:
- Requisitos gerais;
- Requisitos para sistemas estruturais; 
- Requisitos para os sistemas de pisos; 
-Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas; 
- Requisitos para os sistemas de cobertura; 
- Requisitos para os sistemas hidrossanitários.
Cada um dos elementos citados segue uma sequência de exigências relativas à segurança, (desempenho mecânico, segurança contra incêndios), habitabilidade (estanqueidade, desempenho térmico e acústico, desempenho luminoso, saúde, higiene e qualidade do ar, funcionalidade e acessibilidade) e sustentabilidade (durabilidade, manutenibilidade e adequação ambiental) (CBIC, 2013).
4.5 Sintomatologia e procedimento para resolução de patologias.
Segundo Ripper e Souza (1998), a resolução de um problema patológico envolve um conjunto complexo de procedimentos a serem feitos, a prática profissional usada na análise destes problemas tem sido muitas vezes caracterizada pela falta de uma metodologia cientificamente reconhecida e comprovada prevalecendo em muitas situações a experiência profissional do engenheiro, obtida ao longo dos anos e a utilização de métodos empíricos de análise prévia, tal fato é relevante quando se mostra necessária uma análise pormenorizada e individualizada do problema, quando estes se mostram mais complexos .
Dal Molin discorre que: 
A investigação necessária para o diagnóstico da (s) causa (s) responsável por algum defeito na edificação deve ser realizada de maneira completa e sistemática. Assim como em um projeto, um procedimento linear direto é raramente possível [...] o processo é, inevitavelmente, iterativo (cíclico) (DAL MOLIN, 1988).
É necessário eliminar qualquer hipótese preconcebida a respeito das causas do determinado problema, portanto, não se deve utilizar o diagnóstico como forma de confirmar uma opinião já formada partindo de uma postura não tendenciosa analisando imparcialmente todos os dados coletados (DAL MOLIN, 1988).
4.6 Principais tipos de manifestações Patológicas
4.6.1 Fissuras
Entenda-se que a fissura é uma das patologias mais comuns na construção civil, nada mais é que aberturas no concreto que afetam a superfície estrutural de uma estrutura, ela ocorre devido à perda de água excessiva do concreto seja no estado fresco ou por evaporação. 
Segundo Oliveira (2012), fissuras, trincas e rachaduras são manifestações patológicas das edificações observadas em alvenarias, vigas, pilares, lajes, pisos entre outros elementos, geralmente causadas por tensões dos materiais. Se os materiais forem solicitados com um esforço maior que sua resistência acontece a falha provocando uma abertura, e conforme sua espessura será classificada como fissura, trinca, rachadura, fenda ou brecha.
A fissuração pode ser considerada a patologia que mais ocorre, ou pelo menos a que chama mais atenção dos proprietários (SOUZA e RIPPER, 1998). Os profissionais ligados ao assunto devem se conscientizar de que muito pode ser feito para minimizar-se o problema, pelo simples fato de reconhecer-se que as movimentações dos materiais e componentes das edificações civis são inevitáveis (THOMAZ, 1989). 
A figura a seguir indica o grau de incidência das principais manifestações patológicas:
Figura 10- Incidência de fissuras em concreto armado.
Fonte: (DAL MOLIN,1988).
Segundo Corsini (2010), as fissuras podem começar a surgir de forma pacífica. Na execução do projeto arquitetônico é um dos tipos mais comuns de patologias nas edificações e podem interferir na estética, na durabilidade e nas características estruturais da obra. Ela pode ser um indício de algum problema estrutural mais grave. Pelo fato de toda fissura originar uma possível patologia mais grave (trinca e rachadura).
Segundo a NBR 6118: 
“As fissuras são consideradas agressivas quando sua abertura na superfície do concreto armado ultrapassa os seguintes valores:
a) 0,2 mm para peças expostas em meio agressivo muito forte (industrial e respingos de maré); 
b) 0,3 mm para peças expostas a meio agressivo moderado e forte (urbano, marinho e industrial);
 c) 0,4 mm para peças expostas em meio agressivo fraco (rural e submerso).” (BRASIL, 2014) 
De acordo com as NBRs 9575:2003 e 15.575:2013:
 - A fissura é a abertura ocasionada por ruptura de um material ou componente, com abertura inferior ou igual a 0,5mm. (BRASIL, 2003)
- A NBR 15.575:2013 apresenta a fissura de componente estrutural como: seccionamento na superfície ou em toda seção transversal de um componente, com abertura capilar, provocado por tensões normais ou tangenciais. (BRASIL, 2013)
Segundo Cánovas (1988), as fissuras são patologias que além do próprio risco que trazem para a segurança da estrutura, também acabam por ser uma porta aberta para a ocorrência de corrosões das armaduras, já que acabam por desproteger o aço.
Grandiski (2010) argumenta que essa nomenclatura pode ser aplicada às trincas passivas, que não variam ao longo do tempo, em função da variação da temperatura tópica e, para as trincas ativas, que variam conforme a respectiva variação higrotérmica, essa nomenclatura é inaplicável, pois a classificação mudaria conforme o instante da medição. Em virtude dessa diferença os termos têm sido cada vez mais usados como sinônimos. De acordo com a NBR 9575:2003 fissuras têm abertura entre 0,05mm e 0,5mm e trincas entre 0,5 mm e 1 mm.
De acordo com Piancastelli (1997) a sua posição em relação à peça estrutural, a abertura, a direção, e sua forma de evolução (com relação à direção e à abertura), dão indicações das causas prováveis. Há que se destacar que fissuras são também ocorrências inerentes ao concreto armado, visto que as seções são dimensionadas nos Estádios II (seção fissurada) ou Estádios III (ruptura), não sendo, portanto, sempre, manifestação patológica.
As fissuras podem ser classificadas como ativas (variação da abertura em função de movimentações hidrotérmicas ou outras) ou passivas (abertura constante), ou seja, para a especificação de um correto tratamento, é de vital importância que se verifique se a fissura analisada é ativa (viva ou instável) ou inativa (morta ou estável). São chamadas de ativas, as fissuras que apresentam variação de abertura, e de inativas aquelas em que tal variação não ocorre. Tal verificação é feita, geralmente, através da utilização de “selos” rígidos, que são gesso ou plaquetas de vidro coladas, que se rompem caso a fissura apresente variação de abertura, ou através da medição direta (fissurômetro) dessa variação (PIANCASTELLI, 1997).
A figura 11 apresenta uma classificação das fissuras estabelecidas em corpos de alvenaria:
Figura 11 - Classificação das fissuras em alvenarias.
Fonte: SAHADE apud CORSINI,2010.
As figuras subseqüentes mostram eventos de fissuração:
Figura 12 - Fissura em edificação.
Fonte: Corsini, 2010. Disponível: <http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/160/trinca-ou-fissura-como-se-originam-quais-os-tipos-285488-1.aspx>
Figura13: Fissura no concreto.
Fonte: LPE Engenharia, 2015. Disponível: <http://lpe.tempsite.ws/blog/index.php/qual-a-diferenca-entre-fissura-e-trinca/>
4.6.2 Corrosão em armaduras de aço
Segundo o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), a corrosão nas armaduras de concreto é uma das patologias mais frequentes nas edificações. Corrosão das armaduras pode determinar o fissuramento do concreto e até seu desplacamento, fazendo com que sua armadura fique exposta ao ambiente. A corrosão é frequentemente relacionada à presença de teores críticos de íonsde cloreto no concreto ou ao abaixamento do seu pH devido às reações com compostos presentes no ar atmosférico, especialmente o dióxido de carbono (ARAÚJO, 2013).
Helene (2002) define a corrosão das armaduras de concreto como um fenômeno de natureza eletroquímica que pode ser acelerado pela presença de agentes químicos externos ou internos ao concreto. No concreto armado, o aço encontra-se no interior de um meio altamente alcalino no qual estaria protegido do processo de corrosão devido à presença de uma película protetora de caráter passivo (CASCUDO, 1997).
Segundo Miotto (2010) os danos causados pela corrosão de armadura geralmente são manifestados por fissuras no concreto paralelas à direção da armadura, delimitando e ou desprendendo o recobrimento. Em componentes estruturais que apresentam uma elevada quantidade de umidade, os primeiros sintomas de corrosão evidenciam-se por meio de manchas de óxido nas superfícies do concreto. Ao produzir-se por efeito da corrosão óxido expansivo, com aumento de volume de aproximadamente oito a dez vezes do volume original, criam-se fortes tensões no concreto, que levam a que este se rompa por tração, apresentando fissuras que seguem as linhas das armaduras principais e, inclusive, dos estribos, se a corrosão foi muito intensa (CÁNOVAS, 1988).
De acordo com Pólito (2006), o processo físico-químico gerador dos óxidos e hidróxidos de ferro é devido à formação de uma célula de corrosão, com eletrólito e diferença de potencial entre pontos da superfície. A partir do momento que os óxidos e hidróxidos formados no processo de corrosão ocupam um volume maior que as barras de aço originais há a ocorrência de um fenômeno expansivo no interior do concreto, o que pode levar a tensões elevadas, ocasionando, até, uma desagregação (desplacamento) do cobrimento de concreto.
Armadura de aço pode ser definida como material metálico que em contato com ambientes agressivos está sujeito à corrosão. Podem ocorrer dois tipos de corrosão: a corrosão eletroquímica (aquosa) e a corrosão química (corrosão seca). A corrosão eletroquímica vai ocorrer quando as estruturas entram em contato com soluções aquosas, como água doce ou do mar, como o solo, as atmosferas úmidas. A corrosão química é um processo lento e não provoca deterioração superficial das superfícies metálicas (exceto quando se tratar de gases extremamente agressivos) (BERTOLINI, 2010). 
De acordo com Emmons (1994), estudos realizados em vigas submetidas à flexão mostraram que a resistência começa a ser afetada quando a corrosão atinge 1,5% da área de aço. Com uma corrosão de 4,5% da área de aço a resistência final da viga foi reduzida em aproximadamente 12,0%.
As trincas em concreto armado devido à corrosão das armaduras são muito comuns em nossas edificações e precisam ser tratadas adequadamente, a fim de bloquear o processo e não as agravar como tem ocorrido em algumas obras, nas quais não se procura identificar, diagnosticar e corrigir as verdadeiras causas do problema (MARCELLI, 2007).
As figuram a seguir relacionam-se com as manifestações patológicas ligadas ao surgimento de corrosão.
Figura 14- Corrosão na armadura.
Fonte: Clube do concreto, 2014. 
Disponível em <http://www.clubedoconcreto.com.br/2014/06/avaliacao-da-corrosao-em-estruturas-de.html>
Figura 15 - Patologia ocasionada pela corrosão das armaduras na base do pilar.
Fonte: Alan Magno, 2015. <Disponivel:https://www.sh.com.br/blog/2015/13-patologias-ocasionadas-pela-concretagem>
Figura16 – Tipos de corrosão e fatores que os provocam.
Fonte: (CASCUDO, 1997).
Na figura 17 podemos verificar que a corrosão também pode se apresentar sob as mais variadas formas, das quais podemos destacar:
Figura: 17 –Formas de corrosão em chapas.
Fonte: ANVS, 2012.
4.6.2.1 Corrosão no concreto
 O concreto armado, além de suas características mecânicas que o tornam resistente a ações estruturais externas, deve ser dosado e moldado de modo a poder resistir a ações de caráter físico e químico, internas e externas (LAPA, 2008). 
Miotto (2010) diz que a corrosão e a deterioração observadas em concreto podem estar associadas a fatores mecânicos, físicos, biológicos ou químicos. A tabela 2, como podemos identificar, descreve os fatores determinantes da corrosão de concreto.
Tabela2– Fatores determinantes da corrosão em concreto.
Fonte: Gentil, 2003.
Para Cascudo (1997), os principais agentes agressivos que desencadeiam a corrosão das armaduras são a ação dos íons cloretos (corrosão localizada por pite) e redução de PH do aço (corrosão generalizada → carbonatação) e corrosão localizada sobre tensão fraturante.
4.6.3 Nichos de Concretagem
Os nichos de concretagem também conhecidos como broca ou bicheira no concreto, nada mais que são vazios deixados na massa de concreto onde ocasionam buracos nas estruturas, devida a dificuldade de penetração sendo uns dos principais problemas ocasionado durante a concretagem em obra. Os principais motivos também podem ser devido à ausência de vibração do concreto portanto de alguma forma acaba comprometendo a estrutura em si.
Muitas vezes, essas falhas de concretagem apresentam-se preenchidas por materiais segregados. Em caso extremo é possível até mesmo observar as armaduras, indica o engenheiro Luiz Brito Prado Viera, consultor especialista em pesquisa e desenvolvimento da Votorantim Cimentos. (MAPA DA OBRA,2016). 
No caso da concretagem de pilares, a altura de queda livre não deve ultrapassar dois metros para que seja evitada a segregação dos componentes da mistura (ISAIA,1988).
Figura18– Nichos no concreto.
Fonte: Marcelo Medeiros, 2008 
<Disponivel: https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/corrosao-do-concreto-e-causada-por-umidade-e-gases-nocivos_6412_10_0>
Figura19 – Nicho na concretagem, “Bicheira” no pilar.
Fonte: gabi_edificacoes
Disponível : <https://www.ecivilnet.com/dicionario/o-que-e-nicho-de-concretagem.htm>
4.6.4 Eflorescências.
A eflorescência na estrutura é bastante comum na construção, e consiste na aparição de manchas esbranquiçadas nas superfícies de paredes por conta de um processo de infiltração. Isso ocorre quando a água se infiltra, e por isso ela acaba dissolvendo sais na parede presente no cimento e na cal são trazidos juntamente com a água. Após o processo de evaporação e possível aparecer essas manchas, as mais comuns são de cor branca ou fungos.
O termo eflorescência tem como significado a formação de depósito salino na superfície de alvenarias, isto sendo resultado da exposição de intempéries. Afirma ainda que, quimicamente, eflorescência é constituída por sais de metais alcalinos (sódio e potássio) e alcalino-terrosos (cálcio e magnésio), solúveis ou parcialmente solúveis eágua da chuva ou do solo, o elemento irá estar saturado e os sais serão dissolvidos. Depois a solução migra para a superfície e, por evaporação, a água sai, deixando, na base do elemento, um depósito salino (UEMOTO,1998).
Figura 20 - Muro da fachada com desagregação.
Fonte: Edific’AM, 2013.
Disponível: <http://edific-am.blogspot.com/2013/07/patologias-de-pinturas-sedf-41.html>
Figura 21 – Eflorescência na parede de concreto.
 Fonte: Tintas Pig. Disponível: <http://tintaspig.com.br/dicas.php?Dica=7>
Tabela 3- Sais comuns em eflorescência
Fonte:(Bauer, 20011 apud Silva, 2011).
4.6.5 Manchas devidas à infiltração
Os problemas dentro da construção civil causados por umidade podem representar até 60% das manifestações patológicas encontradas em edificações em fase de uso e operação, e podem levar a prejuízos de caráter funcional, de desempenho, estéticos e estruturais podendo representar risco à segurança e à saúde dos usuários (SOUZA, 2008).
Segundo VERÇOZA (1991) soluções devido a três importantes aspectos:
-Às condições do solo úmido em que a estrutura da edificação foi construída;
-A ausência de obstáculos que impeçam a progressão da umidade;
-A utilização de materiais porosos (tijolos, concreto, argamassas, madeiras, blocos cerâmicos) que apresentam canais capilares, permitindo que a água ascenda do solo e penetre no interior dasedificações.
Figura 22 - Causas de manchas em uma edificação.
Fonte:POZZOBON apud BARBALHO, 2011.
Figura 23 – Manchas devido a infiltração.
Fonte: iStock, 2019. Disponível: <https://www.tuacasa.com.br/como-identificar-resolver-infiltracao/>
Tabela 4 - Origens da umidade nas construções.
Fonte:Adaptada de Klein apud Souza, 2000.
4.6.6 Degradação Química.
O contato do concreto com ácidos em altas concentrações não é habitual. Já a ação de chuvas ácidas nos grandes centros e nas áreas Industriais é mais frequente. Os ácidos sobre o concreto atuam penetrando seu sistema poroso e causando alterações físico-químicas na pasta de cimento endurecida. O resultado destas ações é a perda de massa e uma redução da seção do concreto. Esta perda acontece em camadas sucessivas, a partir da superfície exposta, sendo a velocidade da degradação proporcional à quantidade e concentração do ácido em contato com o concreto (ANDRADE, 2003).
A penetração pode ser resultado também de uma combinação de fatores como a temperatura, correntes elétricas etc. (FERREIRA, 2000).
 As reações químicas resultam em efeitos físicos nocivos, tais como o aumento da porosidade e permeabilidade, diminuição da resistência, fissuração e destacamento. Atenção especial deve ser dada ao ataque de sulfatos, ataque por álcalis e corrosão das armaduras, uma vez que estes fenômenos são responsáveis pela deterioração de muitas estruturas de concreto (MEHTA et al, 1994).
Figura 24 – Bloco de concreto extraído da barragem de Graus revelando manifestações patológicas típicas do fenômeno de alteração dos sulfetos de ferro: manchas de ferrugem e fissuração superficial.
Fonte: AYORA, 2016. Disponivel em <http://www.cgti.org.br/publicacoes/wp-content/uploads/2016/01/Investiga%C3%A7%C3%A3o-da-expans%C3%A3o-em-laborat%C3%B3rio-de-concretos-contendo-agregados-com-sulfetos.pdf>
Figura 25 – Degradação química na construção.
Fonte: Blog Engenharia Civil, 2011
Disponível em <https://engenharia-t1a.webnode.com.br/news/degrada%C3%A7%C3%A3o%20dos%20materiais%20de%20constru%C3%A7%C3%A3o%20por%20ac%C3%A7%C3%A3o%20da%20agua/>
4.7.Métodos de ensaios não destrutivos para estruturas de concreto
4.7.1 Esclerometria
Os métodos de ensaio desenvolvidos para medir a dureza superficial do concreto são baseados na realização de um entalhe na superfície ou no princípio do ricochete. O método da endentação consiste principalmente no impacto de uma determinada massa com uma dada energia cinética sobre a superfície do concreto, sendo medida a profundidade do entalhe resultante. O método baseado no princípio do ricochete, mais aceito e praticado mundialmente, consiste em medir o retorno de uma força no regime elástico após seu impacto com a superfície do concreto (MALHOTRA & CARINO, 2004).
Figura 26 - Ilustração da sequência de execução do ensaio de esclerometria.
Fonte: Mehta & Monteiro, 2008.
4.7.2 Ultrassom.
 O método de ensaio serve para avaliar as características do concreto através do ultrassom. Este ensaio ganhou difusão graças ao aparecimento de aparelhos portáteis de medição (pundit). Ele serve para verificar homogeneidade do concreto, falhas de concretagem internas (ninhos), determinação de fissuras e outros defeitos. (GEILMA VIEIRA,2012) 
Modo de execução: 
-Escolha de local limpo, plano e isento de sujeira;
-Colocação dos transdutores na peça de concreto;
-Com o tempo de propagação e a menor distância obtida, determinar a velocidade de propagação;
-Fazer a correlação da velocidade de propagação com a resistência a compressão. (Mais vazios = menor velocidade);
-Fatores que influenciam na velocidade: Possível existência de armadura. Tipo de adensamento do concreto Idade e densidade do concreto. Tipo de agregado. Relação água/cimento.
Figura 27 - Instrumento utilizado para ensaio de ultrassom em estruturas de concreto.
Fonte: Malhotra & Carino, 2004.
4.7.3 RESISTÊNCIAS À COMPRESSÃO.
O ensaio de resistência à compressão serve para avaliar o concreto e é um dos mais utilizados devido a sua facilidade, por seu custo ser baixo e pela possibilidade de correlação com outras propriedades do concreto. No entanto, algumas variáveis do ensaio de resistência à compressão podem influenciar nos resultados encontrados. Relatos indicam que os resultados desse ensaio apresentam grande dispersão. Pequenas irregularidades na superfície já são suficientes para provocar excentricidade pelo carregamento desuniforme e, consequentemente, uma diminuição da resistência final.
Propriedades como impermeabilidade, módulo de elasticidade e resistência às intempéries são diretamente relacionadas com a resistência à compressão (NEVILLE, 1997).
Mehta e Monteiro (1994) definem resistência de um material como a capacidade de resistir a tensões, sem apresentar ruptura. A ruptura pode ser identificada com aparecimento de fissuras. Nos ensaios de compressão, o corpo de prova pode ser considerado rompido mesmo sem ter fissuras aparentes externas, porém contém fissuras internas muito avançadas, sendo incapaz de suportar mais carga.
 A avaliação da resistência à compressão é simples e é feito através de ensaios padronizados de CP cilíndricos e de amostras encontrados em obra.
Elementos: formas (10x20 e 15 x30), haste de aço (barra de 16mm), gola metálica e colher de pedreiro. Amostragem: Colhida do meio da betonada. 
Modo de execução: moldagem: 4 camadas com 30 golpes (15x30). 2 camadas com 15 golpes (10x20). Desmoldagem: de 12 a 24 horas (correto). Cura: em local úmido Rompimento: Uso de capeamento.
Na figura 28 podemos visualizar uma prensa de compressão.
Figura 28 – Prensa a compressão.
Fonte: Instron Brasil Equipamentos Científicos Ltda, 2019 Disponível em: <https://www.nei.com.br/produto/2009-11-prensa-de-compressao-emic-equips-e-sistemas-de-ensaio-ltda?id=edb62597-5ba7-11e4-8697-0e94104de12e>
5- METODOLOGIA
Este trabalho tem seu fundamento baseado em um estudo bibliográfico sobre as causas mais comuns encontradas nas patologias do concreto armado nas edificações atuais e mais antigas. O objetivo principal do trabalho é mostrar os sinistros e problemas mais comuns na engenharia civil, discutindo suas causas e possíveis soluções, propondo alternativas durante as etapas do processo de concepção de uma edificação, procurando tratar os temas de forma simples, com a finalidade de alertar os profissionais de engenharia civil, abordando de forma sucinta causas e efeitos do mau dimensionamento e falta de planejamento na implantação de edificações com os mais variados fins.
A técnica e a metodologia de registro e organização dos subsídios coletados são de fundamental importância para sua utilização na formulação do diagnóstico. Este registro pode ser feito manualmente, através de croquis e/ou indicações nas plantas e elevações ou pode ser feito através de registros permanentes como fitas cassetes ou fotográficas (LICHTENSTEIN, 1985).
Por sua vez também será feito um estudo de casos reais,a pesquisa pode ser classificada como qualitativa, visto que a interpretação das informações coletadas e a atribuição de soluções são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Também se classifica como uma pesquisa teórica, onde serão investigadas situações usuais e pertinentes de patologias encontradas em estruturas, e ensaios laboratoriais onde serão coletados materiais em obras para que possa ser feita uma análise em laboratório onde será possível verificar a resistência do concreto através de métodos de ensaios, assim através cálculos podemos adquirir um diagnóstico e mostrar as seguintes soluções para cada tipo de problema patológico encontrado na edificação. 
De acordo Lichtenstein (1985), a prática profissional da análise desses problemas tem sido muitas vezes caracterizada pela falta de uma metodologia universalmente aceita. São as intuições pessoais fundamentadas na experiência que prevalecem e não podem ser transmitidas. Muitas vezes é a “habilidade” que prevalece, no lugar do método.
O trabalho fundamenta-se em dados coletados e informações baseadas por meio de pesquisas via internet, livros, revistae artigos de autores mais reconhecidos que atuam na engenharia civil. Por fim através dos resultados obtidos pela pesquisa, mostraram-se possíveis soluções viáveis para os tipos de patologias constatadas durante este trabalho. As manifestações patológicas serão catalogadas da seguinte forma: para cada um dos ensaios em análise será verificado a presença ou não, de cada uma das manifestações patológicas citadas anteriormente. Através do cálculo da resistência do de cada material coletado em obra para obter os resultados.
Tabela 5– Tipos de manifestações encontrados visualmente na obra.
	
	
Fonte: Excel, proprio autor, 2019.
Tabela 6– Tipos de manifestações encontrados na amostra.
Fonte: Excel, próprio autor, 2019
Tabela 7 –Plano de Ação.
Fonte: Excel, próprio autor,2019.
5.1 Procedimentos de coletas e dados 
De acordo com Lichtenstein (1985), o levantamento de subsídios é a etapa onde as informações essenciais e suficientes para o entendimento completo das manifestações patológicas são organizadas. Estas informações são obtidas através de três formas: vistoria do local, levantamento histórico do problema e do edifício e o resultado das análises.
A vistoria do local será necessária para obtermos uma coleta de dados através do levantamento fotográfico das patologias e uma coleta de materiais para verificar qual é sua resistência. A coleta será feita em várias edificações, sendo elas no Município de Araçatuba e Buritama, através de um celular podemos fotografar as patologias mais vigentes do local, e com o material coletado realizar um ensaio a compressão em laboratório para obtermos os resultados necessários para pesquisa.
Figura 29 – Fluxograma reduzido de analise patológica. 
Fonte: MOURA, 2007; MILITITSKYET AL.2005
Os procedimentos para controle são: 
a) Identificação do problema: quais são os fatores responsáveis pelo surgimento das manifestações patológicas nas edificações analisadas? Sendo elas termos de matérias, técnicas feitas, ou até mesmo a maneira de utilização. 
Como ocorrem as patologias? Como estes fenômenos surgem e evoluem com o tempo? Quais são as possíveis soluções encontradas? Buscando- se o mecanismo necessário para solucionar esses fenômenos encontrados.
b) Pesquisa bibliográfica:
- Importante para dar andamento nas pesquisas;
- Levantamento de informações teóricas. 
c) Estudo inicial:
-A fase de estudo inicial é muito importante, porque através dela podemos obter resultados e é onde se realiza o levantamento de dados para pesquisa usando as imagens coletas, materiais coletados para análise, realizando a descrição e cálculos. 
d) A identificação das possíveis causas das manifestações patológicas nas edificações:
- É a etapa onde se identifica os principais agentes causadores das manifestações patológicas da estrutura, sejam elas remotas ou imediatas. O agente remoto é aquele fenômeno patológico que por sua vez irá gerar outra patologia, enquanto que o agente imediato é aquele responsável diretamente pelo surgimento de um fenômeno patológico. O que leva a aparição da patologia no local que podem ser diversos mecanicismo na hora da execução. 
e) Elaboração de conclusões:
-É a etapa final, onde através de ensaios em laboratórios serão feitos cálculos de resistência a compressão, sendo que através desses cálculos podemos mostrar resultados obtidos na pesquisa e apresentar possíveis soluções para cada problema encontrados fazer análises de resultados e através de imagens registradas no levantamento de dados, onde para cada situação de patologia serão abordadas soluções específicas. 
6 ANÁLISE E RESULTADOS
6.1 Apresentação e análise dos resultados por imagens 
6.1.1 Detecções de manifestações patológicas em visitas técnicas
No decorrer do trabalho foram realizadas algumas visitas técnicas em obras distintas, com objetivo de catalogar as principais manifestações patológicas detectadas na edificação atual. A seguir iremos apresentar um gráfico, que é o resumo das patologias encontradas em obra, iremos fazer uma um levantamento dos níveis percentuais de patologia separadas por elementos construtivos, a fim de sistematizar a análise dos dados.
Através dados coletados durante a pesquisa foi realizado uma vistoria nos locais, onde por meio visual conseguimos identificar as patologias mais vigentes. Nas imagens registradas podemos identificar alguns tipos de patologias mais comuns em edificações, onde será realizado através dessa vistoria em obra um mapeamento patológico construtivo, com isso faremos um gráfico, com a finalidade de analisar qual dos elementos construtivos da edificação possui o desempenho mais comprometido por causa das patologias aparentes.
O gráfico apresenta os níveis percentuais de patologias separados por elemento construtivo.
Figura 30 - Percentual de patologias por sistema construtivo da edificação.
Fonte: Excel, próprio autor, 2019.
Como podemos verificar os sistemas construtivos que possuem o maior comprometimento de seu desempenho são os revestimentos, sendo eles externos e internos da edificação. Podemos ressaltar as patologias encontradas em vigas de concreto, onde é possível visualizar um grande quadro de fissuração, desagregação, a exposição das armaduras de aço, porém pode-se relatar também a aparição de patologias na pintura, sendo ela interna ou externa da edificação. Constatou-se a necessidade de realização de reparos na edificação para recuperação, e a prevenção e proteção afim de não ocorrer futuras manifestações patológicas, visando a segurança, saúde e conforto dos usuários das edificações analisadas.
6. 2 Análise das patologias encontradas em obra
De acordo com as patologias citadas acima encontradas em obras distintas, demonstram-se, em forma de tabela, as patologias que mais aparecem nas edificações atuais e mais antigas.
Tabela 8 – Tipos de manifestações encontrados visualmente na obra.
Fonte: Excel, próprio autor, 2019
6.3 Descrições das manifestações patológicas encontradas nas edificações analisadas em obra. 
A seguir, apresentam-se imagens nas quais se podem identificar manifestações patológicas, indicando suas respectivas localizações nas edificações apresentadas, bem como os fenômenos por observações visuais, visando identificar as prováveis causas junto com a descrição do mecanismo de ocorrência de cada patologia citada, encontrando possíveis soluções para cada uma delas. 
As amostras coletadas nas distintas obras foram levadas para análise laboratorial a fim de passarem por ensaios a compressão para verificar a resistência do concreto e tentar identificar as possíveis falhas ocorridos e as principais patologias que contêm. 
6.3.1 Fissuras, Tricas e rachaduras.
6.3.1.1 Fissuras em viga de sustentação do pavimento.
De acordo com Oliveira (2012), as sobrecargas podem produzir a fissuração de componentes estruturais, tais como pilares, vigas e paredes. As sobrecargas atuantes podem ter sido consideradas no projeto estrutural, caso em que a falha decorre da execução da peça ou do próprio cálculo estrutural, mas pode também estar ocorrendo à solicitação da peça por uma sobrecarga superior à prevista. Deve-se lembrar de que são raras vezes que podemos presenciar a atuação de sobrecargas em componentes sem função estrutural, normalmente pela deformação da estrutura resistente do edifício ou pela sua utilização não prevista em seu projeto original. Considera-se como sobrecarga uma solicitação externa, prevista ou não em projeto, capaz de provocar a fissuração de um componente com ou sem função estrutural.
Figura 31 - Fissuração em viga solicitada à flexão.
Fonte: Oliveira, 2012
Segundo Oliveira (2012), os efeitos da sobrecarga, tendo sido previstas ou não em projeto, podem produzir o fissuramento de componentes de concreto armado sem que necessariamente isto resulte em ruptura do componente ou instabilidade da estrutura. O aparecimento de fissuração num determinado componente estrutural leva a uma redistribuição de tensões ao longo do componente fissurado bem como nos componentes vizinhos, de maneira que a solicitação

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