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Técnica de Definição de Termos

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Alunas: Alessandra Wadas, Simone Rodrigues,Thais Escobar, Vanessa Carvalho.
Técnica de Definição de Termos
O terpeuta pode explicar o próximo estágio do paciente da seguinte maneira: “para que nós possamos examinar e contestar os pensamentos, temos que saber o que você está querendo dizer. Se você se rotula como “fracasso”, precisamos saber o que o fracasso significa para você. Como você define fracasso? Você está usando termos que jamais definiu para si mesmo ou para os outros? Essa técnica, definição de termos, é conhecida como a “técnica semântica” porque lhe pede para definir o significado dos termos que está empregando.”
	Imagine que você seja um cientista(ou um psicólogo) fazendo pesquisa. Alguém diz: “Bill é um fracasso”, e você quer determinar se esta afirmação reflete a percepção acurada de Bill. A primeira coisa que precisamos fazer é definir “fracasso”. Por exemplo, podemos defini-lo como:
Não ter sucesso;
Não ser capaz de obter recompensas ou prêmios.
Ser inferior a quase todos em tudo.
Ou se você for propenso à autocrítica e à depressão, talvez tenha uma maneira própria de definir “fracasso” para si mesmo. Você pode defini-lo como algo como o qual, quase ninguém, além de você concordaria. Por exemplo, pode-se-ia defini-los pelos seguintes critérios:
Não se sair tão bem quanto gostaria.
Dar menos de 100% de si mesmo.
Não se sair tão bem quanto outra pessoa.
Fazer mal determinada tarefa.
Pergunta a Formular/Intervenção:
	Como você definiria as coisas que o estão incomodando? Por exemplo, quando sabemos que alguém não tem valor, é bem sucedido, é um fracasso, e assim por diante? Como saberíamos que alguém não é uma dessas coisas? Dê uma definição detalhada.
Exemplo:
T: Você disse que se sente um fracasso desde que Bill a deixou. Como você definiria fracasso?
P: Bem, meu casamento não deu certo.
T: Então você acredita que o casamento não deu certo porque você como pessoa é um fracasso?
P: Se tivesse dado certo, ele ainda estaria comigo.
T: Então podemos concluir que as pessoas cujo os casamentos não dão certo são todas fracassadas?
P: Não, acho que eu não iria assim tão longe.
T: Por que não? Devemos ter uma definição de fracasso para você e outra para o restante das pessoas?
Este exemplo ilustra como o simples fato de extrair definições negativas e extremas dos pacientes pode ajudá-los a compreender quão irracional é a sua perspectiva. Indivíduos que definem fracasso como menos do que “sucesso extraordinário” poderão ver que sua definição é polarizada, que emprega termos do tipo “tudo ou nada”, isto é, “sucesso completo” versus “fracasso completo”. Uma variação da técnica semântica é perguntar ao paciente como os outros definem “sucesso” ou “fracasso”. Fazer com que o paciente se concentre na extremidade positiva do continuum, pedindo que defina termos como “sucesso” ou “o que vale a pena”:
T: Você vê que sua definição de “fracasso” é bem diferente de como outras pessoas poderiam defini-lo. Poucas pessoas diriam que alguém que se divorciou seria um fracasso. Vamos nos concentrar agora na extremidade positiva. Como a maioria das pessoas define sucesso em relação a alguém?
P: Bem, elas podem dizer que as pessoas tem sucesso quando atingem alguns dos seus objetivos.
T: Então, podemos dizer que se alguém atinge seus objetivos, essa pessoa é bem sucedida?
P: Certo.
T: Também poderíamos dizer que as pessoas tem diferentes graus de sucesso? Algumas pessoas atingem mais objetivos do que outras?
P: Acho que sim.
T: Então se aplicarmos essas ideias a você, poderíamos dizer que atingiu alguns de seus objetivos na vida?
P: Sim, eu terminei a faculdade e trabalhei nos últimos seis anos. Crio meu filho Ted e ele teve alguns problemas médicos há alguns anos, mas eu consegui bons médicos para ele.
T: Então poderíamos dizer que esses comportamentos foram bem sucedidos?
P: Certo. Eu tive alguns sucessos.
T: Será que não existe uma contradição na sua forma de pensar – chamar a si mesma de fracasso, mas dizer que já teve vários sucessos?
P: Sim, isso não faz sentido, faz?
Tarefa de Casa:
Utilizando o formulário 2.1, os pacientes podem praticar a definição de termos de seus pensamentos negativos. O quadro 2.2, é um exemplo de paciente do sexo masculino articulando suas definições a fim de testar a possibilidade de seu pensamento ser idiossincrático(a maneira de ver, de sentir e de reagir, própria de cada pessoa. É uma forma incomum de se portar perante a sociedade.)
Possíveis Problemas:
Para alguns pacientes, o sentimento é a definição – “Eu sinto que sou um fracasso”. Esse “raciocíneo emocional” é a evidência que o paciente usa para apoiar sua noção de fracasso. Sugiro que o paciente examine como o dicionário chega a uma definição. O dicionário examina o uso comum da palavra – isto é, como a maioria das pessoas define fracasso? Sugiro que possamos chegar a definições que possam ser usadas em um estudo científico – definições que outras pessoas poderiam usar para examinar os mesmos fatos e chegar às mesmas conclusões. Por exemplo, se eu definir “frio” como menos de 1ºC, as pessoas poderão determinar facilmente se está frio lá fora. Se eu definir o comportamento bem sucedido, como fazer progresso em relação ao objetivo, então poderei avaliar se alguém está progredindo em relação a ele, e assim determinar se está tendo algum sucesso como resultado do comportamento. 
Outras falhas frequentes nas definições dos pacientes: serem excessivamentes globais, vagas, idiossincráticas e inconscientes. As definições podem mudar de acordo com as mudanças de humor. Convém salientar para os pacientes que a definição talvez não esteja suficientemente clara e precisa. Uma maneira de transmitir isso é perguntar: “se outras pessoas usarem a sua definição de “fracasso”, poderiam sair por aí identificando fracassados?” Vale a pena enfatizar que as definições dos pacientes podem ser tão idiossincráticas que se assemelham muito pouco às definições geralmente dadas aos mesmos termos. O terapeuta deve perguntar: “É assim que a maioria das pessoas definiria esse termo?”
Além disso, o termo pode ser tão carregado de valor e subjetivamente determinado que fica realmente impossível defini-lo. Por exemplo, para os nossos propósitos, o termo "pessoa que vale a pena” é inexpressivo, pois não temos como sair por aí determinando quais pessoas valem a pena e quais não valem. Poderemos lidar um pouco melhor com o termo “ações que valem a pena” – isto é, ações que tem valor para a pessoa e para outros, mas mesmo aqui estaremos “patinando sobre o gelo”. É comum os pacientes perceberem que se preocupam com termos inexpressivos como “pessoa que vale a pena” ou “perdedor” ou “fracasso total”. Ajudar os pacientes a se concentrarem em comportamentos mais ou menos desejáveis para eles, monta o cenário para se avaliar como é possível aumentar ou reduzir a frequencia desses comportamentos.
Referência Cruzada com Outras Técnicas:
Técnicas relacionadas a esta incluem evocar pensamentos automáticos, categorizá-los como distorções cognitivas, examinar evidências contra e a favor da validade do pensamento e avaliar a qualidade das evidências.

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