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O AVANÇO CIENTIFICO E AS COMUNIDADES TRADICIONAIS 3

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O AVANÇO CIENTIFICO E AS COMUNIDADES TRADICIONAIS
Gabriela Grotti Silveira
Mustafa Ribeiro de Almeida Neto
Thaís Ribeiro Damasceno Rocha
RESUMO: Neste texto buscamos primeiramente definir o conceito de Comunidades Tradicionais para que fosse possível contextualizar as comunidades tradicionais ao longo do tempo e relacioná-las com o avanço tecnológico de forma a mostrar que ambos podem ser interligados de forma a gerar benefícios para as duas partes. Por fim, citamos qual a melhor forma desta interação acontecer, de forma que não prejudique nem altere a cultura das comunidades tradicionais.
1.Introdução 
Desenvolvemos conceitos de comunidades tradicionais com base em diversos autores para obtermos uma definição mais ampla e abrangente. Primeiramente podemos citar a definição de Diegues e Arruda por meio da caracterização das comunidades tradicionais, seguida pelo reconhecimento dos cinco elementos identificadores de uma comunidade tradicional de Derani (2001, p. 153) e, por fim, acrescentamos outras definições à estas anteriormente citadas.
Posteriormente, fazendo uso dos conceitos de comunidade tradicional, relacionamos o contexto histórico do avanço científico com as comunidades tradicionais e de que forma um pode ter tido influência no outro, principalmente quando nos referimos às tecnologias desenvolvidas primeiramente pelas comunidades tradicionais e aperfeiçoadas por sociedades modernas, fato que só se tornou possível com o avanço da tecnologia.
O trabalho enfatiza ainda de que forma as tecnologias desenvolvidas em um primeiro momento pelas comunidades tradicionais podem ser protegidas e valorizadas da forma correta. Ainda problematizamos de que forma a comunidade tradicional pode ser apresentada à novas tecnologias sem que haja choque cultural ou qualquer outra forma de agressão à sua cultura.
2. Definindo Comunidades Tradicionais
De modo geral, são consideradas comunidades tradicionais sociedades culturalmente diferenciadas que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos por tradição de geração em geração. Além disso, possuem uma íntima relação de interdependência com o ambiente natural em que vivem, conhecem os seres que nele habitam e interferem no ecossistema contribuindo para a conservação e proteção da biodiversidade de forma natural.
Podemos ainda definir as comunidades tradicionais, segundo Diegues e Arruda, por meio das seguintes características:
a) pela dependência da relação de simbiose entre a natureza, os ciclos e os recursos naturais com os quais se constrói um modo de vida;
b) pelo conhecimento aprofundado da natureza e de seus ciclos, que se reflete na elaboração de estratégias de uso e de manejo dos recursos naturais. Esse conhecimento é transferido por oralidade de geração em geração;
c) pela noção de território ou espaço onde o grupo social se reproduz económica e socialmente;
d) pela moradia e ocupação do território por várias gerações, ainda que alguns membros possam ter-se deslocado para os centros urbanos e voltado para a terra de seus antepassados;
e) pela importância das atividades de subsistência, ainda que a produção de mercadorias possa ser mais ou menos desenvolvida, o que implicaria uma relação com o mercado;
f) pela reduzida acumulação de capital;
g) pela importância dada à unidade familiar, doméstica ou comunal e às relações de parentesco e compadrio para o exercício das atividades económicas, sociais e culturais;
h) pela importância das simbologias, mitos e rituais associados à caça, pesca e atividades extrativistas;
i) pela tecnologia utilizada, que é relativamente simples, de impacto limitado sobre o meio ambiente; há uma reduzida divisão técnica e social do trabalho, sobressaindo o artesanal, cujo produtor e sua família dominam todo o processo até o produto final;
j) pelo fraco poder político, que em geral reside nos grupos de poder dos centros urbanos; e
l) pela auto-identificação ou identificação por outros de pertencer a uma cultura distinta.
	Pode ser citado ainda o reconhecimento de cinco elementos identificadores de uma comunidade tradicional, segundo Derani, (2002, p. 153):
a) propriedade comunal;
b) produção voltada para dentro (valor de uso);
c) distribuição comunitária do trabalho não assalariado;
d) tecnologia desenvolvida e transmitida por processo comunitário, a partir da disposição de adaptação ao meio em que se estabelecem;
e) transmissão da propriedade, conhecimento, pela tradição comunitária, intergeracional.
Portanto, podemos apontar exemplos que se encaixam na definição e caracterização de comunidades tradicionais citadas anteriormente, tais como: indígenas, quilombolas, ciganos, quilombolas, ciganos, matriz africana, seringueiros, castanheiros, comunidades de fundo de pasto, faxinalenses, pescadores artesanais, marisqueiras, ribeirinhos, varjeiros, caiçaras, praieiros, sertanejos, jangadeiros, ciganos, açorianos, campeiros, varzanteiros, pantaneiros, catingueiros, entre outros.
	Entretanto, alguns autores não incluem os povos indígenas como um grupo constituinte das comunidades tradicionais, pois, como afirma Carlos Rodrigues Brandão, as sociedades tradicionais não surgem para nós como opostas às sociedades modernas mas emergem como um lugar diferente da sociedade primitiva, indígena, tribal. Tal separação é feita com base em uma distinção legal fundamental: os direitos territoriais indígenas não têm como fundamento a conservação ambiental, mesmo quando se verifica que terras indígenas são como “ilhas” de conservação em contextos de avançada devastação.�
	 Algumas definições podem ser acrescentadas à caracterização das comunidades tradicionais feita por Diegues e Arruda, sendo elas:
a) Autonomia: é preciso que uma comunidade esteja suficientemente isolada “do resto do mundo”, para que seja reconhecida como independente de outras comunidades com características iguais e/ou com mesmo história de presença no lugar; de outras comunidades maiores que sejam meio termo entre um aglomerado rural e uma cidade; de uma cidade próxima ou até mesmo distante.
b) Autoctonia: descender e/ou saber-se e sentir-se descendente de uma geração ou de uma linhagem de uma família original ou de um pequeno grupo de parentes ou parceiros fundadores.
c) Memória de lutas passadas de resistência: haver criado, vivido e transformado padrões de cultura e modo de vida em que a luta, o sofrimento, a ameaça e a resistência estão no cerne da memória.
d) História de lutas e resistências atuais: memória do passado continua numa vívida história de presente.
e) Experiência da vida em territórios cercados e ameaçados: experiências passadas ao sofrerem formas radicais de expropriação.
Por fim, podemos sintetizar as definições e características do que chamamos de comunidades (ou sociedades) tradicionais como um grupo que desenvolve: dinâmicas temporais de vinculação a um espaço que se torna coletivo pela transformação da natureza por meio do trabalho; um saber peculiar constituído por conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos através de gerações; uma relativa autonomia e coletividade articulada com o chamado “mundo de fora”; um reconhecimento de si ou auto identificação; uma memória de historicidade de lutas e resistências para permanecerem no território ancestral em que se encontram; uma experiência de vida em um território cercado e/ou ameaçado e; estratégias atuais de acesso a direitos, mercado de bens menos periféricos e à conservação ambiental por meio de um desenvolvimento sustentável.
	
3. Relação das Comunidades Tradicionais com o avanço científico através do tempo
É possível traçar a origem do avanço científico através de muitos importantes textos que sobreviveram desde o mundo clássico, entretantoa palavra cientista não tem origem simultânea à palavra ciência, uma vez que os primeiros investigadores da natureza eram chamados de filósofos naturais. Enquanto as investigações empíricas do mundo natural foram descritas desde a antiguidade clássica - por exemplo, por Tales de Mileto e Aristóteles - e o método científico ter sido usado desde a Idade Média, o surgimento da ciência moderna é geralmente traçado até a Idade Moderna, durante o que é conhecido como Revolução Científica que aconteceu nos séculos XVI e XVII na Europa. A partir desse período, a Ciência, que até então estava atrelada à Filosofia, separa-se desta e passa a ser um conhecimento mais estruturado e prático. As causas principais da revolução podem ser resumidas em: renascimento cultural, surgimento imprensa, a reforma protestante e o hermetismo. 
Mais recentemente, com o advento da tecnologia da informação como patrimônio cultural (Laraia, 2006, p. 45, 52)�, a velocidade do avanço tecnológico modificou-se de forma drástica (sendo a transformação mais radical seguida pelos avanços atingidos na Segunda Guerra Mundial). Além da influência da velocidade do avanço tecnológico, também é importante denotar que os avanços tecnológicos têm diferentes intensidades no que se refere ao quanto interferem no pensamento humano, ou seja, alguns avanços podem ter profundo impacto enquanto outros podem causar apenas microrrevoluções (como por exemplo, a introdução de um tratamento matemático na descrição dos movimentos dos planetas, introduzida pelos babilônios e depois aperfeiçoada pelos gregos pode ser classificado como uma grande revolução, já o sistema de classificação de seres vivos introduzido por Aristóteles é exemplo de uma microrrevolução no pensamento humano).
Portanto, traçadas as origens dos avanços tecnológicos e fatores que influenciam na velocidade e intensidade da revolução do pensamento humano, como podemos inserir as comunidades tradicionais neste contexto?
Comunidades tradicionais, como definidas anteriormente, são reconhecidas pelo conhecimento aprofundado da natureza e de seus ciclos, que se reflete na elaboração de estratégias de uso e de manejo dos recursos naturais. Tal conhecimento pode ser chamado conhecimento tradicional. Conhecimento tradicional, portanto, é o conjunto de informações ou práticas individuais ou coletivas de uma comunidade tradicional, com valor real ou potencial, associado ao patrimônio genético.
	A propriedade dos conhecimentos tradicionais é, geralmente, mantida coletivamente, e os detentores desses conhecimentos têm explorado maneiras de resguardar seus interesses por meio do sistema de propriedade intelectual, protegendo-os contra a apropriação indevida de seus conhecimentos para fins econômicos, pois frequentemente o aperfeiçoamento de uma tecnologia antiga gera novos e valiosos produtos. Portanto, assim se faz a relação entre os avanços tecnológicos e as comunidades tradicionais.
	O domínio das transformações dos conhecimentos científicos em bens de serviços para o homem e para a sociedade, denomina-se de tecnologia de base científica, e é nessa área, que tal conhecimento avança por tentativas, erros e acertos (Koche, 2002, p. 74). �
	Os conhecimentos tradicionais, assim, permitem uma grande facilitação para o desenvolvimento das pesquisas, sendo um elemento importante no plano da evolução da indústria biotecnológica e objeto de investigação de indústrias de fármacos, sementes, cosméticos e agrotóxicos em todo o planeta. São considerados como pistas, ou verdadeiros atalhos, de forma que os cientistas conseguem encontrar a identificação de substâncias potencialmente úteis para a indústria biotecnológica, com a matéria-prima (objeto de estudo) em mãos e adquirindo toda a informação do detentor da mesma (no caso, das comunidades tradicionais), de como manuseá-la, tratá-la, utilizá-la, fazendo com o que o desenrolar da pesquisa ocorra mais rapidamente e com muito menos custo.
 	Desta forma, a relação entre o conhecimento das comunidades tradicionais, ou o conhecimento tradicional, e o conhecimento científico está no fato de que o conhecimento tradicional tem o potencial de facilitar e agilizar o conhecimento científico, tornando-o mais eficaz e eficiente.
4. Comunidades Tradicionais em harmonia com o avanço científico
Assim, podemos desenvolver uma interpretação sobre a questão dos povos e comunidades tradicionais em relação a duas questões de grande importância atualmente: avanço tecnológico e conservação da identidade dos povos tradicionais. Se faz necessário problematizar a forma como as comunidades podem ser inseridas no contexto tecnológico atual.
Começamos a interpretação problematizando a relação sociedade e desenvolvimento a partir de três contextos considerados como principais por Mota (2005). Vinculado a essas discussões, procuramos demonstrar como modo de vida dos povos e de comunidades tradicionais são inseridos no discurso da questão da sustentabilidade, penetrando o seu âmago, seja como discurso, seja como prática social. Os contextos considerados foram: desenvolvimento como progresso, desenvolvimento como bem-estar social e desenvolvimento sustentável.
Em meio às diversas abordagens sobre desenvolvimento, o conceito de Desenvolvimento Sustentável tem sido um dos mais institucionalizados, por meio de uma ideologia que promete compatibilizar o desenvolvimento econômico, social e o equilíbrio ambiental. Tal ideal pode ser sintetizado da seguinte forma: “O desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente, sem comprometer a possibilidade das gerações futuras de satisfazerem suas próprias necessidades” (MOTA, 2001, p. 37). 
Desta forma, é natural que seja feita uma associação dos povos tradicionais com o desenvolvimento sustentável, uma vez que tais povos praticam tal tipo de desenvolvimento desde sua origem. Entretanto, é necessário que a inserção das comunidades tradicionais seja feita de forma consciente e cautelosa. Nunca será recomendável deixar de analisar cada caso específico separadamente e ter a sensibilidade de agredir uma comunidade que se manteve sempre fechado ao contato externo. Claramente levar uma tecnologia antes desconhecida por tais povos seria uma forma de choque cultural; neste caso, ao invés de inclusão, o que estaria sendo praticado seria a exclusão e o extermínio cultural. Corríamos, assim, o risco de aumentar as necessidades destes povos e torna-los mais dependentes do tipo sociedade em que vivemos (capitalista).
Podemos, então, fazer uma leitura da problemática das comunidades tradicionais, que surgem como protagonistas em abordagens que relacionam tais povos com usos e manejos sustentáveis, além da capacidade de deter o conhecimento da biodiversidade e serem multiplicadores dela. No Brasil, muitos desses grupos, passam por processos de construção e reconstrução de sua identidade na luta por territorialidades como meio de acessar seus direitos. As Convenções Internacionais ao reconhecerem a importância desses grupos para a produção de biodiversidade e como referência de uso sustentável dos recursos naturais, tencionam os Estados Nacionais a aderirem legislações específicas para esses grupos, prevendo ainda subsídios econômicos (royalties), em virtude da propriedade intelectual dos seus conhecimentos tradicionais.
Recentemente, no Brasil, a presidenta Dilma Rousseff sancionou as novas regras que estimulam a pesquisa científica e elevam participação de povos, como os indígenas, na venda de produtos feitos com base em conhecimento tradicional. A mudança na legislação estimulará as pesquisas científicas, a criação de produtos baseados em biotecnologia, e aumentará a participação de povos tradicionais nos lucros de produtos feitos, por exemplo, com base em plantas brasileiras. Uma das principais mudanças define que comunidades tradicionais (indígenas, quilombolas) recebam um percentual do lucro de um produto que usa elementos da biodiversidade brasileira. Outro avanço é a “descriminalização” das pesquisas com a biodiversidade, o queestimula a geração de conhecimento e inovação tecnológica.
5. Considerações
No decorrer do artigo frisamos a importância do reconhecimento e valorização do conhecimento tradicional desenvolvido pelas comunidades tradicionais. Tais conhecimentos devem ser protegidos pois representam, não somente um registro histórico da formação da sociedade, mas também formas de tecnologia originais que surgiram da necessidade do ser humano de sobreviver. Também foi concluído que todas as sociedades têm o direito de usufruir dos benefícios da tecnologia da sociedade contemporânea e que essa democratização da tecnologia deve ser feita de forma cautelosa e consciente.
	Além disto, vimos que conhecimentos tradicionais possibilitam uma grande facilitação para o desenvolvimento das pesquisas, ao serem considerados atalhos na identificação de substâncias úteis para determinadas indústrias, fazendo com que o processo seja mais eficaz e eficiente.
	Por fim, foi problematizado o processo de imersão das comunidades tradicionais em um ambiente que envolve uma tecnologia antes desconhecida por tais comunidades e os benefícios ou malefícios que tal imersão pode trazer. Somado a isto identificamos a existência, no Brasil, de uma lei que ampara a proteção do conhecimento tradicional e garante benefícios aos povos tradicionais quando o uso de seu conhecimento é necessário.
Referências Bibliográficas
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DURANT, Will. História da Filosofia.Tradução: Luiz Carlos do Nascimento Silva. Editora Nova Cultural. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_ci%C3%AAncia> Acesso em: 29 de Novembro de 2015
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Decreto N° 6.040, de 7 de Fevereiro de 2007, art. 3°. Institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais. Disponível em: <http://www.portaldaigualdade.gov.br/comunidades-tradicionais/o-que-sao-comunidades-tradicionais> Acesso em: 29 de Novembro de 2015
DIEGUES, A. C. As Populações Tradicionais: Conceitos e Ambiguidades. Disponível em:
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BRANDAO, Carlos Rodrigues. A Comunidade Tradicional. Uberlândia: UFU, 2009.
SANTILLI, Juliana. Sociambientalismo e Novos Direitos. São Paulo: Peirópolis, 2005. p. 196
 KOCHE, José Carlos. Fundamentos de Metodologia Científica. Rio de Janeiro: Petrópolis, 2002. Editora Vozes.
MOTA, Carlos Renato. As principais teorias do desenvolvimento. In: A difícil sustentabilidade: política energética e conflitos ambientais. Marcel Bursztun (org). Rio de janeiro: Garamond.2001
Lei da Biodiversidade Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/governo/2015/05/nova-lei-beneficia-comunidades-tradicionais-e-inovacao-tecnologica> Acesso em: 03 de Dezembro 2015
BRASIL. FUNAI. Disponível em: <www.funai.gov.br>. Acesso em: 7 de Dezembro de 2015
� Expostas tais divergências sobre a consideração dos povos indígenas como participantes das sociedades tradicionais faz-se necessário ressaltar que neste artigo os povos indígenas serão incluídos na categoria de comunidades tradicionais.
� “As inovações e invenções tecnológicas fazem parte do patrimônio cultural, pois o homem é o resultado do meio cultural em que foi socializado. [...] A manipulação adequada e criativa desse patrimônio cultural permite as inovações e as invenções. Estas são, pois, o esforço de toda uma comunidade [...], toda a experiência de um indivíduo é transmitida aos demais, criando assim um interminável processo de acumulação”.
� “É o método da tentativa e erro (...) Se uma hipótese for falseável, será considerada científica. Para que haja a falseabilidade deve- se oferecer condições de falseabilidade intersubjetiva, explicitando-se os falseadores potenciais, isto é, quais os possíveis resultados que podem ser incompatíveis com a hipótese formulada”.

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