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Direito Constitucional FIT / UNAMA Curso de Direito Discentes: Camilla Thais Gabriela Rebeca Ingrid Barreto Maria Luiza Maria Victória Suellen de Morais Prof: Alciandra Oliveira Freitas Disciplina: Introdução ao estudo do direito Direito Constitucional O direito constitucional é responsável pelo controle e interpretação das normas constitucionais. Estas se encontram no ápice da pirâmide normativa, onde todas as demais leis devem ser compatíveis material e formalmente. O objeto do Direito Constitucional o conhecimento e estudo científico e sistematizado das normas e instituições que definem a Constituição do Estado. Direito Constitucional Teve como origem a Assembleia Nacional Constituinte da França de 26 de setembro de 1791, que determinou a obrigatoriedade do ensino da Constituição para os estudantes franceses. A expressão Direito Constitucional, contudo, somente surgiu em 1797, em Milão, norte da Itália. Direito Constitucional e outros ramos do Direito Fontes do Direito Constitucional Poder Constituinte O poder constituinte é o responsável pela criação, bem como, reforma ou mutação das constituições. Teoria do Poder Constituinte O idealizador da teoria do poder constituinte é o francês Emmanuel Joseph Sieyès; Numa publicação ele questiona o que seria o Terceiro Estado, afirmando que o poder daquela determinada organização social também decorria do povo. Teoria dos direitos fundamentais São situações jurídicas, objetivas e subjetivas, definidas no direito positivo, em prol da dignidade, igualdade e liberdade da pessoa humana. Natureza Jurídica Os Direitos fundamentais têm a natureza jurídica de direitos constitucionais; Sua eficácia e a aplicabilidade dependem do enunciado do texto, posto que se encontra em função do Direito Positivo. A Constituição brasileira de 1988, no §1º, do artigo 5º, dispõe expressamente que “as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata”. Características dos Direitos Fundamentais Historicidade: como qualquer direito, são eles históricos, pois que nascem, modificam-se e desaparecem. Inalienabilidade: são direitos indisponíveis porque não têm conteúdo econômico-patrimonial; Imprescritibilidade: não prescrevem, ou seja, nunca deixam de ser exigíveis por intercorrência temporal do seu não exercício. Irrenunciabilidade: não se pode renunciar aos direitos fundamentais. Pode-se deixar de exercê-los, mas nunca renunciá-los. Classificação dos direitos fundamentais Direitos individuais Direitos coletivos Direitos sociais Direitos à nacionalidade Direitos políticos Princípios fundamentais Os princípios constitucionais fundamentais são aqueles que sistematizam a Constituição escrita, facilitando sua compreensão e a minimizando aparentes contradições. Os princípios constitucionais fundamentais da CF de 1988 encontram-se nos artigos 1º ao 4º. São os assim também chamados de preceitos básicos da organização constitucional. Preceitos básicos da organização constitucional República: a forma de governo do Estado brasileiro é a republicana, desde que foi assim proclamada, com o final do Império, em 15/11/1889. Federação: o Brasil é uma República Federativa, formada pela união indissolúvel dos estados, dos municípios e do Distrito Federal. Estado Democrático de Direito: é quem garante os direitos fundamentais, de modo que o Estado de Direito e o Estado Democrático não podem ser separados. Tripartição dos poderes O art 2º da Constituição Federal do Brasil consagra o princípio da tripartição dos poderes, consistente em distinguir as três funções que são atribuídas a três órgãos autônomos, harmônicos e independentes entre si, que são, exatamente, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Objetivos fundamentais da república federativa do Brasil Estão dispostos no art. 3º da Constituição Federal do Brasil: Construção de uma sociedade livre, justa e solidária; Garantia do desenvolvimento nacional; Erradicação da pobreza e da marginalização e a redução das desigualdades sociais e regionais; Promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Princípios da república federativa do Brasil na ordem internacional São estabelecidos pelo art. 4º da CF. Independência Nacional; Prevalência Dos Direitos Humanos; Autodeterminação Dos Povos; Não-intervenção; Igualdade Entre Os Estados; Defesa Da Paz; Solução Pacífica Dos Conflitos; Repúdio Ao Terrorismo E Ao Racismo; Cooperação Entre Os Povos Para O Progresso Da Humanidade; Concessão E Asilo Político. Direitos e garantias individuais e coletivos Art. 5º “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, [...]” Tutela constitucional das liberdades É a proteção dos Direitos e deveres Individuais e Coletivos através das chamadas ações constitucionais, insculpidas no Capítulo I – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos – do Título II, da Constituição Federal de 1988, art. 5º, incisos XXXIV, alínea a, e LXVIII a LXXIII, e mais a ação civil pública. Ação civil pública A ação civil pública foi introduzida no direito brasileiro pela Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, sob a denominação de “Ação Civil Pública de Responsabilidade”. Tem como objetivo a prevenção ou a composição de danos morais e patrimoniais causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. Ação popular É a ação popular uma das formas de exercício da soberania popular, através do qual permite-se a qualquer do povo o exercício, diretamente, da função fiscalizadora do Poder Público, com base no princípio da legalidade dos atos administrativos e do respeito ao patrimônio coletivo, do povo. Habeas corpus O habeas corpus é uma garantia individual ao direito de locomoção, consubstanciada em uma ordem dada pelo Juiz ou Tribunal ao coator, fazendo cessar a ameaça ou coação à liberdade de locomoção em sentido amplo – o direito do indivíduo de ir, vir e ficar. Mandado de segurança É o meio constitucional posto à disposição de toda pessoa física ou jurídica, órgão com capacidade processual, ou universalidade reconhecida por lei, para proteção de direito individual ou coletivo, líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, lesado ou ameaçado de lesão, por ato de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. Direitos Sociais São direitos fundamentais assegurados no Título II- Dos Direitos e Garantias Fundamentais- Capítulo II, artigo 6º ao 11º da Constituição Federal. Objetivam uma melhoria das condições de vida a todos os cidadãos, em especial os hipossuficientes. São normas de ordem pública dotadas de imperatividade, inviolabilidade e auto aplicabilidade. Suscetíveis de mandado de injunção. Art. 6º da CF “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, ao trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.” A Educação Essencial e indispensável para o exercício da cidadania. Nenhum dos outros direitos civis podem ser praticados por indivíduos que não tenham recebido o mínimo de educação. É uma condição para a existência da dignidade da pessoa humana. Art. 205 da CF “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. ECA - Lei nº 8069 de 13 de julho de 1990: educação obrigatória e gratuita. A Saúde É um direito originário a prestação, com característica de direito subjetivo. Cabe ao Estado prestar assistência de qualidade e eficácia ao cidadão. Art. 196 da CF “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução de riscos de doenças e de outros agravos, e ao acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação”. O Lazer Necessidade de libertação, opondo-se à angustias e ao peso que acompanham as atividades não escolhidas livremente. Necessidade do silêncio, da calma. Disposição de tempo livre para utilizar segundo seus desejos. Necessidade de recreação, dedicação social e desenvolvimento pessoal. Declaração Universal dos Direitos do Homem/Nações Unidas Art. 24º “Toda pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres, especialmente, a uma limitação razoável da duração do trabalho e as férias periódicas pagas”. Direitos dos Trabalhadores Urbanos e Rurais O art 7º cuida dos “direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social”. Seguro desemprego: Lei nº 7.998/90, 8.019/90, 8.178/91, 8.287/91, 8.900/94. FGTS: Lei nº 8.036/90, Decreto nº 99.684/90, criado através da Lei nº 5.107, de 13/09/1966. Piso Salarial: Advogados- Lei 8.906/94, Médicos- Lei 3.999/61. 13º Salário: Leis 4.090/62, 4.749/65 Previdência Social É administrada pelo Ministério da Previdência Social. As políticas são executadas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Contribuições previdenciárias através de impostos, são arrecadas para o Fundo de Previdência. Art. 201 da CF “A Previdência Social será organizada sobre a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória[...]”. Segurança Pública Art. 144 da CF “A segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I- polícia federal; II- polícia rodoviária federal; III- polícia ferroviária federal; IV- polícias civis; V- polícias militares e corpos de bombeiros militares.” Infância Art. 227 da CF “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.” Conclusão Uma das coisas mais importantes para o cidadão é saber, conhecer os seus Direitos. A Constituição é como um manual onde encontraremos os nossos direitos fundamentais, nossas garantias constitucionais, os limites que irão ser impostos aos órgãos que compõem nosso país, as competências e limites de cada ente da federação. A nossa constituição é muito poderosa, e é o direcionamento de toda a sociedade. Referencias bibliográficas Paulo Mascarenhas. Manual de direito constitucional. Salvador, Bahia, 2010. Dirley da Cunha Junior. Curso de direito constitucional. 6ª ed, 2012 Paulo Bonavides. Curso de direito constitucional. 15ª ed, 2009. Obrigada!
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