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Crianças e adolescentes com necessidades especiais

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Crianças e adolescentes com necessidades especiais
	A dificuldade em aceitar aquilo que aparentemente foge da normalidade é a origem do preconceito. As pessoas temem oque não conhecem. 
	De acordo com o censo populacional realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2000, 5,8% dos brasileiros entre 7 e 14 anos tem algum tipo de deficiência (cerca de 1,6 milhão de pessoas).
De 2000 a 2005 – o aumento de escolas inclusivas foi de 179%, subiu de 13.592 para 38.019;
41% dos alunos (um total de 262.243 crianças e jovens) com deficiência estão em classes inclusivas;
82,3% dos municípios brasileiros (4582) oferecem Educação Especial em sua rede de ensino;
Em 2005, 91% das matriculas de crianças com deficiência (66.900) foram feitas em escolas regulares.
	A deficiência interfere diretamente no crescimento e no desenvolvimento do individuo que a possui, e pode der classificada em:
Visual
Mental
Física
Auditiva
Múltipla 
Deficiência visual
	As pessoas cegas tem uma sensibilidade acima do normal para o tato, a audição e o olfato. Conhecimento do mundo pelo toque. 
	Exemplo de situação: prematuridade, o tempo prolongado em incubadora e fototerapia sem os devidos cuidados podem provocar o descolamento de retina e consequente cegueira.
Deficiência Mental
	É um atraso na adaptação ao aprendizado, ao convívio social e as funções motoras. Quem tem esse tipo de deficiência é capaz de muita coisa: ler, escrever, fazer contas, correr, brincar e até ser independente. A grande novidade é que, se a criança for estimulada a descobrir seu potencial, as dificuldades deixam de persistir em tudo oque ela faz. Respeito ao tempo de cada um.
	Proporção: o desenvolvimento da coordenação motora pode ser mais lento. Uma das maneiras de estimular o domínio de seus movimentos é fazê-lo escrever o nome em folhas de papel de diferentes tamanhos. Assim ele também visualiza a necessidade de aumentar ou diminuir a letra de acordo com o espaço.
	Integração: é muito comum ter problemas de oralidade. Pode-se estimular conversas com os respectivos auxílios de correção. Estimular que o individuo conte historia que conhece.
	Variedade: diversifique os estímulos oferecidos. As crianças nem sempre aprendem por meio de folhas com exercícios impressos, livros didáticos ou material concreto de matemática. Elas podem se identificar mais com musicas, passeios, desenhos, vídeos, etc.
	
Deficiência Física 
	O maior desafio das crianças com deficiência física esta na capacidade de aprender, mas na coordenação motora. É preciso aceitar que uma prótese em diversos casos, faz parte da vida da criança. É necessário construir um caminho sem obstáculos para o saber.
	Habilidades Básicas: para ajudar a criança, escolha atividades relacionadas às exigências diárias, como deitar, sentar e levantar-se, arremessar e pegar objetos, parar e mudar de direção. Propor jogos nos quais a criança faça escolhas (passar por cima ou por baixo de cordas ou elásticos), para que ela perceba o controle que pode ter sobre o corpo.
	Interação: estimule o contato da criança com as pessoas (os amigos ou conhecidos), permitindo a troca de ideias, a expressão de sentimentos ou emoções e o contato físico para auxiliar nas mais diversas atividades.
	
Deficiência Auditiva
	O mundo dos surdos não é uma calmaria só porque neke não existem sons. As pessoas que não escutam são sensíveis a vibração do ar causada pelos ruídos e tem uma percepção extra que faz reconhecer ritmos e notar quando alguém se aproxima. Sente e interpreta orientado pelas ondas sonoras, mostrando que existe muita vida e agitação além do silêncio. 
	Além de se comunicar por libras, o surdo também pode aprender a falar pela metodologia da oralização.
	Nela, treina o reconhecimento de ruídos e sons e exercita a respiração e os órgãos que ajudam na fala. A técnica estimula o uso de aparelhos que amplifiquem os sons.
	No final da década de 90 começou a ser aceito o bilinguismo, que é se comunicar em língua de sinais e ser alfabetizada na língua dominante. 
Deficiência Múltipla
	Sensações: é por meio delas que as pessoas com este tipo de deficiência aprendem sobre as coisas que estão a sua volta.
	 A descoberta da sensibilidade é obtida com os diversos tipos de toque e movimentos. É um trabalho de reorganização corporal, percepção tátil e de volume para que aos poucos o indivíduo aprenda a lidar com o próprio corpo.
	Incentivo ao movimento: é possível estimular a criança que, por exemplo, não engatinha – deitada numa cama elástica, ela sente as oscilações causadas pelas atividades dos colegas. Vê-los engatinhando e rolando a leva a tentar os mesmo movimentos. Tente deixar a criança o menor tempo possível na cadeira de rodas.
	Com os objetivos de obter qualidade de vida às pessoas com necessidades especiais, a informação é uma grande aliada, pois oferece meios para a defesa dos direitos e garantias, colaborando para que a inclusão social seja, em futuro não muito distante, uma realidade em nosso país. 
	
Leis e documentos internacionais que estabelecem os direitos das pessoas com deficiência no país:
1988: Constituição da Republica: Prevê o pleno desenvolvimento dos cidadãos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
1989 – Lei federal nº 7853/89: Dispõe sobre o apoio às pessoas portadores de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – corde - institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do ministério publico, define crimes, e dá outras providencias.
Em seu art. 8º prevê como crime punível com reclusão de um a quatro anos e multa:
Recusar, retardar ou dificultar internação ou deixar de prestar assistência médico-hospitalar e ambulatorial, quando possível à pessoa portadora de deficiência.
Impedir o acesso de alguém a qualquer cargo público, por motivos derivados de sua deficiência.
Negar emprego ou trabalho, por ser a pessoa portadora de deficiência.
Recusar, suspender, cancelar ou fazer cessar, sem justa causa a matricula de um estudante em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, porque é portador de deficiência.
1990 Estatuto da criança e do adolescente (ECA). De 13 de julho.
Garante o direito à igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola sendo o ensino fundamental obrigatório gratuito (também aos que não tiveram acesso na idade própria); o respeito dos educadores, e atendimento educacional especializado preferencialmente na rede regular.
Lei federal nº 8,213, de 24 de julho.
Consolida a legislação que dispõe sobre os planos de benefícios e custeio da previdência social e sobre a organização da seguridade social.
Beneficio da prestação continuada (BPC)-
Pessoas portadoras de deficiência, incapacitadas para o trabalho e para a vida independente, tem o direito de receber esse beneficio.
Não é necessário que o solicitante já tenha contribuído para a previdência social. Para requerer o beneficio o individuo ou seu representante deve procurar uma agencia do INSS.
1994 – Lei federal nº 8.899 de 29 de julho.
Concede passe livre às pessoas portadoras de deficiência, comprovadamente carentes, no sistema de transporte coletivo interestadual.
1994 declaração de Salamanca – documento sobre princípios de educação inclusiva
Estabelece que a escola inclusiva é aquela que contempla muitas outras necessidades educacionais especiais: crianças que tem dificuldades temporárias ou permanentes, que repetem de ano, sofrem exploração sexual, violação física ou emocional, são obrigadas a trabalhar, moram na rua ou longe da escola, vivem em extrema condição de pobreza.
São desnutridas, vitimas de guerras ou conflitos armados, tem altas habilidades – superdotadas- e as que, por qualquer motivo estão fora da escola – em atendimento hospitalar, por exemplo -. Sem esquecer daquelas que, mesmo na escola,são excluídas por cor, religião, peso, altura, aparência, modo de falar, vestir ou pensar.
1996 – lei federal nº 9.394 de 20 de dezembro. Diretrizes e bases da educação nacional
Como qualquer cidadão, a pessoa com deficiência tem direito à educação publica e gratuita assegurada por lei, preferencialmente na rede regular de ensino e, se for o caso, à educação adaptada às suas necessidades em escolas especiais.
- A redação do parágrafo 2º do artigo 59, provocou confusão, dando a entender que dependendo da deficiência, a criança só podia ser atendida em escola especial. Na verdade, o texto diz que o atendimento especializado pode ocorrer em classes ou escolas especiais, quando não for possível oferecê-lo na escola comum.
O portador de deficiência internado em instituição hospitalar por prazo igual ou superior a um ano, tem assegurado o atendimento pedagógico com o intuito de viabilizar sua inclusão ou manutenção no processo educacional.
Em casos de provas ou exames de seleção, as instituições de ensino tem o dever de oferecer adaptações necessárias aos portadores de deficiência, que deverão, que deverão solicitá-la previamente.
2000 direito à acessibilidade
Lei federal nº 10.048 de 8 de novembro
-Da prioridade de atendimento às pessoas portadoras de deficiência física, aos idosos com igual ou superior a sessenta e cinco anos, às gestantes, às lactantes e às pessoas acompanhadas por crianças de colo.
Lei federal Nº 10.098 de 19 de dezembro
Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos no mobiliário urbano na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação.
2004 – decreto nº 5 296/2004 
 A substituição progressiva dos veículos de transporte coletivo por unidades acessíveis aos portadores de deficiência.
Estabelece que tudo o que for construído após a sua publicação, isto é, 2 de dezembro de 2004, seja acessível às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.
No campo das áreas técnicas, o decreto concede apoio à pesquisa científica e tecnológica para o desenvolvimento de equipamentos, instrumentos e produtos.
2004 - direito à saúde.
O portador de deficiência tem direito a obter gratuitamente, órteses e próteses – auditivas, visuais e físicas – junto às autoridades de saúde – federais, estaduais ou municipais – a fim de compensar as limitações nas funções motoras, sensoriais ou mentais.
O poder publico está obrigado a fornecer uma rede de serviços especializados em habilitação e reabilitação, bem como garantir o acesso nos estabelecimentos de saúde público e privado, cabe também ao poder público fornecer gratuitamente medicamentos necessários para o tratamento.
Não havendo serviço de saúde no município onde o portador de deficiência mora, o mesmo deverá ser encaminhado ao município mais próximo que contar com estrutura hospitalar adequado para seu tratamento.
Aquisição de automóvel – instrução normativa SRF nº 442 de 12 agosto de 2004.
As pessoas portadoras de deficiência física, visual mental severa ou profunda ou autistas, ainda que menores de 18 anos, poderão adquirir com isenção do imposto sobre produto industrializado (IPI), automóvel de passageiros ou veiculo de uso misto, de fabricação nacional.
Para habilitar-se a pessoa interessada deverá dirigir-se, diretamente ou por intermédio de seu representante legal, à unidade da secretaria da receita federal (SRF) de sua jurisdição onde obterá todas as orientações necessárias.

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