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NOME: Milena Leandro da Mata DATA: 24/06/2016 DISCIPLINA: DIREITO CIVIL PROFESSOR: Tenório VALOR: 04 HORAS/AULA APS DIREITO CIVIL – 3ª Etapa PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA Prescrição É a perda da pretensão para reparar um direito subjetivo violado em virtude da inércia de seu titular por deixar decorrer os prazos previstos em lei. Pretensão é o poder de exigir coercitivamente da parte contrária, o cumprimento de um determinado dever jurídico, o que é pretendido em juízo, no sentido de exigir de outrem uma obrigação de dar, receber, fazer e de não fazer para que seu direito seja reparado. A prescrição ocorre quando o titular não exerce seu direito em tempo hábil deixando exaurir o prazo previsto em lei. Ele perderá o direito de pretensão e não o direito de ação. Todos podem entrar com a ação quando quiser sobre o que quiser, todavia, não se sabe se de fato irá conseguir alcançar suas pretensões. Passa a ser admitida a renúncia à prescrição por parte daquele que dele se beneficia, ou seja, o devedor. Porém, só será admitida depois de consumada a prescrição, desde que não haja prejuízo de terceiro. Exemplo: Uma pessoa deve uma dívida prescrita, mas mesmo assim depois de algum tempo ela vai ao credor e resolve pagar a dívida. (Art. 191 - CC) Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes. (Artigo 192 - CC). A prescrição pode ser conhecida de ofício em qualquer grau de jurisdição. (Art. 194 - CC) Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente (Artigo 195 - CC). A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra seu sucessor. (Artigo 196 - CC). Decadência É a perda efetiva de um direito pela falta de seu exercício no prazo previsto em lei ou pelas partes. Diferentemente da prescrição a decadência põe fim ao direito. E está ligado ao direito potestativo e não subjetivo. Direito potestativo: Confere ao seu titular o poder de provocar mudanças na esfera jurídica de outrem de forma unilateral, sem que exista um dever jurídico correspondente, mas um estado de sujeição. Decadência legal: É aquela que tem origem na lei, como o dispositivo do Código Civil e do Código do Consumidor. Decadência convencional: É aquela que tem origem nas vontades das partes, estando prevista em contrato. Não se aplicam à decadência as normas de impedimento, suspensão e interrupção como ocorre na prescrição. (Art. 207 - CC) Não é admitida a renúncia à decadência legal. O juiz só poderá decretar a decadência de ofício quando for estabelecida em lei (Art. 210 - CC). Em se tratando da convencional, ele não poderá decretá-la. (Art. 211 - CC). Não corre a decadência contra os absolutamente incapazes. Diferenças Prescrição - Extingue a pretensão - Está ligada a Direitos subjetivos, atingindo ações condenatórias - Os prazos são estabelecidos apenas pela lei - Deve ser conhecida de ofício pelo juiz. A parte pode não alegar a prescrição, pode ser renunciada pelo devedor após a consumação - Não corre contra determinadas pessoas - Há casos de impedimento, suspensão ou interrupção da prescrição - Prazo geral: 10 anos - Prazos especiais: Art. 206/CC. 1 a 5 anos Decadência - Extingue o direito - Ligada a direitos potestativos, atingindo ações constitutivas - Prazos podem ser estabelecidos por lei ou convenção das partes - Decadência Legal: Reconhecida de oficio pelo juiz; Não pode ser renunciada. Decadência Convencional: Não pode ser reconhecida pelo juiz; renunciada após a consumação. - Se opera contra todos, exceto os absolutamente incapazes. - Não é impedida, suspensa ou interrompida. (em regra) - Entende-se que não há prazo geral para decadência, e sim para a anulação do negócio. (2 anos desde a sua celebração) - Prazos formulados em dias, meses e anos. Previstos no CC.
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