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Direito Civil
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
Livro Eletrônico
DICLER FORESTIERI
Ex-Auditor-Fiscal do Estado da Paraíba, Ex-
Auditor-Fiscal de Tributos do Município de São 
Paulo e atual Conselheiro Substituto do TCM-RJ 
(aprovado em 2º lugar). Também foi aprovado 
nos concursos de Auditor-Fiscal do Estado do Rio 
Grande do Sul e Conselheiro Substituto do TCE-
AM. Ministra aulas das disciplinas Direito Civil, 
Direito Penal e Legislação Tributária Municipal.
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DIREITO CIVIL
Prescrição e Decadência
Prof. Dicler Forestieri
Prescrição e Decadência ..............................................................................4
1. Considerações Iniciais .............................................................................4
2. Diferença entre Prescrição e Decadência ....................................................5
3. O Estudo da Prescrição ............................................................................8
4. Causas Impeditivas, Suspensivas e Interruptivas da Prescrição ...................13
4. Os Prazos Prescricionais .........................................................................22
5. Os Prazos Decadenciais .........................................................................24
6. Pretensões Imprescritíveis .....................................................................26
Questões de Concurso ...............................................................................27
Gabarito ..................................................................................................46
Questões Comentadas ...............................................................................47
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DIREITO CIVIL
Prescrição e Decadência
Prof. Dicler Forestieri
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
1. Considerações Iniciais
No Direito romano antigo, existia uma prerrogativa eterna de o credor poder 
cobrar do devedor, em juízo, o cumprimento da obrigação assumida. Isso fazia com 
que o patrimônio do devedor estivesse perpetuamente vinculado à dívida e, conse-
quentemente, acarretava insegurança no sistema jurídico.
Dessa forma, o direito de demandar, em alguns casos, passou a sofrer limita-
ção temporal e o credor da obrigação ficou limitado a um período de tempo. É a 
consagração da máxima dormientibus non sucurrit jus (o direito não socorre aos 
que dormem).
Essa regra, por sua vez, não pode ser aplicada indiscriminadamente a todos os 
prazos do direito a demandar por acarretar algumas injustiças. Certas pessoas, 
como os absolutamente incapazes, devem receber especial proteção do ordena-
mento jurídico e, por isso, não ficam limitadas a prazos para demandar em juízo, 
enquanto durar a incapacidade. Além disso, alguns direitos, em decorrência da im-
portância que possuem, são perpétuos, como a investigação de paternidade.
Tais circunstâncias levam à necessidade da adoção de um sistema que diferen-
cia as diversas classes de pretensões para que o operador do direito possa iden-
tificar quais delas devem continuar perpétuas e quais devem se sujeitar a prazos. 
Nesse contexto, surgiram os institutos da prescrição e da decadência.
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DIREITO CIVIL
Prescrição e Decadência
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2. Diferença entre Prescrição e Decadência
A prescrição representa uma sanção pela inércia do titular de um direito sub-
jetivo violado que consiste na perda da pretensão (possibilidade de fazer valer em 
juízo o direito violado) ou da exceção (direito de defesa) em razão do decurso de 
tempo. Tem como fundamento a paz social e a segurança jurídica, que ficariam 
comprometidos caso uma ação tivesse prazo indeterminado para ser ajuizada.
A prescrição distingue-se da decadência, porque esta (decadência) é a perda do 
direito material, em razão do tempo, eliminando-se, por consequência, o direito de 
ação e demais pretensões, ao passo que aquela (prescrição) é a perda da ação e de 
toda a capacidade defensiva, mantendo-se intacto o direito material, tanto é que, 
no Direito Civil, o pagamento de dívida prescrita é válido, pois, apesar de haver 
a prescrição, o direito continua existindo, não podendo ser objeto de restituição, 
conforme o art. 882 do CC.
Art. 882 do CC – Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou 
cumprir obrigação judicialmente inexigível.
PRESCRIÇÃO DECADÊNCIA
DIREITO MATERIAL Mantém-se intacto. É perdido.
AÇÃO E DEMAIS PRETENSÕES São perdidos. São perdidos.
A decadência pode ser legal (quando o prazo estiver previsto na lei) ou con-
vencional (quando sua previsão decorrer de cláusula pactuada pelas partes em um 
contrato). Entretanto, a prescrição é sempre legal, pois o prazo prescricional não 
pode ser pactuado pelas partes (art. 192 do CC).
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DIREITO CIVIL
Prescrição e Decadência
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Para o estudo destes dois importantes institutos jurídicos, faz-se necessário 
distinguirmos duas espécies de direitos: os direitos subjetivos e os direitos 
potestativos.
1) Direitos subjetivos: compreendem os direitos reais (sobre a coisa) e pes-
soais. O titular de um desses direitos tem a prerrogativa de receber do de-
vedor uma prestação consistente em dar, fazer ou não fazer. Assim, para 
se obter esses direitos, é preciso uma prestação do sujeito passivo 
(devedor). Por conta dessa colaboração necessária do devedor, há possibi-
lidade que tais direitos sejam violados. Quando isso ocorre (violação), surge 
para o titular uma “pretensão” que representa a possibilidade de o titular 
exigir a prestação do devedor. Deve-se notar que o direito ao crédito já 
existia desde o dia em que se convencionou o pagamento ao credor. Entre-
tanto, a pretensão só nasce no dia do vencimento.
Ex.: se eu compro uma geladeira em uma loja, faço o pagamento por oca-
sião da compra para que, um mês depois, o bem seja entregue em minha 
casa e, após os 30 dias, a geladeira não é entregue, então o meu direito de 
receber a geladeira foi violado. A partir da violação do meu direito, começa a 
ser contado um prazo para que eu possa ingressar com uma ação cobrando a 
geladeira da loja. Após decorrer o prazo previsto em lei (prazo prescricional) 
para tal, ocorre a prescrição. Caso eu ingresse com uma ação após o prazo 
prescricional estar vencido, a outra parte, a loja, pode alegar a prescrição em 
sua defesa e, o próprio juiz, pode alegar a prescrição de ofício.
INÍCIO DO PRAZO DECADENCIAL Com o surgimento do direito potestativo.
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Prescrição e Decadência
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Entretanto, em muitas situações, o titular do direito violado não tem conheci-
mento do fato violador. Sendo assim, nesses casos, o início do prazo prescricional 
não pode ser a data da violação do direito, mas sim o momento em que o lesado 
tomar conhecimento da violação. Vejamos a Súmula 278 do STJ:
Súmula n. 278 do STJ: O termo inicial do prazo prescricional, na ação de indenização, 
é a data em que o segurado teve ciência inequívoca da incapacidade laboral.
2) Direitos potestativos: compreendem as hipóteses em que a vontade da 
pessoa tem o condão de criar ou modificar direitos de outra, inde-
pendentemente do querer desta. Ou seja, a manifestação de vontade cria 
para a outra pessoa um estado de sujeição, criando ou alterando os seus 
direitos, independentemente de qualquer prestação ou declaração de vonta-
de da pessoa atingida.
Ex.: se eu compro um relógio e o vendedor age com dolo por ocasião da 
venda, então surge para mim o direito ingressar com uma ação para anular 
essa venda. Neste caso, o vendedor fica sujeito (estado de sujeição) à minha 
vontade de anular ou não o negócio. O direito de anular a compra e venda 
corresponde a um direito potestativo.
INÍCIO DO PRAZO DECADENCIAL Com o surgimento do direito potestativo.
O Código Civil começa a tratar do assunto no art. 189 do CC.
Art. 189 do CC – Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, 
pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206.
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Prescrição e Decadência
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Após a leitura do dispositivo legal, percebe-se que a prescrição atinge a preten-
são, ou seja, a prescrição atinge a possibilidade de fazer valer um direito que foi 
violado acarretando a perda do direito de ação e de toda a sua capacidade defen-
siva em razão do decurso de tempo. O direito violado continua existindo, porém, 
deixa de ter proteção jurídica.
Conclui-se que os direitos potestativos não geram prescrição, pois não podem ser 
violados, sujeitando-se apenas à decadência, cujo termo inicial é o prazo fixado pela 
lei (decadência legal) ou vontade unilateral ou bilateral (decadência convencional).
Pela prescrição se perde o direito de resolver a pendência judicialmente. Todavia, 
o direito material em si permanece existindo, só que sem proteção jurídica para 
solucioná-lo. Para exemplificar, temos aquele que paga uma dívida prescrita. Pelo 
fato da dívida ainda existir, aquele que pagou não pode pedir a restituição do valor.
3. O Estudo da Prescrição
Nos termos do art. 190 do CC, os prazos para fazer uso da pretensão (possi-
bilidade de fazer valer o direito que foi violado) também são aplicáveis à exceção 
(possibilidade de defesa).
Art. 190 do CC – A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão.
A renúncia à prescrição, tratada no art. 191 do CC, é o ato pelo qual o deve-
dor abre mão do direito de arguí-la. Percebe-se então que a prescrição não acarreta 
a perda do direito, mas sim a pretensão de fazer valer o direito violado. É o que 
ocorre quando alguém paga uma dívida já prescrita, pois a dívida ainda existe, po-
rém, o credor não tem proteção jurídica para fazer valer o seu direito.
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Prescrição e Decadência
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Art. 191 do CC – A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, 
sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a 
renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.
Como só se pode renunciar àquilo que se possui, a renúncia a prescrição só 
pode ocorrer após ela estar consumada, desde que não haja prejuízo de ter-
ceiros. São duas as formas de renúncia: expressa ou tácita.
a) Renúncia expressa: quando o interessado declara por escrito que não pre-
tende arguir a prescrição.
b) Renúncia tácita: quando o interessado pratica algum ato incompatível com 
o desejo de alegar a prescrição. É o que ocorre com um pedido de parcela-
mento de débito.
A possibilidade de renúncia à decadência deve observar se ela foi estipulada 
pelas partes (decadência convencional) ou decorre de determinação da lei (deca-
dência convencional). Como na decadência convencional deve prevalecer a vonta-
de das partes, é possível que haja a renúncia. Por outro lado, como a decadência 
legal é matéria de ordem pública, o art. 209 do CC menciona que não pode haver 
a renúncia pelas partes.
Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei.
Segue quadro resumo:
PRESCRIÇÃO DECADÊNCIA LEGAL
DECADÊNCIA 
CONVENCIONAL
POSSIBILIDADE 
DE RENÚNCIA
Pode ocorrer.
(Art. 191 do CC)
Não pode ocorrer. 
(Art. 209 do CC)
Pode ocorrer.
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Para facilitar o seu entendimento quanto às diferenças entre a decadência legal 
e a convencional, imagine as duas hipóteses a seguir:
1ª hipótese  decadência convencional
Se você contratar um buffet para uma festa e houver uma cláusula no contrato 
estabelecendo a possibilidade de se desfazer o acordo no prazo de 30 dias após a as-
sinatura, o prazo estipulado pelas partes é uma espécie de decadência convencional.
2ª hipótese  decadência legal
Estudamos na aula anterior os vícios do negócio jurídico. Dessa forma, imagine 
um negócio em que o vendedor agiu com dolo substancial. A parte prejudicada dis-
põe, por força do art. 178 do CC, o prazo de 4 anos para anular o negócio jurídico. 
Trata-se de um exemplo de decadência legal. Como esse prazo está previsto em lei, 
então ele não pode ser alterado ou renunciado pelas partes.
Sobre a possibilidade de se alterar os prazos prescricionais, devemos recorrer 
ao art. 192 do CC.
Art. 192 do CC – Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.
Percebemos que as partes não podem ampliar, suprimir ou reduzir os prazos 
prescricionais. Ou seja, apenas a lei é capaz de modificá-los. Conclui-se então que 
não existe prescrição “convencional”.
Entretanto, o mesmo não acontece com a decadência, que pode ser legal (esta-
belecida por lei) ou convencional (estabelecida por acordo entre as partes).
Os artigos 193 e 211 do CC tratam, respectivamente, da fase em que a prescri-
ção e a decadência podem ser alegadas:
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Art. 193 do CC – A prescriçãopode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela 
parte a quem aproveita.
Art. 211 do CC – Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode ale-
gá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.
Tanto a prescrição como a decadência podem ser arguidas em qualquer fase 
do processo, isto é, em contestação, durante os debates na audiência, em razões 
ou contrarrazões de apelação, na sustentação oral de apelação e em embargos 
infringentes. Entretanto, não é admissível a alegação em sede de recurso especial 
(perante o STJ) ou extraordinário (perante o STF), ou em ação rescisória, se não foi 
suscitada na instância ordinária por total falta de prequestionamento.
STJ – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECUR-
SO ESPECIAL EDcl no AgRg no AREsp 145050 SP 2012/0028988-9 (STJ)
Data de publicação: 21/11/2012
EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO INEXISTENTE.
PRESCRIÇÃO. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. NECESSIDADE DE PREQUESTIONAMENTO.
1. Nos aclaratórios, a parte embargante, a pretexto de apontar omissão, sustenta que 
a prescrição, por ser matéria de ordem pública, não pode ser considerada inovação re-
cursal.
2. Esta Corte Superior posicionou-se de forma clara, adequada e suficiente acerca da 
prescrição, no sentido de que os fundamentos utilizados no agravo regimental não fo-
ram alegados nas razões do especial, representando inovação recursal.
3. A jurisprudência desta Corte Superior é no sentido de que a prescrição, em-
bora seja questão de ordem pública, somente é passível de apreciação nesta 
instância extraordinária se tiver sido objeto de discussão no Tribunal de ori-
gem, não sendo possível superar a ausência de prequestionamento.
4. Assim, por meio dos aclaratórios, é nítida a pretensão da parte embargante em pro-
vocar rejulgamento da causa, situação que, na inexistência das hipóteses previstas no 
art. 535 do CPC, não é compatível com o recurso protocolado.
5. Embargos de declaração rejeitados.
Após a revogação do artigo 194 do CC e com base no artigo 487, inciso II do 
Novo Código de Processo Civil, o juiz deve suprir de ofício a alegação da prescrição 
em qualquer situação e não apenas quando favorecer absolutamente incapaz, con-
forme era previsto antes da mudança. Dessa forma, o legislador pretendeu dar um 
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mínimo de celeridade processual fazendo com que o juiz não precise esperar que 
uma das partes alegue a prescrição, podendo intimar o réu (devedor) para que se 
manifeste quanto à renúncia à prescrição.
Art. 487 do NCPC. Haverá resolução de mérito quando o juiz:
II – decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;
Quanto à decadência, se for do tipo legal, deve ser reconhecida de ofício pelo 
juiz, conforme o artigo 210 do CC; entretanto, no caso da decadência convencional, 
segundo o artigo 211 do CC, não pode ser reconhecida de ofício pelo juiz.
Art. 210 do CC – Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida 
por lei.
Art. 211 do CC – Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode ale-
gá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.
Segue quadro resumo:
PRESCRIÇÃO
DECADÊN-
CIA LEGAL
DECADÊNCIA 
CONVENCIONAL
RECONHECIMENTO DE 
OFÍCIO PELO JUIZ
Deve ocorrer.
(Art. 487, II do NCPC)
Deve ocorrer.
(Art. 210 do CC)
Não pode ocorrer.
(Art. 211 do CC)
Ou seja, apenas a prescrição e a decadência legal devem ser reconhecidas de 
ofício pelo juiz.
A respeito da decretação de ofício, é interessante reproduzirmos os Enunciados 
295 e 581 das Jornadas de Direito Civil:
295 – Art. 191. A revogação do art. 194 do Código Civil pela Lei n. 11.280/2006, que 
determina ao juiz o reconhecimento de ofício da prescrição, não retira do devedor a 
possibilidade de renúncia admitida no art. 191 do texto codificado.
581 – Em complemento ao Enunciado 295, a decretação ex officio da prescrição ou 
da decadência deve ser precedida de oitiva das partes.
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Com isso, chegamos a uma importante conclusão: apesar de a decadência legal 
e a prescrição serem reconhecidas de ofício pelo juiz, é necessário que se proceda 
antes a oitiva das partes.
Vejamos também o art. 195 do CC:
Art. 195 do CC – Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra 
os seus assistentes ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a 
alegarem oportunamente.
Nas palavras da Profa. Maria Helena Diniz:
[...] as pessoas, que a lei priva de administrar os próprios bens, tem ação regressiva 
contra os seus representantes legais quando estes derem causa à prescrição ou não a 
alegarem em tempo hábil. Assegura-se, assim, a incolumidade patrimonial dos incapa-
zes, que têm, ainda, mesmo que não houvesse essa disposição, o direito ao ressarci-
mento dos danos que sofrerem, em razão do disposto nos arts. 186 e 927 do Código 
Civil, de que o artigo ora comentado é a aplicação.
Sobre o art. 196 do CC:
Art. 196 do CC – A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o 
seu sucessor.
Percebemos que a morte não interrompe nem suspende a prescrição, que con-
tinua a fluir normalmente contra os herdeiros e legatários (sucessores), a não ser 
quando presente uma das causas suspensivas previstas nos arts. 197 e 198 do CC.
4. Causas Impeditivas, Suspensivas e Interruptivas da 
Prescrição
Quando um direito subjetivo é violado, surge a pretensão e, a partir daí, começa 
a correr o prazo prescricional. No entanto, a lei prevê situações em que o prazo se-
quer inicia sua contagem, ainda que já surgida a pretensão (causas impeditivas) ou 
que suspendem o curso da prescrição já iniciada (causas suspensivas) ou mesmo 
fazem com que o prazo reinicie (causas interruptivas).
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Vejamos o art. 198, I do CC.
Art. 198 do CC – Também não corre a prescrição:
I – contra os incapazes de que trata o art. 3º;
Analisando o dispositivo legal acima de forma combinada com o art. 196 do 
CC citado anteriormente, temos que, se o titular do direito violado falecer e vier a 
transmiti-lo a um absolutamente incapaz (art. 3º do CC), contra esse incapaz não 
correrá o curso do prazo prescricional enquanto mantiver a situação de incapacida-
de absoluta. Ou seja, enquanto o absolutamente incapaz (titular do direito violado) 
não completar 16 (dezesseis) anos, o prazo prescricional não começaráa correr.
Sobre o incapaz, é interessante vermos o quadro a seguir:
PRESCRIÇÃO
Relativamente incapazes Corre o prazo contra ou a favor.
Absolutamente incapazes
Se contra: a prescrição não corre.
Se a favor: a prescrição corre.
Se você ainda não entendeu o que é correr contra ou a favor, segue um exemplo: 
se A deve para B, então o prazo prescricional corre contra B (credor) e a favor de 
A (devedor).
A diferença da causa suspensiva para a causa impeditiva é que, na primeira, o pra-
zo prescricional já começou a contar e, por alguma razão, a contagem fica “parada no 
tempo”, enquanto que, na segunda, o prazo prescricional nem começa a contar.
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Exemplos:
– Causa suspensiva: 
0 1 2 suspensão 2 3 anos
– Causa impeditiva: 
0 impedimento 0 1 2 anos
As situações que fazem com que o prazo prescricional não corra (fique parado 
no tempo) estão elencadas nos arts. 197 a 199 do CC, nos quais percebemos tra-
tarem de questões individuais, familiares, de parentesco, de amizade e motivos 
de ordem moral.
Art. 197 do CC – Não corre a prescrição:
I – entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;
Se um marido tem uma dívida com a esposa e a dívida vencer, enquanto per-
durar o casamento não corre o prazo prescricional para a esposa cobrar a dívida. 
O mesmo ocorre na união estável.
II – entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
Se um pai tem uma dívida com um filho e a dívida vencer, enquanto perdurar 
poder familiar não corre o prazo prescricional para o filho cobrar a dívida.
III – entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou 
curatela.
Se um tutor tem uma dívida com um tutelado e a dívida vencer, enquanto per-
durar a tutela não corre o prazo prescricional para o tutelado cobrar a dívida.
Art. 198 do CC – Também não corre a prescrição:
I – contra os incapazes de que trata o art. 3º; (ABSOLUTAMENTE INCAPAZES)
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Se uma criança de 5 anos é titular de um direito que foi violado, enquanto ela 
não adquirir capacidade relativa (completar 16 anos), o prazo prescricional para ela 
cobrar a dívida não irá correr. Preste atenção que o prazo começa a correr quando 
ela atinge 16 anos e não 18 anos.
II – contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;
Se um funcionário público da embaixada brasileira está residindo na Itália à 
serviço, o prazo prescricional não correrá contra ele.
III – contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
Se um militar está defendendo o Brasil em uma guerra, o prazo prescricional 
não correrá contra ele.
Art. 199 do CC – Não corre igualmente a prescrição:
I – pendendo condição suspensiva;
Se um direito está sob condição suspensiva, significa que ele ainda não foi adqui-
rido. Dessa forma, não há como o direito ser violado se ele ainda não foi adquirido.
II – não estando vencido o prazo;
Se não houve o vencimento do prazo, significa que o direito não foi violado e, 
por isso, não pode correr o prazo prescricional.
III – pendendo ação de evicção.
Na ação de evicção discute-se quem é o proprietário de um determinado bem. 
Dessa forma, se ainda não se tem certeza sobre o direito, não pode ele ser violado 
e correr o prazo prescricional.
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Sobre o art. 200 do CC temos:
Art. 200 do CC – Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo cri-
minal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva.
O artigo acima prevê que, na pendência de apuração criminal, não corre a pres-
crição antes do trânsito em julgado da sentença a ser prolatado neste âmbito.
Art. 201 do CC – Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só 
aproveitam os outros se a obrigação for indivisível.
Pelo art. 201 do CC, se a obrigação for indivisível e solidários forem os credo-
res, caso a prescrição seja suspensa em favor de um dos credores, tal suspensão 
aproveitará aos demais.
Como exemplo, temos “A” que deve um valioso cavalo de raça (obrigação indivisí-
vel) para “B” e “C” (credores solidários). Entretanto, caso “B” se ausente do país a 
serviço público da União, então contra ele não estará correndo o prazo prescricional 
(art. 198, II do CC) e, consequentemente, não estará correndo o prazo prescricio-
nal contra “C”.
Entretanto, se a obrigação for divisível e vários forem os credores, ocorrendo 
em relação a um deles uma causa suspensiva de prescrição, esta aproveitará ape-
nas a ele, não alcançando os outros, para os quais correrá a prescrição sem qual-
quer solução de continuidade.
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Nos moldes do exemplo anterior, se “A” estiver devendo R$ 10.000,00 (obrigação 
divisível) para “B” e “C” (credores solidários). Entretanto, caso “B” se ausente do país 
a serviço público da União, então contra ele não estará correndo o prazo prescricional 
(art. 198, II do CC) mas o prazo prescricional continuará correndo contra “C”.
A interrupção do prazo prescricional, que somente pode ocorrer uma vez, fun-
ciona de forma diferente da suspensão e do impedimento, pois, quando a causa 
interruptiva cessa, o prazo prescricional volta a correr desde o início. Veja o exem-
plo a seguir:
Causa interruptiva: 
0 1 2 interrupção 0 1 ano
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Vejamos o art. 202 do CC que elenca as causas aptas a interromper o prazo 
prescricional.
Art. 202 do CC – A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma 
vez, dar-se-á:
I – por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interes-
sado a promover no prazo e na forma da lei processual;
II – por protesto, nas condições do inciso antecedente;
Fique atento(a) à pegadinha, pois mesmo sendo um juiz incompetente, haverá 
a interrupção do prazo prescricional. É declarado incompetente o juiz que não pode 
julgar determinada causa por lhe faltar poder para dela conhecer e julgá-la. Isso 
pode acontecer, por exemplo,em razão das pessoas envolvidas na ação, da matéria 
nela tratada ou do local onde a ação foi proposta.
III – por protesto cambial;
O protesto cambial é a anotação, em cartório próprio, do vencimento de um tí-
tulo de crédito (nota promissória, duplicata, cheque, etc.), a fim de tornar pública 
a inadimplência do devedor.
IV – pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de 
credores;
O concurso de credores nada mais e do que a disputa ordenada destes para o 
recebimento de seus créditos, em execução judicial dos haveres do devedor co-
mum, insolvente.
V – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
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As notificações judiciais e as interpelações são exemplos de atos que podem 
constituir em mora o credor. Cuidado com a notificação extrajudicial, pois ela não 
interrompe o prazo prescricional.
VI – por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento 
do direito pelo devedor.
A escritura de confissão de dívida e o pagamento parcial são exemplos de atos 
em que o devedor reconhece o direito do credor e, por isso, interrompem o prazo 
prescricional.
Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a in-
terrompeu, ou do último ato do processo para a interromper.
No art. 202, § único do CC, encontramos o momento em que prazo prescricional 
interrompido recomeça a correr.
Além disso, ainda sobre a interrupção da prescrição, é cabível mencionar que a Lei 
n. 13.129/2015 acrescentou o art. 19, § 2º da Lei n. 9.307/1996 (Lei da Arbitragem):
Art. 19., § 2º A instituição da arbitragem interrompe a prescrição, retroagindo à data 
do requerimento de sua instauração, ainda que extinta a arbitragem por ausência de 
jurisdição.
Ou seja, a instituição da arbitragem também é uma causa interruptiva da prescrição.
Como saber se uma causa é ou não interruptiva?
É preciso decorar todas as causas listadas nos arts. 197, 198, 199 e 202 
do CC?
Para responder a essas perguntas, vou mostrar um pequeno “macete” que pode lhe 
ajudar muito na hora da prova. Trata-se do seguinte:
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– nos arts. 197 e 198 do CC, temos situações relacionadas a uma pessoa (ex: pais 
e filhos, tutores e curadores, ausentes do país por serviço público, etc.);
– no art. 199 do CC não tem jeito, tem que decorar; e
– no art. 202 do CC temos, em regra, atos praticados pelo credor (ex: protesto 
cambial, constituir em mora o devedor, etc.) e apenas um ato praticado pelo deve-
dor (reconhecimento da dívida). Dessa forma, é possível fazer uma lista resumida 
das causas que alteram o curso do prazo prescricional. Vamos a ela.
CAUSAS SUSPENSIVAS E/OU IMPEDITIVAS CAUSAS INTERRUPTIVAS
•	 Situações pessoais;
•	 Pendência de condição suspensiva;
•	 Não vencimento do prazo; e
•	 Pendência de ação de evicção.
•	 Atos praticados pelo credor;
•	 Reconhecimento do direito pelo 
devedor; e
•	 Instituição da arbitragem.
O art. 203 do CC indica quem pode interromper o prazo prescricional:
Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado.
Dando sequência, temos o art. 204 do CC.
Art. 204 do CC – A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros; 
semelhantemente, a interrupção operada contra o codevedor, ou seu herdeiro, não pre-
judica aos demais coobrigados.
Com isso, percebemos que, em regra, a interrupção da prescrição é indivi-
dual, ou seja, se ocorre em favor de um credor, não aproveita aos demais.
§ 1º A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a 
interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros.
No art. 204, § 1º do CC, temos uma exceção à regra de que a interrupção do 
prazo prescricional é individual. Em se tratando de credores solidários ou devedores 
solidários, a interrupção a favor ou contra eles irá repercutir nos demais.
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§ 2º A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não prejudi-
ca os outros herdeiros ou devedores, senão quando se trate de obrigações e direitos 
indivisíveis.
Quanto aos herdeiros do devedor solidário, a interrupção da prescrição somente 
irá prejudicar os demais quando a obrigação for indivisível.
§ 3º A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador.
Por fim, como a fiança é um acessório do principal, se houver a interrupção do 
prazo prescricional na obrigação principal, a fiança também será afetada com a in-
terrupção do prazo. Aqui, vale a máxima de que o acessório segue o principal.
Como regra, a interrupção da prescrição é incomunicável e, por isso, não beneficia os 
outros credores, nem prejudica os demais devedores. As exceções estão listadas nos 
parágrafos do art. 204 do CC e representam situações de solidariedade entre os cre-
dores ou devedores e, também, situações em que o objeto da prestação é indivisível.
4. Os Prazos Prescricionais
A seguir, temos os prazos prescricionais. Através do art. 205 do CC, percebe-se 
que, em regra, o prazo prescricional é de 10 anos, admitindo-se, porém, em situ-
ações específicas, os prazos de 1, 2, 3, 4 ou 5 anos (art. 206 do CC).
Art. 205 do CC – A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado 
prazo menor.
Art. 206 do CC – Prescreve:
§ 1º Em um ano:
I – a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no 
próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos;
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II – a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, 
contado o prazo:
a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado 
para responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data 
que a este indeniza, com a anuência do segurador;
b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão;
III – a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, 
árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários;
IV – a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a forma-
ção do capital de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembleia que 
aprovar o laudo;
V – a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, 
contado o prazo da publicação da ata de encerramentoda liquidação da sociedade.
§ 2º Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da 
data em que se vencerem.
§ 3º Em três anos:
I – a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;
II – a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou 
vitalícias;
III – a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias, pa-
gáveis, em períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela;
IV – a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa;
V – a pretensão de reparação civil;
VI – a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo 
o prazo da data em que foi deliberada a distribuição;
VII – a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do es-
tatuto, contado o prazo:
a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade anônima;
b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do balanço refe-
rente ao exercício em que a violação tenha sido praticada, ou da reunião ou assembleia 
geral que dela deva tomar conhecimento;
c) para os liquidantes, da primeira assembleia semestral posterior à violação;
VIII – a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do 
vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial;
IX – a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudica-
do, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatório.
§ 4º Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprova-
ção das contas.
§ 5º Em cinco anos:
I – a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento pú-
blico ou particular;
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II – a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, cura-
dores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, 
da cessação dos respectivos contratos ou mandato;
III – a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.
Não é comum a banca CESPE/UnB cobrar do candidato a “decoreba” dos pra-
zos prescricionais. Entretanto, o mesmo não se pode dizer das bancas FCC, FGV e 
ESAF, pois já vi questões destas organizadoras cobrando o conhecimento. Não fique 
preocupado(a), pois os prazos que costumam ser cobrados são os mesmos e você 
saberá quais são com a resolução das questões ao final da aula.
5. Os Prazos Decadenciais
Diferentemente dos casos de prazo prescricional que estão concentrados nos 
arts. 205 e 206 do CC, os prazos decadenciais estão espalhados. Para exemplificar, 
temos os seguintes prazos decadenciais:
Art. 45., Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das 
pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da 
publicação de sua inscrição no registro.
Art. 48., Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que 
se refere este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, 
simulação ou fraude.
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do 
negócio jurídico, contado:
I – no caso de coação, do dia em que ela cessar;
II – no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que 
se realizou o negócio jurídico;
III – no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.
Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço 
no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da en-
trega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.
§ 1º Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo con-
tar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta 
dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.
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§ 2º Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão 
os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o 
disposto no parágrafo antecedente se não houver regras disciplinando a matéria.
Art. 501. Decai do direito de propor as ações previstas no artigo antecedente o 
vendedor ou o comprador que não o fizer no prazo de um ano, a contar do registro 
do título.
Não precisa decorar esses prazos agora, pois eles serão estudados por ocasião 
da abordagem dos respectivos assuntos.
Mas você pode estar querendo perguntar: Dicler, além dos prazos decadenciais 
estarem espalhados pelo CC, o que mais os diferencia dos prazos prescricionais?
O prazo decadencial, como regra, não pode ser impedido, suspenso ou inter-
rompido (art. 207 do CC), entretanto, no Código Civil poderá ocorrer uma situ-
ação de impedimento ou suspensão do prazo decadencial, fazendo com que ele 
não corra contra os absolutamente incapazes. Trata-se de uma exceção à regra 
(art. 208 do CC).
Art. 207 do CC – Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as 
normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.
Art. 208 do CC – Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I.
A única situação no Código Civil em que o curso do prazo decadencial pode ser 
alterado é no caso de absolutamente incapaz, pois nesta situação o prazo não 
irá correr.
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6. Pretensões Imprescritíveis
Apesar da prescrição ser a regra, existem determinadas ações que são im-
prescritíveis, tais como:
1) os direitos da personalidade, como a vida, a honra, o nome, a liberdade, 
a intimidade, a própria imagem, as obras literárias, artísticas ou científicas, 
etc., pois não se extinguem pelo seu uso, nem seria possível impor prazos 
para a sua aquisição ou defesa;
2) o estado da pessoa, como filiação, condição conjugal, cidadania, salvo os 
direitos patrimoniais dele decorrentes, como o reconhecimento da filiação 
para receber herança;
3) os bens públicos, por isso, não podem objeto de ação que verse sobre usucapião;
4) o direito de família no que concerne à questão inerente ao direito à pensão 
alimentícia, à vida conjugal, ao regime de bens; e
5) as nulidades absolutas, por envolverem questões de ordem pública.
TABELA DOS PRINCIPAIS PRAZOS PRESCRICIONAIS
1 ANO
• Pretensão do segurado contra o segurador;
• Pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos;
2 ANOS • Pretensão para haver prestações alimentares (ÚNICA HIPÓTESE);
3 ANOS
• Pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;
• Pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias;
• Pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa;
• Pretensão de reparação civil;
• Pretensão para haver o pagamento de título de crédito;
• Pretensão do beneficiáriocontra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro 
de responsabilidade civil obrigatório;
4 ANOS • Pretensão relativa à tutela (ÚNICA HIPÓTESE);
5 ANOS
• Pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular 
(se a dívida for verbal, o prazo é de 10 anos);
• Pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e profes-
sores;
• Pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.
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QUESTÕES DE CONCURSO
A seguir temos diversas questões de provas anteriores, super recentes, para você 
colocar em prática aquilo que foi aprendido na parte teórica. Caso apareça algu-
ma dúvida, fique tranquilo, pois todas as questão estão devidamente comentadas 
no tópico 10.
Questão 1 (FCC/TJ-SE/JUIZ SUBSTITUTO/2015) José X doou um imóvel a Joana 
Y, sendo a liberalidade pura e simples. Passados alguns anos, a donatária caluniou 
o doador, que pretende revogar a doação e obter indenização por dano moral. Es-
ses pedidos sujeitam-se:
a) a prazo decadencial e prescricional, respectivamente.
b) a prazo prescricional e decadencial, respectivamente.
c) a prazo nenhum, seja prescricional, seja decadencial.
d) ambos a prazo decadencial.
e) ambos a prazo prescricional.
Questão 2 (FCC/TJ-AL/JUIZ SUBSTITUTO/2015) Em comentário ao Código Civil de 
1916, escreveu Carpenter (Manual do Código Civil Brasileiro. Paulo de Lacerda, v. IV. 
p. 208. Jacintho Ribeiro dos Santos Editor, 1919): Desde as considerações introduc-
torias desta obra (ns. 1-19, acima) viemos sempre salientando que a prescripção 
extinctiva era um instituto peculiar às acções, a saber, que ella extinguia acções, 
e somente acções. E ainda há pouco (n. 59), voltámos ao assumpto e lhe dedicámos 
as últimas ponderações. Dada essa orientação, claro se torna que, mesmo antes de 
o externarmos, já está patente o nosso modo de pensar acerca do assumpto, a sa-
ber − as excepções não estão sujeitas a prescrever: são imprescritíveis.
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No Código Civil de 2002, a matéria foi resolvida de modo
a) diferente, porque pela prescrição extingue-se a pretensão e a exceção prescre-
ve no mesmo prazo em que a pretensão.
b) parcialmente diferente, porque pela prescrição extingue-se a ação, extinguin-
do-se o direito pela decadência e no mesmo prazo da ação extingue-se a exceção.
c) idêntico, porque a prescrição extingue a ação, enquanto a decadência extingue 
o direito e as exceções são imprescritíveis.
d) idêntico, porque a prescrição extingue a ação, enquanto a decadência extingue 
o direito, e nada dispôs sobre a prescrição das exceções.
e) parcialmente diferente, porque pela prescrição extingue-se a pretensão e a ex-
ceção é imprescritível.
Questão 3 (CESPE/TJ-CE/AJEM/2014) Após ter sido cobrado extrajudicialmente 
por José, em face de dívida que tinha com este, Mário realizou o pagamento ao cre-
dor. Logo em seguida, Mário descobriu que, na data em que realizou o pagamento, 
a dívida já havia prescrito.
Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção correta com base no 
Código Civil.
a) José deverá restituir o valor a Mário, visto que recebeu o que não lhe era devido. 
O valor da dívida deverá corresponder ao dobro do valor devido.
b) José deverá restituir somente metade do valor pago por Mário, uma vez que 
deve ser reconhecida a responsabilidade concorrente pelo fato.
c) José não deverá restituir o valor a Mário, visto que não se pode repetir o que se 
pagou para solver dívida prescrita, ou cumprir obrigação judicialmente inexigível.
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d) José deverá restituir integralmente o valor a Mário, já que recebeu o que não lhe 
era devido, tendo sido indevido o pagamento feito por Mário. O valor da dívida não 
deverá ser atualizado monetariamente, não devendo incidir sobre ele juros legais.
e) José deverá restituir o valor a Mário, uma vez que se locupletou ilicitamente, 
recebendo o que não lhe era devido. O valor da dívida deverá ser atualizado mone-
tariamente, não incidindo sobre ele acréscimo de juros legais.
Questão 4 (FGV/PGE-RO/TÉCNICO DA PROCURADORIA/2015) Sobre os institutos 
da prescrição e decadência, é correto afirmar que:
a) os prazos decadenciais se interrompem e suspendem;
b) é vedado o estabelecimento de prazos decadenciais em contrato;
c) o prazo prescricional interrompido faz com que a contagem retome de onde 
parou;
d) a prescrição extingue o direito subjetivo;
e) é inválida a renúncia ao prazo decadencial previsto em lei.
Acerca da prescrição, da decadência, das obrigações e da responsabilidade civil, 
julgue os itens que se seguem.
Questão 5 (CESPE/TCU/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/2015) A de-
cadência extingue o direito subjetivo patrimonial.
Questão 6 (CESPE/TCU/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/2015) A 
prescrição serve, a um só tempo, para extinguir situações jurídicas e para consoli-
dar relações que se prolonguem no tempo.
Questão 7 (ESAF/PGFN/PROCURADOR/2015) Relativamente à prescrição e deca-
dência, assinale a opção correta.
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a) A renúncia da prescrição só valerá quando expressa e feita sem prejuízo de ter-
ceiro, antes de ela se consumar.
b) A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros; da mesma 
forma, quando operada contra o codevedor ou seu herdeiro, não prejudica aos de-
mais coobrigados.
c) A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, por qualquer in-
teressado, e seus prazos podem ser alterados por acordo entre as partes.
d) A interrupção da prescrição só poderá ocorrer uma vez, por despacho do juiz 
competente, no prazo e na forma da lei processual. Um vez interrompida, recome-
ça a correr da data do ato que suspendeu a interrupção.
e) Aplicam-se à decadência as mesmas normas que impedem, suspendem ou in-
terrompem a prescrição.
Questão 8 (FCC/TRT 9ª REGIÃO/AJAJ/2015) P e R firmaram contrato pelo qual P 
se obrigou a pagar quantia líquida a R. No instrumento contratual, estabeleceram 
que, se não pago o débito, o prazo de prescrição para cobrança da dívida seria au-
mentado de 5 para 10 anos. Sete anos depois do vencimento do prazo, R ajuizou 
ação de cobrança, a qual foi julgada procedente. Em apelação, P alegou prescrição, 
o que não havia feito em primeira instância. O Tribunal
a) não poderáreconhecer a ocorrência da prescrição, porque o contrato obriga as 
partes contratantes, inclusive no que toca à alteração dos prazos prescricionais, 
além de ter ocorrido preclusão.
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b) não poderá reconhecer a ocorrência da prescrição, porque, embora a questão 
não preclua, o contrato obriga as partes contratantes, inclusive no que toca à alte-
ração dos prazos prescricionais.
c) deverá reconhecer a ocorrência da prescrição, pois os prazos prescricionais não 
podem ser alterados por acordo de vontades e porque a prescrição pode ser alega-
da em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita.
d) poderá reconhecer a ocorrência da prescrição apenas se R for absolutamente 
incapaz, pois esta condição impede que as partes alterem, por acordo de vontades, 
os prazos prescricionais, além de evitar a preclusão.
e) poderá reconhecer a ocorrência da prescrição apenas se P for absolutamente 
incapaz, pois esta condição impede que as partes alterem os prazos prescricionais, 
por acordo de vontades, além de evitar a preclusão.
Questão 9 (FCC/TRT 14ª REGIÃO/AJOJ/2016) Sobre a prescrição e decadência, 
nos termos estabelecidos pelo Código Civil é INCORRETO afirmar:
a) O protesto cambial interrompe a prescrição, interrupção esta que somente po-
derá ocorrer uma vez.
b) Não corre prescrição contra os ausentes do País em serviço público da União.
c) As pessoas jurídicas têm ação contra os seus representantes legais, que derem 
causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente.
d) A suspensão da prescrição em favor de um dos credores solidários sempre apro-
veita os outros.
e) A interrupção da prescrição produzida contra o principal devedor prejudica o 
fiador.
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Questão 10 (FCC/TCE-CE/PROCURADOR DE CONTAS/2015) Em relação à pres-
crição, considere:
I – As pretensões que protegem os direitos da personalidade e as que se vinculam 
ao estado das pessoas são imprescritíveis, como regra geral.
II – Não corre a prescrição entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal.
III – A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor.
IV – A prescrição só pode ser interrompida pelo titular do direito violado.
V – A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II, III e V.
b) II, III, IV e V.
c) I, II e III.
d) II, III e IV.
e) I, IV e V.
Questão 11 (FGV/DPE-RO/ANALISTA JURÍDICO/2015) Virgílio emprestou a quan-
tia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) a Eduardo. Sete meses após o venci-
mento da dívida, Eduardo ainda não havia efetuado o pagamento, ocasião na qual 
Virgílio veio a falecer por força de um infarto, deixando dois filhos maiores de idade.
É correto afirmar que o prazo prescricional:
a) sequer começou a correr;
b) foi suspenso em decorrência do falecimento de Virgílio;
c) foi interrompido em decorrência do falecimento de Virgílio;
d) continuou correndo contra os dois filhos de Virgílio;
e) converteu-se em prazo decadencial em virtude da morte de Virgílio.
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No que se refere a prescrição e decadência, julgue os itens subsequentes à luz do 
Código Civil.
Questão 12 (CESPE/TJDFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2015) No caso de obrigação in-
divisível, a suspensão da prescrição em favor de um dos credores solidários será 
aproveitada aos demais credores.
Questão 13 (CESPE/TJDFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2015) Não corre o prazo pres-
cricional nem o decadencial contra os absolutamente incapazes.
Questão 14 (CESPE/TJDFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2015) Pode o juiz, de ofício, re-
conhecer a ocorrência da prescrição e da decadência legal ou convencional.
Julgue os seguintes itens, relativos à prescrição e à decadência.
Questão 15 (CESPE/TJDFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2015) A prescrição e a deca-
dência são necessariamente fatos jurídicos extintivos e estabelecidos por lei.
Questão 16 (CESPE/TJDFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2015) Os relativamente inca-
pazes e as pessoas jurídicas têm ação contra seus assistentes ou representantes 
legais que derem causa à prescrição ou à decadência ou que não as alegarem 
oportunamente.
A respeito de prescrição, decadência e negócio jurídico, julgue os seguintes itens.
Questão 17 (CESPE/TC-DF/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2014) Embora a 
renúncia da prescrição seja admitida pelo Código Civil brasileiro, esse ato abdi-
cativo somente poderá operar após a consumação da prescrição e desde que não 
acarrete prejuízo para terceiros.
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Questão 18 (CESPE/TC-DF/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2014) A lei civil 
permite que as partes contratantes estipulem prazos decadenciais, todavia, não 
pode o juiz reconhecê-los de ofício, isto é, sem a provocação dos interessados.
Questão 19 (CESPE/TRF 5ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO/2015) Acerca da 
prescrição, assinale a opção correta.
a) Entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal, o prazo prescricional 
poderá ser interrompido, mas não suspenso, já que vai de encontro à ordem públi-
ca o alongamento indefinido do prazo.
b) Diferentemente do que ocorre com a renúncia expressa, o Código Civil esta-
belece que a renúncia tácita à prescrição somente poderá ocorrer após a consu-
mação do prazo.
c) Por ser medida que vai ao encontro do interesse público, a redução dos prazos 
prescricionais é permitida pelo Código Civil.
d) A prescrição poderá ser alegada por cônjuge, ascendente ou descendente, da 
parte que aproveite, caso seja demonstrado benefício jurídico que os afete direta 
ou indiretamente
e) De acordo com o STJ, o termo inicial do prazo prescricional das ações indeniza-
tórias, em observância ao princípio da actio nata, é a data em que a lesão e os seus 
efeitos são constatados.
Questão 20 (CESPE/TRE-GO/AJAJ/2015) A respeito de aspectos diversos do direi-
to civil brasileiro, cada item apresenta uma situação hipotética, seguida de asser-
tiva a ser julgada.
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Carla,com vinte e um anos de idade, sofreu lesões físicas em decorrência de aci-
dente provocado por condutor de veículo oficial. Nessa situação, o prazo prescricio-
nal a ser observado por Carla para o ajuizamento de eventual ação de indenização 
por danos materiais começou a correr a partir da data do acidente.
Questão 21 (FCC/TRT 23ª REGIÃO/AJAJ/2016) Marcos, pai de Fernando, foi con-
denado, por decisão transitada em julgado, a pagar alimentos ao filho. Quando da 
condenação, Fernando tinha 2 anos de idade. Passados 3 anos do trânsito em jul-
gado, Fernando, representado por sua mãe, requereu o cumprimento da sentença. 
Marcos alegou prescrição. A pretensão para cumprimento da sentença
a) prescreveu em parte, porque a prescrição atinge apenas os alimentos vencidos 
antes de 2 anos do pedido de cumprimento.
b) não prescreveu, porque a prescrição não atinge direito da personalidade.
c) não prescreveu, porque não corre a prescrição contra os absolutamente incapazes.
d) prescreveu, porque a pretensão para haver prestações alimentares se extingue 
depois de 2 anos.
e) não prescreveu, porque não corre a prescrição contra os relativamente incapazes.
Questão 22 (FCC/TRT 23ª REGIÃO/JUIZ/2015) José, quando tinha 16 anos e 1 
mês, foi atropelado por Caio. Quatro anos e meio depois José ajuizou ação de re-
paração civil. A pretensão
a) não está prescrita, pois o prazo aplicável ao caso, de 3 anos, não fluiu contra 
José durante a incapacidade absoluta.
b) decaiu, pois o prazo aplicável ao caso, de 4 anos, fluiu contra José, tendo em 
vista que, em regra, não se aplicam à decadência as causas que impedem, suspen-
dem ou interrompem a prescrição.
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c) não está prescrita, pois o prazo aplicável ao caso, de 5 anos, ainda não se ulti-
mou, ainda que não se considere a incapacidade absoluta de José à época dos fatos.
d) prescreveu, pois o prazo aplicável ao caso, de 3 anos, fluiu contra José, que era 
relativamente incapaz à época do fato.
e) não está prescrita, pois o prazo aplicável ao caso, de 3 anos, não fluiu contra 
José durante a incapacidade relativa.
Questão 23 (FCC/TCM-RJ/AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO/2015) Car-
los e Roberto celebraram contrato de natureza civil no âmbito do qual estipularam 
que, no caso de as partes pretenderem reparação civil, o prazo legal de prescrição, 
de três anos, seria majorado para cinco. Tendo tido direito violado, Carlos ajuizou 
ação contra Roberto quatro anos depois do nascimento da pretensão. Carlos é re-
lativamente incapaz e foi devidamente assistido quando da celebração do negócio. 
A pretensão
a) não está prescrita, porque, embora inválida a cláusula que altera o prazo de 
prescrição, esta não corre contra o relativamente incapaz.
b) está prescrita e assim deverá ser declarada, inclusive de ofício, pelo juiz.
c) não está prescrita, porque, embora corra a prescrição contra o relativamente 
incapaz, a ação foi ajuizada dentro do prazo estipulado em cláusula contratual, que 
é válida.
d) não está prescrita, porque não corre a prescrição contra o relativamente incapaz 
e porque a ação foi ajuizada dentro do prazo estipulado em cláusula contratual, que 
é válida.
e) está prescrita e assim deverá ser declarada desde que a requerimento de Ro-
berto, vedado ao juiz conhecê-la de ofício.
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Questão 24 (FGV/TCE-RJ/AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO/2015) Pedro 
teve seu táxi atingido pelo caminhão da Sociedade Transvelocidade S.A. no dia 10 
de dezembro de 2010. Esgotadas as tentativas de acordo, Pedro propôs ação de 
indenização em 25 de maio de 2015. Sobre o caso, é correto concluir que:
a) embora o abalroamento constitua um ato ilícito, a pretensão de indenização 
está prescrita;
b) o direito potestativo à indenização decai em cinco anos, a contar da data do fato;
c) são imprescritíveis as consequências civis dos acidentes de trânsito, ainda que 
as multas administrativas tenham caducado;
d) constitui abuso de direito a exigência de lucros cessantes, decorrentes do fato 
narrado;
e) o prazo prescricional ficou suspenso enquanto as partes negociaram o acordo 
frustrado, devendo o juiz conceder a indenização dos danos comprovados.
Questão 25 (FCC/TRT 3ª REGIÃO/AJAJ/2015) Durante a constância do casamen-
to, Lourenço emprestou para sua mulher, Bianca, a quantia de R$ 10.000,00, que 
deveria ser devolvida em um ano. Passados mais de dez anos sem que a dívida 
houvesse sido paga, o casal se divorciou. Passados dois anos e meio da decretação 
do divórcio, Lourenço ajuizou ação de cobrança contra Bianca, que, em contesta-
ção, alegou decadência, requerendo a extinção do processo com resolução de mé-
rito. Tal como formulada, a alegação de Bianca
a) improcede, pois se aplicam à decadência as normas que impedem a prescrição 
e não se passaram mais de quatro anos da decretação do divórcio.
b) procede, pois, salvo disposição em contrário, não se aplicam à decadência as 
normas que impedem a prescrição.
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c) improcede, pois o prazo para cobrança da dívida tem natureza prescricional, 
mas o juiz deverá decretar a prescrição de ofício, pois se passaram mais de dez 
anos da realização do negócio.
d) procede, pois, embora se apliquem à decadência as normas que impedem a 
prescrição, passaram-se mais de dois anos da decretação do divórcio.
e) improcede, pois o prazo para cobrança da dívida tem natureza prescricional e 
não corre durante a constância da sociedade conjugal, além de não ter se ultimado, 
depois da decretação do divórcio.
Questão 26 (FCC/MANAUSPREV/PROCURADOR AUTÁRQUICO/2015) Aos 20 anos 
de idade, Cássio ajuizou ação de reparação de dano, fundada na responsabilida-
de civil, contra Roberto, seu pai, em razão de fato ocorrido quando tinha 9 anos. 
A pretensão
a) não está prescrita, pois não corre prescrição entre pai e filho, ainda que cessado 
o poder familiar.
b) não está prescrita, pois não corre a prescrição contra os relativa e absolutamen-
te incapazes.
c) está prescrita, pois o prazo de 10 anos, iniciado quando Cássio tinha 9 anos de 
idade, já se consumou.
d) está prescrita, pois o prazo de 3 anos, iniciado quando Cássio tinha 16 anos de 
idade, já se consumou.
e) não está prescrita, pois não corre a prescrição durante o poder familiar.
Questão 27 (FCC/SEFAZ-PI/AUDITOR FISCAL/2015) Por meio de contrato escrito, 
Henrique prometeu dar ao filho Pedro, então com 18 anos, um veículo no dia de seu 
casamento, que ocorreu 12 anos depois. No entanto, Henrique negou-se a entregar 
o veículo, alegando prescrição. Pedro
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a) poderá exigir cumprimento do contrato, pois não corre a prescrição pendendo 
condição resolutiva.
b) não poderá exigir o cumprimento do contrato, pois, passados 4 anos, ocorreu 
decadência.
c) poderá exigir cumprimento do contrato, pois não corre a prescrição pendendo 
condição suspensiva.
d) não poderá exigir cumprimento do contrato, pois, passados 10 anos, ocorreu 
prescrição.
e) poderá exigir o cumprimento do contrato, pois não corre a prescrição entre pais 
e filhos.
Questão 28 (FCC/TRT 23ª REGIÃO/AJOJ/2016) Carlos abalroou veículo em ambu-
lância que conduzia Paulo, pessoa relativamente incapaz, causando-lhe lesões corpo-
rais. Passados 4 anos, Paulo ajuizou ação de indenização contra Carlos. A pretensão
a) prescreveu depois de 3 anos, pois corre a prescrição contra o relativamente in-
capaz, o qual tem ação contra o assistente, se este houver dado causa à prescrição.
b) não prescreveu, pois prescreve em 5 anos a pretensão à reparação civil.
c) prescreveu depois de 3 anos, pois corre a prescrição contra o relativamente in-
capaz, o qual não tem ação contra o assistente, ainda que este tenha dado causa 
à prescrição.
d) não prescreveu, pois prescreve em 10 anos a pretensão à reparação civil.
e) não prescreveu, pois não corre a prescrição contra o relativamente incapaz.
Questão 29 (FCC/TRT 9ª REGIÃO/AJAJ/2015) J sofreu danos, causados por Y, quan-
do tinha 5 anos de idade. De acordo com o Código Civil, conhecido o autor do dano 
desde a sua perpetração, o prazo prescricional, para a pretensão de responsabiliza-
ção civil, de
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a) 5 anos, começa a ser contado da prática do dano.
b) 3 anos, começa a ser contado da prática do dano.
c) 3 anos, começa a ser contado com a cessação da incapacidade absoluta de J.
d) 3 anos, começa a ser contado do dia em que J atingir a maioridade civil.
e) 5 anos, começa a ser contado do dia em que J atingir a maioridade civil.
Questão 30 (VUNESP/TJ-RJ/JUIZ SUBSTITUTO/2016) Mark e Christina divorcia-
ram-se consensualmente, estabelecendo a guarda unilateral para a mãe do único 
filho, Piero, em razão de sua tenra idade (3 anos). Estabeleceram, ainda, que o 
pai pagaria R$ 2.000,00 por mês a título de alimentos. Mark, aproveitando-se da 
boa situação financeira da ex-cônjuge, jamais pagou os alimentos ajustados, mas 
cumpria os demais deveres decorrentes da paternidade. Quando Piero completou 
18 anos, ajuizou execução de alimentos em face de Mark.
Nesse cenário, é correto afirmar que
a) Piero poderá executar apenas os últimos 2 anos das prestações alimentares.
b) Piero poderá executar apenas os últimos 5 anos das prestações alimentares.
c) estão prescritas as prestações alimentares, ressalvada a possibilidade de Piero 
pleitear perdas e danos de sua mãe, que detinha sua guarda e manteve-se inerte 
no período.
d) a inércia durante o longo período acarretou na exoneração de Mark, ressalvada 
a possibilidade de Piero ajuizar ação para constituir nova obrigação alimentar.
e) Piero poderá executar as prestações alimentares devidas desde quando tinha 3 
anos de idade.
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Questão 31 (VUNESP/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/AUDITOR FIS-
CAL/2014) Acerca do instituto da prescrição, assinale a alternativa que apresenta 
corretamente as consequências da suspensão e da interrupção no cômputo do prazo 
prescricional.
a) Tanto nos casos de suspensão como nos casos de interrupção, computa-se inte-
gralmente o prazo transcorrido antes da causa suspensiva ou interruptiva, distinguin-
do-se os institutos pela natureza do evento que gera a suspensão ou a interrupção.
b) Em caso de suspensão, computa-se integralmente o prazo transcorrido antes da 
causa suspensiva; em caso de interrupção, reinicia-se integralmente o cômputo do 
prazo, após o término da causa interruptiva
c) Em caso de suspensão, reinicia-se integralmente o cômputo do prazo, após o 
término da causa suspensiva; em caso de interrupção, computa-se integralmente 
o prazo transcorrido antes da causa interruptiva
d) Tanto nos casos de suspensão como nos casos de interrupção, reinicia-se inte-
gralmente o cômputo do prazo, após a cessação da causa suspensiva ou interrupti-
va, distinguindo-se os institutos pela natureza do evento que gera a suspensão ou 
a interrupção
e) Em caso de suspensão, computa-se o prazo transcorrido antes da causa sus-
pensiva, até o limite de 2 (dois) anos; em caso de interrupção, reinicia-se integral-
mente o cômputo do prazo, após o término da causa interruptiva.
Questão 32 (VUNESP/PREFEITURA DE CAIEIRAS-SP/PROCURADOR/2015) O en-
vio de notificação extrajudicial do credor ao devedor, com o objetivo de cobrar dí-
vida constante de instrumento particular de confissão de dívida,
a) é causa de suspensão da prescrição, estendendo-se até que haja resposta por 
parte do devedor
b) não é causa de suspensão ou interrupção da prescrição
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c) interrompe o prazo prescricional, independentemente da forma de envio.
d) é causa de suspensão da prescrição, pelo prazo máximo de 30 (trinta) dias
e) interrompe o prazo prescricional, desde que a notificação tenha sido enviada por 
meio de cartório de títulos e documentos.
Questão 33 (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/DIREITO/2015) Nos termos do Código Civil 
Brasileiro, a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a 
consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos 
alimentos, prescreve em
a) um ano
b) dois anos
c) três anos
d) quatro anos
e) cinco anos
Questão 34 (FCC/TRF 4ª REGIÃO/AJAJ/2014) Considere:
I – A pretensão dos peritos pela percepção de honorários.
II – A pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa.
III – A pretensão de reparação civil.
IV – A pretensão dos profissionais liberais em geral pelos seus honorários.
De acordo com o Código Civil brasileiro, as pretensões mencionadas prescrevem, 
respectivamente, em
a) 3, 5, 3 e 5 anos.
b) 1, 2, 3 e 3 anos.
c) 1, 3, 5 e 5 anos.
d) 1, 3, 3 e 5 anos.
e) 3, 3, 5 e 5 anos.
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DIREITO CIVIL
Prescrição e Decadência
Prof. Dicler Forestieri
Questão 35 (FEPESE/ISS-FLORIANÓPOLIS-SC/AUDITOR FISCAL/2014)

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