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1 Fundamentos para as Necessidades Educativas Especiais Teleaula 2 Profa. Dra. Sueli Fernandes tutoriapedagogia@grupouninter.com.br Pedagogia Integração Contextualização � A concepção de Educação Especial como modalidade da educação escolar é uma construção histórica do Século XX � Na Década de 1960 a escola passa a se preocupar com a integração de alunos “especiais” A Educação Especial em transição: da integração à inclusão � Processo de integração: tem origem na Década de 1960 � É um movimento formado por pais, amigos e familiares de pessoas com deficiência, reivindicando o direito de matrícula dos alunos “especiais” Direitos Humanos e Deficiências Fonte: <http://www.ist.hawaii.edu/training/rights/02_dis_rights.php>. 2 Remover Barreiras Fonte: <http://www.actionforaccess.mohistory.org/gallery/>. � A incorporação do discurso da integração pela sociedade fez com que a Educação Especial se tornasse uma área voltada à prestação de serviços nos campos da rebilitação e da educação terapêutica � Organizou-se uma equipe de professores e de profissionais da saúde para apoiar os alunos que migrassem para o contexto regular � Buscava-se um modelo que permitisse a mobilidade dos alunos no fluxo de escolarização Educação Especial Educação Subsistema paralelo e distanciado do sistema de educação geral. � Manteve-se o critério segundo o qual os serviços exclusivos a alunos com deficiências, como escolas especiais e centros de reabilitação, deveriam ser indicados apenas aos alunos deficiências severas. Aos com deficiências “leves”, era apoiada a matrícula nas classes comuns com apoios complementares Processos Relacionais � Pressupõe-se que as relações interpessoais entre pessoas com e sem deficiência estimulam a solidariedade em detrimento da piedade. (CARVALHO, 2000) � Tem como consequência, uma organização escolar que vai dos ambientes mais segregados (classes e escolas especiais) aos menos segregados (classes regulares) 3 � Modelo de inserção de alunos c om deficiências num continuum de possibilidades, que envolve desde classes comuns até locais específicos, como classes e escolas especiais. (MANTOAN, 2003) � Níveis de integração - estrutura de organização da Educação Especial (sistema de cascatas) Sistema de Cascatas � Mesmo que o processo de integração tenha o mérito de promover a socialização das pessoas, não deixa de ter um caráter segregador, pois deposita todas as responsabilidades na pessoa com deficiência. (SASSAKI, 2005) Deficiência ou Potencialidade � O critério utilizado para a intervenção pedagógica é motivado pela identificação do quadro de deficiência ou disfunção do aluno � O processo de integração reforçou a separação dos 2 contextos de educação (regular e especial): as práticas feitas no ambiente de Educação Especial tinham o objetivo de permitir ao aluno o ingresso no sistema comum 4 Aplicação Prática � GABY: uma história verdadeira. Direção de Luis Mandoki (1987) • Trailer do filme: <http://www.youtube.com/wat ch?v=J1yVBBPB07Q> Síntese � Caracteriza-se por inserir socialmente pessoas com deficiência, por méritos pessoais e profissionais nos espaços comuns da sociedade, desde que elas se comprometam a cumprir programas de reabilitação � Na integração não há modificação na estrutura física, nas práticas e nos programas desenvolvidos para atender às necessidades das pessoas com deficiência Inclusão Contextualização � Na integração promovia-se uma exclusão velada ao forçar a adaptação do aluno “especial” ao ritmo e ao estilo dos demais. Você vê diferenças significativas entre os movimentos de integração e de inclusão? Processo de Inclusão � A inclusão avança ao lançar um olhar para as pessoas com deficiência como interlocutores que desafiam as instituições escolares a inovar suas concepções e práticas pedagógicas � Movimento da inclusão: resgate de todas as crianças potencialmente excluídas 5 � Diversidade na escola é um fator que potencializa a aprendizagem no sentido acadêmico, relacional e também humano � Princípios da Igualdade e da Equiparação de oportunidades na Educação � A equidade assegura que nenhuma manifestação de dificuldade é impedimento à aprendizagem do aluno, devendo sempre ser respeitadas as diferenças individuais de cada aprendiz � A diversidade é enfatizada como um valor educativo essencial para que ocorra a transformação nas escolas Documentos que estimulam a adoção do paradigma da inclusão � Declaração de Salamanca (BRASIL, 1994) � As escolas devem oferecer espaços de acolhimento e de aprendizagem para todas as crianças, independente das suas diferenças individuais, culturais e/ou socioeconômicas � Convenção de Guatemala – transformada em decreto (Decreto n. 3.956, de 08/10/2001), a qual ressalta a importância dos direitos humanos e as liberdades fundamentais de pessoas com deficiências, sobretudo o direito de não serem submetidas à discriminação com base em suas deficiências � Tem sido aplicada para justificar a defesa da escola comum para alunos com deficiência, sob o argumento da discriminação manifestada na diferenciação, no caso de proposição de locais específicos para a escolarização DECRETO FEDERAL 6949/2009 DECRETO LEGISLATIVO Nº 186/2008 Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo (Nova York, 30/03/2007) (50 artigos) 6 Vídeo: Tudo bem ser diferente � <http://www.youtube.com/watc h?v=DgrFIgvFKU> Aplicação Prática Síntese � A inclusão requer um movimento de mão dupla, na qual a sociedade e as pessoas com deficiência empreendem esforços, concepções e ações conjuntas para assegurar a garantia da igualdade, de oportunidades e de condições sociais � A diversidade potencializa a aprendizagem Escola Inclusiva Contextualização � Vamos refletir sobre os rótulos de incapacidade e de impedimento, que colocam as pessoas em situação de deficiência e em desvantagem social Incapacidade e Impedimento � Incapacidade: restrição ou impossibilidade para a realização de uma atividade em decorrência de uma deficiência � Impedimento: situação que coloca em desvantagem uma pessoa com uma limitação ou uma deficiência, em razão de barreiras A deficiência é um conceito em evolução e que a deficiência resulta da interação entre pessoas com deficiência e as barreiras devidas às atitudes e ao ambiente que impedem a plena e efetiva participação dessas pessoas na sociedade em igualdade de oportunidades com as demais pessoas. Conceito de Deficiência 7 • Pela ausência de investimentos em políticas de acessibilidade: algumas pessoas com deficiências ficam impedidas de realizar atividades comuns a qualquer pessoa Acessibilidade Acessibilidade Arquitetônica � Eliminação de barreiras ambientais Acessibilidade Instrumental � Referente à utilização de tecnologias assistivas e à adaptação de materiais Acessibilidade Comunicacional � Adequação de formas de comunicação e de sinalizações específicas • Intérprete de Língua de Sinais Acessibilidade � Atitudinal – trabalho de prevenção e eliminação de preconceitos e discriminação � Metodológica – utilização de abordagens didáticas e metodológicas diferenciadas � Programática – eliminação de barreiras invisíveis existentes nas políticas, normas, portarias, leis e outros instrumentos afins. (SASSAKI, 2005) 8 Aplicação Prática � Acessibilidade • <http://www.youtube.com/watch?v=UBoSp0-_F-E> Paradigma da Inclusão � Valorização de todas as pessoas, independente de suas diferenças individuais, pois através do reconhecimento de cada pessoa será possível a transformação das estruturas vigentes para garantir a plena participação de todos � Unificação da educação regular e especial, para que não prevaleçam espaços separados, como classes e escolas especiais para alguns Educação Especial Construção de Sistemas Educacionais Inclusivos 1. Valorização da diversidade como um elemento enriquecedor do desenvolvimento pessoal e social, no contexto escolar 2. Políticas educativas que assegurem a atenção à diversidade em todos os níveis e modalidades de ensino 3.Currículos amplos, equilibrados, flexíveis e acessíveis às diferenças dos alunos 4.Projetos político-pedagógicos institucionais que incorporem a diversidade como eixo central da tomada de decisão da comunidade escolar 9 5.Formação continuada de professores e trabalho cooperativo entre os profissionais da escola 6.Rede de apoio ao professor e aos alunos, prevendo recursos humanos, financeiros e materiais 7.Programas de formação docente voltados às necessidades da escola A educação inclusiva caracteriza um novo “paradigma”, que se constitui pelo apreço à diversidade como condição a ser valorizada, pois é benéfica à escolarização de todos, pelo respeito aos diferentes ritmos de aprendizagem e pela proposição de outras práticas pedagógicas, o que exige a ruptura com o instituído na sociedade e, consequentemente, nos sistemas de ensino. (PRIETO, 2006, p. 40) Escola Inclusiva � As singularidades manifestadas pelos alunos (deficiências e/ou transtornos globais no desenvolvimento) demandarão recursos e serviços complementares � A ampliação da concepção de inteligência exigirá a identificação de alunos talentosos Síntese � O processo de inclusão pressupõe um movimento unido à valorização de todas as pessoas, independente de suas diferenças individuais � Na inclusão, há modificação na estrutura física, nas práticas e nos programas desenvolvidos para atender às necessidades das pessoas com deficiência
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