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Análise crítica do livro O Beijo no Asfalto

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CONHECIMENTO APLICADO NA FORMA CRÍTICA DO LIVRO O BEIJO NO ASFALTO
Mayla Carol Ferreira
Universidade do Contestado - UnC - Concórdia
Fisioterapia - Português
Esp. Nádia Lúcia Nardi Dal Piaz
24/05/2016
RESUMO
	A apresentação do trabalho explana fragmentos comentados do livro. O objetivo visa analisar e criticar as partes demonstradas, também comparando com a época em que foi escrito o livro e a época atual. O método utilizado foi o de leitura bibliográfica. Concluindo com a obtenção do conhecimento das épocas e as mudanças ocorridas desde o escrito do livro até hoje.
1 INTRODUÇÃO 
	A ideia central deste trabalho é comparar a situação da sociedade vivida na história do livro e atualmente, analisando-os e criticando-os. Com o desenvolvimento do mesmo é possível aprimorar nossa percepção crítica das situações lidas e vividas. 
2 ANÁLISE CRÍTICA DO LIVRO O BEIJO NO ASFALTO
	A partir da leitura do livro segui com minhas próprias conclusões e percepção da sociedade atual, assim analisando criticamente algumas citações.
AMADO - (furioso)- Escuta! Se um de nós, aqui, fosse atropelado. Se o lotação passasse por cima de um de nós. (Amado começa a rir com ferocidade) Um de nós. O delegado. Diz pra mim? Você faria o mesmo? Você beijaria um de nós, rapaz? (riso abjeto. Arandir tem um repelão selvagem). ARANDIR - Era alguém! Alguém! Que morreu! Que eu vi morrer! (RODRIGUES, 2012, p. 21).
Análise 1:
	Na "interrogação" estavam insinuando que Arandir fosse homossexual, fazendo uma pressão tão grande para o mesmo admitir ser o que talvez ele nem fosse. Arandir por conta da grande repercussão de seu ato, que até então, era para ser apenas um ato de compaixão, fica assustado, confuso, não conseguindo se expressar da melhor maneira, nem deixando claro se era homossexual ou não.
	A pressão da sociedade atual para decidirmos se somos do lado de cá ou do lado de lá, faz com que muitas vezes tomemos decisões precipitadas, optemos por um lado mesmo sem ter certeza se aquilo é o que gostaríamos de ser/defender, e acabamos seguindo naquela linha de pensamentos, porque ir contra a maré, dar a cara a tapa, seria muito mais "doloroso", é muito mais cômodo aceitar calados o que impuseram do que bater de frente e ir contra.
APRÍGIO - (realmente confuso) Não tem cabimento e olha: deixa eu contar. Perdi o fio. Ah! Teu marido correu na frente de todo o mundo. Chegou antes dos outros. (com uma tristeza atônita) Chegou, ajoelhou-se e fez uma coisa que até agora me impressionou pra burro. SELMINHA - Mas o que foi que ele fez? APRÍGIO - (contido na sua cólera) Beijou. Beijou o rapaz que estava agonizante. E morreu logo, o rapaz. SELMINHA - (maravilhada) O senhor viu? APRÍGIO - (sem ouvi-la e com mais vivacidade do que desejaria) Você não acha? Não acha que. Eu, por exemplo. Eu não faria isso. Não faria. Nem creio que outro qualquer. Ninguém faria isso. Rezar, está bem, está certo. Mas o que me impressiona, realmente me impressiona. É o beijo (RODRIGUES, 2012, p. 16).
Análise 2:
	O comentário que Aprígio (pai de Selminha) fez logo após contar a cena do beijo, já estava propenso a denegrir o genro, impressionado (no fundo revoltado) com a homossexualidade, sendo contra o ato de Arandir , mesmo sabendo que no fundo o que ardia nele próprio era seu medo de fazer isso também, quando na verdade era o que seu coração queria; e aquele que tanto achara ousado o ato do genro, queria fazer o mesmo (beijá-lo), mas não fazia, e nem contava seus desejos por conta do preconceito na época vivida (1961). Ele queria fazer o papel de pai, de homem na sociedade, mesmo que fosse contra seus desejos internos. Estava moldado pela sociedade da época, na qual ser homossexual transcrevia vários adjetivos negativos à pessoa e à família. 
APRÍGIO - Você conhecia o rapaz. Conhecia! Eram amantes! E você matou. Empurrou o rapaz! ARANDIR - (violento) Deus sabe! APRÍGIO - Eu não acredito em você. Ninguém acredita. Os jornais, as rádios! Não há uma pessoa, uma única, em toda a cidade. Ninguém! ARANDIR - (com a voz estrangulada) Ninguém acredita, mas eu! Eu acredito, acredito em mim! (RODRIGUES, 2012, p. 57).
Análise 3:
	Atualmente, para muitos, aquilo que é visto nas mídias, tais como internet, televisão, jornais, rádios, etc é tomado como verdade (sem se dar conta que a mídia manipula o fato para a situação que lhe interessa) deixando princípios de vida de lado para acreditar no que é dito, lido, ouvido. A verificação dos fatos frequentemente é deixada de lado, pois as notícias transcorrem tão rápidas que nos bombardeiam a ponto de tampouco conseguirmos acompanhá-las, muito menos duvidá-las e esclarecê-las.
ARANDIR - (atônito e quase sem voz) O senhor me odeia porque. Deseja a própria filha. É paixão. Carne. Tem ciúmes de Selminha. APRÍGIO - (num berro) De você! (estrangulando a voz) Não de minha filha. Ciúmes de você. Tenho! Sempre. Desde o teu namoro, que eu não digo o teu nome. Jurei a mim mesmo que só diria teu nome a teu cadáver. Quero que você morra sabendo. O meu ódio é amor. Por que beijaste um homem na boca? Mas eu direi o teu nome. Direi teu nome a teu cadáver (RODRIGUES, 2012, p. 58).
Análise 4:
	Muitas pessoas passam a vida toda sendo o que não são, sendo amargurados, aflitos, atormentados não revelando seus desejos, seus sonhos, suas metas, muitos nem na hora da morte. Vivem a vida que sempre quiseram apenas nos sonhos, assim se tornam pessoas depressivas, angustiadas, amarguradas.
	Aprígio esconde seus desejos pouco por medo do preconceito, pouco pelo que a sociedade impõe, pouco também por acontecer na própria família, sarcasticamente com o genro. 
AMADO - Senta... (Cunha obedece, sem consciência da própria docilidade.) AMADO - (na sua euforia profissional) - Cunha, escuta. Vi um caso agora. AIi, na Bandeira. Um caso que. Cunha, ouve. Esse caso pode ser a tua salvação! CUNHA - (num lamento) — Estou mais sujo do que pau de galinheiro! AMADO - (incisivo e jocundo) — Porque você é uma besta, Cunha. Você é o delegado mais burro do Rio de Janeiro (RODRIGUES, 2012, p. 13)
Análise 5:
	Inimigos, amigos, companheiros, só querem uma coisa: pensar em si mesmo. Atualmente em nossa sociedade cada pessoa age de forma a se vangloriar, a ter vantagens próprias, independente da situação, precisando agir de forma corrupta ou correta, anti-ética ou eticamente, imoral ou moralmente, desde que sejam favorecidas. 
	Amado, em publicar no jornal, e Cunha, livrar-se da acusação, assim, publicando no jornal uma notícia bombástica, verdadeira ou não, para esquecerem de seu caso.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
	Ao concluir este trabalho pode-se analisar o contexto histórico, social e político em que o autor viveu, conhecendo melhor os princípios defendidos naquele tempo, o que causava profundas angústias assim podendo comparar com o que já não existe mais atualmente. Foi de profunda importância o conhecimento obtido para vermos as mudanças ao passar dos anos.
REFERÊNCIAS
RODRIGUES, Nelson. O Beijo no Asfalto. 3ª ed, Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro: 2012.

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