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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL DOCENTE: RAFAEL STEFENON ACADÊMICAS: Vanuza Stefanski e Maria Helena Prestes Disciplina : Economia Espacial 01 O que é a economia espacial? Discorrer sobre o tradeoff entre economias de escala na produção e o custo de transporte. A economia espacial é um dos ramos das ciências sociais, que tem por objetivo explicar porque as atividades econômicas optam por se estabelecer em determinados lugares, com o resultado de que alguns lugares têm mais sucesso que outros. Em que o espaço passou a ser visto como um reflexo territorial das relações de produção da sociedade. A economia espacial como verificado no texto, pode ser considerada produto de um tradeoff, que representa um conflito de escolha, é uma decisão onde você precisa abrir mão de uma coisa em função de outra, e na questão das economias de escala, é a escolha do ganha de escala que você faz, ou seja, devese escolher entre concentrar as atividades de produção em determinada localidade ou dispersálas devido ao custo do transporte Ultimamente as empresas estão tomando decisões de localização em que costumam levar em consideração os custos do solo e de transportes. Pois algumas falhas de mercados ocorrem quando o custo de transação são elevados e assim o mercado tornase inviável do ponto de vista econômico. 2. Quais os objetivos da economia urbana? Nos tempos atuais, podese considerar as contribuições da economia urbana como relevantes? Por quê? Como verificado no texto, o objetivo da economia urbana é explicar como é distribuido os vários ramos de atividades dentro de uma cidade e porque em algumas cidades há somente um centro de negócios e em outras mais. Ou seja, como é feita a divisão do solo para as atividades em torno da área central, ela tenta explicar porque conforme aumenta a distancia dos centros, diminui o valor das terras, entre outros pontos como a diminuição da densidade populacional à medida que o centro se distancia. A economia urbana também observa que as terras antes utilizadas para a produção agrícola passam a ser usadas para construção de moradias, fábricas, escritórios, infraestrutura, etc. Nos tempos atuais pode ser levada em consideração as contribuições da economia urbana como relevantes, porque como podemos verificar, ela explica porque há centros e atividades economicas e comerciais em alguns lugares e em outros não, quais são os motivos para que determinada região seja mais desenvolvida, para ficar mais próximo dos centros, como pode ser verificado surgiram os apartamentos e prédios, em que as pessoas residem próximas ou nos centros empresariais, diminuindo assim os custos de transporte. Quanto menor for o custo de transporte de uma cidade, mais competitiva ela é, esse e outros fatores que fazem com que a cidade cresça e desenvolva. 3. Quais são as principais contribuições das teorias acerca da dinâmica da competição no espaço? Shumpeter sustentou que o custo do transporte está implicitamente contido no custo da produção portanto análise hicksiana é suficientemente abrangente, já Isard argumentou: a teoria da produção, justificadamente não pode tratar de outros implicitamente para evitar os obstáculos á análise que surgem com esse último. Allais (1943) e Arrow e Debreu (1954) fizeram uma interessante tentativa de integrar o espaço á analise de equilíbrio geral, eles afirmam que uma commodity é definida não apenas por suas características físicas, mas também pelo lugar onde ela foi disponibilizada, isso significa que os mesmos bens comercializados em lugares diferentes são tratados como diferentes commodities econômicas, o espaço é levado em consideração, a lei de preço único não se aplica, por que um mesmo bem disponível em locais diferentes é oferecido a preços diferentes. Além disso a abordagem descrita acima integra a interdependência espacial entre os mercados ao equilíbrio geral da mesma maneira que outras formas de interdependência: as escolhas de localização estão contidas na especificação dos planos de produção ou consumo escolhidos pelas empresas ou domicílios. Teorema da impossibilidade espacial: teoria da competição espacial: 4. Discutir as seguintes teorias clássicas de localização ( focar nas essências das teorias): a. Os anéis de Thünen.Para entender essa teoria, devese levar em conta que há uma cidade em uma região agrícola e que não possui relações com outras áreas urbanas. Nesse modelo, os agentes são tomadores de preço, ou seja, ninguém tem poder de monopólio. Há inexistência de lucros extraordinários devido a livre entrada nas atividades agrícolas, os preços são dados no mercado. O terreno é homogêneo, ou seja não se leva em consideração declividade, fertilidade do solo, etc, o ponto chave dessa teoria é a distância do terreno em relação ao centro. Como já verificado que os preços são dados no mercado e há custos pra transporte, consequentemente, os produtores que se encontram mais próximos dos centros possuem vantagens locacionais, ou seja lucros extraordinários. Esses anéis de Thünem indicam então a ocupação do espaço, em que no centro se encontram as cidades e são formados discos concêntricos de acordo com a cultura cultivada. Quanto mais longe a cultura ficar, terá mais custo de transporte, e as que se encontrarem mais próximas do centro consumidor terão mais renda. O preço da terra diminui com a distância à cidademercado a uma taxa constante em cada anel, decrescendo de um anel para o outro. b. Os triângulos de Weber:Através dessa teoria, Weber questiona qual é o melhor lugar para se instalar as atividades industriais, que são afetados por três fatores, que são: custo do transporte, custo da mãodeobra e um “fator local” ou mercado consumir, por causa das forças de aglomeração e desaglomeração. Através deste triângulo, podese analisar os custos que a empresa teria com o transporte da matériaprima até o mercado consumidor, e o custo de transportar o bem final até o consumidor, sendo assim, a teoria serve para a firma escolher a localização exata para diminuir os custos totais de transporte, sendo assim a margem de manobra da firma é a localização c. Os hexágonos de Christaller:De acordo com sua teoria, todos os consumidores são atendidos e a distância entre as firmas deve ser minimizadas, assim como os custos também seriamdiminuidos. Os hexágonos servem para diminuir o número de ofertantes necessários para cobrir totalmente a area. O tamanho das áreas de mercado depende dos custos de transporte e da elasticidade preçoproduto. d. Os cones de Lösch.Como observado no texto, o modelo de Lösch propõe um sistema parecido com o de Christaller, ele diz que o monopolista atua em ummercado em que os consumidores são bem distribuidos no espaço e o produto vendido possui algumas elasticidades preço. Mostra a relação crescente entre distância e preço final, e que a quantidade diminui conforme aumenta a distância em relação à localização da empresa. Ao preço na origem, a quantidade demandada é máxima, há diferença dessa teoria com os anéis de Thünen é que nesse tem um espaço de consumo e nos anéis é a área de produção. Como visto no texto, ceteris paribus, quando o custo de transporte é menor isso faz com que a área de mercado seja maior para o monopolista e quanto menor for a elasticidadepreço do produto, mais lentamente cai a quantidade demandada conforme aumenta a distancia, ou seja, as areas de mercado são mais amplas para produtos com custo de transporte menores e demanda relativamente inelástica. 5. Discutir as seguintes teorias de desenvolvimento regional com ênfase nos fatores de aglomeração ( focar nas essências das teorias): a. Os polos de crescimento de Perroux François Perroux elaborou a teoria da Unidade Economica Dominante que após alguns anos passou a ser conhecida como Teoria dos Pólos de Crescimento. Ele queria explorar a relação entre as indústrias motrizes e as movidas ( motrizes = propriedade de aumentar vendas e compras de serviços de outras, e movidas = são aquelas que tem suas vendas aumentadas em função das motrizes). Esse Pólo de crescimento surge devido o aparecimento de uma industria motriz que tem como principal função gerar ou produzir economias externas, quer sejam tecnológicas, quer sejam pecuniárias.Tendo como característica o grande porte, assim suas decisões tendem a causar um grande impacto na área. Esses pólos de crescimento podem surgir em torno de uma aglomeração urbana ou em torno de fontes de matériasprimas, locais de fluxos comerciais, em que há certo encadeamento entre as indústrias e outras empresas, haveria geração de renda, Ele dizia que haveria 4 formas de criar os pólos em que as indústrias motrizes induziriam ao desenvolvimento regional : 1 técnico; 2 economico; 3 psicologico e geografica. O pólo de crescimento possui uma identificação geográfica, porque é o produto das economias de aglomerações geradas pelos complexos industriais, que são comandados pelas industrias motrizes.Podendo se tornar um pólo de desenvolvimento quando provocar transformações estruturais e expandir a produção e o emprego no local onde está inserido. A indústria motriz quando atua para obter matériasprimas, atrai mão de obra e produz, funciona como agente de dinamização da vida regional, provocando a atração de outras industrias, criando aglomeração populacional, estimulando o desenvolvimento de atividades primarias fornecedoras de alimentos e matérias primas. Assim como o desenvolvimento de atividades terciárias proporcionais às necessidades da população que se instala ao redor delas. Os efeitos de aglomerações ocorrem quando há uma redução dos custos, causada por exemplo, por economias de escala ou por economias externas. Elas se espalham pelas regiões gerando uma cadeia de lucros acrescidos e consequentemente expansão dos investimentos. Os pólos de crescimento podem ser espontâneos quando surgem naturalmente e agir como pólos de crescimento. Como ocorre em alguns centros urbanos, atividades como turística, centros administrativos, indústrias especializadas etc. Assim como os pólos de crescimento planejado. Que podem ser criados para direcionar o desenvolvimento ás áreas economicamente mais atrasadas e contribuir para diminuir as distorções existentes nas redes urbanas regionais. b. A causação circular e acumulativa de Myrdal. Para Myrdal há mecanismos que depois de iniciados, são reforçados pelas forças de mercado e conduzem para regiões divergentes. Para ele há uma interrelação causal e circular nos fatores ligados à questão do desenvolvimento. Ele dizia que o desenvolvimento economico das nações ricas jamais convergeriam com as nações pobres, pelo contrário iriam somente haveria somente divergencias entre ambos, em que enquanto os países pobres continuariam a produzir bens primários de menor valor agregado, os países ricos usufruiriam os lucros associados à economia de escala. Sendo assim como podemos ver, ele possui umn pensamento negativo em relação a concentração espacial das atividades economicas, pois se não houver uma politica intervencionista ( Estado), a produção industrial e as atividades economicas/ culturais irão se localizar apenas em determinados locais, e o restante do país ficará estagnado e tudo isso devido ao fato de ter se iniciado no êxito nesses lugares que se iniciaram com bom desenvolvimento economico e não em vários outros lugares que poderiam ter começado com igual ou maior êxito. Concluindo então que os movimentos de capital, trabalho e bens e serviços não neutralizam sozinhos a tendência de concentração regional. c..Os encadeamentos de Hirschman. Uma determinada indústria só será criada se tiver capacidade para produzir e se conseguir vender sua produção. Assim Hirschman, levanta a questão sobre a indústria ter a condição ou capacidade de ser responsável pela indução de novas atividade e de procura. Sendo importante o incentivo a produção dos produtos. Pois cada atividade economica não primária induzirá tentativas para suprir, atraves da produção interna. Assim como toda atividade por sua natureza não atenda exclusivamente as procuras finais, induzirá a tentativas de utilizar a produção como inputs em algumas atividades novas. A ideia de Encadeamentos, pode ser utilizada para designar mecanismos de indução em ação no setor de atividade diretamente produtivas. Baseado nas análises acima Hirschman introduz os conceitos de encadeamentos para trás e para frente, que permitem a articulação dos elos entre as diversas atividades que integram a estrutura produtiva de determinada economia.conformando suasdiversas cadeias produtivas ou cadeias de valor. Na concepção de Hirschman, o encadeamento para trás correspondia a enviar estímulos para setores que forneciam os insumos requeridos por uma atividade qualquer, enquanto encadeamento para frente induziam o estabelecimento de novas atividade que utilizavam o produto da atividade proposta. Ou seja, para Hirschman o desenvolvimento deveria proceder por meio de encadeamentos para trás. Esses encadeamentos para trás operariam por meio de aumentos nos lucros para as indústrias fornecedoras, à medida que a demanda de seus produtos aumentasse. Já os encadeamentos para frente decorreriam de reduções de custo que levariam a um aumento dos lucros alcançaveis por seus usuários potenciais. d. A base exportadora de North. Segundo North, a base de exportação desempenha um papel importante na determinação do nível de renda absoluta e per capita das regiões. Ela surgiu devido a constatação de que muitas regiões se desenvolveriam sem passar pelos sistemas agrícolas de subsistencia em uma economia de serviços passando pelas substituição de importações. Seu estudo tem um foco nas regiões que exploram a terra e seus recursos com o fim de produzir bens que pudessem ser comercializados fora e que se transformariam em renda monetária. Assim, os produtos de base desempenhavam um papel crucial no desenvolvimento da região, mas com o tempo, as exportações passam a apresentar maior diversificação. Ou seja, a região crescia a medida do sucesso das exportações. Também sendo relevante o ponto em que a indústria local depende da demanda da própria região. Assim o emprego em uma indústria local tende a manter uma relação direta com o emprego nas indústrias de exportação.Existem também alguns fatores que levam o crescimento da exportação, como o maior desenvolvimento dos transportes,progresso tecnologico entre outros. Enfim, a base de exportação é importante para o crescimento das regiões, na determinação da renda per capita, do tipo de indústria, tipo da força de trabalho, assim como na indução do aumento de investimentos nas indústrias de exportação e em geral, e ampliando a diversificação de produtos local.
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