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Economia Espacial

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA”JULIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS DE ARARAQUARA
Economia Espacial
Professor Alexandre Sartoris
Lais Bimbati de Carvalho
Araraquara 2016
SUMÁRIO
1. A Nova Geografia Econômica
2. Modelo de Von Thunen
3. Modelo de Hotelin
4. O modelo de Dixit-Stiglitz
5. O modelo Centro Periferia
A Nova Geografia Econômica 
Em oposição às abordagens ligadas aos conceitos de “distritos industriais” e “ambientes inovadores” e à produção teórica ligada à “organização industrial e custos de transação”, que adotam uma perspectiva predominantemente não-formal, a chamada “nova geografia econômica” emprega um tratamento matemático nas questões relativas ao desenvolvimento regional. 
Embora elogiando seu grau de formalização, Krugman (1998, p. 41) argumenta que as teorias clássicas da localização, por não lidarem com a questão da estrutura de mercado e dos retornos crescentes, terminam não contemplando o verdadeiro trade off que existiria entre a aglomeração e a dispersão de atividades econômicas. Como os autores das teorias clássicas da localização apoiam-se na premissa de concorrência perfeita, haveria então uma contradição em seus modelos, pois na ausência de ganhos de escala os custos de transporte tenderiam a disseminar as atividades ao longo de todo o espaço.
	Com relação às teorias de desenvolvimento regional que enfatizam os fatores de aglomeração, Krugman (1998, p. 6) argumenta que “a inabilidade de seus autores em expressar suas idéias de forma adequada às técnicas de modelagens disponíveis na época”2620 as impediu de serem definitivamente incorporadas ao mainstream do pensamento econômico. A despeito desse fato, Krugman (1998, p. 17) vê, nas abordagens que classifica como “teorias do desenvolvimento de cerca de 1958”, as economias de escala como um conceito central, não apenas ao nível de uma planta individual, mas também de forma agregada. 
	Assim, foi a partir da proposta de fornecer um tratamento formal ao tradeoff entre ganhos de escala e custos de transporte que se configurou a escola da “nova geografia econômica”, cujas primeiras referências são os trabalhos de Krugman do início da década de 1990 (KRUGMAN, 1991). Daí em diante, várias publicações têm se dedicado ao tratamento formal da questão do desenvolvimento regional . Em que pese o elevado grau de formalismo das publicações dos autores vinculados a essa corrente, a “nova geografia econômica” não consegue explicar o que dá início às economias de aglomeração em uma determinada região.
O Estado Isolado de Von Thünen
Em 1826 o proprietário de terras alemão Johann Heinrich von Thünen (1780-1850)10 publicou o primeiro volume do livro O Estado Isolado11 que viria mais tarde ser reconhecido como o primeiro tratamento formal dado à questão espacial 12 na economia. Pelo pioneirismo e elegância do seu modelo, von Thünen tornou-se o “patrono dos geógrafos econômicos e dos economistas espaciais” (SILVA, 1976, p. 2), o “pai fundador da economia espacial” e “referência quase obrigatória nos primeiros livros-texto de economia regional e urbana” (CRUZ, 2000, p. 55). 
Trata-se de um modelo que, através de uma formulação matemática elegante, procura determinar o ponto de maximização da renda da terra em diferentes localizações, em condições de mercado, levando em consideração os custos de transporte.
	O modelo procura mostrar que, fixadas as demais condições (inclusive de produtividade), no entorno de uma cidade onde estaria concentrado o mercado, a terra seria usada para plantar o produto com maiores custos de transporte. Na medida em que houvesse um afastamento da cidade, a terra seria usada para produtos cujos custos de transporte fossem menores, resultando em círculos concêntricos em torno da cidade dedicados ao plantio de produtos com custos de transporte inversamente proporcionais a sua distância da cidade. 
Embora suas conclusões possam parecer hoje em dia bastante óbvias tendo em vista as premissas estabelecidas, o modelo de von Thünen demonstrou formalmente que, mesmo admitindo-se condições homogêneas no território, a produção agrícola não seria uniformemente distribuída em função dos diferentes custos de transporte assumidos. Entretanto, a despeito dos seus méritos, o modelo de von Thünenapóia-se em um conjunto de premissas dificilmente encontradas no mundo real; além disso, trata-se de um modelo estático no qual a tecnologia não desempenha um papel relevante
O MODELO DE VON THÜNEN
	Concebido a mais de 150 anos o modelo thuniano ainda é utilizado para analisar padrões de uso do solo e intensidade da agricultura em torno das cidades. Seu modelo foi concebido a partir de duas questões fundamentais: os padrões de cultivo próximo as cidades e sua e como os mesmos seriam afetados pela distância.Thünen procurou desenvolver o modo mais rentável para a produção agrícola, levando em conta a distância do centro consumidor, fertilidade do solo, e as culturas.
Para elaboração de suas idéias Thünen imaginou um estado isolado onde os fatores físicos não variavam, todas as terras seriam planas e férteis, haveria somente um meio de transporte primitivo terrestre e em linha reta, não havendo rio ou canal navegável e uma grande cidade no centro. O estado seria povoado por agricultores com o mesmo conhecimento técnico para tirar o melhor proveito do solo e o lucro máximo.
A Concepção Do Modelo
	Os padrões de localização dos usos da terra e as diferenciações nos sistemas agrícolas dependiam da competição entre os produtos e sistemas agrícolas, que eram controlados pelo fator landrent. A distância da cidade tem o mesmo efeito da queda do preço dos produtos onde a distância permanece constante. Land rent (economicrent da economia clássica) conceito criado por David Ricardo, onde Thünen substitui a fertilidade do solo pela distância. “A landrent pode ser entendida como o retorno líquido que se obtém por unidade de área numa determinada localização, acima e além daquele que se obteria, em unidade de igual área, na margem de produção.”Nas concepções de Von Thünen os produtos pesados, volumosos e os perecíveis seriam encontrados próximos a cidade e os de fácil transporte mais distantes.
	Estabelecido os padrões de uso do solo onde a distância eleva os custos de transporte e dita a intensidade de produção, chega-se ao padrão dos anéis ou faixas concêntricas, dispostas em torno de uma cidade central. No primeiro anel, fruticultura e horticultura, no segundo, silvicultura para fornecer madeira e combustível, no terceiro rotação de culturas, batata, centeio, ervilha. O quarto anel com rotação de culturas e pastos, no sexto a criação extensiva de gado. 
	O confronto do modelo de Thünen com a realidade foi feito em três escalas: micro: ao nível de aldeia; macro: ao nível de cidade e seus arredores; e meso: ao nível de região, de país e mundial. Nos pequenos estabelecimentos rurais, a distância da casa sede influi nos padrões de uso da terra, assim como a distância da casa dos agricultores.Este nível de abordagem é raramente usado.Estudo publicado em 1951, de Buchanan e Harwitz sobre o uso da terra em uma península africana mostra que próximo ao centro urbano, o solo tem seu uso mais intenso.Vários outros autores procuram correlacionar o modelo de Von Thünen à realidade.
Na década de 1930 Leo Waibel faz um estudo na Costa Rica e encontra padrões que se enquadram em pressupostos de Thünen, a nível mundial.
	Em 1970 Peter Müller em seus estudos nos EUA, conclui que “os efeitos de distância moldaram o padrão da macrorregião agrária americana e sustenta que o modelo dever ser aplicado, em escala macro, em economias adiantadas”.
	No Brasil, Pedro Geiger (1974) testa o modelo de Thünen em torno de São Paulo em duas épocas 1950 e 1970. Foram identificados seis anéis econômicos e que as atividades agropastoris obedecem a forças econômicas.O nível de abordagem macro tem se tornado uma tendência para explicar a distribuição espacial agrícola.
O MODELO DE HOTTELING
Diferenciação Horizontal (variedade) 
	Umprodutor diferencia horizontalmente o seu produto quando o torna diferente do dos seus concorrentes de modo a torná-lo mais atrativo para um determinado grupo de consumidores mas menos atrativo para outro grupo de consumidores.Se o produtor cobra o mesmo preço dos rivais não existe unanimidade entre os consumidores quanto às preferências e portanto cada produtor captura uma parte do mercado.
Diferenciação Vertical (qualidade)
	Um produtor diferencia verticalmente o seu produto quando aumenta a qualidade do seu produto relativamente à dos concorrentes .Ex: carro com airbag vs. carro sem airbag.
Este produtor pode cobrar preços mais altos porque alguns consumidores estão dispostos a pagar mais por qualidade adicional.Se os preços fossem iguais aos dos concorrentes todos os consumidores prefeririam comprar este produto em que todos reconhecem maior qualidade
O MODELO DE HOTTELING
	Hotelling (1929) critica Bertrand por este assumir homogeneidade do produto pois isso tem implicações pouco realistas:uma pequena descida do preço de uma empresa leva a que esta capture todo o mercado.Existe uma descontinuidade da Procura.Em situações reais o mais comum é que um pequeno aumento do preço desvie apenas um pequeno número de consumidores para a outra empresa.
	Introduz diferenciação numa única dimensão: distância entre consumidor e produtor. O fator geográfico é um fator de diferenciação.A distância implica a existência de custos de transporte:
Custos diretos: custos da gasolina, passagem de ônibus.
Custos indiretos: tempo necessário para a deslocação.
A Concepção Do Modelo
O mercado é uma linha reta de dimensão 1.
Ex: rua principal de uma cidade ou praia.
Os consumidores distribuem-se uniformemente ao longo da linha. Existem duas empresas no mercado: A e B. Ambas as empresas têm custo médio e marginal constante e igual a zero.
O produtor A está instalado a uma distância a da ponta esquerda do mercado; o produtor B está instalado a uma distância b da ponta direita do mercado.
A localização pode ser alterada sem custot custo de transporte por unidade de distância.
Cada consumidor paga um preço FOB (FreeOnBoard): a empresa cobra o preço P e o consumidor paga o transporte
	PA + t x 
Preço pago pelo consumidor que se encontra a uma distância x da empresa A e que compra a essa empresa.Existe um consumidor em cada ponto da linha e cada consumidor compra exatamente uma unidade do bem. Cada consumidor compra uma unidade do bem ao vendedor que oferece o preço FOB mais baixo.
O MODELO DIXIT-STIGLITZ 
O modelo de Dixit-Stiglitz parte de pressupostos gerais bem definidos. O primeiro deles estabelece que existem dois setores na economia. O setor agrícola produz um bem homogêneo utilizando uma tecnologia de retornos constantes de escala, sob concorrência perfeita. O setor industrial, de concorrência monopolista, produz uma grande variedade de bens, com retornos crescentes de escala. Uma segunda hipótese afirma que existem dois tipos de agentes, as firmas, que buscam maximizar lucros e os consumidores (que são também trabalhadores) que buscam maximizar sua satisfação decorrente do consumo do bem agrícola (homogêneo), e um composto de bens industriais (diferenciados). O terceiro pressuposto geral, é de que existe um grande número de variedades de bens industrializados potenciais, de forma que o espaço de bens pode ser representado como contínuo. As firmas industriais utilizam todas a mesma tecnologia e um único fator de produção, ou seja, trabalhadores. Por fim, e talvez a hipótese mais crucial do modelo, os indivíduos apresentam uma forte preferência pela variedade no que se refere à composição de suas cestas de consumo, ou seja, seu nível de utilidade aumenta a medida que eles consomem uma maior variedade de bens.
Além desses pressupostos de caráter geral, o modelo, em sua versão espacial, assume também que existem múltiplas localidades e custos de transporte entre estas. Os consumidores e firmas se distribuem entre essas localidades e arcam com os custos de transporte associados à exportação e importação de produtos. A dinâmica do modelo é construída a partir da interação entre as decisões maximizadoras de firmas e consumidores, os quais no equilíbrio encontram sua localização ótima.
Em termos da análise formal, assume-se que os consumidores compartilham preferências do tipo Cobb-Douglas com relação aos dois tipos de bens disponíveis 
U= MμA 1- μ.
Após as necessárias manipulações algébricas, chega-se a uma equação fundamental do modelo, a chamada equação de remuneração na fabricação, que nada mais é que a equação que determina o salário nominal dos trabalhadores industriais no equilíbrio, em cada local específico. A partir dela, obtém-se o salário real, deduzindo-se o custo de vida das respectivas localidades. A equação do salário nominal, juntamente com a equação do índice de preços dos produtos industrializados (ambos considerados para cada localidade existente) são duas relações-chave fornecidas pelo modelo no que se refere aos nossos propósitos, ou seja para o entendimento da dinâmica regional centro-periferia.
Gr = [(1/μ) R s 1 Ls (Ws .Tsr) (1-σ)] 1/(1 - σ) 
Wr = [ R s 1 Ys (Trs) 1-σ Gs σ-1 ] 1/σ
Na primeira equação, a variável L indica o número de trabalhadores da indústria nas respectivas localidades. Assim, quanto maior L, maior o setor industrial e, portanto, maior a variedade de bens industriais disponível nesse local.
A segunda expressão, dos salários nominais, nos diz que, coeterisparibus, o salário nominal numa região r tende a ser maior se as rendas em outras regiões com baixos custos de transporte vindo de r forem altas. Isto é, as empresas podem pagar maiores salários se tiverem acesso a um mercado maior.
O MODELO CENTRO-PERIFERIA
	O modelo centro-periferia utiliza como ponto de partida, ou mais precisamente, como base estrutural para sua construção teórica, o tipo de economia proposto na análise Dixit-Stiglitz.Cada firma produz uma variedade específica. Isso implica que cada variedade disponível é produzida em apenas um local e que o número dessas é igual ao número de firmas na indústria. Os agentes são maximizadores, e os consumidores têm uma forte preferência por variedade. A indústria emprega um único fator de produção, ou seja, trabalhadores. A agricultura, por sua vez, emprega fazendeiros (além, é claro, do fator terra). A dotação desses recursos é fixa na economia. Podemos supor então que existem μ trabalhadores e (1-μ) fazendeiros ao todo.
	O setor agrícola é igualmente distribuído entre elas, ou seja, cada região concentra metade do número de fazendeiros da economia. Mais precisamente, a produção agrícola é espacialmente fixa e sua distribuição geográfica simétrica funciona como um parâmetro no modelo. Essa hipótese pode ser facilmente entendida se considerarmos que o fator terra é fixo no espaço, o que impede a concentração da produção agrícola numa região específica. Ao contrário, os trabalhadores industriais (e em termos mais amplos a indústria) gozam de perfeita mobilidade no espaço. Esses pressupostos sobre a mobilidade espacial dos agentes constituem a base fundamental da força motriz que gera a dinâmica centro-periferia.
A questão salarial é o elemento-chave para explicar a mobilidade inter-regional dos trabalhadores industriais. Mobilidade essa que constitui o cerne fundamental do modelo. A hipótese básica é que esses trabalhadores são atraídos e, portanto, migram para a região que oferece o salário real mais elevado. Num ponto qualquer do tempo, a parcela que cada região detém do total de trabalhadores industriais é dada. Porém essa distribuição se altera ao longo do tempo enquanto existir um diferencial entre os salários reais pagos nas duas regiões.
Conforme ressaltado por Fujita et. al. (2002), o tamanho do mercado não afeta nem o mark-up do preço 9 sobre o custo marginal nem a escala individual das firmas. Como resultado, afirmam, todos os efeitos de escala produzem mudanças na variedade de produtos disponíveis. Ou seja, ao que tudo indica o reconhecimento das economias deescala internas à firma parecem não desempenhar qualquer papel relevante na análise. Conforme veremos mais adiante as economias de escala relevantes surgem no nível regional e não no plano individual.
Os efeitos mercado local e índice de preços se reforçam mutuamente atuando como forças centrípetas que trabalham a favor da geração de uma estrutura regional do tipo centro-periferia, onde existe uma regiãoque concentra toda a indústria e outra que é estritamente agrícola. Todavia, nessa estrutura teórica existem também duas importantes forças centrífugas, que atuam no sentido oposto. São elas, o custo de transporte e a existência dos chamados mercados periféricos constituídos pela população espacialmente fixa, ou seja, a população associada ao setor agrícola. Grandes mercados periféricos e custos de transporte elevados, criam condições para que, em determinado ponto do processodeterminadas firmas julguem vantajoso se instalar na região periférica (menos industrializada) desencadeando um processo de substituição de importações, que pode estabelecer um limite para a concentração da indústria em uma única região.
Em termos um pouco mais precisos, um padrão centro-periferia tende a prevalecer quando: 1) O custo de transporte dos bens industrializados é baixo; 2) Quando esses bens são suficientemente diferenciados; 3) Quando a parcela do setor industrial na economia nacional é grande o bastante (o que significa mercados periféricos menores). (Fujita e Thisse, 2000)
Referências Bibliográficas
CRUZ, Rossini. Marcos Teóricos para a Reflexão sobre as Desigualdades Regionais: Uma Breve Revisão da Literatura. Revista de Desenvolvimento Econômico (RDE), Ano II, Nº 3. Salvador: DCSA2/Unifacs, jan/2000.
FUJITA, M.; THISSE, J.-F. The formation of economic agglomerations: old problems and new perspectives. In: HURIOT, J.-M.; THISSE, J.-F. (Ed.). Economics of cities: theoretical perspectives. Cambridge: Cambridge University Press, 2000. 
FUJITA, M.; KRUGMAN, P.; VENABLES, A. Economia espacial. São Paulo: Futura, 2002.
KRUGMAN, Paul. Increasing returns and economic geography. The Journal of Political Economy, v. 99, n. 3, p. 483-499, 1991. 
KRUGMAN, Paul. Development, Geography, and Economic Theory. 4th ed. Massachusetts: MIT Press, 1998 (The Ohlin Lectures, 6).
SILVA, Sylvio Carlos Bandeira de Melo e. Teorias da Localização e de Desenvolvimento Regional. Geografia, 1(2): 1-23, Rio Claro (SP), out./1976

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