Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Microbiologia da Biorremediação Prof: Fabio A. Chinalia Biotecnologia Ambiental ICS-C42 © UFBA Page 1 1. Biodegradação com crescimento microbiano Os microrganismos são capazes de crescer e produzir biomassa porque conseguem transformar quimicamente vários compostos químicos orgânicos e inorgânicos. Nesse processo de transformação os microrganismos obtêm o carbono, nitrogênio, fosforo, enxofre, e outros elementos químicos necessários a vida. Portanto, para que os microrganismos cresçam é necessário que eles sejam capazes de transformar as substancias químicas. A degradação de substancias sintéticas (xenobioticas) pode ser um fator limitante para o crescimento microbiano e, consequentemente, para o processo de biorremediacao. A grande maioria dos processos de biorremediacao se apoiam nessa capacidade que os organismos possuem em utilizar essas substancias. Para que a estratégia de biorremediacao seja bem sucedida é necessário que o microrganismo utilize a substancia a ser tratada ou como fonte de carbono ou como fonte de energia, preferencialmente, os dois. Geralmente os testes de biorremediacao iniciam-se com testes de degradação onde um microrganismo especifico é exposto a um composto especifico e a cinética de crescimento e transformação é observada e medida. A princípio, quanto mais rápido e ávido um microrganismo pelo substrato melhor seria sua atuação como agente biorremediador. No entanto existem vários outros fatores que influenciam no processo de biorremediacao. Um exemplo seria a presença de fontes alternativas de carbono ou energia. Embora no laboratório um microrganismo pode crescer rapidamente em uma substancia poluidora, no ambiente podem existir outras fontes orgânicas mais vantajosas para o seu crescimento. Dessa forma, o processo de biorremediacao deve levar em conta a disponibilidade desses compostos no ambiente para poder gerenciar os planos ou estratégias de biorremediacao. Várias espécies de bactérias e fungos tem sido isolados com a capacidade de crescer na mais variada composição orgânica natural ou sintética. Quando existe uma relação entre o crescimento microbiano e o consumo da substancia em tratamento geralmente observa-se um padrão definido chamado de cinética de degradação ou biorremediacao. Um organismo especifico irá degradar um composto em uma velocidade especifica a espécie. Microbiologia da Biorremediação Prof: Fabio A. Chinalia Biotecnologia Ambiental ICS-C42 © UFBA Page 2 As regras básicas para a degradação nesses casos são: i. Presença de microrganismos decompositores ii. Presença de concentrações adequadas da substancia iii. Presença de aceptores de elétrons para sustentar o metabolismo microbiano (por exemplo, oxigênio). iv. Fatores inibidores ou limitantes (nutrientes e variáveis abióticas). 2. Eficiência da transformação metabólica Existem maneiras de se medir a eficiência desse processo metabólico de biorremediacao. Uma das formas é calcular a percentagem de carbono presente na substancia que foi transformada em biomassa microbiana. Esse cálculo descreve a eficiência com que o microrganismo desempenhou o processo de biodegradação. Para atingir esse calculo é necessário o uso da seguinte formula: Cassimilado = Csubstrato – Cmineralizado i. O carbono assimilado refere-se a biomassa de microrganismo ii. O carbono do substrato refere-se a massa presente no substrato iii. O carbono mineralizado refere-se a massa de C transformada em CO2 A eficiência desse processo varia significativamente de acordo com a espécie de microrganismos e o tipo de substancia a ser tratada (Tabela abaixo). Microbiologia da Biorremediação Prof: Fabio A. Chinalia Biotecnologia Ambiental ICS-C42 © UFBA Page 3 Existem casos onde o processo de mineralização pode suplantar o processo de fixação de carbono na biomassa. Subba-Rao et al (1982) demonstraram que 93-98% dos 300 g l-1 benzoato, fenol ou 2,4-D presente em agua de lago foram mineralizados diretamente em CO2 e agua. Esse fato exemplifica que embora alguns microrganismos sejam capazes de obter energia a partir de benzoato, fenol ou 2,4-D, estes não utilizam esses compostos como fonte de carbono no processo de formação de biomassa. Seto & Alexandre (1985) também observaram que esse fenômeno pode estar associado as concentrações das substancias que estão sendo biodegradadas. Os autores reportam que a glicose em concentrações abaixo de 100 g l-1 não é transformada em biomassa e sim diretamente mineralizada. No entanto, acima desse valor, esses mesmos autores demostraram que a quantidade de carbono mineralizado e transformado em biomassa não parece variar mais. Isso é, a partir de um valor especifico o metabolismo microbiano se adapta para a formação de biomassa através de um processo duplo de aproveitamento de carbono e de energia contida na substancia a ser degradada. Nem todas as substancias são passiveis de tratamento por biorremediacao usando microrganismos. Os metais pesados como chumbo, cadmio, mercúrio, etc, são exemplo de substancias que não passam por nenhum processo de decomposição. Os metais podem mudar sua “especiação” (carga elétrica), podem acumular ou serem absorvidos, mas, não são degradados em elementos mais simples. Por outro lado, a matéria orgânica pode ser transformada em dióxido de carbono e agua. A abosorcao por resinas, matrizes orgânicas ou fitorremediacao são estratégias de biorremediacao mais adequadas para tratar a presença de metais presados no ambiente. 3. Tipos nutricionais Os microrganismos podem ser classificados como mostra o quadro ao lado em relação sua capacidade de utilizar as substancias orgânicas como fonte de energia e fonte de carbono. Quando uma substancia não pode ser utilizada como fonte de carbono é necessário complementar o processo metabólico para que ocorra produção de biomassa microbiana. Nesses casos o CO2 atmosférico pode ser usado como fonte de carbono e as substancia como fonte de energia. OBS: a luz é a fonte de energia dos fototróficos e o CO2 a fonte de carbono. Agindo dessa forma esses organismos (algas e plantas) são raramente utilizados como agentes biorremediadores. Microbiologia da Biorremediação Prof: Fabio A. Chinalia Biotecnologia Ambiental ICS-C42 © UFBA Page 4 4. Tipos de metabolismo 1. Fermentação 2. Respiração aeróbia C6H12O6 + 6 O2 → 6 CO2 + 6 H2O 3. Respiração anaeróbia ou “desnitrificação” C6H12O6 + 4NO3 → 6 CO2 + 6 H2O + 2N2 OBS: Hidrogênio = eléctron, portanto nesse contexto existem os doadores de elétrons e os aceptores de elétrons. Existem 3 formas microbiológicas básicas de geração de energia a partir da degradação de substancias orgânicas: i. Fermentação ii. Respiração aeróbia iii. Respiração anaeróbia Em todas elas o “hidrogênio” presente nas ligações com o carbono (chamado de elétron) deve ser transferido para um “aceptor” final. No caso da fermentação o etanol é um aceptor final desse “elétron”. A matéria orgânica é chamada de “doador de elétrons”. No exemplo da respiração aeróbia e anaeróbia, o doador de elétrons é a glicose e os aceptores finais de elétrons são o oxigênio e o nitrato, respectivamente. Note que o aceptor de final de elétrons de um processo fermentativo é um composto orgânico. Isso não ocorre nos outros processos metabólicos usados nesse exemplo. 5. Rendimento energético dos metabolismos O rendimento de energia de um processo metabólico depende do tipo de reação utilizada. A maior quantidade deenergia é formada quando o oxigênio é utilizado como aceptor final de elétrons. Depois do oxigencio cita-se o nitrato e o sulfato como compostos mais comumente utilizados pelos microrganismos OBS: a quantidade de energia gerada na respiração anerobia é menor que a aerobia. Por isso, os microrganismos tem um rendimento de crescimento menor em reações anaeróbias. Microbiologia da Biorremediação Prof: Fabio A. Chinalia Biotecnologia Ambiental ICS-C42 © UFBA Page 5 6. Etapas do processo de biodegradação É muito importante entender que para um microrganismo biodegradar uma substancia orgânica é necessário que esta substancia entre dentro da célula. A célula microbiana não possui boca ou aparelho mastigador, portanto, a única maneira que existe para essa substancia entrar dentro da célula é através da atuação de exoenzimas que transformam as substancias poliméricas em seus respectivos monômeros. As proteínas, lipídios e vários tipos de açúcares são exemplo de substancias poliméricas compostas de monômeros como aminoácidos, ácidos graxos e açúcares menores. As vezes as substancias poluidoras são também muito grandes ou se arranjam em estruturas poliméricas que precisam ser previamente degradadas para poderem entrar dentro da célula; por exemplo, o petróleo. O processo de biorremediacao só pode acontecer se a substancia entrar dentro da célula microbiana, pois, qualquer transformação que ocorra a essa substancia fora desse ambiente não resulta em aproveitamento de energia e geração de biomassa. É claro que existe possibilidade de mudanças e atenuações causadas apenas pela transformação extracelular de substancias toxicas, mas, esse processo é feito de forma aleatória, ou seja, não é fácil de controlar ou gerenciar. Para que um plano de biorremediacao seja bem sucedido é necessário controlar o processo para que ele chegue até o seu final de forma prevista ou “modelável”. Por isso, é necessário conhecer os tópicos da figura abaixo: i. Atuação de exoenzimas ii. Matriz aquosa de difusão iii. Processo de assimilação iv. Metabolismo microbiano 7. Biodisponibilidade Uma substancia é considerada “biodisponivel” tanto quanto esta é solúvel em agua. Quando uma substancia entra em um sistema ambiental como o solo, parte dessa substancia se “fraciona” ou se “divide” de forma diferente nos seguintes constituintes do solo: i. Partículas inorgânicas ii. Partículas orgânicas iii. Matrix aquosa iv. Bolhas de gás Calculando coeficientes de biodisponibilidade Octanol Water O “coeficiente de particão” é uma forma de calcular quão biodisponivel é um composto organico no ambiente. Microbiologia da Biorremediação Prof: Fabio A. Chinalia Biotecnologia Ambiental ICS-C42 © UFBA Page 6 Geralmente a parte que se separa na matrix aquosa é a considerada “biodisponivel” para os microrganismos. Isso acontece porque as substancias que estão presente no solo e que vão ser biorremediadas pelos microrganismos devem primeiro talvez reagir com as exoenzimas das células, difundir no meio aquoso e então penetrar na célula para ser decomposta intracelularmente. Esse processo de difusão na matriz aquosa muitas vezes controla o processo de biorremedicao. Portanto, a cinetica ou velocidade de biorremediacao de um solo pode estar diretamente associada aos processos de difusão que pode ser chamado de “biodisponibilidade”. Os microrganismos possuem mecanismos para melhorar a biodisponibilidade de várias substancias no ambiente. Por exemplo, são várias as bactérias que produzem biosurfactantes que auxiliam na dissolução de petróleo aumentando sua biodisponibilidade e assim acelerando o processo de biorremediação. Ao se adicionar um composto organico em um frasco erlen contendo uma mistura de octanol (solvente organico), agua e ar, imita-se as condicoes de um solo, por exemplo. O composto organico pode se dissolver melhor no octanol do que na agua, nesse caso ele será menos biodisponivel para os microrganismos. Caso o composto organico prefira mistura-se com a água, esse composto será mais biodisponivel para os microrganismos. Portanto, para se calular e prever o quanto um composto será biodisponivel em um ambiente é calculado o “coeficiente de partição” especifico desse composto. Esse calculo é feito variando-se as concentracoes do composto especifico (a, b, c ou d) para observar se tais concentraçoes afetam na proporção dissolvida no octanol. Ad so rp tio n c oe ffic ien t concentration a b d c No gráfico vemos que as concentrações das substancias a, b, c e d que aparecem dissolvidas no octanol (valores do eixo Y) variam de acordo com a concentração colocada no frasco teste (eixo X). As regressões lineares desses pontos mostram que para cada composto existe um coeficiente de inclinação especifico. Esse coeficiente de inclinação é conhecido como “coeficiente de partição” e descreve quão biodisponivel será o composto no ambiente. Nesse exemplo, o composto “d” será o mais biodisponivel. Microbiologia da Biorremediação Prof: Fabio A. Chinalia Biotecnologia Ambiental ICS-C42 © UFBA Page 7 8. Conceitos básicos de metabolismo microbiano O processo de degradação (catabolismo) é geralmente a atividade metabólica mais importante para o microrganismo desempenhar suas funções de biorremediador (obter energia e carbono). Didaticamente, podemos sistematizar as vias metabólicas nas etapas abaixo. É importante ressaltar que a na fermentação não ocorre o ciclo de Krebs e a cadeia de transporte, esses dois últimos acontecem durante os processos de respiração (aerobia e anaeróbia). O metabolismo é normalmente dividido em dois grupos: Reacções catabolicas, que são aquelas que aproveitam a energia química de uma substancia para gerar mais ATP dentro dos microrganismos. Reacoes anabólicas, que são aquelas que consomem energia para produzir novos compostos orgânicos dentro dos microrganismos. Esses dois metabolismos estão interligados. Os produtos intermediários do catabolismo podem ser utilizados por vias anabólicas para a produção de proteína, gorduras e lipídios do microrganismo. Por exemplo, a acetil coenzima A gerada no ciclo de Krebs é a substancia chave para a produção de vários aminoácidos e ácidos graxos que irão compor as proteínas e gorduras microbianas. 9. Vias metabólicas importantes A Glicólise Glicólise é a sequência metabólica composta por um conjunto de dez reações catalizadas por enzimas livres no citosol, na qual a glicose é oxidada produzindo duas moléculas de piruvato, duas moléculas de ATP e dois equivalentes reduzidos de NADH+, que serão introduzidos na fermentação ou na cadeia respiratória. Microbiologia da Biorremediação Prof: Fabio A. Chinalia Biotecnologia Ambiental ICS-C42 © UFBA Page 8 A fermentação A fermentação é um processo anaeróbio de síntese de ATP sem o envolvimento da cadeia respiratória. No processo aqui tratado, o aceptor final de hidrogênios é um composto orgânico o etanol e por este motivo constitui um metabolismo contrastante com a Respiração Celular, cujo o aceptor de eletron é geralmente uma substancia inorgânica. O ciclo de Krebs Trata-se de uma parte do metabolismo dos microrganismos onde o piruvato formado na glicólise é transformado em uma serie de reações que liberam o hidrogênio(elétrons) e assim os disponibiliza para alimentar uma reação em cadeia que vai gerar ATP. Essa reação é chamada de fosforilação oxidativa ou “cadeia respiratória”. Microbiologia da Biorremediação Prof: Fabio A. Chinalia Biotecnologia Ambiental ICS-C42 © UFBA Page 9 Cadeia respiratória Parte 1 Os elétrons que são capturados e transportados pelas NADs no cilco de Krebs são transportados até o complexo de citocromos onde as reações de oxirredução em cadeia geram uma corrente elétrica capaz de gerar ATP. No final esse hidrogênio (eletron) pode se ligar ao Oxigenio no caso das reações aeróbias, ou pode se ligar a um composto como o NO3 no caso das reações anaeróbias. Microbiologia da Biorremediação Prof: Fabio A. Chinalia Biotecnologia Ambiental ICS-C42 © UFBA Page 10 Cadeia respiratória Parte 2 O princípio das reações de oxirredução baseia-se na reação em cadeia que vai gradativamente mas rapidamente diminuindo o potencial energético do elétron até que a ligação com o aceptor final ocorre de forma controlada para gerar ATP Vias metabólicas: Resumo Microbiologia da Biorremediação Prof: Fabio A. Chinalia Biotecnologia Ambiental ICS-C42 © UFBA Page 11 10. Incluindo degradação e produção de proteínas e lipídios a via central que é o ciclo de Krebs (Acetil-CoA) O catabolismo ocorre em três estágios: • Primeiro estágio: as moléculas nutrientes complexas (proteínas, carboidratos e lipídeos não−esteróides) são quebradas em unidades menores: aminoácidos, monossacarídeos e ácidos graxos mais glicerol, respectivamente. • Segundo estágio: os produtos do primeiro estágio são transformados em unidades simples como a acetil−CoA (acetil coenzima A) que exerce papel central no metabolismo. • Terceiro estágio: a acetil−CoA é oxidada no ciclo do ácido cítrico a CO2 enquanto as coenzimas NAD+ e FAD são reduzidas por quatro pares de elétrons para formar três NADH e um FADH2. As coenzimas reduzidas transferem seus elétrons para o O2 através da cadeia mitocondrial transportadora de elétrons, produzindo H2O e ATP em um processo denominado fosforilação oxidativa. Microbiologia da Biorremediação Prof: Fabio A. Chinalia Biotecnologia Ambiental ICS-C42 © UFBA Page 12 11. Ciclo celular Durante o processo de obtenção de energia e carbono o microrganismo cresce. Esse processo começa timidamente e de forma aleatória (não organizada) por um tempo, mas, se a fonte de alimento não faltar, com o tempo, todas as células sincronizam o seu crescimento. Esse resultado é conhecido como “curva de crescimento”. Vale a pena ressaltar que esse fenômeno microbiológico é facilmente observável em condições de laboratório, mas, no ambiente isso pode não acontecer por causas de limitações como “biodisponibilidade” do alimento. 12. Biorremediação do tolueno Algumas bactérias possuem a capacidade de crescer utilizando substancias toxicas como tolueno, benzeno e etilbenzeno. Essas bactérias assim o fazem porque possuem um complexo enzimático capaz de transformar o tolueno em substancias intermediarias do metabolismo comum da célula. A quantidade de energia que é liberada no processo de “biodegradação” do tolueno é suficiente para fazer a célula crescer e também serve como fonte de carbono para a produção de mais biomassa microbiana. Dentre as espécies de bactéria capazes de degradar o tolueno, cada uma pode utilizar uma via metabólica diferente de acordo com sua informação genética. Diferenças genéticas e estruturais de cada espécie alteram a eficiência desse processo de degradação, por isso, existem espécies mais eficientes do que outras no processo de biorremediação. A ilustração abaixo mostra que algumas espécies possuem vias diferentes para transformar o tolueno em um composto intermediário do metabolismo microbiano que é o composto chamado de catecolato. Microbiologia da Biorremediação Prof: Fabio A. Chinalia Biotecnologia Ambiental ICS-C42 © UFBA Page 13 A velocidade ou cinética com que esse processo ocorre no ambiente depende de vários fatores fisiológicos e abióticos do ambiente. 13. A significância de ser muito pequeno Os procariotos variam de tamanho que pode ir de 0,2 a 50 mm em diâmetro. Existem apenas alguns que possuem tamanho de 80 mm ou maior como as bactérias sulfurosas ou cianobactérias. A difusão de material no interior da célula limita o tamanho desses organismos, pois, quanto maior a célula mais lentamente as substancias difundem de um lado a outro da célula. Existem vantagens significativa em ser pequeno. Por exemplo, nutrientes e produtos de excressao se defundem mais rapidamente em células pequenas do que em amiores. Portanto, as celulas pequenas podem apresentar um metabolismo mais acelerado do que celulas maiores. Considerando o caso de uma esfera, o volume da esfera é uma função cubica da metade do diâmetro (o radio): V = 4/3 π r2 Para calcular a superfície de um volume utiliza-se a função quadrada: S = 4 π r2 Agora é possivel fazer a relação entre superfície e volume de uma esfera celular: Rs/v = S/V Microbiologia da Biorremediação Prof: Fabio A. Chinalia Biotecnologia Ambiental ICS-C42 © UFBA Page 14 Portanto, a conclusão da comparação do cálculo entre superfície e volume de células muito pequenas é que elas possuem uma maior superfície do que volume celular. Qual a importância disso? As células menores são mais competentes para “roubar” nutrientes do ambiente que células maiores porque elas possuem mais superfície de contato com o ambiente do que células grandes.
Compartilhar